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resumo kapanji

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE FISIOTERAPIA
DISCIPLINA DE CINESIOLOGIA II
PROFESSORA PAULA MARTINEZ
Resumo do livro Fisiologia Articular I – Kapanji (P1)
Fisiologia do Ombro e cintura escapular
Articulação proximal do membro superior;
É a mais móvel de todas as articulações do corpo;
Apresenta 3 graus de liberdade realizando movimentos nos 3 planos do espaço, entorno dos 3 eixos; 
Realiza os movimentos de flexão-extensão (plano sagital), abdução-adução (plano frontal), flexão-extensão horizontal, rotação voluntária – realizada pela contração dos músculos rotadores;
Os movimentos de flexão-extensão são executados no plano sagital, ao redor de um eixo transversal. A adução só é possível quando associada a flexão-extensão;
A abdução, movimento que afasta o membro superior do tronco, é realizada no plano frontal ao redor de um eixo ântero-posterior;
A abdução possui três estágios: (1) de 0º a 60º, que é efetuada apenas na articulação glenoumeral; (2) de 60º a 120º que exige a participação da escápulo-torácica; (3) de 120º a 180º, que utiliza, além da glenoumeral e da escapulo-torácica a inclinação do tronco no lado oposto;
A abdução pura (unicamente no plano frontal) é pouco utilizada, mas a abdução combinada a certo grau de flexão (elevação do braço no plano da escápula – ângulo de 30º para frente do plano frontal) é o movimento fisiológico mais utilizado ex: Levar a mão a nuca ou a boca. Esse plano corresponde a posição de equilíbrio dos músculos do ombro;
Rotações do braço sobre seu eixo longitudinal:
Rotação voluntária ou auxiliar – realizada independente da posição do ombro, apenas em articulações com três eixos e três graus de liberdade. É medida na sua posição de referência, ou seja, com o cotovelo flexionado a 90º;
Posição de referência fisiológica – É em rotação medial de 30º em relação a posição de referência (com a mão na frente do tronco);
Rotação lateral – 80º rotação medial 100º a 110º. Para atingir essa amplitude , é preciso passar o antebraço por trás do tronco – condição de higiene perineal posterior (movimento para que a mão chegue no dorso);
Lei de inversão das ações musculares – Quando os músculos rotadores atuam de forma diferente em cada posição, alguns perdendo a sua ação como rotadores e outros ganhando;
Movimento da escápula no plano horizontal -
Utilizam a articulação escápulo-torácica;
Posição de referência;
Retropulsão de ombro, músculos utilizados: Rombóide, trapézio (parte tranversa), látissimo do dorso; *músculos da parte posterior do corpo.
Antepulsão do ombro (possui amplitude maior), músculos utilizados: Peitoral maior, peitoral menor, serrátil anterior;
Flexão-extensão horizontal - 
É o movimento do membro superior no plano horizontal e ao redor do eixo vertical;
O movimento não é realizado apenas na articulação glenoumeral, mas também na articulação escápulo-torácica; 
Na posição de referência (abdução a 90º) usa os músculos deltóide, supra-espinhal, e trapézio (partes descendentes e tranversa) e serrátil anterior;
Flexão horizontal: deltóide (partes clavicular e acromial), subescapular, peitorais maior e menor, serráti anterior.
Extensão horizontal: deltóide (parte espinhal), supra-espinhal, infra-espinhal, redondo maior e menor, rombóide, trapézio e latíssimo do dorso (em antagonismo-sinergismo com o deltóide) - O deltóide é o principal músculo do movimento;
Movimento de circundução – combina os movimentos elementares ao redor dos três eixos, forçados em sua amplitude máxima. Descreve uma superfície cônica – cone de circundunção. Esse cone delimita no espaço, uma zona esférica de acessibilidade, no interior do qual a mão pode segurar objetos, sem mover o tronco. A presença do tronco deforma a trajetória do cone de circundução;
Zona de acessibilidade preferencial – Zona que contempla a necessidade de manter as mãos que trabalham sob controle visual. As duas zonas de acessibilidade permitem que as duas mãos trabalhem simultaneamente sob controle da visão estereoscópia, que também representa a verificação, em uma zona de 90º, do campo visual dos dois olhos;
Paradoxo de Codmam – Como explicar que dois movimenos sucessivos de abdução e extensão cada um com 180º, provoquem uma alteração na orientação da palma. Esse é o paradoxo;
Trata-se de uma rotação medial automática do membro superior sobre seu eixo longitudinal, denominada de rotação associada (de Mac conail), que existe nas articulações com dois eixos e dois graus de liberdade;
É explicado pela geometria curva – É a adição de dois triângulos trirretângulos;
Rotação longitudinal voluntária – rotação auxiliar. O ombro pode realizar ciclos sucessivos, infinitamente, como na natação, que são denominados ciclos ergonômicos, porque a cada momento sua rotação auxiliar compensa e anula sua rotação associada;
Teste do ponto triplo – Resulta na constatação de que a mão pode alcançar, na face posterior da escápula oposta. Um ponto triplo através de três abordagens diferentes. O resultado desse teste depende da integridade do cotovelo;
O estágio 1 é importante, sendo o mínimo necessário para a higiene perineal posterior. Que determina a autonomia do indivíduo.
