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EUROPA MEDIEVAL pdf (1) (1)

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EUROPA MEDIEVAL
Idade Média> período histórico da Europa que se estendeu do século V dc à XV.
Divide-se em:
Alta Idade Média> séc V ao IX – Início: queda de Roma ascensão do Cristianismo.
Invasões Bárbaras – povos germânicos. (tinham hábitos bem diferentes dos Romanos, eram 
seminômades e influenciaram a dinâmica social da época – submissão dos camponeses aos 
invasores guerreiros).
Baixa idade Média> séc IX ao XV – Feudalismo ao nascimento da sociedade moderna.
INVASÕES BÁRBARAS
Habitando as regiões fronteiriças do Império Romano, 
os povos bárbaros foram penetrando os territórios de 
Roma num processo lento e gradual. Inicialmente, dado 
o colapso da estrutura militar e as constantes guerras 
civis, os imperadores romanos realizavam acordos, 
pelos quais os bárbaros ganhavam o direito de habitar 
essas regiões
Habitando as regiões fronteiriças do Império Romano, 
os povos bárbaros foram penetrando os territórios de 
Roma num processo lento e gradual. Inicialmente, dado o colapso da estrutura militar e as 
constantes guerras civis, os imperadores romanos realizavam acordos, pelos quais os bárbaros 
ganhavam o direito de habitar essas regiões.
Nos séculos IV e V este processo de invasão ganhou feições mais conflituosas. Com a pressão 
exercida pelos Hunos (tártaro-mongóis), liderados pelo temível Átila, os povos bárbaros 
começaram a intensificar o processo de invasão do Império Romano.
*Características das sociedades germânicas
*Os germanos viviam de uma agricultura rudimentar, da caça e da pesca. Não tendo 
conhecimento das técnicas agrícolas, eram semi nómadas, pois não sabiam reaproveitar o solo 
esgotado pelas plantações. A propriedade da terra era colectiva e quase todo trabalho era 
executado pelas mulheres.
*A sociedade era patriarcal, o casamento monogâmico e o adultério severamente punido;
*O direito era consuetudinário, ou seja, baseava-se nos costumes
*A religião era politeísta, acreditavam nas forças da natureza;
*Fim do Império Romano
Entre os principais povos responsáveis pela fragmentação do Império Romano, podemos 
destacar: os Visigodos, Ostrogodos, Anglo-Saxões, Francos, Suevos e Vândalos.
Com a invasão dos Hérulos, em 476, o último imperador romano, Rómulo Augusto, foi deposto. 
Odoacro, chefe dos Hérulos, subiu ao poder. Era o fim do Império Romano do Ocidente. O 
Império romano do Oriente, ou Bizantino, manteve-se até à conquista de Constantinopla pelos 
Turcos em 1453 (séc. XV
No processo de invasão e formação dos reinos bárbaros, deu-se ao mesmo tempo, a 
“barbarização” das populações romanas e a “romanização” dos bárbaros. Na economia, a Europa 
adoptou as práticas económicas germânicas, voltadas para a agricultura, onde o comércio era de 
pequena importância
Apesar de dominadores, os bárbaros não tentaram destruir os resquícios da cultura romana; ao 
contrário, em vários aspectos, assimilaram-na e revigoraram-na. Isso deu-se, por exemplo, na 
organização política. Estes povos, que tinham uma primitiva organização tribal, adoptaram 
parcialmente a instituição monárquica e algumas normas da administração romana. Muitos povos 
bárbaros adoptaram o latim como língua oficial. Os novos reinos converteram-se 
progressivamente ao catolicismo e aceitaram a autoridade da Igreja Católica, à cabeça da qual 
se encontrava o bispo de Roma.
Com a ruptura da antiga unidade romana, a Igreja Católica tornou-se a única instituição 
universal européia. Com a ruptura da antiga unidade romana, a Igreja Católica tornou-se a 
única instituição universal européia.
O FEUDALISMO
Modo de organização da vida em sociedade que caracterizou a Europa durante grande parte da 
idade Média.
O seu surgimento está associado à decadência do Império Romano, a conquista de Roma e a 
formação dos reinos bárbaros. 
• Principais Características
- Hierarquização social – Estamentos
- Relações de Servidão e Vassalagem
- Descentralização do poder político em 
torno dos senhores Feudais
- Economia agropastoril realizada pelo 
trabalho dos servos
As relações de servidão e vassalagem se davam por motivo de sobrevivência.
