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AULAS 6 À 10 - GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

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Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 1 
 
Aula 6: Tecnologia da Informação - Sistemas Logísticos de Informações 
 
Impacto da TI nas variáveis 
estratégicas organizacionais 
Feldens (2005) apresenta uma revisão da 
literatura sobre o assunto, além de propor um 
modelo de pesquisa para mensuração dos 
impactos da TI na gestão das cadeias. Como 
resultado de sua pesquisa, o autor destaca a 
identificação de seis variáveis impactadas pelo uso 
da TI na SCM, sendo elas: Integração, 
Processos de Armazenagem, Transportes e 
Movimentação, Velocidade, Competitividade 
e Coordenação Interorganizacional. As 
variáveis são descritas a seguir (FELDENS, 2005). 
TI aplicada à Logística 
Em uma abordagem mais simples, a tecnologia da informação implica na harmonia dos processos logísticos entre 
vários departamentos empresariais, tanto na integração cliente/fornecedor, como no desenvolvimento de parcerias e 
terceirização de serviços, mas para isso é preciso a empresa ter um sistema integrado, pois os fornecedores e clientes 
podem acessar um só fluxo de informações, confiável, rápido e contínuo, em que as perdas e os custos são minimizados. 
É possível, através do sistema integrado, atingir o balanceamento de todas as relações fornecedor/cliente da 
cadeia, pois cada elo só compra, manufatura e vende aquilo que os elos anteriores e posteriores necessitam. A Consignação 
de produtos tornando-se modelo de mercado é outra grande característica dos sistemas logísticos, pois é com terminais dos 
supermercados se comunicando diretamente com os estoques das empresas que não será mais necessário manter estoques 
de produtos. Pode-se dizer também que a Tecnologia da Informação está associada à Logística para melhorar o fluxo de 
informação dentro da organização, reduzir custos desnecessários, para obter um fluxo eficiente de bens no canal de 
distribuição, para eliminar estoques, pois atualmente é um aspecto negativo para empresas porque deixa capital parado e 
dentre outros motivos e integrar fabricantes e varejistas no gerenciamento da cadeia produtiva. 
Integração: é a extensão da conexão intra e entre as atividades da organização e de seus parceiros. Por meio da 
TI, as empresas conseguem simplificar seus processos decisório É mantendo maior intercâmbio de informações entre os 
Parceiros da cadeia e facilitando a integração das atividades de planejamento e controle da produção. 
Processos de Armazenamento, Transporte e Movimentação: O custo logístico total se divide em: custos de estoque 
e armazenamento; de transporte e movimentação; e de instalações (NOVAES, 2004). O emprego da TI nos processos pode 
reduzir os custos de armazenamento e de movimentação da cadeia pelo melhor planejamento destas atividades e pela 
diminuição de processos administrativos com conseqüente redução de papéis, pessoal e estoque. 
Competitividade: O uso da TI viabiliza iniciativas que resultam em ganhos de vantagem competitiva para a cadeia, 
como: agilidade, velocidade de resposta às novas demandas do mercado, aumento a flexibilidade, atendimento 
personalizado, maior satisfação do cliente e atuação em diferentes mercados. 
Velocidade: A TI proporciona a agilização dos processamentos de informações e eliminação de atividades 
redundantes, aumentando assim a velocidade dos processos da cadeia. Coordenação interorganizacional: Trata-se do 
planejamento de ações integradas entre as organizações, tais como a formação de alianças entre os componentes da 
cadeia. Através da TI, pode-se atingir um nível mais elevado de coordenação entre os membros da cadeia, facilitando a 
troca de informações e o planejamento colaborativo. 
Princípios Básicos Operacionais 
Os sistemas de informação devem abranger alguns princípios básicos, tais como: disponibilidade, precisão, 
atualização em tempo hábil e flexibilidade. Esses princípios são definidos a seguir, segundo Bowersox (2001): 
Disponibilidade: Por muitos anos, as informações costumavam ser documentadas em papel, o que conduzia a 
procedimentos de lenta transferência, baixa confiabilidade, assim como uma maior propensão a erros. 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 2 
 
Pode-se imaginar o baixo grau de satisfação do cliente, em virtude de operações de compra e venda limitadas pela 
velocidade dos procedimentos dependentes do fluxo de papéis. Nesse sentido, mais tarde, diante dos efeitos da mudança 
de paradigmas da produção, houve necessidade de disponibilizar as informações logísticas em tempo hábil, e de forma 
consistente. 
A própria natureza descentralizada das operações logísticas torna necessário o acesso imediato a informação em 
qualquer área geográfica. Informações como prazo, status do pedido e do estoque, devem ser disponíveis não só ao acesso 
interno da empresa, como também a clientes finais. 
Precisão: As informações disponíveis pelos sistemas de informação numa base de dados centralizada precisam ser 
precisas, ou seja, apresentar conformidade com as novas informações que entram no sistema, tais como status atualizado e 
contagens físicas. A consistência entre o nível de estoque físico, e o estoque disponibilizado pelos sistemas de informação 
eliminam a necessidade de manter estoques de segurança, o que gera por decorrência, redução de custos de 
armazenagem. 
Atualização em Tempo Hábil: 0 tempo de atualização pode ser definido como a diferença entre o momento que 
determinada atividade ocorre, e o tempo em que ela é disponibilizada no sistema de informação. A atualização de 
informações em tempo hábil proporciona um retorno rápido de informações a nível gerencial. Eventuais atrasos em tal 
atualização ocasionam inconsistência entre a demanda real e a registrada no sistema, o que muita vezes implica em perda 
de vendas, e aumento de estoque. A disposição de informações em tempo real já é possível hoje, graças à adoção de 
poderosas tecnologias de captura de dados em rádio-freqüência, tais como os códigos de barras e etiquetas eletrônicas. 
Flexibilidade: Por fim, os sistemas de informação logísticos devem ser flexíveis o suficiente, de forma a promover a 
satisfação do cliente, e atender suas necessidades mais específicas. Assim por exemplo, em algumas aplicações, o cliente é 
capaz de realizar o acesso a informações restritas a determinada área geográfica. 
Os sistemas de informação oferecem uma ampla variedade de aplicações, pelo emprego de tecnologias abrangendo 
tanto a parte de software quanto de hardware, por meio dos quais, se pode gerenciar, controlar e medir as atividades 
logísticas. Enquanto o hardware abrange computadores, dispositivos periféricos de entrada e saída e meios de 
armazenagem de dados, o software inclui sistemas e programas aplicativos, empregados em operações transacionais, 
gerenciais, bem como na análise de decisão e planejamento estratégico. 
Essas tecnologias apresentaram uma grande evolução, sobretudo nas últimas décadas, produzindo impactos 
positivos sobre o planejamento, execução e controle logístico. 
 
Tecnologia da Informação na cadeia de Suprimentos na prática. 
A tecnologia da informação está sendo compreendida como envolvendo todos os aspectos de computadores 
(hardware e software), sistemas de informação, telecomunicação e automação de escritórios. 
A TI tem afetado a competição ao alterar a estrutura do setor, criar novos negócios e proporcionar vantagens 
competitivas. De acordo com Porter e Millar (1985), a TI permeia toda a cadeia de valor e também o sistema de valor, 
impactando processos, estruturas e até mesmo produtos. 
Segundo Monteiro e Bezerra (2003), as empresas estão recorrendo à aplicação de TI nas cadeias de suprimento 
visando à obtenção de vantagem competitiva e automatização dos processos produtivos. Já Bowersoxe Closs (1999) citam 
que os gestores envolvidos na cadeia de suprimentos veem a TI como a principal fonte de melhorias na produtividade e na 
capacidade competitiva. 
Esses autores defendem que a TI é empregada diferentemente de outros recursos já que possibilita um aumento de 
velocidade de transmissão e de capacidade de dados e simultaneamente reduz custos. 
Os principais problemas enfrentados pelas cadeias de suprimento e que são foco na implantação de tecnologia são 
níveis de inventário inadequados, ordens de entrega e recebimento não cumpridas e problemas na transmissão de 
informações. 
Algumas aplicações da Tecnologia de Informação 
Através do uso combinado dessas tecnologias, é possível executar um gerenciamento eficiente e integrado de toda 
a cadeia de suprimentos. 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 3 
 
Segundo Bowersox (2001), o desempenho logístico pode ser significativamente elevado, ao se combinar as 
tecnologias de informação, com os mais modernos meios de comunicação, já hoje amplamente disseminados e cada vez 
mais rápidos. 
O código de barras é uma tecnologia que vem sendo empregado para melhorar a precisão da informação e a 
velocidade de transmissão dos dados. A utilização se dá ao longo de todo o processo de negócios (BULZONI e FEE, 1994). 
A tecnologia veio se tomando cada vez mais visível durante as ultimas décadas, graças ao amplo uso na gestão de 
inventários e depósitos, em supermercados e outras operações principalmente do setor varejista (TIETZ, 1992). 
Coletores de Dados 
Dispositivos de leitura de dados automática seja através de tecnologias de código de barras ou de radio freqüência, 
para leitura de Smart Labels. Facilitam operações de contagens de mercadorias e controle de rastreabilidade. 
 
