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Aula 3 Sistema Articular Ana Abdenur

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Sistema Articular 
Anatomia Aula 3 - 16/02/17 
Professor Domênico - Turma 57 A 
Aula digitada por Ana Abdenur em 23/03/17 
 
Articulação ou Juntura 
 Articulação é a união de duas ou mais peças rígidas, sejam elas: ossos, cartilagens ou dentes. E além de colar essas peças 
em contato, também permite a mobilidade do esqueleto, porém como essa união não se faz da mesma maneira entre todas elas, há 
uma maior ou menor possibilidade na variedade dos movimentos. 
 Os ossos podem se articular pelas suas extremidades (ossos longos: fêmur com tíbia), faces (ossos curtos: ossos do carpo e 
do tarso) ou margens (ossos planos: ossos do crânio). 
 
Classificação 
 
 Se deve à natureza do tecido que se interpõe às peças que se articulam. 
 
1. Articulações Imóveis (contínuas) - Sinartroses 
 
1.1 Articulações Fibrosas ou Sinfibroses (osso - tecido fibroso - osso) 
 
São aquelas em que o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido conectivo fibroso. 
Se encontram principalmente no desmocrânio, ou seja, na calota craniana. 
A mobilidade nessas articulações é extremamente reduzida, embora o tecido conectivo confira certa mobilidade ao crânio. 
 
1.1.a. Sindesmoses 
 
 São articulações fibrosas nas quais as superfícies dos ossos estão afastadas umas das outras e 
entre elas existe grande quantidade de tecido conjuntivo unindo-as, ou seja, pode formar ligamento 
interósseo ou membrana interóssea, unindo ossos longos, não os deixando mover. 
 Ocorre nas extremidades distais da Tíbia e Fíbula (perna) - tíbio-fibular - e do Rádio e da Ulna - 
rádio-ulnar - (antebraço). 
 
 1.1.b. Gonfoses 
 
 É uma articulação fibrosa especializada na fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e maxila. 
 
1.1.c. Suturas 
 
 Tem menos tecido conectivo e são principalmente encontradas entre os ossos do crânio, variando a maneira pela qual as 
bordas dos ossos articulados entram em contato. OBS: ocorre entre dois ossos. 
 
 Sutura Plana ou Harmônica: união linear retilínea ou aproximadamente retilínea. 
Ex.: Seios Nasais. 
 
 
 Sutura Escamosa ou em Bisel: são superpostas, como se fosse escama de peixe. 
Ex.: entre os ossos Parietais e Temporais (Sutura Parieto-temporal ou Temporo-parietal). 
 
 
 
 Sutura Esquindilese ou Fúrcula: a crista óssea se encaixa num sulco do outro osso. 
Ex.: Esfenóide com Vômer (não é possível ver nas peças do anatômico, porém há uma marcação com 
tinta vermelha para representá-la). 
OBS: dissipa energia em um traumatismo craniano. 
 
 Sutura Denteada ou Serrilhada: as margens dos ossos são em forma de dente de serra (espículas ósseas). 
Ex: Parietal + Frontal = Fronto-parietal/ Coronal 
 Parietal + Parietal = Parieto-parietal/ Interparietal/ Sagital 
 Occipital + Parietal = Occipto-parietal/ Lambdóide 
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OBS: Sinostose, é o processo pelo qual as suturas sofrem ossificação fisiológica, porém ela só ocorre em idade mais avançada, 
principalmente em idosos, já que o encéfalo cresce continuamente. 
 
1.1.c. Fontanela ou Moleira 
 
 Ocorre no crânio do feto e do recém-nascido, onde a ossificação ainda é 
incompleta e a quantidade de tecido conectivo fibroso interposto é muito maior, 
o que explica a grande separação entre os ossos e uma maior mobilidade para 
ajudar no momento do parto, em que o volume da cabeça é bastante reduzido 
para poder facilitar na expulsão do feto. Sua ossificação ocorre, em média, aos 
três anos de idade. 
 A fontanela ou moleira é a união de três ou mais ossos: 
- Fontanela Anterior ou Bregmática: 2 Parietais + 2 Frontais 
- Fontanela Posterior ou Lambdóide: 2 Parietais + Occipital 
- Fontanela Pterional: Parietal + Frontal + Temporal + Esfenóide 
- Fontanela Asterional: Parietal + Temporal + Occipital 
 
 OBS: A diferença entre Fontanela e Sutura é que apesar de possuírem o 
mesmo tecido, considera-se Fontanela quando na união tem 3 ou mais ossos, já 
a sutura possui apenas 2 ossos. 
 A moleira é importante para fazer o teste da desidratação nos bebês. 
Caso ela esteja funda, o bebê se encontra desidratado, e deve ser levado ao 
hospital. 
 Crianças com Hidrocefalia devem ser operadas antes da ossificação da moleira, ou seja, antes dos 17 anos, pois o líquido 
produzido poderá fazer pressão no encéfalo do paciente, prejudicando ainda mais o seu desenvolvimento. 
 