*Os servos estavam atrelados a terra e não podiam mudar de feudo se achassem pertinente. Por 
isso não se pode dizer que eram escravos, porque não eram comerciáveis. Flávia Lages os 
denomina de não-livres..
*Relação de Vassalagem > contrato entre Senhor e Vassalo 
 CERIMÔNIA DE VASSALAGEM . 
Homenagem: cerimônia de autoentrega. O vassalo 
entrega sua vida ao Senhor. 
Fé> Juramento de fidelidade do vassalo para com o 
Senhor.
Investidura> Entrega do feudo (porção de terra) ao 
vassalo
Este contrato gerava obrigações recíprocas: de fidelidade e auxilio nas guerras por parte 
do vassalo e de proteção e sustento pelo Senhor Feudal. 
Não havia possibilidade de quebra desse contrato. As exceções eram vistas com ilegalidade e 
ocorriam com riturais demonstrando a quebra, por descumprimento das obrigações das partes ou 
pela excomunhão de uma destas. 
O senhor Feudal tinha jurisdição em todas as suas terras, criavam suas próprias leis e cunhavam 
moedas. Com o passar do tempo os Conselhos ganharam mais força, tendo sido criados, no fim 
da idade média, conselhos nas cidades para decisões de questões criminais. 
Propriedade> Era muito restrita. O vassalo tinha o usufruto da terra. Tanto a propriedade do 
senhor quanto a relação de vassalagem era hereditária, mas renovados os rituais entre as 
partes.Se fosse herdeira mulher, o marido estabelecia o contrato.
Consilium> Visava a resolução dos conflitos relativos à justiça. Havia a convocação de vassalos 
para participar de um conselho presidido pelo Senhor.Julgava-se as causas e decidia-se sobre 
assuntos políticos. 
A ESTRUTURA DA SOCIEDADE FEUDAL- SOCIEDADE ESTAMENTAL:
DECLÍNIO DO FEUDALISMO
* Peste Negra 
- causou a morte de mais de 1/3 dos Europeus, reduzindo a produção agrícola, empobrecendo a 
nobreza e reduzindo os efetivos militares.
- Ascensão da burguesia – exploração do comércio 
- O poder da Igreja enfraqueceu.
*As Cruzadas
Movimento religioso e militar dos Cristãos para retomar a Terra Santa – Jerusalém, que culminou 
nas seguintes conseqüências:
- Empobrecimento dos Senhores Feudais;
- Fortalecimento dos Reis;
- Reabertura do Comércio;
- Retomada do intercâmbio comercial entre Oriente e Ocidente;
- Desenvolvimento cultural e intelectual;
-Novos hábitos de consumo;
- Ascensão da burguesia, surgimento de cidades;
MATRIZES DO DIREITO NA IDADE MÉDIA
1) ROMANO> De maneira direta ou indireta, toda a Europa Ocidental continuou a ser 
influenciada pelo Direito Romano. Assim é que foi aplicado o Princípio da Personalidade 
das Leis onde as leis estariam vinculadas à territorialidade. 
2) GERMÂNICA > Povos simples, não utilizavam a escrita. Costumes e oralidade.Cada tribo 
tinha sua própria tradição.Com as invasões no território romano, algumas tribos sentiram 
necessidade de codificar leis para controlar os romanos, que estavam acostumados a essa 
sistemática. Mas havia um ideal de “ personalidade das leis” que permitia decisões 
segundo as leis de cada povo. Ex: Lex romana para os romanos. 
• Influência para o Direito, dos principais reinos germânicos:
Vândalos> que em 477 dc conquistaram todo o norte da África e conseguiram a coexistência das 
duas sociedades: germânicos e romanos.O rei era vândalo, mas utilizava-se dos romanos para a 
administração e elaboração de leis. 
Ostrogodos> Estabeleceram na península Itálica e o Rei Teodorico também determinou uma 
divisão entre estes povos, principalmente porque havia divergências religiosas (romanos – 
cristãos e germânicos – arianos).Esse Rei editou o Edictum Theodorici– Resumo do direito 
editado pelos romanos e ostrogodos, no Reno que fundaram na Itália.
Visigodos > Instalados na península Ibérica , reino de maior permanência, até serem 
conquistados pelos árabes. Suas leis foram escritas, mas mantendo a sua personalidade.