Intercâmbio de dados 
É a movimentação eletrônica de documentos-padrão de negócios especialmente formatados , como pedidos, faturas 
e confirmações, trocados entre parceiros de negócios (Turban et al., 2004). Esse sistema automatiza o processo de 
compras, dá suporte ao reabastecimento de estoque automático e próxima à relação entre compradores e os fornecedores. 
Por ter sido originalmente baseado em uma rede provada, o EDI exigiu grande desembolso de capital para ser 
implementado, e a adição de cada novo fornecedor custava caro (KALAKOTA e ROBINSON, 2002). Mais recentemente o 
Internet tem sido substituída como meio de intercâmbio de informações do EDI, que muda de nome passando a se chamar 
WebEDI. Essa mudança reduz os investimentos necessários para a utilização e toma o EDI acessível às empresas de menor 
porte. 
Tecnologia que pode ser baseada em transmissão via satélite ou através de telefonia celular muito utilizada em 
vagões de trem e caminhões para possibilitar o acompanhamento do posicionamento destes. Os dados gerados por esse 
sistema de rastreamento alimentam sistemas como o TMS e WMS. 
Sistema de Estoque Gerenciado para Vendedor - VMI 
O Sistema para comunicar aos fornecedores os níveis de estoque ou de demanda de mercadorias, baseados em 
dispositivos de leitura de níveis de estoque, de fluxos de consumo ou de transações de vendas (POS ou SCANNER). Tais 
sistemas hoje já possuem comunicações eletrônicas diretamente com sites especializados ou com próprios sites dos 
fornecedores. 
Gerenciamento de Transportes - TMS 
Os sistemas de gestão de transportes são responsáveis pelo controle de todo o transporte de cargas ajudando as 
empresas a atenderem aos requisitos de transporte de produtos. Durante os esforços de planejamento e otimização, o TMS 
determina os modos de transporte e também gerencia a consolidação dos fretes e coordena as empresas de transporte. 
Quando utilizado em modo de execução e operação, o TMS é responsável pelo roteamento, escalonamento e rastreamento 
dos transportes, e pagamento e auditagem dos processos. 
Geo-Positioning Systems - GPS 
Dispositivos que identificam posição de qualquer veiculo/pessoa através do uso dos conceitos de latitude e 
longitude geográfica, em conjunto com mapas digitalizados. São aplicados para controle de desempenho e segurança de 
transportes. 
Sistema de Gestão de Armazém - WMS 
O sistema de gestão de armazém rastreia e controla o movimento do inventário dentro do depósito. Facilitando o 
registro, planejamento e o controle dos processos do depósito. 
Identificação por Radio Freqüência - RFID 
A tecnologia RFID utiliza uma série de equipamentos como smart cards, etiquetas inteligentes e transponders para 
possibilitar o rastreamento de produtos através de rádio freqüência. Assim como o sistema de código de barras, a 
tecnologia RFID é uma ferramenta de suporte que automatiza processos e melhora a gestão das operações eliminando 
falhas humanas. Ao mesmo tempo, da poder aos tomadores de decisão disponibilizando informações essenciais sobre o 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 4 
 
status dos produtos. 
 
Sistemas Integrados de Gestão - ERP 
O sistema integrado de gestão é um sistema centralizado capaz de integrar todos os departamentos e funções das 
empresas em um sistema unificado de informação, com capacidade de atender a todas as necessidades da organização. 
Gable (1998) define os sistemas ERP como os pacotesde software que buscam integrar o amplo espectro de processos e 
funções de modo a apresentar uma visão holística de um negócio a partir de uma único sistema de informação com uma 
única arquitetura de informação. Já Rosenman (1999) define o sistema ERP como um software aplicativo que inclui soluções 
integradas de negócio para os principais processos (por exemplo, planejamento e controle da produção, gestão de 
inventario) e as principais funções administrativas (por exemplo, contabilidade, e gestão de recursos humanos) de uma 
empresa. Os sistemas ERP melhoraram o fluxo de informações através das cadeias de suprimentos em tal grau que se 
tomaram um padrão de operação. 
Sistema de Gestão de Relacionamento com Clientes - CRM 
O sistema de gestão de relacionamento com clientes é uma ferramenta inteligente de gestão capaz de unificar as 
informações sobre os clientes criando uma visão única centralizando as interações com estes e antecipando às necessidades 
dos clientes (KALAKOTA e ROBINSON, 2002). Os sistemas de CRM já receberam inúmeras definições (RIGBY et al., 2002), 
porém existem elementos comuns a todas as definições incluindo ai o fato de serem tecnologias para possibilitar que 
clientes individualmente possam ter um dialogo que permita que as empresas customizem seus produtos e serviços de 
modo a atrair, desenvolver e reter consumidores. 
 
Aula 7 - Estratégia de Estoques - Características, tipos, funções e custo de manutenção. 
 
O Papel dos Estoques 
A administração de estoques é de importância significativa na maioria das empresas, tanto em função do próprio 
valor dos itens mantidos em estoque, associação direta com o ciclo operacional da empresa. Da mesma forma como as 
contas a receber, os níveis de estoques também dependem em grande parte do nível de vendas, com uma diferença: 
enquanto os valores a receber surgem após a realização das vendas, os estoques precisam ser adquiridos antes das 
realizações das vendas. 
Essa é uma diferença crítica e a necessidade de prever as vendas antes de se estabelecer os níveis desejados de 
estoques, torna sua administração uma tarefa difícil. 
Deve se observar também que os erros na fixação dos níveis de estoque podem levar à perda das vendas (caso 
tenham sido subestimados) ou a custos de estocagem excessivos (caso tenham sido superestimados), residindo, portanto, 
na correta determinação dos níveis de estoques, a importância da sua administração. Seu objetivo é garantir que os 
estoques necessários estejamdisponíveis quando necessários para manutenção do ritmo de produção, ao mesmo tempo 
em que os custos de encomenda e manutenção de estoques sejam minimizados. 
O estoque tem uma participação crucial na capacidade da cadeia de suprimento em apoiara estratégia competitiva 
da empresa. Se a estratégia competitiva da empresa exige um alto nível de atendimento, a empresa pode usar o estoque 
para alcançá-la, disponibilizando grandes quantidades de itens armazenados, maior a área necessária e maior o custo de 
aluguel. 
Quanto maior o estoque mais área necessária, mais custo de aluguel mais pessoas e equipamentos necessários 
para manusear os estoques, mais custo de mão-de-obra e de equipamentos maiores chances de perdas, mais custo 
decorrente de perdas maiores as chances de materiais tornarem-se obsoletos, mais custos decorrentes de materiais que 
não mais serão utilizados maiores as chances de materiais serem furtados e/ou roubados. 
Custos inversamente proporcionais: são custos ou fatores de custos que diminuem com o aumento do estoque 
médio. Isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São os denominados 
custos de obtenção, no caso de itens comprados e custos de preparação, no caso de itens fabricados internamente. 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 5 
 
Os custos independentes: são aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa, como, por 
exemplo, o custo do aluguel de um galpão. Ele geralmente é um valor fixo, independente da quantidade estocada. 
Se somarmos os três fatores de custos analisados até aqui, teremos os custos totais decorrentes das necessidades 
de se manter os estoques (CT): CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + Custos 
Independentes: Uma outra forma de se verificar se os estoques estão tendo um desempenho satisfatório e se não há 
necessidade de mudar alguma estratégia ou alguma rotina interna ou externa é a avaliação através de indicadores, os quais 
serão explanados abaixo. 
Gestão dos Estoques 
A gestão dos estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão 
sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. 
Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais 
exemplificados a seguir. 
Inventário físico – consiste na contagem física dos itens em estoque periodicamente. O inventário não deve ser 
efetuado em excesso, qualquer custo pode ser reduzido se bem gerenciado. 
CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + custos independentes. 
➢ Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento, ou seja, quão eficaz foi o estoque 
para atender às solicitações dos clientes: 
➢ Giro de estoques – mede 
quantas vezes, por unidade de tempo, o 
estoque se renovou ou girou: 
➢ Cobertura de estoques – 
indica o número de unidades de tempo; 
por exemplo, dias queo estoque médio 
será suficiente para cobrir a demanda 
média: 
Análise de estoques pelo método ABC 
Analisar em profundidade 
milhares de itens no estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na maioria das vezes, desnecessária. É conveniente que 
os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os menos importantes. Assim, economizam-se 
tempo e recursos. 
A análise ABC classifica as mercadorias através de alguma medida de desempenho para determinar quais itens não 
devem faltar no estoque, quais itens podem ficar em falta no estoque, ocasionalmente, e quais devem ser excluídos da 
seleção de estoque. 
A análise ABC utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor dos estoques ou vendas são 
provenientes de 20% dos itens em estoque ou vendidos. 
Clique em cada um dos itens abaixo e veja como ocorre a sequência do processo de construção da curva ABC. 
1 - Lista dos códigos dos produtos ou materiais com as unidades consumidas no período com os respectivos custos 
unitários. clique aqui 
2 - Tabela com a apuração do curso total por item (consumo unitário X custo unitário). 
3 - Tabela com o custo total por item. 
4 - Tabela com a colocação dos itens em ordem crescente. Cálculo do percentual de participação por item. 
Acumulação do percentual calculado item a item. 
5 – Curva ABC. 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 6 
 