1.2 Articulações Cartilaginosas ou Sincondroses (osso - tecido cartilaginoso - osso) 
 
 São aquelas em que o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido conjuntivo cartilaginoso com 
cartilagem do tipo hialina. 
 Se encontram no condrocrânio, ou seja, na base do crânio. 
 Ex.: Esfenóide + Etmóide e Esfenóide + Occipital (esfeno-occiptal). 
 
 Se encontram também entre a epífise e a diáfise dos ossos longos, compondo a metáfise. 
 
OBS: As Articulações fibrosas sofrem sinostose tardia, ou seja, ocorre em idade mais avançada. Já as articulações cartilaginosas 
sofrem sinostose precoce, ou seja, por volta dos 17 anos a ossificação já se completou (metáfise desapareceu). 
 
2. Articulações Semi-Móveis (contínuas) - Sínfises/ Anfiartroses/ Fibrocartilaginosas (osso - tecido 
fibrocartilaginoso - osso) 
 
 São aquelas em que o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido fibrocartilaginoso. 
 Sua função é absorver e amortecer impacto e tração. 
 Essa articulação não se ossifica naturalmente, ou seja, não sofre sinostose, a não ser que haja ossificação patológica 
(excessão: sacro). 
 Ex.: Sínfise Púbica e Discos Intervertebrais. 
 
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 Quando a mulher entra em trabalho de parto, o hormônio elastina afrouxa todos os ligamentos, inclusive a sínfise pubiana, 
para ajudar na passagem do bebê. 
 Quando os discos intervertebrais se rompem, ocorre a Hérnia de Disco. E quando uma vértebra junta com outra, pode 
formar o bico de papagaio ou osteófito, e podendo causar uma anquilose da articulação, ou seja, perda da mobilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Articulações Móveis (descontínuas) - Diartroses ou Sinoviais (osso - cápsula articular - osso) 
 
 Diferentemente das outras articulações, o meio de união entre as peças esqueléticas 
articuladas nas Diartroses não se faz na superfície de articulação,porém possui a cápsula articular 
formada por tecido conjuntivo fibroso de consistência mole, que é uma espécie de manguito que 
envolve a articulação e que se prende nos ossos que se articulam, fixando-os. 
 A cápsula articular é formada por uma membrana fibrosa/sinovial bastante delicada e 
enrugada, que produz um líquido viscoso e lubrificante, composto por água e ácido hialurônico, 
chamado de líquido sinovial/ sinóvia que permite o deslizamento, evitando assim o atrito e o desgaste 
prematuro das cartilagens articulares, e por uma cápsula fibrosa, que confere proteção, evitando que 
esse líquido extravase. A sinóvia fica alojada no espaço formado pela cápsula articular chamado de 
cavidade articular. 
 A superfície articular é a parte lisa e esbranquiçada do osso que não sofreu ossificação. É onde 
um osso vai se articular com outro, e por isso é revestida com cartilagem hialina (cartilagem articular), 
para amortecer o impacto. A redução da mobilidade na articulação pode levar à fibrose da cartilagem 
articular e consequentemente perda da mobilidade da articulação, ou seja, anquilose. 
 Em volta dos ossos há o Periósteo, que é uma membrana ricamente inervada e vascularizada, logo, se os Periósteos dos 
ossos se encostassem, iríamos sentir muita dor. Por esse fato, há uma estrutura que não é inervada nem vascularizada, ou seja, que 
não dói, nem sangra, que é a cartilagem articular. Ou seja, a cartilagem articular serve para amortecer o impacto e proteger os 
ossos. Como esse tecido é pouco vascularizado, o índice de mitose dessas células é muito pequeno, logo as lesões na cartilagem 
articular tendem a ser irreversíveis. Toda vez em que ocorre um impacto, a cartilagem articular absorve o plasma sanguíneo do 
Periósteo e o líquido sinovial, e assim ela é nutrida. Além disso, quando há a distensão da membrana sinovial, ocorre a estimulação 
na produção do líquido sinovial. Por isso, se movimentar ajuda na lubrificação das articulações e consequentemente melhora os 
movimentos. 
 OBS: Artrose é o desgaste mecânico, patológico ou infeccioso da cartilagem articular. Já Artrite é a inflamação da 
articulação, e pode ser causada pela Artrose. 
 