Complexo articular do Ombro – Possui 5 articulações e estão divididas em 2 grupos;
1º grupo (duas articulações) – 1. articulação do ombro ou glenoumeral (articulação verdadeira) – é a mais importante do grupo; 2. articulação subdeltoídea – Não é uma articulação verdadeira, mas é no sentido fisiológico, porque apresenta duas superfícies deslizantes uma em relação á outra. As duas são relacionadas;
2º grupo (três articulações) – 3. articulação escápulo-torácica é uma articulação apenas no sentido fisiológico. Está relacionada com as outras duas; 4. articulação esternocostoclavicular; 5. articulação acromio clavicular, essas duas últimas são verdadeiras;
Articulação Glenoumeral - 
Superfície esféricas, características de uma articulação esferóidea – enartrose;
Cabeça do úmero – assemelha-se a um terço de esfera com 30mm de raio. Quando a parte superior da cabeça do úmero está em contato com a cavidade glenoidal que é a zona de apoio, está mais estirada e a articulação mais estável. 
É flanqueada por duas proeminências ósseas: o tubérculo maior e o tubérculo menor;
Cavidade glenoidal da escápula – situada no ângulo súpero-lateral do corpo da escápula. Orientada para fora, para frente e para cima. É uma cavidade côncava;
Lábio glenoidal – fibrocartilagem anular aplicada a margem glenoidal;
Na cabeça do úmero não existe um centro fixo e imutável durante o movimento, mas uma série de centros instantâneos de rotação (CIR), eles correspondem ao centro de movimento efetuado entre duas posições muito próximas uma da outra. Durante a abdução a glenoumeral possui dois centros de rotação C1 (até 50º) e C2 (de 50º a 90º) aos 50º ocorre uma descontinuidade;
Aparelho cápsulo-ligamentar do ombro:
É frouxo o suficiente para permitir sua grande mobilidade.
Composto por: cabeça do úmero, ligamento glenoumeral superior, tendão do músculo bíceps braquial (através de um feixe de fibras, participa na formação do lábio glenoidal tendão intracapsular).
A cápsula é reforçada pelos ligamentos coracoumeral, glenoumerais superior, médio e inferior ( processo coracóide, tubérculo infraglenoidal);
No túberculo maior estão inseridos os três músculos periarticulares posteriores: Supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor;
O encaixe da articulação glenoumeral é fraco, mesmo com o aprofundamento que o lábio glenoidal dá a ela, tornando-a sujeita á luxações. A frouxidão capsular e o "desenvolvimento" dos freios capsulares permitem a abdução. O tendão da cabeça longa do bíceps braquial se insere no tubérculo supraglenoidal e no polo superior do lábio glenoidal.
O tendão do músculo bíceps braquial, apesar de intracapsular, permanece extra-sinovial. Ele tem um importante papel na fisiologia e patologia do ombro. A contração de suas duas cabeças, longa e curta, garante a simultaneamente a coaptação do ombro: a porção curtaeleva o úmero em relação a escápula apoiando-se no processo coracóide, impedindo, dessa forma, junto com os outros músculos longitudinais (cabeça longa do tríceps, coracobraquial, deltóide), a luxação da cabeça para baixo. Ao mesmo tempo a cabeça longa comprime a cabeça do úmero na cavidade glenoidal. 
Quando o bíceps braquial se rompe, a força de abdução diminui em 20%;
Na cavidade articular o tendão da porção longa do bíceps pode estabelecer ligações com a sinovial mediante três posições diferentes:
aderido à superfície profunda da cápsula (c) pela sinovial (s); a sinovial forma duas pequenas pontas (fundos de saco) entre a cápsula e o tendão que, desta maneira, se une à cápsula mediante um fino septo denominado mesotendão;
Estando dois "fundos de saco" unidos de tal maneira que desaparecem, o tendão fica liberado, mas envolvido por uma pequena lâmina sinovial.
Papel dos ligamentos glenoumerais – Os ligamentos médio e inferior durante a abdução estiram, enquanto os ligamentos superior e coracoumeral relaxam. 
Abdução - Posicionamento de fechameno do ombro de Mac Conail;
Um fator limitante da abdução é o tubérculo maior, pois bate contra a parte superior da cavidade glenoidal e do lábio glenoidal;
A rotação lateral estira os três ligamentos glenoumerais, a rotação medial o relaxa;
Na extensão a tensão do ligamento coracoumeral predomina no feixe do tubérculo menor. Na flexão predomina no feixe do tubérculo maior;
A rotação medial do úmero ocorre no final da flexão, relaxando os ligamentos coracoumeral e glenoumerais permitindo maior amplitude de movimento.