A Tecnologia da Informação na Gestão de Estoques 
O desempenho e a eficácia dos estoques podem ser aumentados substancialmente e a incerteza reduzida, 
integrando-se as necessidades de informação (previsões, pedidos, planos de marketing, composição de estoque e posição 
da expedição), para toda a empresa e os participantes da cadeia de distribuição. 
A informação é um fator importante para melhorar a competitividade da logística. E tecnologia chave para 
aperfeiçoar o planejamento, as operações e a avaliação de desempenho. 
Os chamados PRRs (Programas de Resposta Rápida), surgiram com o objetivo de reduzir custos de produção e 
distribuição, bem como para intermediar o relacionamento entre empresas seus fornecedores e clientes, através do 
compartilhamento de informações. 
Podemos citar alguns exemplos como EDI e VMI já citados na aula anterior. ECR (Eficiente Consumer Response) - o 
sistema seria uma estratégia de negócios entre fabricantes do setor de alimentos e supermercadistas, a fim de atender às 
crescentes necessidades dos consumidores finais ao menor custo possível. 
Técnicas de Gestão de Estoques 
Segundo Bailou (1995, 217), existem várias formas de controlar a quantidade em inventário de modo a atender os 
requisitos de nível de serviço e ao mesmo tempo minimizar o custo de manutenção do estoque. Anos de pesquisas e 
aplicações geraram centenas de conceitos e métodos para administrar estoques. 
Fluxo Descontínuo de Material 
Para Ching (2001, 40). esse é o sistema clássico, comumente conhecido como método de empurrar estoque (push). 
O fluxo de material é “empurrado" ao longo do processo pela fábrica até a distribuição, para suprir clientes. Ele começa 
com a previsão de vendas que é a base para os programas de produção. A medida que os pedidos dos clientes chegam, 
eles são atendidos com os produtos acabados estocados nos depósitos. Para repor os estoques nos depósitos, a fábrica 
produz contra a previsão de vendas e não contra a demanda atual ou do depósito. Just in Time (JIT): 0 JIT requer os 
seguintes pontos chaves: 
Qualidade: deve ser alta, porque distúrbios na produção por erros de qualidade reduzirão o fluxo de materiais: 
Velocidade: essencial em caso de se pretender atender à demanda dos clientes diretamente conectados com a 
produção, em vez de por meio dos estoques: 
Confiabilidade: pré-requisito para se ter um fluxo rápido de produção; 
Flexibilidade: importante para que se consiga produzir em lotes pequenos, atingir fluxo rápido e lead time (tempo 
de ressuprimento) curtos: 
Compromisso: essencial comprometimento entre fornecedor e comprador de modo que o cliente receba sua 
mercadoria no prazo e local determinado sem que haja qualquer tipo de problema em seu processo de entrada de 
mercadorias para venda. 
Esse sistema possibilita que a empresa possua estoques próximos de zero, mas tenha o produto e a matéria prima 
disponíveis em curtíssimo espaço de tempo. Com isso, o cliente tem menores custos de estocagem, aumenta sua 
produtividade, além de ter uma coisa a menos com que se preocupar, podendo se dedicar ao seu negócio de fato ícore 
business). 
Fluxo Contínuo de Material 
Em um ambiente de constantes alterações, os clientes demandam uma variedade crescente de produtos, em lotescada vez menores e mais freqüentes, altas exigências de qualidade e demanda veloz de entregas de seus fornecedores. 
Estas são exigências críticas de competitividade em que as empresas precisam estar atentas caso queiram sobreviver. Um 
enfoque distinto do fluxo de materiais, o de fluxo contínuo, fornece uma eficiente resposta. O fluxo contínuo é um 
refinamento da filosofia do JIT. E comumente conhecido como método de puxar estoque (pull). 
As previsões de vendas, de médio e longo prazo, são agora usadas para planejar as necessidades de compras e 
devem refletir a sazonalidade da demanda. Quando o pedido do cliente chega, ele é transmitido on-line para a fábrica, e 
não para o depósito. A fábrica produz contra a demanda, em ciclos de produção curtos e rápidos. Ela despacha o produto 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 7 
 
ao cliente, diretamente ou por meio do estoque regulador, que pode ser apenas de consolidação de carga ou terminais. 
Dessa forma, a demanda do cliente “puxa” o fluxo de material. 
Segundo esse enfoque, estoque de produtos acabados é evitado tanto quanto possível, especialmente estoque de 
segurança. A razão disso é que a produção ocorre contra a demanda real. 
Fluxo Sincrônico de Material 
Define-se o fluxo sincrônico de material como um novo enfoque que está emergindo, ainda mais eficiente, para o 
sistema de controle da produto. A produção e a distribuição se tornam integradas por meio do uso da tecnologia de 
informação. O fluxo do material é balanceado de uma só vez ao longo do processo de compras/produção/distribuição por 
um sistema automatizado de gestão de materiais. Esse sistema fornece um fluxo sincronizado de informação que atualiza 
simultânea e instantaneamente todas as partes envolvidas: fornecedores, fábricas, estoque regulador e distribuição. 
A demanda real do cliente dá início ao processo, porém o fluxo de material é agora balanceado e a informação 
sobre a necessidade de material (seja produto acabado, seja de matéria-prima) flui paralelamente, não em série, para todos 
os envolvidos. Este enfoque fornece uma resposta mais rápida às mudanças no mercado. 
As demandas são capturadas instantaneamente no ponto-de-venda e transmitidas on-line para um módulo de 
processamento de transações que processa as demandas e otimiza as relações de custo-benefício envolvidos (como carga 
ideal, melhor roteiro, volume mínimo) e alimenta os resultados para todas as partes envolvidas. 
Planejamento e Gestão de Material 
A partir da globalização dos mercados, do aumento da concorrência, da necessidade de maior diversificação de 
produtos e melhoria constante em eficiência operacional, a gestão de demanda passou a ser assunto central na gestão de 
operações. 
Segue uma breve revisão de alguns conceitos relacionados a gestão de demanda em operações industriais, em 
ambientes qurequerem alta flexibilidade, alta diversidade e, baixos custos, abordando os seguintes tópicos e suas 
correlações: 
(a) gestão de demanda; (b) planejamento e controle de produção; (c) gestão de capacidade; (d) captação de 
materiais; (e) distribuição de produtos acabados; (f) gestão da cadeia de suprimentos; (g) medição de desempenho. 
Gestão de Demanda 
Previsões de demanda desempenham um papel-chave em diversas áreas na gestão de organizações. A área 
financeira, por exemplo, planeja a necessidade de recursos analisando previsões de demanda de longo prazo; as mesmas 
previsões também servem às áreas de recursos humanos e marketing, no planejamento de modificações no nível da força 
de trabalho e nas vendas. Talvez mais do que em qualquer outra área de uma organização, previsões de demanda são 
essenciais na operacionalização de diversos aspectos do gerenciamento da produção. Alguns exemplos são a gestão de 
estoques, o desenvolvimento de planos agregados de produção e a viabilização de estratégias de gerenciamento de 
materiais. São inúmeras as aplicações de previsão dentro de uma empresa. A operacionalização satisfatória de estratégias 
de planejamento e controle da produção, por exemplo, está fortemente associada a existência de um sistema eficiente de 
previsão de demanda. 
Planejamento e Controle de Produção 
Os sistemas de produção devem ser classificados sobre os critérios de: competitividade; estratégia de produção; 
complexidade dos produtos; tecnologia; e diversidade. 
0 foco do PCP, segundo os autores, pode ser definido segundo programação ou planejamento (se produz para 
estoque o foco é planejamento, se produz sob encomenda o foco é programação, e se produz sob encomenda com alta 
variedade de produtos finais o foco é tanto planejamento quanto programação) a classificação dos sistemas de produção é 
dada a partir do nível de repetibilidade da produção, podendo ser: contínuo puro, semicontinuo, produção em massa, 
repetitivo, semirepetitivo, não repetitivo e grandes projetos. A repetibilidade do sistema de produção se caracteriza a partir 
do comportamento da demanda. 
Gestão de Capacidade 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 8 
 