 Código de Eurico> compilação do direito romano e germânico.
 Breviário de Alarico> também restaurou o direito romano, conservando a personalidade da 
lei.
 Liber Judiciorum> O Rei Recesvindo acaba com a personalidade das leis e edita um 
único código – doze livros criados com inspiração romana.
Burgúndios> Dominaram o centro da Europa (hj França)> Uma única Lei com inspiração 
Romana. Lex Romana Burgundiorum. 
Francos> Reino mais duradouro, que inspirou as bases do próprio feudalismo.Ocupavam as 
áreas do rio Reno (hj França e posteriormnte se estenderam para a Gália)
Tiveram duas dinastias: Merovíngios (tres séculos) e Carolíngios (descendentes de Carlos 
Magno). Nesta fase houve muita produção de direito escrito. Essas leis eram chamadas de 
Edicta, Decreta, Constitutiones ou Capitulares.
Capitulares (de caráter adminstrativo) 
Capitulares Eclesiásticas- referentes a assuntos da Igreja
Capitulares Legibus Agenda – caráter legislativo
Capitulares Missorum> instruções a funcionários reais 
Capitulares Per Se Scribenda> descrições e medidas administrativas.
Haviam tribunais chamados Mallum, espalhados pelos condados e compostos de homens livres 
e presididos por nobres. 
3) CANÔNICO – (Igreja Católica)
Fontes do Direito Canônico:
Direito Divino> ius divinum – regras extraídas da própria bíblia
Legislação Canônica- Decretais - Decisões dos Concilios e dos escritos dos papas;
Costumes : extraídos do direito romano 
* No feudalismo, existiam duas ordens jurídicas:
1) O DIREITO RELIGIOSO 
-A igreja tinha prerrogativa de foro – os cléricos eram 
julgados pelos Tribunais da Igreja;
- Com o tempo, os Tribunais ganhavam força porque eram 
competentes para julgar qualquer problema ligado aos 
sacramentos, e aí estariam inclusos: casamento, divórcio, 
legitimidade filhos herança.
Esse poder da Igreja começou a ser utilizado para 
manipulação política através do TRIBUNAL DO SANTO 
OFÍCIO DA INQUISIÇÃO.
 O Odálio era utilizado como meio de prova;
2) O DIREITO LAICO> No Feudalismo, a jurisdição era dos senhores de terra. Assim, eles 
julgavam os conflitos em um sistema acusatório, onde O SENHOR FEUDAL ESTAVA NA 
POSIÇÃO DE JUIZ.
- não havia igualdade das pessoas perante a lei;(diferentemente da legislação mosaica) e os 
juízes tinham liberdade para interpretar a lei como quisessem.
- o réu se defendia sozinho;
- A tortura era utilizada como meio de obtenção de prova – confissão - não era aplicada para os 
nobres, somente para os plebeus; Poderia ser utilizada como pena também;
- A principal prova era a testemunhal, mas com bastante restrições;
- as penas eram cruéis e variadas: tortura, exílio, trabalhos forçados, morte civil, multas, confisco 
de bens, perca do feudo e não se limitavam somente à pessoa do réu, atingindo familiares e 
pessoas próximas. As penas físicas também eram variadas> queimaduras, guilhotina, 
esquartejamento, decapitação. Não havia pena de prisão – não haviam penitenciárias.
* O Estado não protegia o indivíduo e este, em meio à pobreza e ignorância, não tinha condições 
de fazê-lo. As penas eram instrumento de vingança e não de socialização. 
A INGLATERRA 
A Grã-Bretanha, incluindo Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, foi habitada em tempos 
remotos por povos de origem céltica e 
teve parte desse território ocupada 
pelos romanos. A partir do séc. V, com 
a decadência romana, passaram por ali 
vários invasores: germânicos, aglos, 
saxões, vikings. No séc VI foi 
empreendida a campanha de 
disseminação do Cristianismo.
A Inglaterra não se submeteu ao 
domínio das leis Romanas, tal como os 
outros locais de origem romana e 
criaram seu próprio Direito, inspirado 
nos costumes da tradição germânica, 
na esteira de evolução dos reinados 
que seguiram até a criação do 
Parlamento, que perdura até os dias de hoje.