Coaptação muscular do ombro – A coaptação do ombro não deve ser atribuída apenas aos ligamentos, a ação dos músculos coaptadores é indispensável. São divididos em dois grupos: 1.Coaptadores tranversais – comprimem a cabeça do úmero na cavidade glenoidal da escápula. A luxação da cabeça do úmero para cima é impedida pela ação de 'recentralização" dos músculos coaptadores transversais; 2.Coaptadores longitudinais – suportam o membro superior e se opõem á luxação para baixo quando carregamos objetos pesados com as mãos: eles levam de volta a cabeça do úmero para frente da cavidade glenoidal;
Coaptadores transversais:
Supra-espinhal – inserido na fossa supra-espinhal da escápula e terminando na face superior do tubérculo maior;
Infra-espinhal - inserido na parte alta da fossa infra-espinhal e terminando na face póstero-inferior do tubérculo maior.
Redondo menor – inserido na parte baixa da fossa infra-espinhal e terminando na face póstero-inferior do tubérculo maior;
Subescapular – Músculo forte, inserido em toda a fossa subescapular e terminando no tubérculo menor;
Tendão da cabeça longa do bíceps braquial – se insere no tubérculo supraglenoidal da escápula, desempenha um papel fundamental na coaptação transversal, através de um "efeito de retorno" simultânea com a flexão de cotovelo;
Coaptadores longitudinais:
Deltóide – suas partes acromial e espinhal causam a "subida" da cabeça do úmero durante a abdução;
Tríceps braquial – Através de sua cabeça longa, que se fixa ao tubérculo infraglenoidal, puxa para a frente da cavidade glenoidal durante a extensão de cotovelo;
Cabeça longa e curta do bíceps braquial – se inserem no processo coracóide;
Peitoral maior - através de sua parte clavicular que potencializa a ação da parte clavicular do deltóide (que é sobretudo, flexor e adutor do ombro)
Articulação subdeltóidea – É uma falsa articulação (articulação funcional), que não apresenta as superfícies articulares com revestimentos cartilaginosos; 
Articulação escápulo-torácica – É uma falsa articulação – aticulação funcional – que apresenta dois planos de deslizamento. São eles o espaço escápulo-serrátil – entre a escápula, revestida pelo músculo subescapular e o próprio serrátil anterior; espaço tóraco-serrátil ou parieto -serrátil - entre a parede torácica e o músculo serrátil anterior.
Movimentos do cíngulo do membro superior – Podemos diferenciar três tipos de movimentos da escápula: movimentos de lateralidade, movimentos verticais (são dependentes da rotação da clavícula na articulação acromioclavicular, em razão de sua mobilidade) e movimentos de rotação, também chamados "de sinete";
Retropulsão – a clavícula torna-se mais oblíqua posteriormente, e o ângulo da escápulo-clavicular aumenta até 70º.
Antepulsão (ombro vai para frente) – a clavícula torna-se mais frontal, e o ângulo escápulo-clavicular diminui, se fechando em torno de 60º;
Papel do ligamento coracoumeral - 
Tensão predominante sobre o fascículo da tuberosidade menor do úmero durante a extensão; 
Tensão predominante sobre o fascículo da tuberosidade maior do úmero durante a flexão. A rotação intema do úmero que aparece no fim da flexão distende os ligamentos córaco-umeral e glenoumeral, possibilitando uma maior amplitude de movimento.
Ligamento esterno-clavicular – realiza os movimentos de retroposição e anteposição da clavícula além da rotação conjunta durante a rotação ao redor de dois eixos;
Articulação acrômio-clavicular – 
Da base do processo coracóide partem dois ligamenos importantes: o ligamento conóide que se insere na superfície inferior da clavícula no tubérculo conóide, próximo a sua margem posterior; o ligamento trapezóide, que se dirige obliquamente para cima e para fora, em direção à tuberosidade coracóide, zona rugosa e triangular que prolonga o tubérculo conóide para a frente e para fora, na superfície inferior da clavícula;
Músculos motores da cintura escapular - 
1) Trapézio: dividido em três porções cujas ações são diferentes:
Porção superior; acrômio-clavicular. 
Ação – elevação do ombro, evita a sua queda sob o peso de uma carga; hiperlordose cervical + rotação da cabeça para o lado contrário, quando este fascículo toma o ombro como ponto fixo.
Porção média; espinhal. Direção transversal. 
Ação – aproxima de 2 a 3 cm a margem interna da escápula à linha dos processos espinhosos, encaixa a escápula no tórax; deslocamento do ombro para trás;
Porção inferior – Direção oblíqua para baixo e para dentro.