No setor de produção, além da gestão interna da capacidade, a obtenção de matérias-primas e componentes é vital 
e grande parte da capacidade encontra-se fora dos muros da empresa, mas ainda dentro da cadeia, nos fornecedores. 0 
controle sobre a capacidade desses fornecedores, então, é fundamental para a análise da disponibilidade de matérias-
primas, insumos e subconjuntos e, portanto, da capacidade de produção. Nesse ambiente de manufatura/montagem, algo 
que influencia muito a capacidade é o mix de produtos que se vai fazer. Dependendo dele, a capacidade é maior ou menor. 
Existem mixes que aumentam a capacidade sem que seja preciso mudar um parafuso. Uma dada combinação de produtos 
usa melhor a estrutura produtiva. Da mesma forma, outras combinações diminuem a capacidade, porque os produtos 
concorrem contra capacidades que estão na rede ou na fábrica. 
Captação de Materiais 
Um exemplo de problema associado à falta de coordenação na cadeia de suprimentos é o fenômeno da distorção da 
informação de demanda. Este fenômeno, conhecido como '‘efeito chicote” (bullwhip effect), começou a ser estudado na 
década de 60, por Forrester (1961), que chegou a seguinte conclusão: quando a demanda de um produto é transmitida ao 
longo de uma série de empresas, por meio de pedidos, a variação entre a demanda conhecida na empresa-diente (a que 
envia o pedido) e a demanda conhecida na empresa-fornecedora (a que recebe o pedido) cresce a cada transferência. As 
causas do efeito chicote estão relacionadas com a estrutura de gestão descentralizada observada em grande parte das 
cadeias de suprimento, a qual nem sempre distribui a informação adequadamente a todos os elementos da cadeia. 
Processamento das Variações de Demanda: 
a distorção da demanda surge devido à falta de visibilidade que os fornecedores e fabricantes têm do real consumo 
de seus produtos. Uma forma de reduzir esse aspecto é compartilhando as informações de consumo com as empresas que 
atuam na cadeia de distribuição 
Padronização e Modularização: 
projetar mecanismos de montagem eficientes e desenvolver produtos que possam ser separados e ter suas partes 
padronizadas. A modularização no projeto de produto pode ajudar aumentando a velocidade no processo de novos 
desenvolvimentos de produto. 
Orientando o projeto base dos novos produtos assim como maximizando o uso dos componentes padronizados 
existentes, economizando recursos (financeiros e humanos) bem como reduzindo o tempo requerido. Isto implicará, 
certamente, em ganhos financeiros e de tempo, nos processos de desenvolvimento. 
Distribuição de Produtos Acabados 
Conforme citado por Helder et al. (2000), entre as práticas mais usuais em Supply ChainManagement (SCM), uma 
que exerce extrema importância é o sistema de postergação. Este sistema visa atender às necessidades de customização 
em massa, conseguindo disponibilizar uma alta variedade de produtos a baixo preço. Isto é possível porque o sistema de 
postergação consegue garantir a customização dos produtos sem que haja. entretanto, a perda das vantagens provenientes 
da economia de escala. Esta técnica consiste em uma forma eficaz de lidar com variações de demanda e de possibilitar 
entregas mais rápidas e confiáveis, criando centros de diferenciação de produtos ao longo da cadeia onde um determinado 
produto semi-acabado é guardado até que chegue um pedido com, por exemplo, certas especificações de embalagem. 
Aí então, o produto pode ser acabado de acordo com o pedido do cliente. A remodelagem do produto e do 
processo, a fim de retardar o ponto de diferenciação do produto, aumentam a flexibilidade do processo para lidar com as 
variações do mercado. 
Aula 8 - Gerenciamento de depósitos (centros de distribuição) 
A nossa aula hoje vai se referir a armazenagem, o que a gente chama também de centro de distribuição na logística 
atual, e dentro de uma visão tradicional também nós sempre pensamos que um armazém é para guardar estoques e hoje 
com o pensamento integrado da cadeia de suprimento, o centro de distribuição tem várias funções. Por exemplo: o centro 
de distribuição dos supermercados é para separar produtos e entregar, nas grandes redes não tem estoques é o que vai 
chamar de pro, é a separação de produtos para entrega. Até as transportadoras também tem centro de distribuição para 
separar produtos por destino. Então, se é distribuição, ele se distingue estrategicamente armazenar produtos, a guardar 
estoques porque isso é uma coisa muito cara. 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 9 
 
Essa é a função dos CDs, tanto que eles usam diversas tecnologias, também tem vários softwares de armazenagem 
para gerenciar um centro de distribuição percorrendo todos os seus processos para isso acontecer rapidamente. Desde o 
recebimento dos produtos até a expedição, tanto que vocês vêem por aí verdadeiras redes de centro de distribuição para 
fazer esse processo de entrega do produto até ao cliente, então nós temos o centro de distribuição é de vital importância 
para uma rede logística. 
Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar sistemas de distribuição capazes de atender de 
forma econômica os mercados geograficamente distantes das fontes de produção, oferecendo níveis de serviço cada vez 
mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo de atendimento. Neste contexto, a atenção se volta para as 
instalações de armazenagem e como elas podem contribuir para atender de forma eficiente as metas estabelecidas de nível 
de serviço. 
Centro de Distribuição 
De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o Centro de Distribuição (CD) é um armazém que tem 
por objetivo realizar a gestão dos estoques de mercadorias na distribuição física. Em geral, este armazém recebe cargas 
consolidadas de diversos fornecedores. Estas cargas são então fracionadas com intuito de consolidar os produtos em 
quantidade e variedade corretas, para depois serem encaminhadas aos pontos-de-venda, ou em alguns casos aos clientes 
finais. 
Sistemas Sequenciais ou Escalonados 
A estrutura escalonada ou indireta a empresa possui um 
ou mais armazéns centrais e um conjunto de centros de 
distribuição avançados, próximos aos clientes. Percebe-se que os 
centros de distribuição avançados destinam-se a produtos com 
elevado giro de estoque, baixa amplitude de vendas, alta 
perecibilidade, demanda empurrada e com baixo grau de 
obsolescência, justificando a localização de estoques próximos aos 
clientes, ou seja, uma estrutura descentralizada de distribuição. 
Sistemas Diretos ou Estruturas Diretas 
 Já nas estruturas diretas, a empresa possui um ou mais armazéns centrais, nos quais os produtos são expedidos 
diretamente para os clientes. As instalações intermediárias, típicas de um sistema de distribuição direta ou centralizado, 
destinam-se a produtos com um menor giro de estoque, maior sazonalidade, alta amplitude de vendas, maior risco de 
obsolescência, ou seja, que envolvem um maior risco quanto a previsão de sua demanda, justificando-se portanto, a prática 
de postergar ao máximo o envio dos produtos Os sistemas de distribuição diretos podem também utilizar instalações 
intermediárias, não para manter estoque, mas para permitir um rápido fluxo de produtos aliado a baixos custos de 
transporte, são elas: transit point, cross-docking e mergein-transit. 
Sistemas Diretos ou Estruturas Diretas 
Já nas estruturas diretas, a empresa possui um ou 
mais armazéns centrais, nos quais os produtos são 
expedidos diretamente para os clientes. As instalações 
intermediárias, típicas de um sistema de distribuição direta 
ou centralizado, destinam-se a produtos com um menor 
giro de estoque, maior sazonalidade, alta amplitude de 
vendas, maior risco de obsolescência, ou seja, que 
envolvem um maior risco quanto a previsão de sua 
demanda, justificando-se portanto, a prática de postergar 
ao máximo o envio dos produtos Os sistemas de 
distribuição diretos podem também utilizar instalações 
intermediárias, não para manter estoque, mas para permitir um 
rápido fluxo de produtos aliado a baixos custos de transporte, 
são elas: transit point, cross-docking e mergein-transit. 
Sistemas Flexíveis 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 10 
 
