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Aula 05 Planejamento Governamental

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TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
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Aula 5 
PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Esta aula visa suprir a maior carência que tive ao estudar AFO para concursos. 
Pouco ou quase nenhum material, pouco ou quase nenhum professor se 
predispõe a ensinar sobre as leis que regem o Planejamento Governamental. 
São elas: Lei 10.180/01 - Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal; 
Decreto 2829/98 - Normas para a elaboração e execução do Plano Plurianual e 
dos Orçamentos da União; Lei 11.653/08 - PPA 2008-2011 e Decreto 
6.601/2008 - Gestão do Plano Plurianual 2008-2011 e de seus programas. Por 
meio da Lei 11.653/08 e do Decreto 6.601/2008 estudaremos o Plano 
Plurianual: a estrutura, base legal, objetivos, conteúdo, tipos de programas. 
 
Você verá que aqui se cobra a letra da lei. Assim, não explicarei tão 
detalhadamente os termos utilizados, o que tornaria a aula mais extensa ainda 
e sairíamos do foco do que as provas realmente cobram. 
 
Minha missão será a de um facilitador da aprendizagem, mais ainda do que 
nas outras aulas. Minha metodologia será organizar os dispositivos das leis 
que realmente as bancas cobram nas provas e tornar a leitura bem mais 
agradável do que a leitura da letra fria da lei. Verá, nos exercícios, que alguns 
pontos se repetem nas questões e é isso que quero mostrar ao estudante, para 
que ele estude o que realmente é cobrado nas provas. 
 
Ao final trataremos das questões discursivas, incluindo o cronograma e as 
regras gerais para envio e correção. 
 
Relembro que a Constituição Federal de 1998 (CF/88) recuperou a figura do 
planejamento na administração pública brasileira, mediante a integração entre 
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TEORIA, EXERCÍCIOS E DISCURSIVA P/ TCU 
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plano e orçamento por meio da criação do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO). O PPA, assim como a LDO, é uma inovação 
da Constituição de 1988. Antes do PPA, existiam outros instrumentos de 
planejamento estratégico, como o Orçamento Plurianual de Investimentos 
(OPI), o qual não se confunde com o PPA. 
 
1. LEI 10.180/01 
 
1.1 Considerações Iniciais 
 
As atividades de planejamento e de orçamento federal, de administração 
financeira federal, de contabilidade federal e de controle interno do Poder 
Executivo Federal são organizadas por sistemas. Assim, a Lei 10.180/2001 
trata da organização e disciplina os Sistemas de Planejamento e Orçamento 
Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal. 
 
Em nossa matéria, as questões de prova versam principalmente sobre o 
Sistema de Planejamento e Orçamento Federal e sobre o Sistema de 
Administração Financeira Federal. 
 
1.2 Sistema de Planejamento e Orçamento Federal 
 
1.2.1 Composição 
 
O Sistema de Planejamento e Orçamento Federal compreende as atividades 
de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e 
orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas sócio-econômicas. 
Integram o Sistema: 
• O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão 
central; 
• Órgãos setoriais, que são as unidades de planejamento e orçamento 
dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da 
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Casa Civil da Presidência da República. O órgão setorial desempenha o 
papel de articulador no seu âmbito, atuando verticalmente no processo 
decisório e integrando os produtos gerados no nível subsetorial, 
coordenado pelas unidades. Ficam sujeitos à orientação normativa e à 
supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da 
subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiver 
integrado. Os órgãos integrantes da Presidência da República, 
ressalvados outros determinados em legislação específica, estão na 
área de atuação do órgão setorial da Casa Civil. 
• Órgãos específicos, que são aqueles vinculados ou subordinados ao 
órgão central do Sistema, cuja missão está voltada para as atividades de 
planejamento e orçamento. Também estão sujeitos à orientação 
normativa e à supervisão técnica do órgão central, sem prejuízo da 
subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiver 
integrado. 
 
As unidades de planejamento e orçamento das entidades vinculadas ou 
subordinadas aos Ministérios e órgãos setoriais ficam sujeitas à orientação 
normativa e à supervisão técnica do órgão central e também, no que couber, 
do respectivo órgão setorial. Por exemplo, a unidade de planejamento e 
orçamento da Universidade Federal de Juiz de Fora fica sujeita à orientação 
normativa e supervisão técnica do órgão central (MPOG) e, no que couber, do 
respectivo órgão setorial (Ministério da Educação). 
 
A CF/88 concede autonomia administrativa e financeira em alguns dos seus 
dispositivos, como no art. 99, quando determina que “ao Poder Judiciário é 
assegurada autonomia administrativa e financeira”. Da mesma forma, dispõe 
que essa autonomia não é irrestrita, como no § 1º do artigo citado: “Os 
tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias”. 
 
A Lei 10.180/01 reforça que esta autonomia não é irrestrita, dispondo que: 
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Art. 5o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros 
Poderes, as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à 
orientação normativa do órgão central do Sistema. 
 
1.2.2 Finalidades 
 
Conhecida sua estrutura, vamos à finalidade do Sistema. Segundo o art.2º da 
referida Lei, são finalidades do Sistema de Planejamento e de Orçamento 
Federal: 
• Formular o planejamento estratégico nacional; 
• Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento 
econômico e social; 
• Formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais; 
• Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal; 
• Promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, visando a compatibilização de normas e tarefas afins 
aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e 
municipal. 
 
1.2.3 Competências 
 
Trataremos agora das competências no Sistema de Planejamento e Orçamento 
Federal. Segundo o art. 7º da Lei 10.180/01, compete às unidades 
responsáveis pelas atividades de PLANEJAMENTO: 
• Elaborar e supervisionar a execução de planos e programas 
nacionais e setoriais de desenvolvimento econômico e social; 
• Coordenar a elaboraçãodos projetos de lei do plano plurianual e o 
item, metas e prioridades da Administração Pública Federal, 
integrantes do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, bem como 
de suas alterações, compatibilizando as propostas de todos os 
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Poderes, órgãos e entidades integrantes da Administração Pública 
Federal com os objetivos governamentais e os recursos disponíveis; 
• Acompanhar física e financeiramente os planos e programas 
referidos nos itens acima, bem como avaliá-los, quanto à eficácia e 
efetividade, com vistas a subsidiar o processo de alocação de 
recursos públicos, a política de gastos e a coordenação das ações 
do governo; 
• Assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela 
execução dos programas, projetos e atividades da Administração 
Pública Federal mantenham rotinas de acompanhamento e 
avaliação da sua programação; 
• Manter sistema de informações relacionado a indicadores 
econômicos e sociais, assim como mecanismos para desenvolver 
previsões e informação estratégica sobre tendências e mudanças no 
âmbito nacional e internacional; 
• Identificar, analisar e avaliar os investimentos estratégicos do 
Governo, suas fontes de financiamento e sua articulação com os 
investimentos privados, bem como prestar o apoio gerencial e 
institucional à sua implementação; 
• Realizar estudos e pesquisas sócio-econômicas e análises de 
políticas públicas; 
• Estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das 
empresas estatais, as quais são consideradas, para efeito deste 
item, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e 
controladas e demais empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
 
Segundo o art. 8º da Lei 10.180/01, compete às unidades responsáveis pelas 
atividades de ORÇAMENTO: 
• Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da 
lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária da União, 
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compreendendo os orçamentos fiscal, da seguridade social e de 
investimento das empresas estatais; 
• Estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à 
implementação dos orçamentos federais, harmonizando-os com o 
plano plurianual; 
• Realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e 
ao aperfeiçoamento do processo orçamentário federal; 
• Acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, sem 
prejuízo da competência atribuída a outros órgãos; 
• Estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as 
necessidades de sua harmonização com o planejamento e o 
controle; 
• Propor medidas que objetivem a consolidação das informações 
orçamentárias das diversas esferas de governo. 
 