 Os ligamentos podem ou não estar presentes nas articulações, porém quando estão, têm a função de unir um osso ao 
outro (assim como a cápsula articular), impedindo o movimento em planos indesejáveis e limitando a amplitude dos movimentos 
considerados normais. Eles são formados por superposição de fibras e servem de reforço para a cápsula articular, como elemento 
de união. Eles podem ser: extrínseco/ externo - quando fora da cápsula - ou intrínseco/ capsular/ interno - quando dentro da 
cápsula. 
 Existem ainda, os elementos de adaptação/ acomodação, que são os discos, meniscos e as orlas. Eles são formações 
fibrocartilaginosas que permitem melhor adaptação das superfícies que se articulam, tornando-as congruentes. Com isso eles 
ampliam a área de contato, reduzindo a pressão aplicada e distribuindo melhor o estresse mecânico. Os discos se encontram entre 
as ATM e vértebras, os meniscos (que nunca se ossificam), se encontram nos joelhos, e as orlas, se encontram nos úmeros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBS: articulações sinovias nunca sofrem sinostose, a não ser que sofra alguma patologia. 
 
 A divisão das articulações sinoviais é feita com base na superfície articular dos ossos que se articulam ou no tipo de 
movimento que realizam. Além disso, em cada articulação, pode existir vários tipos de articulações combinadas para permitir 
movimentos variados. 
 
3.1 Articulação Sinovial Plana 
 
 Superfícies articulares planas ou ligeiramente curvas, permitindo o 
deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção (não 
tem eixo). Esse tipo de articulação aumenta a amplitude de movimento na 
mão, no pé e na coluna vertebral. 
 Ex.: intercarpais, intertarsais, intervertebrais (permite realizar 
todos os tipos de movimentos), fêmur-patelar (a patela desliza sobre o 
fêmur no sentido crânio-caudal e látero- lateral) e sacroilíaca. 
 
 
3.2 Articulação Sinovial Gínglimo ou Dobradiça 
 
 Realiza apenas movimento de flexão e extensão em torno do eixo 
transversal, é do tipo monoaxial. 
 Ex.: Úmero-ulnar (cotovelo), Interfalangeanas, Joelho, Tíbio-társica 
(tornozelo) - apesar do Tálus ter forma de meia lua, ele só faz flexão e extensão, e 
por isso é classificado como Gínglimo e não como Elipsóide. 
 
 
 
3.3 Articulação Sinovial Trocóide ou Pivô ou Semilunar 
 
 Realiza apenas movimento de rotação em torno do próprio eixo, ou seja, pronação (rotação 
interna/medial) e supinação (rotação externa/lateral), sendo, portanto, monoaxial. 
 Ex.: Úmero-radial, Rádio-ulnar proximal (antebraço), 1ª e 2ª vértebras cervicais. 
 
3.4 Articulação Sinovial Elipsóide ou Condilar 
 
 Caracterizada por uma superfície articular côncava e outra convexa, se assemelhando a uma elipse/ 
meia lua/ metade de uma esferóide. 
 É biaxial, já que faz movimento de flexão e extensão, abdução e adução. 
 Ex.: Rádiocarpal; Tornozelo; ATM. 
 
 
3.5 Articulação Sinovial Selar 
 
 Uma superfície apresenta concavidade em uma sentido e convexidade em outro, se encaixando em 
outra superfície de sentido oposto. 
 É biaxial, já que faz flexão e extensão, abdução e adução. 
 Ex.: Temporomandibular; trapézio-metacarpal (1º metacarpo/ polegar + trapézio). 
 OBS: o polegar da mão poderia ser considerado triaxial, pois consegue fazer rotação também, só que 
isso só é possível com a combinação dos outros dois movimentos. 
 
 
3.6 Articulação Sinovial Esferóide 
 
 A superfície articular (cabeça do osso) corresponde a um segmento de esfera e por isso permite 
movimentos em torno de 3 eixos (transversal, longitudinal, sagital), sendo, portanto, triaxial (cincundação). 
 Ex.: Coxofemoral (quadril) - a superfície articular do fêmur se encaixa na cavidade do acetábulo; 
Escápulo-umeral (ombro) - o úmero se encaixa na cavidade glenóide. 
 
 
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