Os denominados sistemas flexíveis, os quais combinam as vantagens da estrutura escalonada com as do sistema 
direto. Nestes sistemas, materiais ou produtos de grande saída permanecem em depósitos avançados, enquanto que outros 
itens de maior risco ou de maior valor podem ser armazenados em um local central para serem distribuídos diretamente aos 
consumidores. 
Cross Docking 
As instalações que operam com o cross docking recebem 
carretas completas de diversos fornecedores e realizam, dentro 
das instalações, o processo de separação dos pedidos, através da 
movimentação e combinação das cargas (ou não), transferindoas 
da área de recebimento para a área de expedição, sem colocar 
em estoques. As carretas partem então, com a carga completa 
formada pela combinação de diversos fornecedores, 
principalmente para lojas de rede. 
Sistemas Diretos – Transit Point 
É um Centro de Distribuição 
localizado de forma a atender uma 
determinada área de mercado distante 
dos armazéns centrais e opera como uma instalação de passagem, recebendo cargas 
consolidadas e separando para entregas locais e clientes individuais, sem estoques, também 
usados por empresas transportadoras. Os produtos recebidos já têm os destinos definidos, ou 
seja, já estão prèviamente destinados aos clientes e podem ser imediatamente expedidos para 
entrega local. 
Atualmente, com o aumento da competitividade, diversas empresas em segmentos 
bastante diferentes vêm fazendo uso dos CDs. Conforme mencionado, os CDs passaram a ser considerados estratégicos 
para as empresas. Primeiro, porque através da utilização de CDs, é possível atender mais rápido o cliente, aumentando-se, 
com isso, o nível de serviço garantindo assim a fidelidade do mesmo. Segundo, porque empresas que desejam ter cobertura 
nacional num país como o Brasil precisam de pontos de apoio em locais estrategicamente posicionados para assegurar a 
entrega dos produtos. 
Outro fato importante com relação aos CDs é que nos últimos anos, com a consolidação dos operadores logísticos 
no cenário nacional, os CDs saíram do papel secundário que tinham até então e passaram a fazer parte da estratégialogística das empresas nacionais (Almeida, 2004), visto os inúmeros benefícios de se ter CDs compartilhados. 
Segundo Lima (2002), os armazéns de produtos acabados, antes gerenciados pelas próprias indústrias, deram lugar 
aos CDs, visto que os CDs têm como principal desafio atender corretamente a crescente demanda de pedidos. Esta 
demanda vem aumentando por dois motivos: 
primeiro, devido à maior variedade de produtos e, segundo, pela necessidade de melhor atendimento ao cliente. 
Os CDs transformam-se em pólos geradores de carga, devendo, assim, ficar em área de fácil acesso e com infra-
estrutura adequada ao tipo de produto armazenado. Desta forma, sua localização é de extrema importância, tanto para a 
velocidade da operação como para a qualidade do serviço prestado. Já a infra-estrutura estará associada diretamente com a 
qualidade do serviço prestado, visto que determinados produtos precisam de armazenagem especial, como, por exemplo, 
produtos refrigerados. (Gurgel, 2000). 
É possível observar também um aumento na freqüência de atendimento, pois o número de entregas diretas ao 
consumidor vem crescendo com a utilização cada vez maior da Internet, venda por catálogo ou telemarketing. Como 
resposta, os responsáveis pelos Cds investiram em tecnologias que permitem reduzir o tempo de atendimento ao cliente e 
simultaneamente aumentar sua produtividade. 
Entretanto, para Lacerda (2000), além da melhora no atendimento, os CDs permitem uma redução no custo de 
transporte, já que operam muitas vezes como consolidadores de carga. Isto significa que um CD utilizado por diversos 
fornecedores permite que estes realizem suas transferências entre suas fábricas e o CD com cargas consolidadas, da 
mesma forma que as cargas para os clientes finais também poderão consolidar pedidos de diversos fornecedores, com isso 
reduzindo o custo total de transporte. Para os clientes, por outro lado, além do custo de transporte ser reduzido, ainda 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 11 
 
existe a economia de tempo de operação gerado em função do recebimento de um único carregamento com todos os 
produtos necessários, ao invés de receber carregamentos separados de cada fornecedor. 
Segundo Moura (2002), os CDs podem ofertar, além dos serviços de armazenagem, serviços que agreguem valor 
aos produtos, como etiquetagem, embalagem ou reembalagem, entre outros. Para Bov/ersox & Qoss (2001). esta é uma 
das vantagens em se utilizar um CD no sistema logístico. 
Desta forma, o CD tem um papel fundamental na p cadeia logística. Quando operado de formaeficiente, permite o 
gerenciamento eficaz do fluxo de mercadorias e informações, e como conseqüência há uma melhoria no nível de 
atendimento do cliente e reduções de custo. 
O CD está relacionado, portanto, com diversas áreas da empresa: marketing, vendas, financeira, entre outras. Cada 
área interage com o CD de acordo com seus objetivos. Marketing e vendas estão interessados no pronto atendimento do 
cliente, para não ter nenhuma venda perdida, já a área financeira deseja que o estoque seja o menor possível, pois estoque 
é sinônimo de dinheiro parado que poderia estar gerando lucro para a empresa, se estivesse aplicado no mercado 
financeiro. As diversas áreas da empresa possuem objetivos diferentes com relação ao CD, e cabe à empresa definir a 
melhor estratégia de acordo com seus objetivos e missões. 
Cada vez mais engajados em atender melhor o cliente através da melhoria da relação custo e benefício, os 
empresários vêm buscando alternativas para armazenar seus produtos de forma mais eficiente e barata. Segundo Lacerda 
(2000), para não manter estoque e permitir um rápido fluxo de produtos a baixos custos de transporte, é possível utilizar 
instalações intermediárias entre as unidades produtoras e os clientes finais, também conhecidos como Transit Point, Cross 
Docking, e Merge in Transit. 
Bowersox & Closs (2001) acrescentam ainda a operação de Break Bulk Segundo Lacerda(2000), as instalações do 
tipo Transit Point diferem-se dos CDs por não apresentarem estoque e os produtos que recebem já possuírem destinos 
certos, não havendo a necessidade de espera por um pedido. Estão localizados para atender uma determinada área 
geográfica distante dos armazéns centrais ou de difícil acesso, operando como local de passagem. Sua operação consisteem 
receber carregamentos consolidados, separá-los e carregá-los em veículos menores para as entregas locais a clientes 
individuais. (Pires, 2004). 
Segundo Bowersox & Closs (2001). a modalidade é extremamente utilizada por cadeias varejistas, com o intuito de 
repor os estoques de alta rotação. O sucesso da operação no Cross Docking é associado muitas vezes à capacidade de 
planejamento e seu cumprimento. Isso permite que a passagem do estoque seja a mais rápida possível. Quando isto não 
ocorre, é necessário ter espaço para movimentação e estocagem de produtos, fugindo assim do conceito básico do Cross 
Docking. 
A operação do Merge in Transit pode ser considerada uma extensão do Cross Docking, associado a técnicas de 
qualidade como o j ust-in-time. Seu objetivo é montar produtos ao longo da cadeia de distribuição. Isto se torna necessário 
com o advento da globalização, em que cada vez mais produtos possuem suas peças fundamentais produzidas em diversos 
países. Exemplo clássico são os computadores, que podem ser montados já no momento de entregar ao cliente. Vale 
ressaltar que, assim como o Transit Point e o Cross Docking , a operação Merge in Transit não consiste em ter estoques 
intermediários. (Lacerda, 2000) Por fim, na operação Break Bulk, as quantidades são recebidas de vários fabricantes que 
enviam suas cargas consolidadas, para atender a diversos clientes. 
As principais atividades em um CD, segundo a Aslog, englobam: recebimento, movimentação, armazenagem, 
seleção de pedidos, expedição e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco, como a colocação de embalagens e de 
rótulos e a preparação de kits comerciais. O recebimento dos produtos significa o início das atividades do CD. O 
recebimento inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar os materiais. Durante o recebimento devem ser 
conferidas as quantidades e a qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores e a nota fiscal, entre outros itens. 
Qualquer diferença entre o solicitado e o entregue deve ser sinalizada neste momento, antes de os produtos entrarem 
propriamente no CD. Avarias nas embalagens também devem ser detectadas e relatadas durante a operação de 
recebimento. (Moura, 1997). 
Um processo de recebimento de produtos inicia-se quando um veículo entra no CD, aproxima-se e estaciona na 
doca. Após estacionar o veículo, retiram-se os produtos para iniciar a contagem e conferência física do material. Em alguns 
CDs, poderá haver equipamentos para nivelar o caminhão com a plataforma, com isso evitam-se eventuais acidentes 
durante a movimentação de mercadorias. (Moura, 1997). 
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Tecnologia 
Atualmente, com o avanço da tecnologia, durante o recebimento é possível utilizar código de barras e coletores de 
dados. Essas ferramentas agilizam o processo de conferência e evitam erros humanos no processo. Em ambiente onde a 
utilização do código de barras não é eficiente, existe a possibilidade de substituí-lo pelo uso da etiqueta inteligente 
associado ao uso da tecnologia de RFID 
Movimentação 
A movimentação é realizada após o recebimento dos produtos, sendo sua primeira atividade a descarga dos 
veículos. (Bowersox 6t Closs, 2001) Existem dois tipos de movimentação dentro do CD: a transferência e a separação. A 
transferência consiste em mudar o material da área de recebimento para o local onde ficará estocado,e a separação em 
retirar o material da área onde foi estocado e levá-lo para a área de consolidação dos pedidos. 
Processo 
O processo de movimentação pode ser feito através da força física humana ou por meio de equipamentos como 
empilhadeiras e/ou transpaleteiras, quando sào usados pallets ou slip sheet A utilização de empilhadeiras tem como 
principal benefício uma maior produtividade, já que torna a movimentação mais rápida. A segurança da operação na 
utilização de empilhadeiras é de responsabilidade do gestor do armazém, que deverá indicar funcionários aptos a manusear 
este equipamento. 
Segundo Ballou (1993), a embalagem contribui para uma melhor movimentação, desde que exista uma 
padronização e que ela seja suficientemente forte para agüentar mais de uma movimentação. 
Como citado anteriormente, uma das formas de padronizar a embalagem é a paletização, já que possibilita 
movimentar maiores quantidades de produtos. Entretanto, deve-se observar a correta distribuição do peso e o correto 
posicionamento do centro de gravidade, para evitar possíveis acidentes com a empilhadeira em virtude do transporte, 
principalmente quanto à movimentação. 
Outra maneira de se padronizar e de se usar as embalagens é através da utilização de contêineres, que são 
equipamentos nos quais são colocadas as embalagens secundárias ou produtos soltos durante a armazenagem e o 
transporte. Suas principais vantagens são: aumento geral da eficiência de movimentação de materiais, redução de avarias 
durante o transporte, redução de furtos e maior proteção contra fatores ambientais. Porém, como principal desvantagem 
existe a necessidade de equipamentos específicos de movimentação, pois sem estes fica impossível movimentar um 
contêiner. (Bowersox & Closs 2001) 
Antes de passar para a próxima etapa, realize os exercícios de autocorreção desta aula. Lembre-se de que sua 
freqüência está associada à realização desses exercícios. 
Aula 9 - Embalagem e manuseio 
Nesta aula, nós vamos tratar de embalagens. Nós estamos acostumados a ver embalagem de apresentação do 
produto, mas agente nunca sabe como essa embalagem chegou até aquele ponto, no ponto de venda. Normalmente a 
embalagem hoje, ela se divide em embalagem primária, embalagem secundária, embalagem terciária e por aí em diante. 
Normalmente as embalagens primárias e secundárias, são embalagens de marketing, são aquelas embalagens que 
agente vê nas prateleiras na apresentação do produto, mas tem as embalagens terciárias, quartanárias que elas têm um 
objetivo, são as caixas de papelão que guardam essas embalagens primárias e secundárias. São os paletes que são 
organizados as caixas dos produtos e são os containeres que normalmente servem para exportação. Esses são os tipos 
básicos de armazenagem. 
Normalmente, a embalagem, ela deve ser compatível por todos os meios onde ela passa. Ela tem que ser 
compatível com os processos de armazenagem tem que ser compatível com os equipamentos que vão transportá-las, tem 
que ser compatível para fazer este deslocamento do produto de uma forma mais suave e fácil até o produto final. 
Os riscos das embalagens, a embalagem logística agente vê na prateleira produtos bonitos, embalagem de 
marketing sendo apresentadas, agente nunca imagina que aquilo ali percorreu através de riscos, risco de temperatura, 
riscos de avarias, risco de transportes e esse é o verdadeiro papel da embalagem. É o conjunto da embalagem, é a 
embalagem primária, a embalagem secundária e a embalagem terciária e assim sucessivamente. Esse é o real papel da 
embalagem. 
Gestão da Cadeia de Suprimentos / GST 0189 – Estácio EAD – Pag. 13 
 