1.3 Sistema de Administração Financeira Federal 
 
O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equilíbrio financeiro do 
Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas. 
Compreende as atividades de programação financeira da União, de 
administração de direitos e haveres, garantias e obrigações de 
responsabilidade do Tesouro Nacional e de orientação técnico-normativa 
referente à execução orçamentária e financeira. 
 
Integram o Sistema de Administração Financeira Federal a Secretaria do 
Tesouro Nacional, como órgão central; e os órgãos setoriais, que são as 
unidades de programação financeira dos Ministérios, da Advocacia-Geral da 
União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República. Os 
órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica 
do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja 
estrutura administrativa estiverem integrados. 
 
 
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Segundo o art. 12 da Lei 10.180/01, compete às unidades responsáveis pelas 
atividades do Sistema de Administração Financeira Federal: 
 
I - zelar pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Nacional; 
II - administrar os haveres financeiros e mobiliários do Tesouro Nacional; 
III - elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional, gerenciar a Conta 
Única do Tesouro Nacional e subsidiar a formulação da política de 
financiamento da despesa pública; 
IV - gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de 
responsabilidade do Tesouro Nacional; 
V - controlar a dívida decorrente de operações de crédito de responsabilidade, 
direta e indireta, do Tesouro Nacional; 
VI - administrar as operações de crédito sob a responsabilidade do Tesouro 
Nacional; 
VII - manter controle dos compromissos que onerem, direta ou indiretamente, a 
União junto a entidades ou organismos internacionais; 
VIII - editar normas sobre a programação financeira e a execução orçamentária 
e financeira, bem como promover o acompanhamento, a sistematização e a 
padronização da execução da despesa pública; 
IX - promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em 
assuntos de administração e programação financeira. 
 
Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional os 
representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais, ou órgãos 
equivalentes das entidades da administração indireta, controladas direta ou 
indiretamente pela União. Tais representantes deverão ser, preferencialmente, 
servidores integrantes da carreira de Finanças e Controle que não estejam em 
exercício nas áreas de controle interno no ministério ou órgão equivalente ao 
qual a entidade esteja vinculada. 
 
Caiu na prova: 
(FCC – ACE - TCE/CE – 2008) Conforme dispõe a Lei Federal nº 10.180/01, 
que organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento 
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Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências, 
incluem-se entre as finalidades do Sistema de Planejamento e de Orçamento 
Federal: 
(A) editar normas sobre a programação financeira e a execução orçamentária e 
financeira, e promover a padronização da execução da despesa pública. 
(B) elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional e gerenciar a 
Conta Única do Tesouro Nacional. 
(C) manter controle dos compromissos que onerem a União, direta ou 
indiretamente, frente a entidades ou organismos internacionais, e o 
planejamento e o orçamento estadual. 
(D) formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento 
econômico e social e o planejamento estratégico nacional. 
(E) promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em 
assuntos de administraçãoe programação financeira e os planos de 
desenvolvimento social. 
 
a) Errada. Editar normas sobre a programação financeira e a execução 
orçamentária e financeira, bem como promover o acompanhamento, a 
sistematização e a padronização da execução da despesa pública compete às 
unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Administração 
Financeira Federal. 
b) Errada. Elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional, gerenciar a 
Conta Única do Tesouro Nacional e subsidiar a formulação da política de 
financiamento da despesa pública compete às unidades responsáveis pelas 
atividades do Sistema de Administração Financeira Federal. 
c) Errada. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de 
Administração Financeira Federal manter controle dos compromissos que 
onerem, direta ou indiretamente, a União junto a entidades ou organismos 
internacionais. 
d) Correta. Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento 
econômico e social e o planejamento estratégico nacional são duas das 
finalidades do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal. 
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e) Errada. Promover a integração com os demais Poderes e esferas de 
governo em assuntos de administração e programação financeira compete às 
unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Administração 
Financeira Federal. 
Resposta: Letra D. 
 
 
2. DECRETO 2829/98: NORMAS PARA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO 
DO PPA E DA LOA 
 
O Decreto n° 2.829, de 29 de outubro de 1998, estabelece normas para a 
elaboração e execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da União. Foi 
um marco significativo para a Administração Pública. A partir do exercício 
financeiro do ano de 2000, para os planos e orçamentos seguintes, toda ação 
finalística do Governo Federal, que é aquela que proporciona bem ou serviço 
para atendimento direto a demandas da sociedade, deverá ser estruturada em 
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos 
para o período do Plano. 
 
Segundo o art. 4º do Decreto 2829/98, será adotado, em cada Programa, 
modelo de gerenciamento que compreenda: 
• Definição da unidade responsável pelo gerenciamento, mesmo quando o 
Programa seja integrado por projetos ou atividades desenvolvidas por 
mais de um órgão ou unidade administrativa; 
• Controle de prazos e custos; 
• Sistema informatizado de apoio ao gerenciamento, respeitados os 
conceitos a serem definidos em portaria do Ministério do Planejamento e 
Orçamento. 
 
A designação de profissional capacitado para atuar como gerente do Programa 
será feita pelo Ministro de Estado, ou pelo titular de órgão vinculado à 
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Presidência da República, a que estiver vinculada a unidade responsável do 
Programa. 
 
O Decreto 2829/98 determina que a classificação funcional-programática 
deverá ser aperfeiçoada de modo a estimular a adoção, em todas as esferas 
de governo, do uso do gerenciamento por Programas. Os Programas serão 
formulados de modo a promover, sempre que possível, a descentralização, a 
integração com Estados e Municípios e a formação de parcerias com o setor 
privado. 
Os Programas constituídos predominantemente de Ações Continuadas 
deverão conter metas de qualidade e de produtividade, a serem atingidas em 
prazo definido. 
 
Ressalta, ainda, que será realizada avaliação anual da consecução dos 
objetivos estratégicos do Governo Federal e do resultado dos Programas, para 
subsidiar a elaboração da LDO de cada exercício. A avaliação física e 
financeira dos Programas e dos projetos e atividades que os constituem é 
inerente às responsabilidades da unidade responsável e tem por finalidade: 
• Aferir o seu resultado, tendo como referência os objetivos e as metas 
fixadas; 
• Subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de 
gastos públicos e a coordenação das ações de governo; 
• Evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos. 
 
Para orientar a formulação e a seleção dos Programas que deverão integrar o 
Plano Plurianual e estimular a busca de parcerias e fontes alternativas de 
recursos, serão estabelecidos previamente, para o período do Plano: os 
objetivos estratégicos e a previsão de recursos. 
 
Já para fins de gestão da qualidade, o Decreto determina que as unidades 
responsáveis pela execução dos Programas manterão, quando couber, sistema 
de avaliação do grau de satisfação da sociedade quanto aos bens e serviços 
ofertados pelo Poder Público. 
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Caiu na prova: 
(ESAF – APO/MPOG - 2008) O Decreto n. 2829, de 29 de outubro de 1998, 
estabelece normas para a elaboração e execução do Plano Plurianual e dos 
Orçamentos da União. Entre as opções abaixo, assinale a que não está 
coerente com o decreto. 
a) A avaliação física e financeira dos programas e dos projetos e atividades 
que os constituem é inerente às responsabilidades da unidade responsável e 
não tem por finalidade subsidiar o processo de alocação de recursos públicos. 
b) Os programas constituídos de Ações continuadas deverão conter metas de 
qualidade e de produtividade, a serem atingidas em prazo definido. 
c) A classificação funcional-programática deverá ser aperfeiçoada de modo a 
estimular a adoção, em todas as esferas de governo, do uso do gerenciamento 
por programas. 
d) Entende-se por ação finalística aquela que proporciona bem ou serviço para 
o atendimento direto a demandas da sociedade. 
e) Os programas serão formulados de modo a promover, sempre que possível, 
a descentralização, a integração com Estados e Municípios e a formação de 
parcerias com o setor privado. 
 