Os Reinados Ingleses e as Grandes Revoluções
1066/1087 – Guilherme (França), controla a região, na condição de vassalo da França, 
inaugurando o sistema feudal na Inglaterra. Assim é que a Inglaterra inicialmente foi dividida em 
grandes feudos, que ficavam com os nobres e subordinados aos Reis.
1154/1189 Henrique II – fortalece o poder real e tenta unificar a Inglaterra com imposição de leis 
gerais. Ao se casar com Leonor, duquesa de Aquitânia, ampliou em muito seu território: 
Normandia, Aquitânia e Bretanha, tendo conquistado pelas guerras, posteriormente, o Pais de 
Gales e a Irlanda.
Entrou em conflito com a Igreja Católica, tendo inclusive, em 1170 assassinado o Bispo Becker, 
que o havia escomungado. Criou Tribunais locais e submeteu o Clero à sua legislação e aos 
Tribunais comuns. Importante Reinado que durou 45 anos. Teve dois filhos: Ricardo Coração de 
Leão e João sem Terra. 
Ricardo I – Coração de Leão, governou somente 10 anos, morrendo em batalha nas cruzadas. 
João Sem Terra assume o trono enfraquecido pelas guerras, e convive com intensa oposição da 
burguesia e investidas do Rei da França. 
João sem Terra teve que aceitar o enfeudamento da Inglaterra para o Papa, na tentativa de 
manter-se no trono. Ocorre que o Papa Inocente III, começou a exercer imenso controle no 
reinado, decretando a interdição do reino e a excomunhão de João sem Terra e sua deposição 
em 1213.
Todos esses conflitos foram determinantes para que fossem reivindicados instrumentos de 
restrição ao absolutismo Inglês. Ponto culminante da decadência de João Sem Terra, foi a 
imposição pela nobreza à assinatura da Magna Carta, mediante o qual, o rei assumia o 
compromisso de observar costumes feudais, respeitando direitos e deveres, bem como, 
impedindo o monarca de tomar determinadas decisões, (em matéria de tributação, p. ex), sem a 
consulta da nobreza.
A MAGNA CARTA - 1215
- Documento imposto pelos nobres e cléricos para controlar o 
poder real;
- Unifica a Inglaterra acabando com o sistema de feudos;
- Preocupação com a composição de Tribunais e organização 
da Justiça;
- Garantia de liberdades: direito de ir e vir e o início da idéia 
do instituto do Habeas Corpus – ninguém poderia ser preso 
ou privado de seus bens sem um julgamento;
- Trouxe a proporcionalidade da pena ao delito e a proibição 
de que penas pecuniárias não afetem a subsistência;
- Concedeu grande poder 
ao “ Conselho do Reino” , 
que mais tarde, a partir 
de 1350, seria chamado de Parlamento.
João sem Terra Morreu um ano depois, tendo assumido o trono seu filho, Henrique III, com 
apenas 9 anos de idade, que ampliou em muito a influência da nobreza.
O PARLAMENTO INGLÊS
Ao longo dos tempos essa iniciativa foi se 
aprimorando, e partir do século XIV vai ser 
institucionalizado o PARLAMENTO composto por 
duas câmaras: a CÂMARA DOS LORDES E 
CÂMARA DOS COMUNS. 
A primeira composta pelos nobres e barões, e a 
segunda pelos cavaleiros e burgueses.
A Magna Carta demarcou o início do 
processo de criação do PARLAMENTO 
BRITÂNICO
As disputas religiosas se acirraram e o rompimento com a Igreja Católica deu-se em 1534 quando 
o Rei católico Henrique VIII, fundou uma nova igreja, a Anglicana e agregou todas as terras da 
Igreja para seu domínio.
A divergência agora, entre católicos e protestantes, se dava dentro do parlamento e a Carta 
Magna passou a ser desrespeitada em face do fortalecimento do poder real.
ElizabethI, filha de Henrique VIII, continuou os propósitos do pai e trabalhou para a consolidação 
da igreja anglicana. Foi um reinado de política econômica bem sucedida.
O sucessor de Elizabeth, que não deixou filhos, foi Jaime I era absolutista e entrou em sérios 
conflitos com o Parlamento, promovendo seu fechamento por 7 anos. 
Carlos I, seu sucessor, governou com o mesmo despotismo 
e uso da força. 
PETITION OF RIGTHS- 1628
Em 1628 – na tentativa de conter os excessos do poder real, 
o Parlamento impôs um documento ao Rei chamado 
PETITION OF RIGTHS.
