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Filosofia e Serviço Social

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Caracterize a época histórica de Marx.
Grande filósofo revolucionário, Marx viveu no século XIX, período em que a Europa vivia intensos conflitos, tanto no campo das ideias, como no campo das instituições que regulavam as sociedades, época em que o capitalismo concorrencial se consolidava. Já consolidada como classe dominante a burguesia sufocava os levantes dos trabalhadores, a primeira tentativa de sufocar as revoltas foi as Revoluções de 1848 (Primavera dos povos) que teve inicio na França. Foi uma série de conflitos ocorridos em alguns países da Europa, de cunho liberal, nacional e socialista. Os trabalhadores pedem a Marx e a Engels um texto didático para que todos entendessem o que estava acontecendo politicamente naquela época, em 1848, Marx e Engels publica o Manifesto Comunista, um dos tratados políticos mais influentes do mundo, com uma linguagem simples e de fácil compreensão, e trazia consigo as principais ideias do comunismo. Diante disso os trabalhadores começaram a se reconhecer como classe, se reconhecem como sujeitos internacionais.
Em 1864 acontece a 1ª Internacional, que foi a primeira tentativa de organização dos trabalhadores internacionais. Assim a classe trabalhadora surge como sujeito político, como um ser que pensa com sua própria cabeça e com os seus próprios objetivos. Porém foi dissolvida em 1876, houve também a 2 ª Internacional (1889), com o surgimento dos partidos políticos socialistas, mas também foi dissolvida em 1914. Em 1871, ocorreu a Comuna de Paris, onde pela primeira vez os trabalhadores tomam o poder de uma cidade (Paris) e criam uma legislação para benefício dos trabalhadores. Esse processo dura um pouco mais de 3 meses.
Que quer dizer que Marx inicialmente se identificava com os "hegelianos de esquerda"?
Segundo Hegel o Estado era a encarnação da razão universal, e alguns de seus discípulos concordavam com isso, e acreditavam também que em consequência disso a história do Estado Prussiano já tinha chegado ao seu fim. Inicialmente Marx também acredita que a razão esta no Estado, mas o Estado para ele não era racional, mas poderia alcançar a racionalidade através de uma revolução. Marx estava entre os discípulos de Hegel, que desconfiavam que a história tivesse chegado ao seu fim com o Estado Prussiano, como Hegel sustentava. Se assim for, o Estado moderno não é a encarnação do espírito universal. Isto significava que a história ainda tinha que progredir para assim alcançar uma organização racional.
Como Marx se apropria da análise de Feuerbach sobre a alienação religiosa?
Marx se encanta com o materialismo de Fauerbach. Para Feuerbach a religião é um produto da alienação da humanidade. Na religião temos a imagem projetada no céu do próprio homem, porém é uma imagem com a qual o homem não se identifica, apesar de ser sua própria imagem. Por essa razão, o homem se submete a essa imagem, e acaba sendo escravizado por ela. Marx, está interessado na alienação política. Então, para Marx, por analogia, o Estado é a imagem projetada no céu da Sociedade Civil. E assim, como acontece na alienação religiosa, o Estado se projeta como uma figura superior e anterior à sociedade civil (da qual é apenas sua projeção). Feuerbach considera que a alienação pode ser superada através do intelecto, da compreensão intelectual. Porém para Marx, a alienação é um resultado da divisão da sociedade civil e portanto, só pode ser superada com uma transformação da sociedade que acabe com a divisão que há nela.
Qual o significado da Tese 11 sobre Feuerbach?
Feuerbach acreditava que os problemas da humanidade se resolvem no campo das ideias, substituindo uma ideia errada por outra certa, relacionado a alienação religiosa. Porém para Marx, a causa da alienação é a divisão da sociedade. Na sociedade o trabalho esta dividido, alienado, o trabalho não pertence ao trabalhador. Por isso para finalizar com a alienação, é preciso mudar a sociedade. Portanto, a filosofia agora tem uma tarefa prática de transformar o mundo. Mais do que “interpretar o mundo de maneiras diferentes”, como ressalta a primeira parte da tese, o filosofo tende fazê-lo de forma concisa e de acordo com a realidade em questão, para depois, por meio da prática, transforma-lo. 