Nossa questão pede o que não está coerente com o decreto, ou seja, a opção 
incorreta. A avaliação física e financeira dos Programas e dos projetos e 
atividades que os constituem é inerente às responsabilidades da unidade 
responsável e tem como uma das finalidades subsidiar o processo de 
alocação de recursos públicos, a política de gastos públicos e a 
coordenação das ações de governo. 
Resposta: Letra A 
 
 
 
 
 
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3. LEI 11.653/08: PPA 2008 - 2011 
 
3.1 Estrutura e Organização do PPA 
 
Cabe ao Plano Plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, 
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital 
e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada, conforme disposto no art. 165 da Constituição de 1988, o que 
confere ao PPA papel central no processode planejamento do Governo 
Federal. Esse papel é reforçado, ainda, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, 
que dá destaque à ação planejada de governo e à compatibilização dos 
orçamentos com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual. 
 
Além de estabelecer os objetivos e metas para um período de quatro anos, o 
PPA 2008-2011 é também instrumento de organização da ação governamental 
visando melhorar o desempenho gerencial da Administração Pública e 
contribuir para a consecução das prioridades de governo. 
Para tanto, o modelo de elaboração e gestão do Plano Plurianual deverá se 
orientar pelos seguintes princípios: 
• A convergência territorial como método de orientação da alocação dos 
investimentos com vistas a uma organização do território mais equilibrada; 
• A integração de políticas e programas, visando otimizar os resultados da 
aplicação dos recursos públicos, por meio da convergência territorial e da 
focalização em torno de público-alvo delimitado; 
• O monitoramento e a avaliação dos projetos e programas de Governo, 
criando condições para a melhoria contínua e mensurável da qualidade e 
produtividade dos bens e serviços públicos; 
• O estabelecimento de parcerias com os Estados e com a iniciativa privada, 
visando a ampliação dos recursos para financiamento das ações de governo; 
• A gestão estratégica dos projetos e programas considerados indutores do 
desenvolvimento para assegurar o alcance dos resultados pretendidos; 
• A transparência na aplicação dos recursos públicos, mediante ampla 
divulgação dos gastos e dos resultados obtidos; 
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• A participação social na elaboração e gestão do Plano Plurianual como 
importante instrumento de interação entre o Estado e o cidadão para 
aperfeiçoamento das políticas públicas. 
 
A Lei 11.653, de 7 de abril de 2008, institui e dispõe sobre o Plano Plurianual 
para o quadriênio 2008-2011. O PPA organiza a atuação governamental em 
Programas orientados para o alcance dos objetivos estratégicos definidos para 
o período do Plano. 
 
O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que 
articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um 
objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no 
plano, visando à solução de um problema ou o atendimento de determinada 
necessidade ou demanda da sociedade. Os programas e ações do PPA serão 
observados nas leis de diretrizes orçamentárias, nas leis orçamentárias anuais 
e nas leis que os modifiquem. 
 
Três anexos integram o Plano Plurianual: 
• Anexo de Programas Finalísticos: são os programas que resultam 
bens ou serviços ofertados diretamente à sociedade, cujos resultados 
sejam passíveis de mensuração. Exemplo: Programa Brasil 
Universitário. 
• Anexo de Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas 
Especiais: são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao 
planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à 
avaliação ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens 
ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto 
inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativas. 
Exemplo: Programa Apoio Administrativo. 
• Anexo dos Órgãos Responsáveis por Programas de Governo: esses 
órgãos e entidades constam também dos orçamentos da União e são 
identificados na classificação institucional, que relaciona os órgãos 
orçamentários e suas respectivas unidades orçamentárias. Exemplo: 
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Órgão Orçamentário Ministério da Educação e Unidade Orçamentária 
Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
 
Não integram o PPA os programas destinados exclusivamente a 
operações especiais, que são aqueles compostos por despesas que não 
contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de 
governo, das quais não resulta um produto, e não gera contraprestação direta 
sob a forma de bens ou serviços. Exemplo: Amortização, juros, encargos e 
rolagem da dívida contratual e mobiliária. 
 
A Lei 11.653/08 determina que a gestão fiscal e orçamentária e a legislação 
correlata deverão levar em conta as seguintes diretrizes da política fiscal: 
• Elevação dos investimentos públicos aliada à contenção do crescimento 
das despesas correntes primárias até o final do período do Plano; 
• Redução gradual da carga tributária federal aliada ao ganho de 
eficiência e combate à evasão na arrecadação; 
• Preservação de resultados fiscais de forma a reduzir os encargos da 
dívida pública. 
 
Prevê, ainda, que serão considerados prioritários, na execução das ações 
constantes do Plano, os projetos: 
• Associados ao Projeto-Piloto de Investimentos Públicos - PPI e ao 
Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; e 
• Com maior índice de execução ou que possam ser concluídos no 
período plurianual. 
 
Observação: a LDO - 2010 não trata mais do PPI, apenas do PAC. 
 
 
 
 
 
 
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3.2 Gestão do Plano 
 
3.2.1 Aspectos Gerais 
 
A gestão do Plano Plurianual observará os princípios de eficiência, eficácia e 
efetividade, compreendendo ainda a implementação, monitoramento, 
avaliação e revisão de programas. 
 
No que se refere à gestão do PPA (artigos 8º e 9º), são competências do 
Poder Executivo: 
• Estabelecer normas complementares para a gestão do PPA 2008-2011; 
• Manter sistema de informações gerenciais e de planejamento para apoio 
à gestão do Plano, com característica de sistema estruturador de 
governo; 
• Manter atualizado, na Internet, o conjunto de informações necessárias 
ao acompanhamento da gestão do Plano. 
 
3.2.2 Monitoramento e Avaliação 
 
O Poder Executivo é o responsável por instituir o Sistema de Monitoramento 
e Avaliação do Plano Plurianual 2008-2011, sob a coordenação do Órgão 
Central do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, competindo-lhe 
definir diretrizes e orientações técnicas para seu funcionamento. Os Órgãos do 
Poder Executivo responsáveis por programas deverão manter atualizadas, 
durante cada exercício financeiro, na forma estabelecida pelo Órgão Central do 
Sistema de Planejamento e Orçamento Federal, as informações referentes à 
execução física das ações orçamentárias e à execução física e financeira das 
ações não-orçamentárias constantes dos programas sob sua 
responsabilidade. 
 
Segundo o art. 19 da Lei 11.653/08, o Poder Executivo enviará ao Congresso 
Nacional, até o dia 15 de setembro de cada exercício, relatório de avaliação 
do Plano, que conterá: 
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I. Avaliação do comportamento das variáveis macroeconômicas que 
embasaram a elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as 
razões das discrepâncias verificadas entre os valores previstos e os 
realizados; 
II. Demonstrativo contendo para cada programa a execução física e 
orçamentária das ações orçamentárias nos exercícios de vigência 
deste Plano; 
III. Demonstrativo, por programa e por indicador, dos índices alcançados 
ao término do exercício anterior e dos índices finais previstos; 
IV. Avaliação, por programa, da possibilidade de alcance do índice final 
previsto para cada indicador e de cumprimento das metas, indicando, 
se for o caso, as medidas corretivas necessárias; 
V. As estimativas das metas físicas e dos valores financeiros, para os três 
exercícios subsequentes ao da proposta orçamentária enviada em 31 
de agosto, das ações orçamentárias constantes desta Lei e suas 
alterações, das novas ações orçamentárias previstas e das ações não-
orçamentárias (PPA deslizante). 
 