Esta “ Petição de Direitos” reafirmava ao Rei, os propósitos e 
Direitos anteriormente selados na assinatura da Magna 
Carta.
Carlos I ignora a Carta e em represália, fecha o parlamento 
por 10 anos.
1637-Carlos I reabre o Parlamento, tentando obter apoio à revolta dos escoceses contra o rei, 
que pretendia impor o culto anglicano à Igreja Presbiteriana da Escócia.
O parlamento tentou impor novamente ao Rei a “ Petition of Rigths”, e este, não aceitou, 
ameaçando fechar novamente o Parlamento. Dá-se início, então, a uma revolução apoiada pela 
população.
A REVOLUÇÃO PURITANA 1649-1990
Surgiu um descontentamento da população quanto a 
conveniência política do parlamento – nobres – e o rei, 
surgindo a liderança de Oliver Crow, criando o “partido 
dos independentes” que encabeçou a guerra civil, 
derrotando os escoceses e também, o rei Carlos I.
 Em 1649, o Parlamento derrotou o rei condenado à 
morte pela Câmara dos Comuns e decapitado. 
Em 1653, Crowel consolida a Inglaterra, Irlanda e Escócia em uma única República. DEU-SE 
INÍCIO A UM PERÍODO REPÚBLICANO .
Mas o governo de Crowel demonstrou ser uma ditadura militar, que determinou a extinção da 
Câmara dos Lordes.
1660-1689 – Com a morte de Oliver Crowel, houve o RESTABELECIMENTO DA MONARQUIA, 
sob a condição que o rei não poderia governar sem o parlamento. A Camara dos Lordes, agora 
passa a estar em situação de inferioridade à Camara dos Comuns.
Assume Carlos II, que reina até sua morte. 
Em 1679 foi redigida mais uma Carta de Direitos importante. O Habeas Corpus Act. 
O HABEAS CORPUS ACT - 1679
O documento veio a minimizar as prisões arbitrárias que ocorriam 
no momento, em especial, por motivos políticos.
- Possibilidade de contestação da prisão pelo acusado e sua 
libertação, caso seja constatada arbitrariedade e abuso de poder;
- Possibilidade de pagamento de fiança, em alguns casos, para que 
o acusado responda pelo crime em liberdade.
O sucessor de Carlos II, foi Jaime II que se converteu ao catolicismo e teve um filho, que seria 
herdeiro católico do trono. Este fato causou descontentamento e uma conspiração que culminaria 
em uma nova revolução. 
A REVOLUÇÃO GLORIOSA
Iniciou com a conspiração da filha de Jaime, Maria, e 
seu esposo, Guilherme de Orange, protestante, e 
com o apoio da Câmara dos Comuns, para tomar o 
trono. O rei acabou fugindo para a França.
Maria II assume o trono por declaração de vacância 
do Parlamento, mas nenhum monarca a partir de 
então, governará mais com poderes absolutos, em 
razão da aprovação de mais uma Carta de Direitos: a 
Bill of Rigths
BILL OF RIGTHS - 1689
Os movimentos revolucionários terminaram e o Parlamento constituinte se reuniu e aprovou a Bill 
of Rigths, declaração de direitos, que apresentava as principais diretrizes:
- afirma a superioridade do Parlamento e que o rei não tomaria 
iniciativas, principalmente de ordem econômica sem consultá-
lo; 
- proibição de manutenção de exércitos sem a aprovação do 
Parlamento; 
- reafirma a liberdade de palavras e debates no parlamento;
- determina que a aleição do parlamento deve ser livre; 
- proíbe aplicação de multas 
excessivas, punições cruéis 
prevendo julgamento das 
pessoas por pessoas 
imparciais (proprietários de 
imóveis); 
- prevê reuniões periódicas do Parlamento para apreciar 
queixas, consolidar, emendar ou preservar leis. 
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO INGLÊS
- Não é um Direito escrito, com sistema de códigos ou diplomas legais. 
- É um Direito pautado nos costumes, em suas Cartas de Direito e no sistema de precedentes 
judiciais – jurisprudência. 
- Não existe divisão entre Direito Público e Privado.