Qual a época histórica da publicação de História e Consciência de Classe de G. Lukács?
A época histórica, foi a época de triunfo da revolução russa, de um lado, em 1917 e a derrota dos levantes comunistas subsequentes, de outro lado. Nessa época Lu ckás torna-se marxista e comunista, abandonando e criticando suas anteriores posições idealistas e anticapitalistas românticas. É nesta época que Lu ckás acredita na força ideológica da ação política do partido comunista para vencer a aparência coisificada da sociedade burguesa. Para Lu ckás, este é o principal problema que a classe trabalhadora enfrenta no século XX, na época do capitalismo monopolista. Para ele, é necessária uma forte vontade revolucionária, para poder superar a derrota da revolução socialista e tentar novamente fazer uma outra revolução acontecer no mundo. Segundo ele, a revolução ficou bloqueada, esse bloqueio foi ocasionado pela reificação, e para superar esse bloqueio, precisa-se construir uma enorme convicção política.
Qual o fundamento do processo de reificação da vida social?
Lu ckás se inspira em Weber, na racionalização Weberiana para construir seu próprio processo de reificação, que se explica pela mercantilização da força de trabalho. A reificação ou codificação é quando as relações sociais deixam de ser entre indivíduos e passam a ser relações entre coisas. A inteira mercantilização da vida social é o fundamento do processo de reificação. Todas as relações sociais passam a ser pautadas como um processo mercantilizado, pautando-se na troca e venda. O trabalhador vende sua própria força de trabalho como se fosse uma mercadoria, ou seja, como se fosse uma coisa a ser trocada por outras mercadorias. Então a raiz do processo de reificação é a coisificação da força de trabalho. A reificação é um resultado do fetichismo da mercadoria, que Marx analisa, no Capital, a reificação é própria do capitalismo desenvolvido. No fetichismo da mercadoria o valor da mercadoria parece ser um atributo do objeto, ocultando que a substância do valor é o trabalho abstrato. Há assim uma forma de alienação que acontece cotidianamente na produção.
O processo de reificação gera uma forma de racionalidade específica. Qual é a principal característica dessa racionalidade?
Para Lu ckás a racionalidade se torna calculista/instrumental, é uma racionalidade que apreende os aspectos quantitativos, expressado através de números, podendo tudo ser medido, tudo tem um preço, e pode ser trocado ou vendido. A racionalidade passa a ser um instrumento calculista, baseado em interesses, com ausência de valores morais, que possibilita escolher racionalmente os meios para alcançar uma determinada finalidade, entretanto, não pode avaliar racionalmente os fins ou valores da ação social. Aqui a racionalidade perde o atributo emancipatório que tinha adquirido no Iluminismo, e que fazia parte também da tradição filosófica ocidental a partir dos seus inícios com Sócrates. Para ele, no capitalismo a razão se transformou em razão instrumental, mas acreditava que se pode resgatar a razão se saíssemos do capitalismo. Ao contrário de Weber, que acreditava que a razão sempre foi instrumental e sempre vai ser, não acreditando em outra forma de razão. 
Como se conectam e diferenciam o processo de reificação em Lukács com a racionalização weberiana?
Elas se conectam pela ideia da razão instrumental, o processo de reificação tem influência do conceito de racionalização, de desencantamento do mundo, onde ele vai se secularizando e chega a forma moderna.
Na racionalização Weberiana há um processo de perda de sentido provocado pelo predomínio da razão instrumental com base ao cálculo dos efeitos, ou resultados da ação social. Este é o preço pago pelo progresso científico-técnico. Para Webera racionalização é um processo cultural que tem raízes na cultura judeu-cristã, anterior ao capitalismo. O monoteísmo, cristianismo e o protestantismo, fazem parte deste processo cultural de racionalização e secularização no ocidente. Em Lu ckás, este mesmo fenômeno é reconhecido, porém, a origem está no processo de mercantilização da vida social próprio do capitalismo, a reificação tem origem econômica. Enquanto em Weber há uma resignação diante deste processo, em Lu ckás há uma atitude de resistência e luta contra a reificação através da ação política e da revolução social.
Qual é o principal traço do estruturalismo francês que está também presente na obra de Althusser?