A avaliação anual do PPA tem como objetivo a análise da adequação da 
concepção, da implementação e dos objetivos do ano anterior. As informações 
da avaliação subsidiarão a revisão qualitativa da programação para o ano 
subsequente e para os três seguintes. Fica assim estabelecido o PPA 
deslizante ou rolante (Rolling Plan), que deverá sempre projetar indicadores e 
ações para os exercícios subsequentes a cada ano do PPA 2008-2011 e 
atualizar o cenário macroeconômico. Sem a programação deslizante, a 
abrangência do PPA iria diminuindo e o planejamento de médio prazo se 
perdendo, chegando ao cúmulo de no último no ano do PPA vigente, sem 
nenhuma orientação para o ano seguinte e sem integração entre os 
quadriênios, iniciar-se a elaboração de um novo PPA. 
 
Aprofundaremos no tema Monitoramento e Avaliação no estudo do Decreto 
6.601/08. 
 
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3.2.3 Revisões e Alterações 
 
Quanto às revisões e alterações do PPA, o art. 15 da Lei 11653/08 determina 
que a exclusão ou a alteração de programas constantes desta Lei ou a inclusão 
de novo programa serão propostas pelo Poder Executivo por meio de projeto 
de lei de revisão anual ou específico de alteração da Lei do Plano Plurianual. 
 
Os projetos de lei de revisão anual, quando necessários, serão 
encaminhados ao Congresso Nacional até 31 de agosto, e conterão, no 
mínimo: 
• Para inclusão de programa: diagnóstico sobre a atual situação do 
problema que se deseja enfrentar ou sobre a demanda da sociedade 
que se queira atender com o programa proposto, bem como a indicação 
dos recursos que o financiarão. 
• Para alteração ou exclusão de programa: exposição das razões que 
motivam a proposta. Considera-se alteração de programa: 
- A modificação da denominação, do objetivo ou do público-alvo do 
programa; 
- A inclusão ou exclusão de ações orçamentárias; 
- Ou a alteração do título, do produto e da unidade de medida das ações 
orçamentárias. Neste caso, as alterações previstas poderão ocorrer por 
intermédio da lei orçamentária ou de seus créditos adicionais, desde que 
mantenham a mesma codificação e não modifiquem a finalidade da ação ou 
a sua abrangência geográfica. 
 
Dessa forma, mudanças em outros campos das ações orçamentárias, como 
Descrição, Base legal e Forma de Implementação não são consideradas 
alterações de programa. 
 
A inclusão de ações orçamentárias de caráter plurianual poderá ocorrer por 
intermédio de lei de créditos especiais desde que apresente, em anexo 
específico, as informações referentes às projeções plurianuais e aos atributos 
constantes do Plano. 
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Complementaremos o tema Revisões e Alterações no estudo do Decreto 
6.601/08. 
 
4. DECRETO 6.601/08: GESTÃO DO PPA 2008-2011 
 
4.1 Organização e Objetivos 
 
O Decreto 6.601, de 10 de outubro de 2008, dispõe sobre a gestão do Plano 
Plurianual 2008-2011 e de seus programas, revogando o Decreto 5.233 de 
outubro de 2004, que versava sobre o PPA anterior. 
 
O Plano Plurianual, de acordo com o modelo de Gestão do PPA 2008-2011, 
tem como função organizar a atuação governamental em programas, 
contribuindo para orientar uma administração pública por resultados, ou seja, 
focada nas melhorias efetivamente proporcionadas ao público-alvo beneficiado 
pela intervenção do programa. 
 
A gestão por programas objetiva o alcance de resultados mediante a utilização 
de processos estruturados e instrumentos adequados à integração das ações 
em torno de programas, motivando a tomada de decisão e a correção de rumos 
a partir de sua orientação estratégica. Essa gestão pressupõe a utilização 
sistemática dos mecanismos de elaboração, monitoramento, avaliação e 
revisão do Plano durante sua execução. Nesse contexto, a Avaliação Anual do 
PPA constitui–se em importante instrumento gerencial, na medida em que 
contribui para o aperfeiçoamento contínuo da formulação e da gestão dos 
programas que integram o Plano e os orçamentos anuais. 
 
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) tem a 
responsabilidade de coordenar os processos de monitoramento, de avaliação e 
de revisão do PPA, bem como disponibilizar metodologia, orientação e apoio 
técnico para a sua gestão. Deverá também manter atualizadas, na Internet, as 
informações necessárias ao acompanhamento da gestão do PPA. Ainda, 
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coordenará a Gestão do PPA, em articulação com os demais órgãos do Poder 
Executivo. 
 
Cabe também ao MPOG editar portaria para definir diretrizes e orientações 
técnicas para o funcionamento do Sistema de Monitoramento e Avaliação do 
PPA 2008-2011 e estabelecer as atribuições dos Gerentes de Programas e 
Coordenadores de Ações. Os resultados apurados no monitoramento e 
avaliação deverão subsidiar a revisão do PPA. 
 
Consoante o art. 2º do Decreto 6.601/08, a gestão do PPA, para o quadriênio 
2008-2011, orientada para resultados, segundo os princípios de eficiência, 
eficácia e efetividade, compõe-se dos níveis estratégico e tático-operacional, 
compreendendo: 
 
No Nível Estratégico - objetivos de governo e os objetivos setoriais: 
• Comitê de Gestão do PPA, integrado por representantes do MPOG, da 
Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da Fazenda e da 
Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Serão 
designados pelo Ministro de Estado de Planejamento, Orçamento e 
Gestão, mediante indicação dos titulares dos órgãos mencionados. 
• Secretaria-Executiva, ou seu equivalente nos demais órgãos. 
• Comissão de Monitoramento e Avaliação do Plano Plurianual - CMA, a 
ser instituída no âmbito do MPOG, integrada por representantes de 
órgãos do Poder Executivo. Contará com a Câmara Técnica de 
Monitoramento e Avaliação - CTMA e com a Câmara Técnica deProjetos de Grande Vulto - CTPGV para o desempenho de suas 
atribuições. 
• Unidades de Monitoramento e Avaliação - UMA, em cada órgão 
responsável por programa. Serão instituídas no âmbito de cada órgão 
responsável por programa e deverão estar subordinadas às respectivas 
Secretarias-Executivas ou unidades administrativas equivalentes. 
 
 
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No Nível Tático-operacional - programas e ações: 
• Gerentes de Programa: é o titular da unidade administrativa à qual o 
programa está vinculado. É o responsável pela gestão de programa do 
PPA em conjunto com o Gerente-Executivo. Os programas pertencentes 
ao órgão responsável 92000 (Atividades Padronizadas) estão 
dispensados da necessidade de vinculação a eles de Gerente e 
Gerente-Executivo, porém devem contar com Coordenadores de Ação. 
• Gerentes-Executivos de Programa; 
• Coordenadores de Ação: é o titular da unidade administrativa à qual se 
vincula a ação. É o responsável pela gestão da ação, com apoio do 
Coordenador-Executivo de Ação. 
• Coordenadores Executivos de Ação. 
 
