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SEMINÁRIO PSICOGERONTOLOGIA

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ÍNDICE DE ABANDONO FAMILIAR DENTRO DE INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
Esses locais dificultam as relações interpessoais no contexto comunitário, indispensáveis à manutenção do idoso pela vida e pela construção de sua cidadania. Constituem, também, a modalidade mais antiga e universal de atendimento ao idoso, fora do seu convívio familiar, tendo como, inconveniente, favorecer seu isolamento, sua inatividade física e mental, tendo, dessa forma, consequências negativas a sua qualidade de vida.
As instituições asilares que, a principio, se mostram como alternativa afim de suprir os desenlaces do idoso com o mundo ao seu redor, se mostram estruturalmente inadequadas a garantir plena qualidade de vida ao interno, pois prezam pelo isolamento, pelos cuidados paliativos e pela inatividade física e mental dos asilados. Uma vez que, legalmente, tem por finalidade atender, em regime de internato, o idoso sem vínculo familiar ou sem condições de prover a própria subsistência, de modo a satisfazer suas necessidades de moradia, alimentação, saúde e convivência social, na maioria das vezes figuram como alojamentos nos quais a sociedade atende sua necessidade subliminar de afastar o idoso de seu contexto. Os principais motivos de admissão de idosos em asilos denota a falta de respaldo familiar relacionado a dificuldades financeiras, distúrbios de comportamento e precariedade nas condições de saúde. Nesse diapasão, os asilados se inserem numa nova comunidade, mediante uma brusca ruptura de seus vínculos relacionais e afetivos passados, devendo conviver sob uma rígida rotina com pessoas desconhecidas, com prejuízos consideráveis no bem-estar e na qualidade de vida dos internos.
A realidade dos idosos asilados, sob a perspectiva das instituições, são potencialmente tidos como “números”, ou apenas mais um interno, dentre muitos que ingressam ao convívio e sob os cuidados da instituição todos os dias. Nessa visão, o sistema é mecanicista ao ponto que acolhe, cuida paliativamente, sem, contudo, desenvolver o que seria mais próximo e eficaz do que se conhece como ambiente familiar.
Na visão das famílias, o idoso é tido como indivíduo que carece de repouso e recolhimento, inapto a conviver no dinâmico mundo moderno. São ignoradas as questões emotivas do idoso que, certamente, preferiria permanecer ao lado dos seus; ou seja, do núcleo familiar que construiu e edificou durante toda a vida.
Na visão do próprio idoso, numa concepção comportamental, assumindo a condição de interno, o idoso quase sempre se encontra submetido a um conjunto de regras que serão postas em vigor, formais ou informais, que modelam o seu comportamento ao ponto de tornar-se dócil e a adaptar-se. O comportamento do idoso é modelado tal qual o escultor modela a argila; onde, determinada forma de agir não surgiu totalmente desenvolvida no repertório comportamental do indivíduo; mas sim, fora resultado de um processo de modelagem, aqui entendido no contexto como exercido pela instituição asilar, que passa a deter o poder acerca da rotina do idoso. No asilo, desconstrói-se o universo do interno, emergindo um novo contexto que não satisfaz, a princípio, a carência de si mesmo, dos familiares e do mundo do qual ele veio.
SATISFAÇÃO DO IDOSO NA INSTITUIÇÃO ASILAR
Já que o asilo restringe a relação fora do ambiente da instituição, a insatisfação se deve muitas vezes por que o idoso não se sente parte integrante do espaço onde vive, não tem sentimento de comunidade e sem a interação social experimentam estar num mundo a parte. Percebe-se que em relação ao serviço que recebem, os idosos sentem-se bem tratados e seguros no ambiente do asilo, mas o asilo é incapaz de oferecer um serviço que respeita a individualidade da personalidade de cada pessoa, a privacidade e o modo de vida que é diversificado para cada individuo. Cuidar de idoso não é somente cuidar da sua saúde e alimentação. Ao dispor atividades para eles também para que se sintam mais satisfeitos é necessário respeitar os desejos e a autonomia do idoso para não gerar desconforto.
DEPRESSÃO NO IDOSO
De acordo com Gordilho (2002, p. 204) “a depressão é um distúrbio da área afetiva ou do humor, com forte impacto funcional em qualquer faixa etária, envolvendo inúmeros aspectos de ordem biológica, psicológica e social”.