Ação - desloca a escápula para baixo e para dentro;
A ação contração simultânea dos três feixes leva a escápula para dentro e para trás; Faz girar 20º para cima; tem um papel importante quando se carrega grandes cargas; impede a queda do braço e o afastamento da escápula;
2) Rombóide: direção oblíqua para cima e para dentro.
Ação - desloca o ângulo inferior para cima e para dentro, de maneira que:
- eleva a escápula;
- gira a escápula para baixo: a glenóide fica orientada para baixo;
- fixa o ângulo inferior da escápula contra as costelas; a sua paralisia provoca
um "descolamento" das escápulas.
3) Angular ou levantador da escápula: direção oblíqua para cima e para dentro (ação parecida com a dos rombóides):
- desloca o ângulo superior interno para cima (2 a 3 cm) e para dentro (ação
de levantar os ombros). Contrai-se quando seguramos algo pesado. A paralisia deste músculo provoca a queda do ombro;
- leve rotação da glenóide para baixo.
4) Serrátil anterior: 
5) Peitoral menor: direção oblíqua para baixo, para frente e para dentro. Ação - abaixamento do ombro, deslocando a glenóide para baixo. Esta ação é
exercida, por exemplo, nos movimentos que realizamos nas barras paralelas; desliza a escápula para fora e para a frente, descolando a sua margem posterior.
6) Subclávio: direção oblíqua para baixo e para dentro, quase paralela à clavícula.
Ação - abaixa a clavícula e, portanto, abaixa o ombro;
- encaixa a porção interna da clavícula contra o manúbrio esternal de maneira
que coapta a articulação;
O músculo serrátil anterior e o músculo peitoral menor movem a escápula lateralmente e afastam sua margem medial da linha dos processos espinhosos;
O músculo trapézio, através da sua parte transverssa, assim como o rombóide, aproximam a margem medial da escápula da linha dos processos espinhosos;
O músculo supra-espinhal e abdução – 
O deltóide junto com o músculo supra-espinhal forma o conjunto funcional dos motoresda abdução na articulação glenoumeral;
O serrátil anterior e o trapézio formam juntos o conjunto funcional dos motores da abdução na articulação escápulo-torácica;
Os músculos subescapular, infra-espinhal e redondo menor também são utéis na abdução, pois levam a cabeça do úmero para baixo e para dentro, criando com o deltóide um segundo conjunto funcional de abdução na articulação glenoumeral;
O tendão do músculo bíceps braquial também;
Fisiologia da abdução - 
O músculo deltóide, ativo desde o início da abdução, pode realizar sozinho o movimento até atingir sua amplitude completa. Sua atividade máxima é aproximadamente 90º de abdução.
Além dos músculos rotadores desempenharem um papel importante na sinergia deltóide-supra-espinhal, parece que outros músculos do manguito também são indispensáveis a eficácia do músculo deltóide;
A ausência da atuação do músculo supra-espinhal na abdução é possível, pois o músculo deltóide pode realizar o movimento sozinho, entretando o supra-espinhal sozinho também pode determinar uma abdução completa, de amplitude igual à do deltóide. A eletromiografia mostra que sua atividade máxima ocorre a 90º de abdução, embora funcione durante todo trajeto;
O músculo supra-espinhal é sinérgico aos outros do manguito, os músculos rotadores. Este músculo auxilia o deltóide que, quando atua isoladamente, sofre rápida exaustão. Sua ação é as vezes qualitativa na coaptação articular e quantitativa na resistência e na força da abdução. Sua fisiologia simples se opõe à fisiologia complexa do deltóide. Além da função que lhe é atribuída de iniciador da abdução, ainda podemos dizer que este músculo é util e eficaz sobretudo no início da abdução;
Três tempos da abdução:
1º tempo (0º a 60º) – Deltóide e supra-espinhal – Formam o conjunto de abdução ao nível da articulação glenoumeral, é nessa articulação que começa o movimento de abdução. Termina aproximadamente a 90º, quando a glenoumeral é bloqueada pelo choque do tubérculo maior contra a margem superior da cavidade glenoidal.
2º tempo da abdução: - Trapézio e serrátil anterior – formam o conjunto de abdução na articulação escápulo-torácica. Com o bloqueio da articulação glenoumeral , a abdução só continua graças à participação do cíngulo do membro superior: movimento de sinete da escápula (rotação que leva a glenoidal a se orientar para cima) e movimento de rotação longitudinal, mecanicamente associado nas articulações esternoclavicular e acromioclavicular, responsáveis cada uma por 30º. O movimento é limitado até aproximadamente 150º, pela resistência dos músculos adutores: latíssimo do dorso e peitoral maior;
3º tempo da abdução – Para atingir é necessário que a coluna vertebral participe do movimento. Se apenas um braço estiver em abdução, é suficiente a inclinação lateral sob a ação dos músculos paravertebrais do lado oposto. As ações musculares estão encadeadas; é fácil constatar que a escápula começa a girar antes de o membro superior atingir 90º de abdução. Desse modo a coluna vertebral começa a se inclinar antes de a abdução alcançar 150º. No final da abdução todos os músculos envolvidos estão contraídos.