O papel da embalagem 
A embalagem se tornou item fundamental da vida de qualquer pessoa e principalmente das atividades de qualquer 
empresa. O desenvolvimento da embalagem acompanhou o desenvolvimento humano, da necessidade inicial do homem de 
armazenar água e alimentos em algum recipiente, visando à sobrevivência própria, até o início das atividades comerciais, e 
à disseminação do uso das embalagens. Hoje estão presentes em todos os produtos, com formas e funções variadas, 
sempre com a evolução das tecnologias utilizadas, que as tornam cada vez mais eficientes e estratégicas. 
Para a Logística, a embalagem é item de fundamental importância, possui relacionamento em todas as áreas, e é 
essencial para atingir o objetivo logístico de disponibilizar as mercadorias no tempo certo, nas condições adequadas ao 
menor custo possível, principalmente na distribuição internacional. Para se ter uma idéia da representatividade da 
embalagem na economia, segundo Moura e Banzato (2000), os gastos com embalagem representam aproximadamente 2% 
do PNB. 
E o Brasil perde entre 10% e 15% da sua receita de exportação por causa de embalagens deficientes. Dependendo 
do foco em que está sendo analisado, o conceito de embalagem pode variar. Para um profissional da área de distribuição, 
por exemplo, a embalagem pode ser classificada como uma forma de proteger o produto durante sua movimentação. 
Enquanto que para um profissional de marketing a embalagem é muito mais uma forma de apresentar o produto, visando 
atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma de protegê-lo. Neste conceito, os autores tentam abranger tudo 
que envolve a concepção da embalagem: arte, técnicas e ciências, bem como suas funções: a de proteção da mercadoria, 
durante as atividades de Logística, e a de exposição ao consumidor, como meio de aumentar as vendas. Sem deixar de 
considerar os custos envolvidos na produção e no transporte de mercadorias. 
A embalagem tem interação com todas as funções da Logística, armazenamento, manuseio, movimentação de 
materiais e transporte. Desta interação com as funções Logísticas, pode-se conseguir redução de custos, de tempo na 
entrega final do produto, redução de perdas e aumento do nível de serviço ao diente. 
Na movimentação de materiais, dentro dos armazéns, e na troca de modal de transporte, é onde a embalagem 
sofre os maiores impactos, os quais podem causar danos à embalagem primária e ao produto, e onde os impactos da falta 
de planejamento podem ser percebidos, seja pelo alto número de perdas e/ou adaptação dos equipamentos de transporte, 
seja pelo aumento do custo decorrente destas perdas e impossibilidade de padronização dos métodos e equipamentos de 
movimentação, que acabam por aumentar a necessidade de mão-de-obra e reduzir a eficiência. 
Neste sentido, Moura & Banzato (2000) citam alguns pontos a serem analisados: até que ponto a embalagem para 
matéria-prima e para produtos acabados facilita as operações de recebimento, descarga, inspeção, movimentação; 
Até que ponto as unidades de movimentação como caixa, paletes e contenedores facilitam a estocagem, e até que 
ponto a embalagem facilita o descarte e a reciclagem? 
A embalagem proporciona a proteção necessária ao produto durante o processo de armazenagem, assegurando sua 
integridade e pode proporcionar melhor utilização do espaço nos armazéns e facilitar a identificação e separação dos 
produtos, evitando retrabalho com correções. 
Classificação das embalagens 
Quanto à classificação, a mais referenciada é a que 
classifica de acordo com as funções em primária, secundária, 
terciária, quaternária e de quinto nível. 
Primária: é a embalagem que está em contato com o 
produto, que o contém. Exemplo: vidro de pepino, caixa de leite, 
lata de leite condensado e caixa de sabão em pó. 
Secundária: é aquele que protege a embalagem primária. 
Exemplo: o fundo de papelão, com unidades de caixa de leite 
envolvidas num plástico. É geralmente a unidade de venda no 
varejo. 
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Terceária: são as caixas, de madeira, papelão ou plástico.Quaternária: são embalagens que facilitam a 
movimentação e a armazenagem, qualquer tipo de contenedor. Exemplo: conteiner. 
Embalagem de quinto nível: é a embalagem "conteinerizada", ou embalagens especiais para envio a Ioga distância. 
Funções das embalagens. 
As principais funções da embalagem são: contenção, proteção e comunicação. A contenção refere-se à função de 
conter o produto, de servir como receptáculo, por exemplo, quando ocorre de o produto vazar da embalagem, esta função 
não foi cumprida. O grau de eficiência da embalagem nesta função depende das características do produto. Uma 
mercadoria perigosa, inflamável, deve sempre ter 100% de eficiência, realizando o investimento necessário para tal. 
Enquanto um fabricante de um material de menor valor, como sal, por exemplo, pode utilizar uma embalagem com 
menor grau de eficiência nesta função, o mesmo ocorre com relação à função de proteção. 
A função de proteção possibilita o manuseio do produto até o consumo final, sem que ocorram danos na 
embalagem e/ou produto. Também, com relação a esta função, deve-se estabelecer o grau desejado de proteção ao 
produto. Alguns dos principais riscos aos quais a embalagem está submetida são: choques, aceleração, temperatura, 
vibração, compressão, oxidação, perfuração, esmagamento, entre outros. 
E a função de comunicação é a que permite levar a informação, utilizando diversas ferramentas, como símbolos, 
impressões, cores, RFID1. Nas embalagens primárias, esta função ocorre diretamente com os consumidores finais, trazendo 
informações sobre a marca e o produto. E nas embalagens ditas industriais, relacionadas à Logística, a comunicação ocorre 
na medida em que impressões de códigos de barra nas embalagens, marcações, cores ou símbolos permitam a localização 
e identificação de forma facilitada nos processos logísticos de armazenagem, estoque, separação de pedidos e transporte. 
Planejamento da embalagem 
A interação da embalagem com as operações logísticas deve iniciar-se no planejamento da embalagem, pois nesta 
etapa são definidos aspectos fundamentais, que irão influenciar todo o processo, como: dimensões, tipo de material, 
design, custo e padronização das embalagens. Estes aspectos são fundamentais para o planejamento e eficiência no 
armazenamento e transporte dos produtos, caso a embalagem não seja planejada de acordo com os recursos existentes, 
será necessário adequar todos os recursos à embalagem. 
Há um conflito no planejamento da embalagem, por interferir em diversas áreas da empresa e ter grande 
representatividade nos custos. Neste sentido, Moura e Banzato (2000) estabelecem cinco critérios básicos para desenvolver 
uma embalagem: função, proteção, aparência, custo e disponibilidade. Têm-se prioridades diferentes de acordo com o tipo 
de produto que será acondicionado e o tipo de embalagem, se para consumo ou industrial (transporte). Entretanto, para 
ambas é essencial que se verifiquem, nesta etapa do planejamento, quais serão as condições de manuseio, armazenagem e 
de transporte a que serão submetidas. A falta de planejamento ou um planejamento deficiente podem levar à ocorrência de 
graves problemas, desde o aumento do custo por um superdimensionamento da embalagem, que torna o transporte e a 
armazenagem mais caros, até a deterioração da embalagem e/ou produto. 
A padronização das embalagens geralmente ocorre nas secundárias e terciárias, que protegem e acondicionam as 
embalagens primárias. Segundo Moura 6t Banzato (2001), ao se falarem padronização de embalagens, na maioria das 
vezes refere-se à padronização das dimensões, e não do material. Isto porque são estas as características que influenciam 
mais a capacidade do equipamento de movimentação, e não o tipo de material utilizado na fabricação. 
A redução da variabilidade de embalagens facilita o armazenamento, o manuseio e a movimentação dos materiais, 
reduzindo o tempo de realização destas tarefas, por proporcionar uma padronização destes métodos, dos equipamentos de 
movimentação e de armazenamento. 
Além da redução do tempo, outra vantagem da padronização é a redução de custos. 
Aula 10 - Infra-estrutura de Transportes 
O papel dos transportes 
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos logísticos na 
maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente. Do ponto 
de vista de custos, representa, em média cerca de 60% das despesas logísticas, o que em alguns casos pode significar duas 
ou três vezes o lucro de uma companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de combustíveis. 
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As principais funções do transporte na Logística estão ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de 
lugar. Desde os primórdios o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda 
potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a 
troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, 
que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível. 
Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas operações. Com isso, vislumbram na 
Logística, e mais especificamente na função transporte, uma forma de obter diferencial competitivo. Entre as iniciativas para 
aprimorar as atividades de transporte, destacam-se os investimentos realizados em tecnologia da informação, que 
objetivam fornecer às empresas melhor planejamento e controle da operação, assim como a busca por soluções 
intermodais que possibilitem uma redução significativa nos custos. 
Aqui, a função transporte será tratada inicialmente sob a perspectiva de integração às demais funções logísticas. 
Em seguida, os cinco diferentes tipos de modais serão classificados sob a ótica de custos e serviço. Também serão tratadas 
as questões que tornam a matriz de transporte brasileira desbalanceada. O texto também trata de uma discussão sobre os 
impactos que a tecnologia da informação, mais especificamente a Internet, vem causando na gestão do transporte. 
O Serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística Integrada. Todas as funções logísticas vistas 
contribuem para o nível de serviço que uma empresa presta aos seus clientes. O impacto do transporte no Serviço ao 
Cliente é um dos mais significativos, e as principais exigências do mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do 
serviço, à capacidade de prover um serviço porta a porta, à flexibilidade, no que diz respeito ao manuseio de uma grande 
variedade de produtos, ao gerenciamento dos riscos associados a roubos, danos e avarias e à capacidade de o 
transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar outras funções logísticas. 
As respostas para cada uma destas exigências estão vinculadas ao desempenho e às características de cada modal de 
transporte, tanto no que diz respeito às suas dimensões estruturais, quanto à sua estrutura de custos. 
O ponto central desta análise é a relação entre políticas de transporte e de estoque? 
Sim, o ponto central desta análise é a relação entre políticas de transporte e de estoque. Dentro de uma visão não 
integrada, o gestor de estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos com estoque sem analisar todos os 
custos logísticos. Este tipo de procedimento impacta, de forma negativa, outras funções logísticas, como, por exemplo, a 
produção que passa a necessitar de uma maior flexibilidade e uma gestão de transporte caracterizada pelo transporte mais 
fracionado, aumentandode uma forma geral o custo unitário de transporte. 
Então, é importante deixar claro que esta política pode ser a mais adequada em situações em que se utilizam 
estratégias baseadas no tempo, como JIT, ECR, QR. Estas estratégias visam reduzir o estoque a partir de uma visão 
integrada da Logística, exigindo da função transporte a rapidez e a consistência necessária para atender aos tamanhos de 
lote e aos prazos de entrega. Além disso, em muitos casos a entrega deve ser realizada em uma janela de tempo que pode 
ser de um turno ou até de uma hora. 
Outra questão importante ligada a esta análise está associada à escolha de modais. Dependendo do modal 
escolhido, o transit time poderá variar em dias. Por exemplo, um transporte típico de São Paulo para Recife pelo modal 
rodoviário demora em torno de 5 dias, enquanto o ferroviário pode ser realizado em cerca de 18 dias. A escolha dependerá 
evidentemente do nível de serviço desejado pelo cliente, e dos custos associados a cada opção. 0 custo total desta 
operação deve contemplar todos os custos referentes a um transporte porta a porta mais os custos do estoque, incluindo o 
estoque em trânsito. Para produtos de maior valor agregado, pode ser interessante o uso de modais mais caros e de maior 
velocidade. 
Classificação dos Modais de Transporte 
Os cincos modais de transporte básicos são o ferroviário, o rodoviário, o hidroviário, o aeroviário, os dutos e os de 
multimodalidade e intermodalidade. A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do 
sistema, do volume de tráfego, da receita e da natureza da composição do tráfego. 
De acordo com Alvarenga e Novaes (2000: 93), para se organizar um sistema de transporte é preciso ter uma visão 
sistêmica, que envolve planejamento, mas para isso é preciso que se conheça: os fluxos nas diversas ligações da rede; o 
nível de serviço atual; o nível de serviço desejado; as características ou parâmetros sobre a carga; os tipos de 
equipamentos disponíveis e suas características (capacidade, fabricante etc); e os sete princípios ou conhecimentos, 
referentes à aplicação do enfoque sistêmico. 
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Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: peso e volume, densidade média; dimensão da 
carga; dimensão do veículo; grau de fragilidade da carga; grau de perecibilidade; estado físico; assimetria; e 
compatibilidade entre cargas diversas. 
Sendo assim, pode-se observar que no transporte de produtos, vários parâmetros precisam ser observados para 
que se tenha um nível de serviço desejável pelo cliente. 
Dependendo das características do serviço, será feita a seleção de um modal de transporte ou do serviço oferecido 
dentro de um modal. Segundo Ballou (2001:156), a seleção de um modal de transporte pode ser usada para criar uma 
vantagem competitiva do serviço. Para tanto, destaca-se a seguir algumas características dos modais de transporte. 
A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos serviços oferecidos. São cinco as 
dimensões mais importantes, no que diz respeito às características dos serviços oferecidos: velocidade; consistência; 
capacitação; disponibilidade, e freqüência. 
Ferroviário 
No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de grandes tonelagens de produtos 
homogêneos, ao longo de distâncias relativamente longas. Como exemplo destes produtos estão: os minérios (de ferro, de 
manganês), carvões minerais, derivados de petróleo e cereais em grão, que são transportados a granel. No entanto, em 
países como a Europa, por exemplo, a ferrovia cobre um aspecto muito mais amplo de fluxos. Como exemplos de meios de 
transporte ferroviário, pode-se citar o transporte com vagões, containers ferroviários (1 a 5 toneladas) e transporte 
ferroviário de semi-reboques rodoviário (piggyback). 
Segundo Bailou (1993:127) existem duas formas de serviço ferroviário, o transportador regular e o privado. Um 
transportador regular presta serviços para qualquer usuário, sendo regulamentado em termos econômicos e de segurança 
pelo governo. Já o transportador privado pertence a um usuário particular, que o utiliza em exclusividade. 
Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos fixos em equipamentos, terminais e vias férreas 
entre outros. Porém, seu custo variável é baixo. 
Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda não é amplamente utilizado no 
Brasil, como o modo de transporte rodoviário. Isto se deve a problemas de infraestrutura e a falta de investimentos nas 
ferrovias. 
Rodoviário 
É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do território 
nacional, pois desde a década de 50 com a implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse 
modo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado. 
Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de produtos acabados e 
semi-acabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, 
portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a 
granel, cujo custo é muito baixo para este modal. 
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada, existem também 
transportadores contratados e isentos. Quando os clientes desejam obter um serviço mais adequado as suas necessidades, 
isentando-se de despesas de capital ou problemas administrativos associados a frota própria, estes se utilizam de 
transportadores contratados. Os transportadores contratados são utilizados por um número limitado de usuários em 
contratos de longa duração. Já os transportadores isentos são aqueles livres de regulamentação econômica, como por 
exemplo, veículos operados e contratados por fazendeiros ou cooperativas agrícolas. 
O transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e construídas com fundos públicos), 
porém seu custo variável (combustível, manutenção, etc.) é médio. 
As vantagens deste modal estão na possibilidade de transporte integrado porta a porta e de adequação tempos 
pedidos, assim como freqüência e disponibilidade dos serviços. Apresenta como desvantagem a possibilidade de transportar 
somente pequenas cargas. 
Hidroviário 
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O transporte hidroviário é utilizado para o transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais e 
