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CONTABILIDADE BÁSICA Tema 2 – Classificação das Contas no Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício Prof. Me. Hugo David Santana OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM O balanço patrimonial em sua nova estrutura a partir de 31.12.2007, com o advento da Lei 11.638/07 e, posteriormente a Lei 11.941/09. Os grupos de contas que compõem o balanço patrimonial e suas divisões. O ativo, o passivo e o patri- mônio líquido – contas e subcontas. Na contabilidade damos o nome de conta aos elementos patrimoniais e de resultados. Essas contas são devidamente alocadas no Plano de Contas que é um instrumento ou ferramenta indispensável ao trabalho do contador. PLANO DE CONTAS Um plano de contas corresponde a um agrupamento ordenado de todas essas contas que serão utilizados na Contabilidade. A quantidade de contas disposta num plano de contas dependerá do volume e da natureza do negócio de cada empresa. No plano de contas, além da classificação das contas em patrimoniais e de resultado, também temos a classificação quanto a seu grau de especificação: a. Contas sintéticas. b. Contas analíticas. PLANO DE CONTAS a) Contas Sintéticas: não recebem lançamentos e têm seu saldo a partir dos lançamentos em contas analíticas, ou seja, são as contas que totalizam os saldos das contas analíticas. PLANO DE CONTAS b) Contas Analíticas: efetivamente recebem os lançamentos a débito e a crédito, ou seja, são as contas movimentadas pela escrituração dos fatos contábeis. Exemplo de Plano de Contas Primeiro Grau (sintética) 1 – Ativo. 2 – Passivo e PL. 3 – Receitas. 4 – Despesas e Custos. Segundo Grau (sintética) 1.1 – Ativo Circulante 1.2 – Ativo Não Circulante Terceiro Grau (sintética) 1.1.1 – Disponível 1.1.2 – Créditos 1.1.3 – Estoques Exemplo de Plano de Contas Quarto Grau 1.1.1.1 – Caixa (sintética) Quinto Grau 1.1.1.1.01 – Caixa Geral (analítica) Exemplo de Plano de Contas COMPOSIÇÃO DO PLANO DE CONTAS O Plano de Contas deve conter : elenco de contas, manual de contas e modelos de demonstrações contábeis padronizadas. Em cada empresa, o plano de contas poderá conter um número maior ou menos de informações em decorrência dos interesses da própria empresa ou mesmo da criatividade do contabilista. e recomendado pela Teoria da Contabilidade e pela legislação brasileira. REGIMES CONTÁBEIS Regime de Competência – é uma forma de registrar os eventos contábeis, considerando Fatos Geradores, isto é, aqueles fatos que dizem respeito ao Patrimônio. Este regime também é chamado Princípio de Competência e é universalmente adotado Regime de Caixa – o regime de caixa, como instrumento de apuração de resultado, é uma forma simplificada de contabilidade, aplicado basicamente às microempresas ou às Entidades sem fins lucrativos, tais como igrejas, clubes, sociedades filantrópicas etc. REGIMES CONTÁBEIS A Lei nº 6.404/76 que dispõe sobre a Sociedade por Ações, é conhecida como a Lei das S.A. (alterada pelas leis 11.638/07 e 11.941/09), define as Demonstrações Financeiras como sendo os relatórios contábeis que retratam o patrimônio da empresa, assim como a situação econômico- financeira. Principais Demonstrações Financeiras As Demonstrações Financeiras fornecem subsídios para os processos de tomadas de decisões e também são conhecidas como Demonstrações Contábeis. Principais Demonstrações Financeiras As Demonstrações Contábeis são as extraídas dos registros e documentos que compõem o sistema contábil de qualquer tipo de Entidade (NBC-T-3.1). Os critérios a serem observados para a elaboração desses relatórios contábeis estão disciplinados nos artigos 176 a 188 da Lei nº 6.404/76 e Norma Brasileira de Contabilidade NBC-T-3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Denomina as Demonstrações Contábeis de Demonstrações Financeiras. Estabelece no Artigo 176, que ao final de cada exercício social a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as Demonstrações Financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do Patrimônio da empresa e as mutações ocorridas no exercício: LEI Nº 6.404/1976 Balanço Patrimonial (BP); Demonstração dos Lucros ou Prej. Acum. (DLPA); Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e Demonstração do Valor Adicionado. No § 2º 186, essa mesma Lei dispensa as companhias da obrigatoriedade de elaborar a DLPA, desde que elaborem a DMPL. É importante salientar também, que demonstração do valor adicionado só é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto e que a companhia fechada com patrimônio líquido na data do balanço, inferior a dois milhões de reais, está dispensada da elaboração dos fluxos de caixa. A Lei nº 6.404/1976 exige, também, que as demonstrações financeiras das companhias abertas sejam obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que observem ainda as normas expedidas por essa comissão, as quais serão elaboradas em consonância Com os padrões internacio- nais de contabilidade adota- Dos nos principais mercados de valores mobiliários. ATIVIDADE / EXEMPLOS PRÁTICOS 1. É Demonstração Financeira não obrigatória para as companhias fechadas: A.( ) Demonstração dos Fluxos de Caixa B.( ) Balanço Patrimonial C.( ) Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados D.( ) Demonstração do Valor Adicionado E.( ) Demonstração do Res. do Exercício 2. O que é Balanço Patrimonial? BALANÇO PATRIMONIAL • Balanço Patrimonial – apresenta o Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido em determinada data. • Contempla todas as operações ocorridas em uma empresa. • O Ativo é composto pelo Ativo Circulante e Ativo não Circulante. • O Passivo é composto pelo Passivo Circulante, Não Circulante e Patrimônio Líquido. ATIVO No Ativo, as contas representativas dos Bens e dos Direitos, serão dispostas em ordem decrescente de graus de liquidez dos elementos nelas registrados, em dois grandes grupos: a) Ativo Circulante; b) Ativo Não-Circulante. Grau de Liquidez é o maior ou menos prazo no qual Bens e Direitos podem ser transformados em dinheiro. ATIVO CIRCULANTE O Ativo Circulante é composto pelos Bens e pelos Direitos que estão em frequente circulação no Patrimônio. Basicamente, são valores já realizados (transformados em dinheiro) ou que serão realizados até o término do exercício social subsequente. São, portanto, numerários (dinheiro em caixa,bancos) Bens destinados à venda ou a consumo próprio, despesas paga antecipadamente. ATIVO NÃO-CIRCULANTE Este grupo é o oposto do Ativo Circulante. Enquanto no Ativo Circulante são classificadas contas que representam Bens e Direitos que estão em circulação constante na empresa, isto é, que giram em prazo inferior a um ano, no Ativo Não-Circulante. São classificadas contas representativas de bens e direitos com pequena ou nenhuma circulação. Segundo a Lei nº 6.404/1976 divide o Ativo Não- Circulante em quatro partes: Ativo Realizável a Longo Prazo. Investimentos. Imobilizado. Intangível. SUBDIVISÃO DO ATIVO NÃO CIRCULANTEPASSIVO O Passivo evidencia as Obrigações (Capitais de Terceiros) e o Patrimônio Líquido (Capitais Próprios). Segundo estabelece a Lei nº 6.404/1976, no passivo as contas serão classificadas nos seguintes grupos: Passivo Circulante, Passivo Não-Circulante e Patrimônio Líquido. As contas representativas de obrigações (Passivo Exigível) devem ser classificadas observando-se a ordem decrescente do grau de exigibilidade dos elemen- tos nelas registrados. PASSIVO CIRCULANTE No Passivo Circulante são classificadas as contas representativas das obrigações cujos os vencimentos ocorram no exercício seguinte. Esse grupo poderá conter subdivisões de acordo com a natureza de cada obrigação. Exemplo: Obrigações a Fornecedores. Empr. e Financiamentos. Obrigações Tributárias. Obrig. Trab e Previdenciárias. Outras Obrigações. PASSIVO NÃO-CIRCULANTE Subgrupo composto pelas contas que representam Obrigações exigíveis após o término do exercício seguinte. Exemplo: Duplicadas a Pagar (LP). Prom. a Pagar (LP). Empr. a Pagar (LP). Finan. a Pagar (LP). Debêntures a Pagar (LP). PATRIMÔNIO LÍQUIDO O Patrimônio Líquido é parte do Balanço Patrimonial que corresponde ao capitais próprios. Os elementos que o compõem representam a origem dos recursos próprios, derivados do proprietários (titular, sócios ou acionistas) ou derivados da gestão normal do patrimônio ( lucros ou pre- juízos apurados). No Patrimônio Líquido, portanto, as contas representativas dos capitais próprios, são classificadas das seguintes maneiras: Capital Social. Reservas de Capital. Ajustes de Avaliação Patrimonial. Reservas de Lucros. Ações em Tesouraria. Prejuízos Acumulados. É a exposição ordenada de forma dedutiva, do resultado das operações da empresa durante um determinado período. Engloba todas as receitas, despesas, ganhos e perdas do exercício. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - DFC Exibe a movimentação financeira do caixa e equivalentes de caixa (bancos, aplicações de liquidez imediata) ocorrida durante o exercício social. A DFC é composta por três fluxos: operações, financiamentos e investimentos. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) A DLPA é obrigatória para as empresas, mas poderá ser substituída pela DMPL. A CVM obriga as compa- nhias abertas a elaborar e publicar a DMPL. DLPA: fornece a movimentação da conta de Lucros Acumulados. DMPL: fornece as mutações de todas as contas do Patrimônio Líquido, ocorridas durante o exercício DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA Evidencia a riqueza econômica gerada pela companhia, e apresenta como essa riqueza é distribuída entre empregados, acionistas, financiadores de capital, governo e comunidade. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O exercício social corresponde a 12 meses , e é denominado período contábil, não havendo a obrigatoriedade que coincida com o ano civil (1º/jan a 31/dez). Para fins fiscais, o IR determina que o lucro real deve ser apurado em 31 de dezembro de cada ano. (Art. 221 – RIR dado pelo Decreto nº 3.000 de 26/03/1999). Caso a empresa mantenham exercícios não coincidentes com o ano-calendário, terão de fazer adaptações do resultado para atender o RIR (regulamento do imposto de renda). O término do exercício social é definido pelos proprietários da empresa e não pode ser alterado sem justificativa Bom Estudo!
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