Os três tempos da flexão - 
1º tempo da flexão (0º a 50º-60º) – Atuam os músculos: feixe clavicular do deltóide, coracobraquial e feixe superior do peitoral maior. É limitada pela tensão no ligamento coracoumeral e pela resistência dos músculos redondo menor, redondo maior e infra-espinhal;
2º tempo da flexão ( 60º a 120º) – Atuam os músculos trapézio e serrátil anterior; utiliza o cíngulo do membro superior pela rotação de 60º da escápula, através do movimento de sinete orientando a cavidade glenoidal para cima e para frente;
3º tempo da flexão ( 120º a 180º) – Atuam os músculos deltóide, supra-espinhal e serrátil anterior. É necessário a atuação da coluna vertebral se o movimento de flexão estiver bloqueado nas articulações glenoumeral e escápulo-torácica; Se a flexão for bilateral, o movimento é idêntico ao da abdução com hiperlordose por ação dos músculos lombares;
Músculos rotadores - 
Rotadores mediais – Latíssimo do dorso, redondo maior, subescapular, peitoral maior;
Rotadores laterais (são músculos mais fracos se comparados com os rotadores mediais, que possuem maior potência) - Infra-espinhal e redondo menor;
Músculos da adução – Atuam os músculos redondo maior, latíssimo do dorso e rombóides. Rombóides e redondo maior atuam em sinergia. A contração do rombóide impede a rotação da escápula sobre o próprio eixo e permite a ação de adução do redondo maior.
A contração do latíssimo do dorso (adutor muito potente), tende a causar luxação na cabeça do úmero para baixo. Durante sua contração o músculo tríceps braquial se opõe a essa luxação elevando a cabeça do úmero. Podemos observar uma relação antagonismo-sinergia. 
Músculos da extensão - 
Na articulação glenoumeral – Redondo maior, redondo menor, feixe posterior do deltóide e latíssimo do dorso;
Na articulação escápulo-torácica – Rombóide, feixe transversal do trapézio e latíssimo do dorso;
Medida hipocrática:
Função de alimentação (dedos em contato com a boca): flexão de ombro a 45º;
Função de higiene (mão no topo da cabeça): flexão de ombro de 120º;
Mão na crista ilíaca: ombro em extensão de 40-45º;
Mão na crista ilíaca: ombro em abdução de 45º;
Função de higiene na abdução (dedos no topo da cabeça): abdução a 120º;
Articulação do Cotovelo
Representa apenas uma articulação;
Realiza os movimentos de flexão-extensão (articulações umeroulnar e umerorradial), prono-supinação (envolve a articulação radiounal proximal);
É a articulação intermediária do membro superior, que realiza a conexão mecânica entre o 1º e o 2º segmento do membro superior (braço e antebraço);
A flexão do cotovelo nos permite levar os alimentos à boca;
O bíceps braquial é o músculo da alimentação;
Modelo de encaixe;
Superfícies articulares - 
Na extermidade distal do úmero há duas superfícies articulares:
Tróclea do úmero – roldana ou carretel com um sulco, é circundado por duas faces convexas;
Capítulo do úmero – superfície esférica lateral à tróclea (não é uma esfera completa);
Esta superfície não permite apenas a flexão-extensão, mas também a rotação longitudinal ao redor do eixo L;
A parte medial da articulação apresenta apenas um grau de liberdade – flexão-extensão;
A parte lateral apresenta dois graus de liberdade – flexão-extensão e rotação longitudinal; 
Na extremidade superior de ambos os ossos do antebraço estão localizadas duas superfícies correspondentes:
Incisura troclear – se articula com a tróclea, apresenta uma crista longitudinal que termina na extremidade do olécrano e embaixo na extremidade do processo coronóide;
Fóvea articular – superfície superior da cabeça do rádio, sua concavidade apresenta a mesma curvatura do capítulo sobre o qual se adapta;
Juntas essas duas superfícies formam uma única graças ao ligamento anular do rádio;
Côndilo do úmero – É a sua extremidade inferior, que é pressionada continuamente e que suporta em sua margem inferior as superfície articulares, tróclea e capítulo;
Apresenta uma estrutura de forquilha, suportando o eixo das superfícies articulares;
É constituída pela fossa coronóidea e pela fossa do olécrano, essas fossas retardam o momento em que as extremidades dos processos coronóide e do olécrano vão se chocar contra o côndilo;
Se comunicam entre si como uma forquilha de bicicleta;
Os côndilos do úmero se localizam de cada lado das fossas;
No conjunto o côndilo do úmero está inclinado para frente (eixo de 45º) – esta configuração resulta em uma consequência mecânica: a tróclea está situada totalmente para frente do eixo da diáfise;
A incisura troclear também está situada totalmente à frente do eixo da diáfise da ulna – essa inclinação favoreçe a flexão (o choque só ocorre quando os dois ossos estão completamente paralelos e mesmo em flexão completa, observa-se um espaço entre os dois ossos;