Louis Althusser foi um filósofo marxista, que utilizou de ferramentas estruturalistas para explicar o marxismo. O principal traço do estruturalismo francês que está também presente em sua obra, é que o estruturalismo pensa a história sem sujeito, não havendo sujeito no início da história, ao contrário, a história que produz o sujeito. A história acontece sem sujeito, ela cria o sujeito através dos aparelhos ideológicos do Estado, criando sujeitos sujeitados, um sujeito que esta preso a um aparelho. Sujeitos sujeitados a uma estrutura, fazendo-a funcionar. O estruturalismo francês opera sobre o modelo da linguística, e para eles o homem é um ser que fala, e somente o homem possui essa característica. Podendo-se pensar a sociedade por um modelo linguístico e não mecânico. 
Como carateriza Althusser o jovem Marx e o Marx maduro? Desenvolva.
Discussão Althusseriana, dois marx. O jovem Marx, é um idealista, portanto hegeliano, simpatizava com as ideias de Hegel, como a ideia de sujeito, reificação, alienação, dialética e etc. Porém o Marx maduro rompe com Hegel se torna anti-hegeliano, rompendo também com suas ideias, abrindo mão de todas categorias que pressupõe o sujeito. O Marx maduro se torna materialista, cria uma ciência nova e a partir da ciência, surge a filosofia, o marxismo então se torna uma ciência e uma filosofia ao mesmo tempo. Marx transformou a história em ciência, ciência do modo de produção, a sociedade funciona a partir do seu modo de produção, o materialismo histórico. E a partir da ciência cria uma filosofia, que se dedica a demarcar o campo idealista, do campo materialista.
Segundo Althusser, qual a obra principal do Marx maduro. Quais são os conceitos com os quais trabalha o Marx maduro?
A principal obra do Marx maduro, é o Capital, uma obra científica, que constitui uma análise do capitalismo. Marx procurou entende-lo como um todo, coerente com o método de analise e concepção de história, Marx analisou o capitalismo não como o fim da história, mas como a forma de sociedade correspondente á natureza humana, mas como um modo de produção historicamente transitório cujas contradições internas o levariam a queda. O Marx maduro trabalhará com os conceitos de Modo de Produção, é a principal categoria, força produtiva, lutas de classes, ideologia, Estado e etc. As relações sociais serão inteiramente determinadas pela produção social, que Marx dividiu em forças produtivas e relações de produção. A forma pela qual as forças produtivas e as relações de produções são reproduzidas numa determinada sociedade constituem o que Marx chamou de Modo de produção. Cada modo de produção representa passos sucessivos no desenvolvimento da propriedade privada e o advento da exploração do pelo homem.
Explique a concepção do marxismo como ciência e filosofia em Althusser.
A teoria Marxista de ciência e filosofia, segundo Althusser representa uma revolução sem precedentes na história do conhecimento humano. Marx fundou uma nova ciência, a ciência da história, e dessa nova ciência surge uma nova filosofia, respectivamente chamadas, a primeira de materialismo histórico e a segunda de materialismo dialético. A ciência que se dedica a conhecer a verdade, a filosofia por sua vez não conhece a verdade, a filosofia faz a demarcação do campo do idealismo e do campo do materialismo. Essa demarcação tem um conteúdo social, é uma expressão das lutas de classes no campo das ideias. Espontaneamente as classes dominantes tendem ao idealismo, na tentativa de esconder a verdade, e as classes oprimidas tendem ao materialismo, na tentativa de progresso.
Como é incorporado o "diagnóstico weberiano da modernidade" na Escola de Frankfurt? Relacione com a categoria de "reificação" de Lukács.