Vários fatores são reconhecidos como proeminentes à depressão na fase tardia da vida. Entre eles estão a fragilidade na saúde, pobreza, viuvez, institucionalização e solidão. Além dos fatores advindos do envelhecimento que podem acarretar na depressão nos idosos, a institucionalização também pode ser considerada um fator estressante e desencadeador dessa patologia. Os idosos residentes em asilos apresentam risco aumentado de desenvolver depressão, principalmente nos primeiros meses após a internação. Em idosos institucionalizados, as taxas encontradas na literatura costumam ser altas, tanto para sintomas depressivos, entre 10% e 30%, quanto para a Depressão Maior, entre 5% e 12%.
A desesperança também é um sintoma depressivo frequente com idosos institucionalizados. Esse sintoma não permite ao indivíduo perceber a disponibilidade de alternativas ou escolhas para a solução de problemas ou para a obtenção do que é desejado. A desesperança e a visão negativa sobre o futuro podem estar associadas às vivências do idoso depressivo, como a perda de um companheiro, de amigos, ou das capacidades funcionais.
O sentimento de tristeza pode estar relacionado ao tratamento despersonalizado e à perda da identidade e da individualidade, o que costuma ocorrer durante a institucionalização. Os idosos desprovidos de autonomia e personalidade, o que pode acelerar o declínio de suas funções físicas e cognitivas, gerando tristeza e reduzindo-lhes o tempo de vida.
ANSIEDADE
A percepção que muito obter sobre ansiedade nos idosos é que as mulheres acima de 65 anos são mais propensas a ter mais ansiedade do que os homens conforme dados relatados de uma pesquisa. Sendo assim, a fobia é a mais comum nos idosos com aproximadamente 4,8%, logo atrás vem TOC e transtorno do pânico em idosos.
De acordo, com uma outra pesquisa O Transtorno de Ansiedade é mais frequente nas pessoas idosas e, geralmente, ocorre ao mesmo tempo que outras doenças como a depressão, diabetes e doenças cardíacas. Os problemas de cognição, de demência e as mudanças nas circunstâncias da vida, também podem complicar e agravar os sintomas da doença.
As pessoas que sofrem deste transtorno apresentam inúmeros sintomas contínuos e persistentes durante um período mínimo de 6 meses, dos mais importantes, destacam-se os seguintes:
Dificuldades de concentração, desorientação e perda de memória
Dores musculares, dores de cabeça e falta de ar
Transpiração excessiva, fadiga, irritabilidade e tensão muscular
Insónias e perturbações no sono. Este sintoma é muitas vezes confundido com a apneia do sono
Tremores e formigueiro nas mãos, braços e pernas
Náuseas e tonturas
Problemas gastrointestinais
Dificuldades em engolir (Disfagia)
Fobia social, isolamento social e depressão
VIOLENCIA CONTRA O IDOSO
Apesar de não escutarmos falar muito sobre a violência contra o idoso, infelizmente este ainda é um caso muito presente na nossa atualidade.
Muitos idosos sofrem violências, tanto físicas quanto verbais e muitas vezes por não terem o que fazer ou autonomia sobre a própria vida, permanecem sofrendo e sofrendo sobre tal violência.
É muito raro quando encontramos idosos que conseguiram sair de baixo de episódios de agressões etc.. Hoje já podemos perceber que os maus tratos já não são vistos apenas em países pobres, se tornou uma coisa muito comum em nossa sociedade.
Além de sofrerem agressões, muitos idosos sofrem por não serem ativos na sociedade e por dependerem do outro para tomar um banho, se alimentar etc.. E muitas das vezes essa dependência acaba gerando o mau trato. No Brasil, 65% dos idosos consideravam-se maus-tratados pela sociedade em geral através da forma preconceituosa como são visto, através das baixas aposentadorias,e a falta de leitos para idosos em hospitais. Em uma pesquisa feita, os idosos relataram que não se sentem protegidos ao denunciar, pois na maioria das vezes dependem financeiramente, emocionalmente da família ou até mesmo da instituição que vivem.
SEDENTARISMO COMO CONSEQUENCIA DE UM ABANDONO FAMILIAR
Um ponto relevante do artigo, Perfil dos idosos em instituições asilares de três municípios do sul de Minas Gerais, é a questão do sedentarismo ser uma consequência de um abandono, tanto da família como da instituição, que os condena a uma realidade cotidiana, na qual os idosos só “comem e dormem”, uma vez que não é oferecido atividades de lazer para promover a qualidade de vida no seu dia a dia.