Os ligamentos do cotovelo – A função dos ligamentos da articulação do cotovelo é manter as superfíciesarticulares em contato e orientar o movimento: Ligamento colateral radial e ligamento colateral ulnar – ambos formados por três feixes;
Juntos eles apresentam um leque fibroso que se estende desde uma das duas projeções pararticulares – epicôndilo lateral e epicôndilo medial;
O rompimento de um dos cabos (ligamentos) para que os movimentos de lateralidade ocorram no lado oposto e para que as superfícies articulares percam contato – este é o mecanismo habitual de luxação do cotovelo que no seu 1º estágio, é um entorse grave causada por ruptura do ligamento colateral radial;
Cabeça do rádio – Possui a função de rotação axial (tornando-a cilindríca) e de flexão-extensão ao redor do eixo XX' do capítulo;
Em extensão completa, apenas a porção anterior da fóvea se articula com o capítulo; na verdade a superfície cartilaginosa do côndilo para ao nível do limite inferior e não se volta para trás;
Em flexão completa, a circunferência da cabeça do rádio ultrapassa a superfície do capítulo e se introduz na fossa radial, muito menos profunda que a fossa coronóidea;
A tróclea do úmero – Quando o úmero está em extensão total, o eixo do antebraço forma um ângulo que não prolonga exatamente o ângulo do braço. Este ângulo é notavelmente acentuado nas mulheres – denominado valgo fisiológico do cotovelo ou ulna valga. 
Este ângulo depende da inclinação do sulco da tróclea;
O sulco da tróclea é oblíquo e esta obliquidade apresenta variação individual;
Tipos:
Caso mais frequente: o sulco é oblíquo para baixo e para fora;
Caso menos frequente: o sulco da tróclea é oblíquo para cima e para fora;
Caso raro: o sulco da tróclea é oblíquo para cima e para dentro;
A direção do eixo flexão-extensão varia de forma contínua entre essas duas posições extremas durante os movimentos de flexão-extensão do cotovelo;
O eixo é evolutivo, com toda as séries de eixos instantâneos entre as duas posições extremas e relacionadas ao esqueleto;
Limitações da flexão-extensão – É decorrente de três fatores: encaixe do olécrano, tensão na porção anterior da cápsula articular e a resistência dos músculos flexores (bíceps braquial, braquial e braquiorradial);
Se a flexão continua, ocorrerá o rompimento de um desses freios;
O olécrano resiste, mas a cápsula e os ligamentos se rompem, ocorrendo uma luxação posterior do cotovelo. Em geral os músculos permanecem intactos, mas a artéria braquial pode se romper ou sofrer contusão;
A limitação da flexão depende se a flexão for ativa ou passiva:
Se for ativa – a limitação ocorre pelo contato com as massas musculares, enrijecidas pela contração outros fatores é o encaixe ósseo e a tensão capsular;
Se for passiva (sob a ação de uma força que "fecha" a articulação) – Encaixe da cabeça do rádio na fossa radial e do processo coronóide na fossa coronóidea, tensão na parte posterior da cápsula e passiva do músculo tríceps braquial;
Músculos da flexão - 
Músculo braquial – (monoarticular) Se estende desde a tuberosidade da ulna até a face anterior do úmero. É exclusivamente flexor do cotovelo;
Músculo braquiorradial – Se estende desde o processo estilóide do rádio até a margem lateral do úmero. Seu principal papel é a flexão do cotovelo, é acessório quando em pronação extrema, realizando a supinação. Chega a ser pronador com a antebraço em supinação extrema;
O músculo bíceps braquial – (biarticular) Principal músculo flexor, sua inserção inferior é na tuberosidade do rádio. Suas inserções superiores se situam na escápula por meio de duas cabeças: Cabeça longa (tubérculo supraglenoidal) e cabeça curta (processo coracóide);
Por meio de suas duas inserções superiores esse músculo funciona na coaptação do ombro e como abdutor através e sua porção longa; - Sua principal função é a de flexão de cotovelo, sua ação secundária é a supinação;
A eficácia dos músculos de flexão é máximo com os cotovelos em flexão de 90º;
Quando o cotovelo está estendido, a direção da força muscular é quase paralela à direção do braço de alavanca;
A ação dos músculos flexores ocorre de acordo com o diagrama das alavancas do terceiro tipo. Portanto, a ação favorece a amplitude e a rapidez dos movimentos em detrimentos de sua força;
 OBS: As alavancas de terceira classe são chamadas de INTERPOTENTES, pois a força está entre a resistência e o eixo do movimento. Esta é a alavanca mais comum no corpo humano, não oferece vantagem mecânica, porém é boa para o movimento;