bens de alto valor (operadores internacionais) em contêineres. Os serviços hidroviários existem em todas as formas legais 
citadas anteriormente. Como exemplos de meios de transporte hidroviário, pode-se citar os navios dedicados, navios 
containers e navios bidirecionais para veículos (roll-on, roll-off, vessel). 
Este tipo de transporte pode ser dividido em três formas de navegação, são elas: a cabotagem que é navegação 
realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima ou entre esta e as vias navegáveis 
interiores (até, aproximadamente, 12 milhas da costa); a navegação interior que é realizada em hidrovias interiores, em 
percurso nacional ou internacional e por fim, a navegação de longo curso, realizada entre portos brasileiros e estrangeiros. 
Em relação aos custos, o transporte hidroviário apresenta custo fixo médio (navios e equipamentos) e custo variável 
baixo (capacidade para transportar grande quantidade de tonelagem). É o modal que apresenta o mais baixo custo. 
Este modal apresenta como vantagens a capacidade de transportar mercadoria volumosa e pesada e o fato doscustos de perdas e danos serem considerados baixos comparados com outros modais. 
Suas principais desvantagens são a existência de problemas de transporte no porto; a lentidão, uma vez que o 
transporte hidroviário é, em média, mais lento que a ferrovia e a forte influência do tempo. Sua disponibilidade e 
confiabilidade são afetadas pelas condições meteorológicas. 
Aeroviário 
O transporte aeroviário tem tido uma demanda crescente de usuários, embora o seu frete seja significativamente 
mais elevado que o correspondente rodoviário. Em compensação, seu deslocamento porta a porta pode ser bastante 
reduzido, abrindo um caminho para esta modalidade, principalmente no transporte de grandes distâncias. 
Este tipo de transporte é utilizado principalmente nos transportes de cargas de alto valor unitário (artigos 
eletrônicos, relógios, alta moda, etc) e perecíveis (flores, frutas nobres, medicamentos, etc). Como exemplos deste meio de 
transporte estão os aviões dedicados e aviões de linha. 
Segundo Bailou (1993:129), no modo aéreo existem os serviços regulares, contratuais e próprios. O serviço aéreo é 
oferecido em algum dos sete tipos: linhas-tronco domésticas regulares, cargueiras (somente cargas), locais (principais rotas 
e centros menos populosos, passageiros e cargas), suplementares (charters, não tem programação regular), regionais 
(preenchem rotas abandonadas pelas domésticas, aviões menores), táxi aéreo, (cargas e passageiros entre centros da 
cidade e grandes aeroportos) e internacionais (cargas e passageiros). 
Multimodalidade 
A multimodalidade pode ser definida como a integração entre modais, com o uso vários equipamentos, como 
conteiners. Já a intermodalidade caracteriza-se pela integração da cadeia de transporte, com o uso de um mesmo 
conteiner, um único prestador de serviço e documento único. No Brasil utiliza-se a multimodalidade. Segundo Nazário (In: 
Fleyry et al., 2000:145), uma das principais barreiras ao conceito da intermodalidade no Brasil diz respeito a sua 
regulamentação da prática do Operador de Transporte Multimodal (OTM). 
Com a implantação de um documento único de transporte, alguns estados argumentam que seriam prejudicados na 
arrecadação do ICMS. 
A integração entre modais pode ocorrer entre vários modais: aéreo-rodoviário, ferroviáriorodoviário, aquário-
ferroviário, aquário-rodoviário ou ainda mais de dois modais. A utilização de mais de um modal agrega vantagens a cada 
modal, caracterizados pelo nível de serviço e custo. 
Combinados, permitem uma entrega porta a porta a um menor custo e um tempo relativamente menor, buscando 
equilíbrio entre preço e serviço. 
A primeira dimensão a ser considerada na escolha do modal é a estrutura de custos fixos/variáveis e a classificação 
das características operacionais de cada modal quanto à velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e freqüência 
que serão discutidas a seguir. 
O transporte é o principal componente do sistema logístico. Sua importância pode ser medida através de pelo 
menos três indicadores financeiros: custos, faturamento, e lucro. 
Custos 
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A economia e a precincaçao dos transportes dizem respeito aos fatores e as características que direcionam os 
custos. 
Para desenvolver uma estratégia de logística eficaz é necessário atender tais fatores e características. Segundo 
Bowersox (2006), os custos de transporte sào calculados a partir de sete fatores. Apesar de não ser componente de tarifa 
direta, cada um deles influencia na tarifa de frete. Tais fatores são: distância, volume, densidade, capacidade de 
acondicionamento, manuseio, responsabilidade e aspectos de mercado. É importante ressaltar que cada fator varia de 
acordo com as características específicas dos produtos. A distância é o fator de maior influência nos custos de transporte, 
pois contribuem diretamente para despesas variáveis, como mào de obra, combustível e manutenção. Outro fator é o 
volume de carga. Em muitas atividades logísticas, existem economias de escala do transporte para a maioria das 
movimentações. Essa relação indica o custo de transporte por unidade de peso, que diminui à medida que o volume de 
carga aumenta. Isso acorre porque os custos fixos de coleta e de administração podem ser diluídos no incremento do 
volume. Outro fator é a densidade do produto, combinação de peso e volume. 
Eles são importantes, pois o custo de transporte para qualquer movimentação é cotado em valor por unidade de 
peso. A relação do custo de transporte normalmente sào avaliados como baixos e decrescentes por unidade de peso à 
medida que aumenta a densidade. A capacidade de acondicionamento refere-se como as embalagens dos produtos podem 
acomodar-se nos equipamentos de transporte. Já o manuseio refere-se aos equipamentos utilizados para manusear a carga 
durante o processo de carregamento e descarga de caminhões, vagões ferroviários e navios, por exemplo. 
A responsabilidade envolve características dos produtos que podem resultar em danos ou reclamações potenciais. 
E, aspecto de mercado, o último fator a ser considerado dentre os fatores econômicos, refere-se a ao volume de transporte 
em uma rota ou ao balanceamento. Ambos também influenciam os custos de transporte. 
Faturamento 
Importante ressaltar que os valores acima apresentados podem variar substancialmente, de setor para setor, e de 
empresa para empresa. A participação no faturamento, que em média é de 3,5%, pode variar, por exemplo, de 0,8%, no 
caso da indústria farmacêutica, a 7,1%, no caso da indústria de papel e celulose. Como regra geral, quanto menor o valor 
agregado do produto, maior a participação das despesas de transporte no faturamento da empresa. 
Os cinco modais de transporte de cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e aéreo possuem, cada um, 
custos e características operacionais próprios, que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. 
Os critérios para escolha de modais devem sempre levar em consideração aspectos de custos, por um lado, e características 
de serviços, por outro. 
Em geral, quanto maior o desempenho em serviços, maior tende a ser o custo do mesmo. 
Lucro 
As diferenças de custo/preço entre os modais tendem a ser substanciais. Tomando como base um transporte de 
carga fechada à longa distância, verifica-se que, em média, os custos/preços mais elevados são os do modal aéreo, seguido 
pelo rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário, pela ordem. 
A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos serviços oferecidos. São cinco as 
dimensões mais importantes, no que diz respeito às características dos serviços oferecidos: velocidade; consistência; 
capacitação; disponibilidade, e freqüência. 
VELOCIDADE 
Em termos de velocidade, o modal aéreo é o mais veloz, seguido pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário e 
dutoviário. No entanto, considerando que a velocidade deve levar em consideração o tempo gasto no porta-a- porta, esta 
vantagem do modal aéreo só ocorre para distâncias médias e grandes, devido ao tempo de coleta e entrega que precisa ser 
computado. Ou seja, quanto maior a distância a ser percorrida, maior a vantagem do modal aéreo em termos de 
velocidade. Por outro lado, é bom lembrar que, na prática, o tempo do rodoviário e do ferroviário depende 
fundamentalmente do estado de conservação das vias e do nível de congestionamento das mesmas. 
A combinação de preço/custo com o desempenho operacional nestas cinco dimensões de serviços resulta na 
escolha do modal mais adequado para uma dada situação de origem – destino e tipo de produto. 
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Decisão sobre propriedade da Frota: Prórpia

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