Uma grande parte das instituições asilares só atendem as necessidades básicas de sobrevivência, não levando em consideração o desejo dos idosos quanto a seu bem estar e qualidade de vida, psíquica e física, durante sua permanência no asilo, o que pode ser caracterizado como um tipo de abandono desses idosos por parte da instituição.
Nessas intuições não é promovido o envelhecimento ativo e atividades de lazer, o que acaba tornando os idosos pessoas cômodas e dependentes de uma rotina ociosa, ou seja, eles passam a maior parte do dia desocupados ou sem nada útil para ser feito, o que gera a falta de autonomia e dificuldades para realização de tarefas simples do dia a dia, podendo causar o surgimento de angústias, quadros depressivos e outras doenças, decorrentes de um sedentarismo, cuja definição, segundo AbcMed (2015), é a falta, ausência ou diminuição de atividades físicas que fazem com que a pessoa tenha um gasto calórico reduzido, ocasionado atrofias, comprometimento de alguns órgãos, um envelhecimento mais rápido e uma possível morte precoce, além de outras doenças.
Um estudo realizado em uma instituição asilar de Florianópolis, concluiu que a atividade física melhora a autonomia e independência, o que reflete na auto estima e auto-imagem dos idosos, uma vez que a prática de atividades físicas pode promover bem estar e fazer com que a imagem que o idoso tem de seu corpo se torne positiva, o que consequentemente melhora sua autoestima, já que a percepção que temos do nosso corpo influência nosso estado psíquico e emocional (Benedetti, Petroski e Gonçalves, 2003).
Portanto, se a instituições asilares promovessem atividades físicas, poderia haver uma possível diminuição dos casos de sedentarismo, prevenindo assim, doenças decorrentes do estado psíquico e físico dos idosos, além de proporcionar melhor qualidade de vida e bem estar aos mesmos.
PRINCIPAIS PATOLOGIAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADO 
Devido fragilidade da saúde, muitas vezes devido ao cansaço do organismo, leva os idosos a
adquirirem algumas patologias, já conhecidas como comuns a essa fase da vida. 
Dentro deste tópico serão apontadas duas das mais comuns: a Hipertensão Arterial
e a Diabetes Mellitus. 
 HIPERTENSÃO ARTERIAL 
A hipertensão arterial, também conhecida popularmente como pressão alta, é considerada como uma doença silenciosa por, muitas vezes, não manifestar os sintomas e atrasar, assim, o diagnóstico por parte do médico. A doença se dá quando a pressão arterial do paciente, maior de 18 anos, é superior a 140 x 90 mmHg (milímetro por mercúrio) – ou 14 por 9.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBS), estima-se que 25% da população brasileira sofra de hipertensão, sendo que em pessoas com mais de 60 anos de idade a porcentagem sobe para mais de 50%.
Além disso, a doença também é a causadora de:
·  40% dos infartos;
·  80% dos derrames;
·  25% dos casos de insuficiência renal em todo o país.
DIABETES MELLITUS 
O Diabetes Mellitus é caracterizado pelo aumento da quantidade de açúcar no sangue quando a insulina (hormônio responsável pelo transporte de glicose) pára de ser produzida ou é produzida em pequenas quantidades pelo pâncreas. Com isso, há um aumento de açúcar (glicose) no sangue.
‘’Nos últimos anos, um grande número de estudos epidemiógicos foram feitos
avaliando a incidência da diabetes mellitus na população idosa. Embora estes tenham
variação na sua metodologia, todos demonstraram um aumento consistente da incidência e
prevalência desta patologia. Na população idosa brasileira a incidência é de 17,4% ( 60 a
65 anos), cerca de 6,4 vezes mais do que na população entre 30 e 39 anos ( NASRI, 2002).’’
REFERENCIAS 
Benedetti, T. B., Petroski, E. L., & Gonçalves, L. T. (2003). Exercícios físicos, auto- imagem e auto estima em idosos asilados. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho humano. 5 (2). 69-74.
AbcMed (2015) Sedentarismo: o que é? Quais as consequências? Como abandona-lo? Recuperado, em 14 de novembro, 2017, de <http://www.abc.med.br/p/vida-saudavel/754592/sedentarismo-o-que-e-quais-as-consequencias-como-abandona-lo.htm>.
Indicadores de depressão em idosos institucionalizados - Dâmarys Kohlbeck de Melo Ne, Maria Helena Lenard, Susanne Elero Betioll, Tatiane Michel, Mariluci Hautsch Willig

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