A orientação do MPOG é a para que o titular da unidade administrativa 
responsável pelo programa será o gerente do programa e o titular da unidade 
administrativa responsável pela ação será o coordenador da ação. Dessa 
forma, busca-se assegurar a continuidade da gestão dos programas e ações, 
mesmo nos casos de mudança de titulares e equipes, e ao mesmo tempo 
propicia-se ao gerente de programa e coordenadores de ação maior 
disponibilidade de recursos (humanos, administrativos e logísticos) para o 
alcance das metas e resultados previstos. Não serão disponibilizados novos 
cargos ou criadas unidades administrativas nos Ministérios e Secretarias 
Especiais para implantação de qualquer uma das funções do modelo de gestão 
do PPA. A proposta é alocar os recursos organizacionais já disponíveis. 
 
A Portaria do titular do órgão (Ministros e Secretários Especiais) deverá indicar 
as unidades administrativas responsáveis pelo Programa e Ações, sob sua 
responsabilidade. As exceções são os titulares das empresas integrantes do 
orçamento de investimentos e o Ministério da Defesa que indicarão pessoas 
responsáveis por programas e ações, não unidades da estrutura regimental. 
 
É recomendado que o Gerente de Programa seja o dirigente de uma Unidade 
de alto nível hierárquico, que detenha a competência regimental associada aos 
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objetivos dos programas e disponha de poder de decisão sobre a alocação dos 
recursos da unidade. No caso das vinculadas, recomenda-se que seja o 
dirigente máximo da organização. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – APO/SP - 2009) No âmbito federal, a coordenação do PPA, no nível 
operacional, é realizada pelos seguintes responsáveis: 
a) gerentes de programas, coordenadores-executivos de programas e 
ordenadores de despesas. 
b) comissão de gestão do PPA, gerentes de programas e coordenadores-
executivos de programas. 
c) gerentes de programas, gerentes-executivos de programas, coordenadores 
de ação e coordenadores-executivos de ação. 
d) gerentes de programas, secretários-executivos, ordenadores de despesa e 
gerentes de ações. 
e) coordenadores de programas, ordenadores de despesas e supervisores de 
ação. 
 
A nossa questão pede os responsáveis pela gestão do PPA no nível 
operacional. Vimos que são os gerentes de programas, os gerentes-
executivos de programas, os coordenadores de ação e os coordenadores-
executivos de ação. 
Resposta: Letra C. 
 
4.2 Comitê de Gestão do PPA 
 
O Comitê de Gestão do PPA está compreendido no nível estratégico da Gestão 
do PPA. É integrado por representantes do MPOG, da Casa Civil da 
Presidência da República, do Ministério da Fazenda e da Secretaria de 
Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Serão designados pelo 
Ministro de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante indicação 
dos titulares dos órgãos mencionados. 
 
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O Comitê de Gestão do PPA será assessorado pela CMA e contará com o 
apoio técnico e administrativo da Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SPI), que 
desempenhará a função de Secretaria-Executiva. Segundo o art. 4º, 
compete ao Comitê de Gestão do PPA: 
• Adotar medidas que fortaleçam a gestão para resultados, observando os 
princípios da eficiência, da eficácia e da efetividade da ação 
governamental, com base nos indicadores e metas do PPA; 
• Realizar o monitoramento estratégico do PPA com base na evolução 
dos indicadores dos objetivos de governo, dos programas prioritários e 
das respectivas metas de ações; e 
• Deliberar sobre alterações do PPA no nível estratégico. 
 
A Secretaria-Executiva, ou seu equivalente nos demais órgãos, também está 
compreendida no nível estratégico da Gestão do PPA. 
O Secretário-Executivo será assessorado pela UMA, que contará com apoio 
técnico da SPI. Segundo o art. 5º, compete ao Secretário-Executivo ou seu 
equivalente, diretamente ou por delegação: 
• Acompanhar a execução dos programas do PPA e adotar medidas 
que promovam a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação 
governamental; 
• Definir prioridades de execução em consonância com o 
estabelecido no PPA e nas leis de diretrizes orçamentárias; 
• Monitorar, em conjunto com o Gerente de Programa, a evolução 
dos indicadores dos objetivos setoriais, dos programas e das 
metas das ações do PPA sob sua responsabilidade; 
• Articular junto às unidades administrativas responsáveis por 
programas e ações, quando necessário, para a melhoria de 
resultados apurados periodicamente pelo Sistema de 
Monitoramento e Avaliação do PPA; 
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• Coordenar a alocação de recursos nos programas sob a 
responsabilidade do órgão, inclusive daqueles de natureza 
multissetorial; 
• Apoiar os Gerentes de Programa com medidas mitigadoras dos 
riscos identificados na execução dos programas; e 
• Elaborar o Relatório Anual de Avaliação dos Objetivos Setoriais e 
supervisionar a elaboração do Relatório Anual de Avaliação dos 
Programas sob a responsabilidade do órgão, bem como os demais 
requisitos de informação disponibilizados pelo Órgão Central no 
Sistema de Planejamento e Orçamento Federal. 
 
4.3 Monitoramento e Avaliação 
 
A Avaliação gera subsídios para a tomada de decisões acerca das políticas, 
programas e nos diferentes níveis da Administração Pública Federal. A 
avaliação do PPA é realizada em cada exercício financeiroque o compõe e 
compreende as atividades de aferição e análise dos resultados alcançados por 
meio da aplicação de recursos públicos, além da identificação de 
recomendações para a correção de eventuais falhas na programação. 
 
Segundo definição do MPOG, “A Avaliação do Plano Plurianual é um processo 
contínuo e participativo de aperfeiçoamento da administração pública federal, 
sob a perspectiva dos resultados para o cidadão. É uma etapa do ciclo de 
gestão governamental e visa melhorar o desempenho dos programas, 
promover o aprendizado das equipes gerenciais, além de prestar contas ao 
Congresso Nacional e à sociedade”. 
 
A realização de avaliação de um programa governamental tem como 
objetivos: 
a) Aferir, de forma sistemática, os seus resultados e compará-los com 
resultados pré-estabelecidos; 
b) Identificar e analisar as causas dos possíveis desvios observados na 
operação e/ou nos resultados obtidos; e 
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c) Propor recomendações para subsidiar a tomada de decisão acerca das 
medidas corretivas a serem adotadas, a fim de garantir a obtenção dos 
resultados esperados pela sociedade. 
 
A importância da Avaliação do PPA pode ser traduzida em quatro objetivos 
específicos: 
• Proporcionar maior transparência às ações de governo: a avaliação 
fornece informações sobre o desempenho de programas, servindo como 
meio de prestação de contas ao Congresso Nacional e à Sociedade; 
• Auxiliar a tomada de decisão: a avaliação proporciona informações 
úteis à tomada de decisões relativas à ação governamental; 
• Promover a aprendizagem e a disseminação do conhecimento nas 
organizações: o processo de avaliação amplia o conhecimento dos 
gerentes e de suas equipes sobre o programa. Para ser efetiva, deve ser 
compreendida como oportunidade de reflexão entre todos aqueles 
envolvidos na implementação dos programas para a construção coletiva 
de soluções; 
• Aperfeiçoar a concepção e a gestão do plano e dos programas: a 
avaliação é um instrumento de gestão que tem a finalidade de assegurar 
o aperfeiçoamento contínuo dos programas e do Plano, visando à 
melhoria dos resultados e otimizando o uso dos recursos públicos. 
 