Músculos flexores secundários: Músculo extensor radial longo do carpo, ancôneo, pronador redondo;
Músculos da Extensão - 
A extensão do cotovelo é devida praticamente à ação de um único músculo, o tríceps braquial;
A ação do ancôneo é ínfima ao nível fisiológico por causa da fraqueza de seu momento de ação. Também tem o papel de estabilizador lateral ativo do cotovelo;
O tríceps braquial é formado por três ventres musculares que terminam em um único tendão comum fixado ao olécrano: 
Cabeça medial – se fixa na face porsterior do úmero abaixo do sulco do nervo radial;
Cabeça lateral – se fixa na margem lateral da diáfise do úmero, acima do sulco do nervo radial (essas duas porções são monoarticulares);
Cabeça longa – está inserida na escápula ao nível do tubérculo infraglenoidal (essa porção é biarticular);
Na flexão discreta o músculo apresenta sua eficácia máxima. Quanto mais a flexão aumenta mais diminui a eficácia do torque (componente T);
O tendão tricipital contribui para compensar a perda de eficácia durante a flexão completa;
A eficácia do tríceps braquial depende da posição do ombro, isso é resultado de sua natureza biarticular; 
A força do músculo tríceps braquial é maior quando o ombro está em flexão. Dessa forma, a porção longa do tríceps transfere para a extensão do cotovelo uma parte da força dos músculos flexores de ombro, que é uma das ações dos músculos flexores de ombro (feixes claviculares do músculos peitoral maior e deltóide) que é uma das ações dos músculos biarticulares;
A força também é maior no movimento que associa a extensão de cotovelo com a extensão de ombro;
Conjunto de adução do ombro – latíssimo do dorso e tríceps braquial;
Fatores da coaptação articular -
A coaptação longitudinal impede o deslocamento da articulação do cotovelo durante a extensão, seja quando é exercido uma força de baixo, seja quando a força é exercida para cima;
A coaptação é assegurada pelos ligamentos colateral ulnar e colateral radial, músculos tríceps braquial, bíceps braquial, braquial, braquiorradial, epicondilianos laterais e mediais (flexores e extensores de punho e mão);
Em extensão completa , o olécrano se choca com a fossa do olécrano, o que dá à articulação ulmeroulnar uma certa resistência mecânica no sentido longitudinal;
A articulação capituloulnar não é boa para resistir aos esforços da tração o único elemento que impede a luxação inferior do rádio em relação à ulna é a membrana interóssea; 
Resistência á compressão longitudinal:
É a cabeça do rádio que transmite os esforços da compressão e que sofre a fratura;
Ao lado ulnar é o processo coronóide que transmite as pressões. A fratura ocorre por choque, permitindo a luxação posterior da ulna, é uma luxação instável;
Coaptação durante a flexão:
Em flexão de 90º a ulna é estável, porque a incisura troclear está circundada pelas duas fortes inserções musculares do tríceps braquial, braquial e ancôneo, que aplicam as superfícies articulares umas contra as outras;
Teste do punho cerrado – Observar o espaçamento da largura do punho entre o ombro e punho, porque o punho não entra em contato com o ombro, fica entre 140º a 145º;
Marcos clínicos na articulação do cotovelo: olécrano, epicôndilo medial e epicôndilo lateral. Em extensão eles ficam alinhados, na posição de flexão eles formam um triângulo equilátero, em ocasiões de luxação ocorre uma desconfigurações dessas conformações;
Posição funcional – colovelo flexionado a 90º e a prono-supinação é neutra;
A força dos músculos flexores são ligeiramente mais possantes do que os extensores. A força dos grupos muscularesvariam de acordo com a posição do ombro, sua eficácia máxima é em extensão, para baixo e em flexão para cima;
Prono-supinação
A prono-supinação é o movimento de rotação do antebraço ao redor de seu eixo longitudinal; 
O movimento exige a ação de duas articulações: radioulnar distal e radioulnar proximal;
A posição de referência, ou posição neutra é definida pela posição do polegar para cima e da palma da mão para dentro, nem em pronação nem em supinação;
Supinação – Palma da mão voltada para cima e polegar direcionado para fora;
Pronação – Palma da mão voltada para baixo e polegar para dentro;
A prono-supinação é indispensável para o controle da posição de mão (função de alimentação e de limpeza), permitindo seu posicionamento ideal para segurar um objeto; 
A prono-supinação permite movimentos de rotação com a preensão centrada e rotatória, modifica a orientação da ferramenta por meio de rotação cônica (consequência da assimetria da mão, permitindo ao cabo estar situado no espaço de um segmento do cone centralizado ne eixo de prono-supinação);