A escola de Frankturt (1923), se dedicou, a partir da década de 20, ao estudo dos problemas tradicionais do movimento operário, unindo trabalho empírico e análise teórica. Se inspiravam em Marx para uma análise da sociedade contemporânea. Para os frankfurtianos, a razão que despontava com a valorização da ciência, cada vez mais evidente, trata-se de uma razão instrumental. Para Weber há um processo de longa duração na cultura ocidental de desencantamento do mundo e de racionalização da vida social. Isto leva à perda de sentido da vida. O surgimento da religião monoteísta, o cristianismo e o protestantismo, fazem parte deste processo que desemboca no "espírito do capitalismo". A coisificação esvazia de sentido a vida social e resulta na imagem da "gaiola de ferro". Lukács traduz o conceito de racionalização weberiana para reificação com outros fundamentos. Para Lukács, há um processo semelhante, que tem origem na inteira mercantilização da vida social, tratado por Marx como fetichismo da mercadoria, uma forma particular de alienação própria da sociedade burguesa, A reificação é um processo particular das sociedades capitalistas já desenvolvidas. Na escola de Frankfurt há uma apropriação deste conceito lukacsiano porém com uma perspectiva que excede e antecede o processo de mercantilização. Assim, a reificação está atrelada por exemplo, ao trabalho, e portanto, é anterior ao capitalismo, e portanto dificilmente superável.
Quais são os fatos históricos que inspiram a resignação ou pessimismo da Escola de Frankfurt?
A Escola de Frankfurt teve sua origem em 1923, tendo vivenciado vários problemas ao longo do século XX, incluindo aí o avanço das correntes reacionárias na filosofia e na política como o fascismo e o nazismo no ocidente, e do stalinismo no socialismo real. Diante desse quadro: nazismo, fascismo e stalinismo, surge uma reflexão ancorada no marxismo que duvida do papel da classe operária como sujeito potencialmente racional. Daí a ideia que não há sujeito potencialmente racional ou que há outros sujeitos, não a classe trabalhadora. Não consideram o sujeito como classe revolucionária, duvidam que a classe operária possa fazer uma revolução. Para eles, ao invés de progredir para degraus cada vez mais elevados de liberdade e igualdade, o mundo estava mergulhado no obscurantismo, na violência, e na barbárie. A ideia de um progresso civilizatório sucumbia diante dos acontecimentos que marcaram o século XX e várias atrocidades eram cometidas em nome desta mesma civilização, que utilizava a ciência para destruir a própria humanidade, por exemplo, a destruição de homens e mulheres através da repressão, nos campos de concentração do regime nazista.
Como relaciona Habermas, trabalho e razão instrumental. Qual a solução que coloca?
No trabalho se estabelece uma relação sujeito - objeto que não pode ser eliminada, segundo Habermas. Portanto, a razão instrumental que tem origem no trabalho não pode ser extinta. O problema está no uso desta racionalidade nos processos da vida social, porque aí a sociedade é tratada como se fosse uma coisa, coisificamos as relações sociais e portanto, opera desumanizado. A superação deste problema está no resgate da racionalidade comunicativa ancorada na linguagem, constitui o meio através do qual as interações sociais se dão no mundo. Aqui há potencialmente uma relação sujeito - sujeito que pode cumprir um papel humanizador. Habermas, portanto, contrapõe: comunicação versus trabalho, racionalidade comunicativa versus racionalidade instrumental. Porém a racionalidade comunicativa só pode amortecer os efeitosda racionalidade instrumental, mas não elimina- lá. 
Caracterize a esfera pública em Habermas. Relacione com a análise da intersubjetividade e da comunicação.
Há duas formas de racionalidade: instrumental e comunicativa, para Habermas, a primeira está ligada ao trabalho e na relação sujeito - objeto, e a segunda na linguagem e na intersubjetividade da relação sujeito - sujeito. Na esfera pública temos a possibilidade de uma racionalidade comunicativa entre sujeitos, fora do poder do estado e do dinheiro. Nesse espaço, os indivíduos interagem uns com os outros, debatem as decisões tomadas pela autoridade política, debatem o conteúdo moral das diferentes relações existentes ao nível da sociedade e apresentam demandas em relação ao estado. Esta esfera, é a esfera da política, num sentido amplo do termo, como debate público dos assuntos da sociedade. Atualmente, com o surgimento das ONGs que constituem o terceiro setor que não são nem mercantil e nem estatal, há possibilidades de renovação da política, uma reconstrução da prática política, sem manipulação dos indivíduos. Evidentemente nem todas as ONGs operam com uma lógica comunicativa, porém é uma possibilidade. A crítica a esta concepção diz que o terceiro setor é um resultado das terceirizações e da precarização do emprego. Para Habermas, a existência de uma esfera pública politicamente ativa é fundamental para a consolidação dos regimes democráticos.
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