A avaliação anual do PPA é realizada em três etapas, de acordo com as 
instâncias de implementação do Plano, e respectivas responsabilidades no 
desenvolvimento das ações governamentais nos níveis estratégico e tático-
operacional, considerando a participação dos principais agentes conforme as 
competências estabelecidas no Decreto 6.601/08. 
 
As instâncias da avaliação anual do PPA correspondem aos níveis da gestão 
do PPA para o quadriênio 2008-2011. A avaliação compreenderá a estratégia 
de desenvolvimento e a análise do alcance das metas governamentais 
prioritárias constantes do plano, a avaliação dos objetivos setoriais e o nível 
tático-operacional, o qual compreende os programas e ações. 
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As etapas da avaliação anual do PPA estão associadas às atribuições dos 
agentes que integram os níveis da gestão do PPA: 
• Gerente de Programa: é o titular da unidade administrativa à qual o 
programa está vinculado, sendo responsável pela gestão de programa 
do PPA; 
• Secretário-Executivo ou seu equivalente: diretamente ou por 
delegação é responsável pela elaboração do Relatório Anual de 
Avaliação dos Objetivos Setoriais e supervisão da elaboração do 
Relatório Anual de Avaliação dos Programas sob a responsabilidade do 
órgão; e 
• Órgão Central de Planejamento e Orçamento Federal (MPOG): por 
intermédio da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos 
(SPI), é responsável por elaborar o relatório de avaliação do Plano em 
conformidade com o já citado art. 19 da Lei nº 11.653/2008. 
 
Desse modo, a partir de informações captadas, tem-se o desenvolvimento das 
etapas que compõe o processo de avaliação anual do PPA 2008-2011, 
contemplando a análise dos resultados nos níveis tático-operacional e 
estratégico. 
 
Segundo o Manual de Avaliação do PPA, há um grande número de modelos e 
técnicas que podem ser utilizados pelos avaliadores, que variam em função 
das características do programa, dos propósitos da avaliação, das expectativas 
dos interessados, do nível de suporte institucional e da disponibilidade de 
recursos para a sua realização. A avaliação pode ser tipificada em razão do 
seu propósito, o qual pode abranger os aspectos da formulação, do desenho, 
da coleta de informação, da interpretação de dados, da comunicação e da 
utilização. Optou-se, dessa forma, pela classificação em função das 
características da avaliação: 
 
 
 
 
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Quanto ao objeto, a avaliação pode ser caracterizada como: 
• De processo: relativa a identificação dos aspectos da implementação 
(insumos, processos e produtos) que podem gerar ganhos ou perdas no 
atendimento às metas das ações do programa junto ao seu público-alvo; 
• De resultados: relativa ao nível de transformação da situação a qual o 
programa se propõe a modificar. Expressa o grau em que os objetivos 
do programa foram alcançados; e 
• De impacto: que busca conhecer os efeitos produzidos pelo programa 
em algum(uns) aspecto(s) da realidade afetada pela sua existência, 
geralmente relacionando-se a resultados de médio e longo prazo e visa 
à identificação, compreensão e explicação das mudanças nas variáveis 
e nos fatores relacionados à efetividade do programa. 
 
Quanto à execução, a avaliação pode ser caracterizada como: 
• Interna: realizada dentro da organização onde se localiza o programa, 
conduzida por unidade administrativa diferente da executora, sendo que 
para o PPA, onde se aplica uma auto-avaliação, os trabalhos são 
realizados pela própria equipe responsável pela gestão do programa; 
• Externa: realizada por instituições externas, o que tende a apresentar 
maior credibilidade junto ao público usuário da informação por utilizar 
padrões mais rígidos e neutros de análise. 
 
O próximo tipo de avaliação que considera a temporalidade é o mais cobrado 
em provas. Assim, vamos além do que prevê o Manual de Avaliação do PPA. 
Quanto à temporalidade, a avaliação pode ser caracterizada como: 
• Ex-ante: realizada antes do início de implementação de um programa, 
onde é necessário projetar o que aconteceria com algumas 
características da população beneficiária caso o programa fosse 
executado, comparando os custos e benefícios da iniciativa com as 
alternativas disponíveis à sua implantação. Procura medir a viabilidade 
do programa a ser implementado, no que diz respeito a sua relação 
custo-benefício. 
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• Ex-post ou somativa: realizada após consolidação ou na fase final de 
um programa. Normalmente mede resultados e impactos, exigindo 
levantamento de dados primários sobre o público-alvo, caso o programa 
não disponha de um sistema de monitoramento desenvolvido. O objetivo 
principal é o de analisar a efetividade de um programa, compreendendo 
em que medida o mesmo atingiu os resultados esperados. É focada 
nos resultados. 
• Formativa ou de processo: preocupa-se em diagnosticar as possíveis 
falhas de um programa, no que diz respeito aos instrumentos, 
procedimentos, conteúdos e métodos, e adequação ao público-alvo, 
visando o seu aperfeiçoamento através da interferência direcionada para 
seus aspectos intrínsecos, ou seja, de dentro do programa. Estima o 
grau de eficácia das estratégias adotadas na implementação e orienta 
decisões sobre sua continuidade. Procura observar em que medida está 
sendo implementado como planejado, pois focaliza os aspectos que têm 
relação direta com a formação do programa, enquanto está em 
funcionamento. Também informa sobre as necessidades de ampliação 
da cobertura de um programa ou da viabilidade de sua replicação. 
Assim, é utilizado na fase de implementação, pois se centraliza nos 
processos e não nos resultados. É focada na gestão e no 
funcionamento do programa. 
 
Caiu na prova: 
(ESAF – AFC/CGU – 2008) Apesar das muitas controvérsias entre os teóricos, 
na área de avaliação existem alguns conceitos e distinções razoavelmente 
consensuados, como os que se referem à avaliação somativa e à avaliação 
formativa. Sobre os objetivos da avaliação formativa, examine os enunciados 
abaixo e depois marque a resposta certa. 
1. Proporcionar feedback imediato para alimentar revisões de programas e 
projetos em fase de teste-piloto. 
2. Estimar o grau de eficácia das estratégias adotadas na implementação de 
um programa e orientar decisões sobre sua continuidade. 
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3. Identificar aspectos ambientais favoráveis e desfavoráveis ao êxito de um 
projeto ou programa em fase inicial de implementação, a fim de definir 
estratégias para melhorar o seu desempenho. 
4. Informar sobre as necessidades de ampliação da cobertura de um programa 
ou da viabilidade de sua replicação. 
a) Todos os enunciados acima são objetivos da avaliação formativa. 
b) Nenhum dos enunciados acima é objetivo da avaliação formativa. 
c) Somente o enunciado 2 é objetivo da avaliação formativa. 
d) Somente os enunciados 1 e 3 são objetivos da avaliação formativa. 
e) Somente os enunciados 2 e 4 são objetivos da avaliação formativa. 
 
A avaliação formativa ou de processo se preocupa em diagnosticar as 
possíveis falhas de um programa, no que diz respeito aos instrumentos, 
procedimentos, conteúdos e métodos, e adequação ao público-alvo, visando o 
seu aperfeiçoamento através da interferência direcionada para seus aspectos 
intrínsecos, ou seja, de dentro do programa. Estima o grau de eficácia das 
estratégias adotadas na implementação e orienta decisões sobre sua 
continuidade. Procura observar em que medida está sendo implementado 
como planejado, pois focaliza os aspectos que têm relação direta com a 
formação do programa, enquanto está em funcionamento. Informa sobre as 
necessidades de ampliação da cobertura de um programa ou da 
viabilidade de sua replicação. Assim, é utilizado na fase de implementação, 
pois se centraliza nos processos e não nos resultados. É focada na gestão e no 
funcionamento do programa. 
 