- Este Direito é chamando de Common Law
OS GRANDES SISTEMAS JURÍDICOS CONTEMPORÂNEOS
INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO ROMANA – DIREITO ESCRITO
ROMANO-GERMÂNICO VIGENTE EM TODA A AMÉRICA LATINA, EUROPA, PARTE DA 
ÁSIA E ÁFRICA
CHAMADO DE CIVIL LAW
As Cartas de Direito inglesas: Magna Carta, Petition of Rigths, Habeas 
Corpus Act e Bill of Rigths contribuíram para a formação dos 
DIREITOS HUMANOS.
INFLUÊNCIA DA TRADIÇÃO INGLESA
 NÃO ESCRITO, FORMADO PELOS COSTUMES E SISTEMA DE 
PRECEDENTES 
ANGLO-AMERICANO ADOTADO EM PAÍSES DE TRADIÇÃO BRITÂNICA, COMO REINO 
UNIDO, CANADÁ ESTADOS UNIDOS E EX-COLÔNIAS DO IMPÉRIO 
BRITÂNICO.
CHAMADO DE COMMON LAW
O RENASCIMENTO – séc XI à XV
A período da história da Europa em que ela sai da época das trevas para a retomada da cultura 
humana que por séculos ficou aprisionada nos mosteiros 
da Igreja Católica Apostólica Romana. O Renascimento 
apesar destas transformações serem bem evidentes na 
cultura, sociedade, economia, política e religião, ela é a 
maior característica da transição do feudalismo para o 
capitalismo.
Houve uma reflexão humanista na sociedade, que levou a 
profundas e consideráveis críticas ao modelo teocêntrico 
(Deus no centro do universo), impingido até então pela 
Igreja católica, influência para as monarquias absolutas e 
regimes políticos centralizados. Essa onda de inovações, 
buscavam soluções racionais, de caráter antopocêntrico 
(homem no centro do universo) , passíveis de oferecer 
novos valores, novas oportunidades ao homem que lentamente começa a indagar-se a respeito 
do mundo a sua volta tornando-se mais atuante, mais participativo desejoso do saber 
técnico/teórico fundamental para que a experimentação prática fosse bem sucedida.
A FRANÇA
O ABSOLUTISMO FRANCÊS
A França é precursora de um modelo de Estado 
absolutista, com poder centralizado e duradouro, 
que tomou forma de uma monarquia nacional. Foi o 
único país onde o absolutismo da Idade Moderna 
melhor se desenvolveu.
Teve seu ápice no reinado de Luis XIV, também 
chamado Rei Sol. Para promover a centralização 
de seu poder, realizou uma reforma na Justiça, 
concentrando todos os Tribunais então 
existentes,em suas mãos 
Criou um único Código, chamado Código Luis, composto por duas Leis: a Ordenação Civil – 1667 
e a Ordenação Criminal – 1670.
Foi criado o cargo de Tenente –General da Polícia, responsável por realizar prisões e do 
julgamento de mendigos e vagabundos.
As prisões eram arbitrárias e degradantes. Muito embora não fossem utilizadas como pena, as 
pessoas eram prezas por ordem do Rei e ficavam longos períodos aguardando julgamento em 
condições abomináveis. 
*A sociedade:
Totalmente segmentada, com grande distinção as camadas dos nobres, burgueses, artesãos. 
Essa segmentação não dependia de capacidade econômica
PENSADORES QUE INFLUENCIARAM O MODELO DE ESTADO ABSOLUTISTA FRANCÊS
Alguns filósofos criaram teorias que fundamentaram o modelo de absolutismo implantado na 
França. Os principais ícones são:
* Nicolau Maquiavel - Em sua obra “ O Príncipe” , desenvolve a idéia de um poder 
centralizador, pautado no uso da força 
ou de quaisquer outros meios para a 
conquista e manutenção desse poder 
nas mãos do monarca. Para ele, “ os 
fins justificam os meios”.
* Tomas Hobbes – “ O 
Leviatã” Hobbes preferia a 
forma de governo Monárquica 
porque para ele na monarquiao interesse público coincide 
com o interesse privado, 
facilitando a realização dos 
interesses dos súditos, pois o 
governante precisa do bem-
estar destes para manter o seu.
* Jaques Bossuet- que era Bispo da 
Igreja, em sua obra, “ Política 
extraída da Sagrada Escritura” 
afirmava que o poder do Rei tinha 
origem divina e portanto, seria 
incontestável.
