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� UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA Fichamento de Estudo de Caso Fernando Cézar dos Santos Queiroz Trabalho da disciplina Governança Corporativa E Ética Empresarial Tutor: Prof. Audemir Leuzinger De Queiroz Campo Grande MS 2018 Estudo de Caso : Governança Corporativa E Ética Empresarial Fraude Contábil na WorldCom REFERÊNCIA: K A PLAN, Robert S.; K IRON, David. Fraude Contábil na WorldCom. Harvard Business School. 110 – P02 2007 Woldcom é o caso de uma empresa do ramo de telecomunicações cuja origem remonta a 1983 na divisão da AT&T, atuando com serviços de longa distância com desconto, conhecido como LDDS. Chegou a possuir um faturamento superior a US$ 30 bilhões, US$ 104 bilhões em ativos e 60.000 funcionários, requereu proteção contra falência em 2002. Sua falência se deu ao superestimar deliberadamente os custos em pelo menos US$ 7 bilhões seguido da baixa de cerca de US$ 82 bilhões de seus ativos, representando 75% de seu total. Seu estoque avaliado em US$ 180 bilhões tornou-se quase sem valor. Por consequência de sua falência dezessete mil funcionários perderam seus empregos, prejudicou os serviços prestados a 20 milhões de clientes do varejo, contratos governamentais de Seguro Social afetando 80 milhões de beneficiários, o controle de tráfego aéreo para Associação Federal de Aviação, gerenciamento de redes para o Departamento de Defesa e os serviços de longa distância para ambas as Casas do Congresso e para o Escritório Geral de Contabilidade. Seu CEO era Bernard J. Ebbers, sua estratégia era a aquisição de empresas de longa distância com área geográfica de serviços limitadas e incorporações de operadores de longa distâncias de terceiro nível com maior participação no mercado. Economia em escala e maior rentabilidade de com maiores fluxos reduziam o custo em escala. Em sua gestão o modelo estratégico de grande expansão da Wordcom através de aquisições e incorporações criou uma grande diversificação de pessoas e culturas, criando assim diversas ilhas organizacionais onde os diversos departamentos acabavam por ter suas próprias regras e estilos de gestão. Em 2000 deu-se início a recessão econômica e o estouro da bolha das empresas “ponto.com” deteriorando as condições das indústrias, reduzindo drasticamente a demanda para serviços de telecomunicações. Por consequência houve um declínio de companhias de comunicação e novos concorrentes foram surgindo, forçando a redução de preços, a pressão sob os indicadores de desempenho foram severas, afetando a relação de despesas e receitas. Com as operações em declínio o CFO Sullivan decidiu utilizar de forma inidônea dados contábeis para obter o desempenho almejado, usando as táticas de reversão de provisionamento e capitalização das despesas com linha em 2001 e 2002 atuou de forma agressiva junto aos seus gestores sêniores, os induzindo a reverter valores exorbitantes em provisionamentos contra os custos com linhas originadas no Departamento Tributário, tais custos eram inflacionados e apresentados em reuniões com o Conselho. No comunicado à imprensa de 26 de abril de 2001 a Woldcom através de seu relatório 10-Q deliberadamente alterou os dados ao SEC - Securities and Exchange Comission, reportando US$ 4.1 bilhão com custos de linha e gastos de capital que incluíam US$ 544 milhões em custos de linha capitalizados. Com os $9.8 bilhões em receitas reportadas, a relação D/R da WorldCom foi anunciada em 42%, ao invés de 50%, como seria sem a reclassificação e a reversão do provisionamento. Tal habilidade da Worldcom em continuar atingindo metas de crescimento de receita agressivas mantendo um percentual de 42% na relação despesas e receitas dos custos de linhas sobre a receita deveria ter levantado perguntas, algo que deveria ser observado pela auditoria externa Arthur Andersen. Sullivan restringiu de forma abrangente o trabalho da auditoria interna, dirigida por Cynthia Cooper, que por sua vez já encontrava discrepâncias ao realizar seu trabalho junto a rotina operacional com gastos de capitais, que por sua vez, ao indagar sobre US$ 2.3 bilhões em projeto corporativos diferentes dos U$ 174 milhões apresentados em relatório, tinha como retorno informações que não eram fidedignas relatando que o valor incluia uma compra alavancada de leasing de metrô, custos de linhas e alguns provisionamentos no nível corporativo. A reação de Sullivan ao ser indagado sobre o provisionamento de US$ 400 milhões para pagamentos futuros previstos e para despesas com devedores duvidosos foi novamente de restrição, tornando a posição do CFO cada vez mais suspeita aos olhos da auditoria. De acordo com o comitê de investigação, o conselho da WorldCom estava “distante e alheio ao funcionamento da companhia. ”. Não estabeleceu processos para incentivar funcionários a contatar outros diretores sobre qualquer preocupação relativa a operações contábeis ou questões operacionais que pudessem ter.”, tendo então um papel demasiado pequeno na vida, direção e cultura da companhia, não havendo governança corporativa para manutenção da ética empresarial. Constatou-se em 25 de junho de 2002, que a WorldCom havia inflados em $3,8 bilhões durante os últimos quatro trimestres. As negociações das ações da WorldCom na Nasdaq foram imediatamente suspensas; a Standard & Poor’s rebaixou o rating de crédito da WorldCom de B+ para CCC-. O escândalo ético levou a julgamento todos os envolvidos no uso ilegal do patrimônio da companhia e utilização de processos contábeis de forma ilegal para obtenção de resultados conjuntamente com apresentação de informações falsas ao SEC.
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