A avaliação ex-ante é realizada antes do início de implementação de um 
programa, onde é necessário projetar o que aconteceria com algumas 
características da população beneficiária caso o programa fosse executado, 
comparando os custos e benefícios da iniciativa com as alternativas disponíveis 
à sua implantação. Os outros itens da questão tratam de programas e projetos 
em fase de teste-piloto e de aspectos ambientais que devem anteceder a 
implementação, logo se referem à avaliação ex-ante. 
 
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Assim, somente os enunciados 2 e 4 são objetivos da avaliação formativa. 
Resposta: Letra E 
 
4.4 Revisões e Alterações 
 
No caso de revisão do PPA, deverá ser observado o disposto na Lei 
n° 11.653/08 (já estudado) e ao seguinte: 
A inclusão ou alteração de ações orçamentárias do tipo projeto no PPA 
deverá observar: 
• A alocação de, no mínimo, 60% do valor estimado do projeto, no período 
de quatro anos contados a partir do ano de seu início; e 
• A não-superposição de finalidade com outros projetos já integrantes do 
PPA. 
 
Serão precedidas de análise do MPOG as alterações definidas na Lei 
11.653/08, e as seguintes, as quais serão autorizadas pelo Ministro de Estado 
do Planejamento, Orçamento e Gestão, podendo ser objeto de delegação: 
• Alteração do órgão responsável por programas e ações; 
• Alteração dos indicadores dos programas e seus respectivos índices; 
• Inclusão, exclusão ou alteração de ações e respectivas metas, no caso 
de ações não-orçamentárias; e 
• Adequação da meta física de ação orçamentária, para fins de 
compatibilização com alterações no seu valor, produto, ou unidade de 
medida, realizadas pelas leis orçamentárias anuais e seus créditos 
adicionais ou por leis que alterem o PPA. 
 
5. PGV NA LEI 11.653/08 E NO DECRETO 6.601/08 
 
Vamos terminar o estudo do Decreto 6.601/08 com o estudo dos Projetos de 
Grande Vulto (PGV) 
A fim de integrar o planejamento, o orçamento e a gestão, as ações do setor 
público federal são estruturadas em programas. Um programa resulta do 
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reconhecimento de carências, demandas sociais e econômicas e de 
oportunidades inscritas nas prioridades e diretrizes políticas expressas nas 
orientações estratégicas do governo. Assim, o programa é o instrumento de 
organização da ação governamental com vistas ao enfrentamento de um 
problema e à concretização dos objetivos pretendidos. 
 
O programa articula um conjunto coerente de ações (orçamentárias e não-
orçamentárias) necessárias e suficientes para enfrentar o problema, de modo a 
superar ou evitar as causas identificadas, como também aproveitar as 
oportunidades existentes. 
 
Para atender seus objetivos, o programa é composto por ações. As ações 
orçamentárias podem ser classificadas em projetos, atividades e operações 
especiais. Projeto é uma ação que envolve um conjunto de operações, 
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a 
expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo. 
 
Segundo o art. 10 da Lei 11.653/08, consideram-se, para efeito do PPA, como 
Projetos de Grande Vulto (PGV), ações orçamentárias do tipo projeto: 
I - financiadas com recursos do orçamento de investimento das estatais, deresponsabilidade de empresas de capital aberto ou de suas subsidiárias, cujo 
valor total estimado seja igual ou superior a cem milhões de reais; 
II - financiadas com recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, ou 
com recursos do orçamento das empresas estatais que não se enquadrem no 
disposto no inciso anterior, cujo valor total estimado seja igual ou superior a 
vinte milhões de reais. 
 
Assim, no caso de projetos sob responsabilidade de empresas estatais de 
capital aberto ou suas subsidiárias, são de grande vulto apenas aqueles que 
tenham custo total estimado superior a R$ 100 milhões. Por exemplo, os PGV 
com custo total superior a R$ 100 milhões da Petrobras ou de suas 
subsidiárias, como a Petrobras Distribuidora S.A. (BR) e a Petrobras 
Transporte S.A. (Transpetro). 
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A avaliação de projetos de grande vulto se insere no ciclo de gestão do Plano 
Plurianual com o objetivo de aperfeiçoar o processo decisório, evitando a 
dispersão e o desperdício dos recursos públicos, incrementando a eficiência do 
investimento e aprimorando a ação de governo. A finalidade é proporcionar ao 
cidadão, ao contribuinte, mais valor por seu dinheiro; é maximizar os benefícios 
oriundos dos bens e serviços oferecidos pelo Estado, em prol da sociedade. 
 
O projeto de grande vulto deverá constituir ação orçamentária específica a 
nível de título, com objeto determinado, vedada sua execução à conta de 
outras programações. Para que um projeto de grande vulto possa ser incluído 
no Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA, o referente estudo de viabilidade 
deve ser encaminhado à Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos - SPI/MP, Secretaria-Executiva da CMA, até o dia 31 de março do 
exercício anterior ao de previsão de início. Projetos cujos estudos forem 
recebidos após essa data poderão ser incorporados à LOA do ano seguinte 
mediante crédito especial, à medida que os estudos forem apreciados. 
 
Ressalta-se que serão adotados critérios e requisitos adicionais para a 
execução, acompanhamento e controle, interno e externo, incluindo a avaliação 
prévia da viabilidade técnica e socioeconômica, sempre que o custo total 
estimado do projeto de grande vulto for igual ou superior a: 
I - cem milhões de reais, quando financiado com recursos do orçamento de 
investimento das estatais, de responsabilidade de empresas de capital aberto 
ou de suas subsidiárias; ou 
II - cinquenta milhões de reais, quando financiado com recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social ou com recursos do orçamento das 
empresas estatais que não se enquadrem no disposto no item anterior. 
 
Consoante o art. 11 do Decreto 6601/08, compete à Câmara Técnica de 
Projetos de Grande Vulto – CTPGV manifestar-se sobre a viabilidade técnica e 
socioeconômica de projetos de grande vulto. Para isso, os órgãos setoriais 
deverão encaminhar à CTPGV o estudo de viabilidade técnica e 
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socioeconômica do projeto de grande vulto, inclusive em meio eletrônico, em 
formato definido pela referida Câmara Técnica. 
 
Agora vamos às exceções ao disposto acima. São tantas que fica difícil saber 
o que sobra na regra. Excetua-se de tal exigência o projeto de grande vulto 
que: 
I - tenha sido objeto de manifestação favorável ou de dispensa de 
apresentação de estudo de viabilidade técnica e socioeconômica no âmbito do 
PPA anterior; 
II - se enquadra nas seguintes situações: 
a) aquisição ou construção de edificações para funcionamento de unidades 
administrativas ou instalações militares; 
b) manutenção, reforma ou modernização de edificações ou de instalações 
existentes, desde que não incluam ampliação imediata de capacidade; 
c) ampliação de rede de distribuição de energia elétrica; 
d) aquisição de bens comuns, 
e) aquisição de equipamentos, programas ou serviços de informática; 
f) investimentos no exterior; 
g) produção habitacional; 
h) urbanização de assentamentos precários; 
i) saneamento básico, exclusive os classificáveis na subfunção recursos 
hídricos (544), definido em portaria do MPOG; 
j) aquisição ou construção de unidades destinadas à ampliação da capacidade 
de atendimento da rede pública de ensino federal; 
k) elaboração de estudos ou levantamentos estatísticos; 
l) integrante do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; e 
m) excepcionado mediante consulta prévia à CTPGV. 
 