O ILUMINISMO
Movimento de intelectuais Franceses contra o absolutismo, também chamado de ÉPOCA DAS 
LUZES, vez que, esta forma de pensamento 
tinha o propósito de “iluminar” as trevas em 
que se encontrava a sociedade.
Os pensadores do momento apostavam no 
RACIONALISMO, ou seja, na liberdade do ser 
humano pensar e até mesmo desafiar as 
autoridades.
Foi um período de grandes invensões e 
descobertas no campo da física, química, 
astronomia e demais ciências.
No campo da política, defendia a liberdade 
individual e o direito à propriedade. 
Repudiavam o absolutismo e idealizavam um 
Estado representativo, governado com base 
na vontade nacional.
O Iluminismo atingiu o seu apogeu no século XVIII. Foi mais intenso na França, onde influenciou 
a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve 
influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na 
América do Norte .
Trouxe as bases para a construção do Direito Público.
GRANDES PENSADORES ILUMINISTAS
CESARE BECCARIA E A TRANSFORMAÇÃO DO DIREITO PENAL
Italiano nascido em Milão em 
1738, advogado. Em 1791, 
participou da junta que elaborou 
uma reforma no sistema penal 
Italiano.
Escreveu a obra: DOS DELITOS E 
DAS PENAS e criou as bases do 
Direito Penal moderno, que até 
então, era o mesmo que 
prevaleceu na idade média.
Desenvolveu conceitos de justiça 
que inspiraram as conquistas e a 
consolidação dos Direitos 
Individuais.
igualdade dos criminosos que cometem o mesmo delito, perante a lei
Sua obra teve uma repercussão extraordinária em todo o mundo, sobretudo entre os filósofos 
franceses ligados ao movimento Iluminista. Foi traduzida, discutida e comentada em todas as 
línguas.
Exerceu influência decisiva na reformulação da legislação vigente da época, estabelecendo os 
conceitos fundamentais das legislações que se sucederam.
*Principais idéias de Cesare Baccaria:
Propõe a separação entre o poder judiciário e o legislativo, e estabelece fronteiras entre a justiça 
divina e a justiça dos homens – isto é, entre os castigos e as penas.
Entende que a origem do direito de punir é a segurança geral da sociedade, a prevenção do 
crime, e a recuperação do criminoso.
O bem comum é que está em jogo, devendo visar tão-somente à defesa da coletividade e à 
utilidade pública. Dentro desta linha de pensamento, Beccaria afirma a inutilidade da pena de 
morte e do direito de vingança.
 “O uso de condenação injusta não deve ser considerado ou porque os homens de categoria superior podem receber privilégios 
especiais que levam a penas menores, enquanto os cidadãos comuns são acusados de crimes maiores. Acredito também que os 
crimes praticados devem ser ajustados à gravidade do crime. Diferentes crimes devem ter punições diferentes, tais como crimes 
não-nocivos e crimes fisicamente prejudiciais. O sistema penal deve tentar impedir que os mesmos criminosos de cometer o 
mesmo crime novamente. É injusto para a humanidade, se a pena de morte é defendida por vez, coloque todos os criminosos de 
crimes graves cometidos a ser condenados à prisão perpétua. Outros crimes menores, de propriedade, devem ser multados em 
vez de enfrentar as punições cruéis” (Cesare Beccaria)
QUESTIONÁRIO
Após o estudo do conteúdo acima, tente responder as seguintes questões:
1) O que é feudalismo?
2) Qual a estrutura da sociedade feudal?
3) Explique a relação de vassalagem;
4) Quais as fontes do direito na idade média?
5) Qual a influência, para o Direito, dos povos germânicos que invadiram a Europa?
6) Qual a influência da Igreja, na política e no Direito?
7) Como se configurava a justiça e a punição dos crimes na idade média?
8) Quais as principais características do Direito Inglês?
9) Como se deu a formação do Parlamento inglês?
10)Quais as principais Cartas de Direitos nascidas da evolução histórica da Inglaterra?
11)Quais são os sistemas jurídicos contemporâneos?
12)Quais as características do absolutismo Francês?
13)Como se configurava a justiça e a punição dos crimes neste período?
14)Quais os pensadores que criaram teorias favoráveis ao modelo absolutista?
15)O que é iluminismo?
16)Como o iluminismo influenciou o Direito?
17)Quais foram os principais filósofos iluministas?
18)Quem foi Cesare Baccaria e qual a importância de sua obra?

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