Caiu na prova: 
(CESGRANRIO – Planejamento, Orçamento e Finanças - IBGE – 2010) De 
acordo com o Plano Plurianual para o período 2008/2011, consideram-se 
Projetos de Grande Vulto (PGV) as ações orçamentárias: 
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(A) exclusivamente destinadas à realização de obras públicas de 
implementação de transporte público de alta de velocidade cujo valor seja 
superior a vinte milhões de reais. 
(B) exclusivamente destinadas à realização de obras públicas cujo valor total 
estimado seja igual ou superior a cem milhões de reais. 
(C) financiadas com recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social cujo 
valor total estimado seja igual ou superior a vinte milhões de reais. 
(D) financiadas com recursos do orçamento de investimento das estatais cujo 
valor total estimado seja igual ou superior a dez milhões de reais. 
(E) financiadas com recursos do orçamento de investimento das estatais de 
capital aberto ou de suas subsidiárias cujo valor total estimado seja igual ou 
superior a cinquenta milhões de reais. 
 
Segundo o art. 10 da Lei 11.653/08, consideram-se, para efeito do PPA, como 
Projetos de Grande Vulto (PGV), ações orçamentárias do tipo projeto: 
I - financiadas com recursos do orçamento de investimento das estatais, de 
responsabilidade de empresas de capital aberto ou de suas subsidiárias, cujo 
valor total estimado seja igual ou superior a cem milhões de reais; 
II - financiadas com recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade 
social, ou com recursos do orçamento das empresas estatais que não se 
enquadrem no disposto no inciso anterior, cujo valor total estimado seja 
igual ou superior a vinte milhões de reais. 
Resposta: Letra C 
 
 
Seguem o memento, as questões comentadas nesta aula, as questões de 
concursos anteriores, os respectivos gabaritos e, ao final, trataremos das 
questões discursivas 
 
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MEMENTO AULA 5 
LEI 10.180/01 
SISTEMA DE PLANEJAMENTO E DE ORÇAMENTO FEDERAL 
INTEGRANTES 
MPOG (Órgão central); Órgãos setoriais e Órgãos específicos 
FINALIDADES 
Formular o planejamento estratégiconacional; 
Formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social; 
Formular o PPA, LDO e LOA; 
Gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal; 
Promover a articulação com os Estados, o DF e os Municípios, visando a compatibilização de normas e 
tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal. 
COMPETE ÀS UNIDADES RESPONSÁVEIS PELO PLANEJAMENTO 
Elaborar e supervisionar a execução de planos e programas nacionais e setoriais de desenvolvimento 
econômico e social; 
Coordenar a elaboração dos projetos de lei do PPA e o item, metas e prioridades da Administração Pública 
Federal, integrantes do projeto da LDO, bem como de suas alterações, compatibilizando as propostas de 
todos os Poderes, órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal com os objetivos 
governamentais e os recursos disponíveis; 
Acompanhar física e financeiramente os planos e programas referidos nos itens acima, bem como avaliá-
los, quanto à eficácia e efetividade, com vistas a subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a 
política de gastos e a coordenação das ações do governo; 
Assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela execução dos programas, projetos e atividades 
da Administração Pública Federal mantenham rotinas de acompanhamento e avaliação da programação; 
Manter sistema de informações sobre indicadores econômicos e sociais e mecanismos para desenvolver 
previsões e informação estratégica sobre tendências e mudanças no âmbito nacional e internacional; 
Identificar, analisar e avaliar os investimentos estratégicos do Governo, suas fontes de financiamento e sua 
articulação com os investimentos privados, e prestar apoio gerencial e institucional à sua implementação; 
Realizar estudos e pesquisas sócio-econômicas e análises de políticas públicas; 
Estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das empresas estatais, as quais são consideradas, 
para efeito deste item, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas 
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em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
COMPETE ÀS UNIDADES RESPONSÁVEIS PELO ORÇAMENTO 
Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da LDO e LOA, compreendendo os 
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais; 
Estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação dos orçamentos federais, 
harmonizando-os com o PPA; 
Realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento do processo 
orçamentário federal; 
Acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, sem prejuízo da competência atribuída a 
outros órgãos; 
Estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as necessidades de sua harmonização com o 
planejamento e o controle; 
Propor medidas que visem à consolidação das informações orçamentárias das diversas esferas de governo. 
SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA FEDERAL 
INTEGRANTES 
STN (órgão central) e os órgãos setoriais, que são as unidades de programação financeira dos Ministérios, 
da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República. 
FINALIDADES 
Zelar pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Nacional; 
Administrar os haveres financeiros e mobiliários do Tesouro Nacional; 
Elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional, gerenciar a Conta Única do Tesouro Nacional e 
subsidiar a formulação da política de financiamento da despesa pública; 
Gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de responsabilidade do Tesouro Nacional;
Controlar a dívida decorrente de operações de crédito de responsabilidade, direta e indireta, do Tesouro 
Nacional; 
Administrar as operações de crédito sob a responsabilidade do Tesouro Nacional;
Manter controle dos compromissos que onerem, direta ou indiretamente, a União junto a entidades ou 
organismos internacionais; 
Editar normas sobre a programação financeira e a execução orçamentária e financeira, bem como promover 
o acompanhamento, a sistematização e a padronização da execução da despesa pública; 
Promover a integração com os demais Poderes e esferas de governo em assuntos de administração e 
programação financeira. 
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DECRETO 2829/98: NORMAS PARA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DO PPA E LOA 
Será adotado, em cada programa, modelo de gerenciamento que compreenda: 
Definição da unidade responsável pelo gerenciamento, mesmo quando o Programa seja integrado por 
projetos ou atividades desenvolvidas por mais de um órgão ou unidade administrativa; 
Controle de prazos e custos; 
Sistema informatizado de apoio ao gerenciamento, respeitados definições de portaria do MPOG. 
A avaliação física e financeira dos Programas e dos projetos e atividades que os constituem é inerente 
às responsabilidades da unidade responsável e tem por finalidade: 
Aferir o seu resultado, tendo como referência os objetivos e as metas fixadas; 
Subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, a política de gastos públicos e a coordenação das 
ações de governo; 
Evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos. 
Já para fins de gestão da qualidade, as unidades responsáveis pela execução dos Programas manterão 
sistema de avaliação de satisfação da sociedade quanto aos bens e serviços ofertados pelo Poder Público. 
LEI 11.653/08: PPA 2008-2011 
PPA organiza a atuação governamental em Programas orientados para o alcance dos objetivos estratégicos 
definidos para o período do Plano. 
O modelo de elaboração e gestão do PPA deverá se orientar pelos seguintes princípios: 
A convergência territorial; 
A integração de políticas e programas; 
O monitoramento e a avaliação dos projetos e programas de Governo; 
O estabelecimento de parcerias com os Estados e com a iniciativa privada; 
A gestão estratégica dos projetos e programas considerados indutores do desenvolvimento; 
A transparência na aplicação dos recursos públicos; 
A participação social na elaboração e gestão do PPA. 
Três anexos integram o PPA: 
Anexo de Programas Finalísticos; 
Anexo de Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais; 
Anexo dos Órgãos Responsáveis por Programas de Governo. 
Não integram o PPA os programas destinados exclusivamente a operações especiais. 
Serão considerados prioritários, na execução das ações constantes do Plano, os projetos: 
Associados ao PPI e ao PAC; e 
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Com maior índice de execução ou que possam ser concluídos no período plurianual. 
O Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional, até 15/09 de cada exercício, relatório de avaliação 
do PPA, que conterá: 
Avaliação do comportamento das variáveis macroeconômicas que embasaram a elaboração do Plano,

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