Há um conjunto funcional ligando a prono-supinação com a articulação radiocarpal que obriga a integração da fisiologia da articulação radioulnar distal à do punho, embora mecanicamente ela esteja associada á articulação radioulnar proximal;
Estrutura radioulnar – Os dois ossos do antebraço formam uma estrutura radioulnar retangular dividida por uma diagonal oblíqua para baixo e para dentro que a divide em duas partes: uma medial, que corresponde à ulna, e outra lateral que corresponde ao rádio;
Essa diagonal é uma dobradiça – a parte lateral/radial gira 180º para frente e passa sobre a parte medial/ulnar – dessa forma ocorre a pronação;
Por causa de sua obliquidade torna-se vertical corrigindo a ulna valga em extensão e supinação;
Os dois ossos são unidos pela membrana interóssea – dobradiça flexível;
Em pronação o rádio gira e cruza a ulna pela frente;
Os dois ossos do antebraço, em posição de supinação, apresentam uma curvatura com concavidade anterior. Durante a pronação, o cavalgamento do rádio sobre a ulna permite que a extremidade inferior do rádio se coloque mais para trás, em relação à ulna, graças a correspondência face a face das duas concavidades – essa dupla concavidade permite maior amplitude de pronação;
Membrana interóssea – É fundamental na coaptação dos dois ossos do antebraço entre si na prono-supinação;
Elementos que auxiliam na união dos dois ossos – corda oblíqua da membrana interóssea do antebraço, ligamento anular, feixe anterior do ligamento colateral radial (LCR) do cotovelo, feixes anteriores e posteriores do ligamento colateral ulnar (LCU) do cotovelo, ligamentos anterior e posterior;
Se localiza entre a margem interna do rádio e a margem lateral da ulna;
É composta de duas camadas formadas por fibras oblíquas com direções cruzadas;
Camada anterior – feixe proximal, feixe intermediário descendente e feixe distal descendente;
Camada posterior – feixe proximal ascendente, feixe distal ascendente – essa camada, devido á direção de suas fibras, impede o deslocamento do rádio para baixo;
A membrana interóssea mantém os dois ossos em contato, impedem a translação longitudinal do rádio, impede o deslizamento do rádio para baixo;
A prono-supinação é bloqueada pelo choque da cabeça do rádio sobre o capítulo do úmero;
Os limites do deslocamento do rádio em relação à ulna são dados pela membrana interóssea e pelos músculos longitudinais da mão e dos dedos, que se fixam no epicôndilo medial (flexores de punho);
A contração desses músculos, quando se seguram objetos pesados, ou quando há tendência de deslizamento vertical sob o peso do corpo, contribui para a estabilidade longitudinal do rádio, assim como para a coaptação do cotovelo;
A tração dos músculos flexores alonga a membrana aumentando a coaptação transversal das duas articulações radioulnares; 
Articulação radioulnar proximal - 
É uma articulação trocóidea (superfície cilíndricas); 
Possui apenas um grau de movimento - rotação ao redor do eixo longitudinal de ambos os cilindros encaixados. Realiza o movimento de rolamento de esferas;
Componentes: cabeça do rádio, fóvea articular que se articula com o capítulo do úmero, anel osteofibroso (formado pela incisura troclear recoberta por cartilagem côncava);
O anel osteofibroso é um feixe fibroso fixo nas margens anterior e posterior da incisura radial, com sua face interna côncava revestida por uma cartilagem contínua com a da incisura radial;
Ligamento quadrado – feixe fibroso inserido na margem inferior da incisura radial da ulna e abaixo da circunferência da cabeça do rádio;
Articulação radioulanar distal - 
Articulção trocóidea (possui apenas um grau de movimento);
A circunferência articular da cabeça da ulna (vista frontal e de perfil) apresenta sua altura máxima para frente e discretamente para fora;
Constituição - 
A epífise distal do rádio possui duas superfícies articulares (face articular carpal – com uma área para o escafóide e outra para o semilunar e a incisura ulnar – situada na margem medial do osso)
A incisura ulnar se articula com a circunferência articular da cabeça da ulna;
Disco articular – situado na margem inferior. Ele preenche o espaço entre a cabeça da ulna e o piramidal, formando um coxim elástico, comprimido durante a adução do punho;
O disco articular é um meio de união da articulação radioulnar distal e uma superfície articular com a cabeça da ulna e o carpo;
A cabeça da ulna não se articula diretamente com os ossos do carpo, porque o disco articular forma um septo entre a articulação radioulnar distal e a articulação radiocarpal – que portanto são anatomicamente distintas;
O disco articular é submetido aos importantes esforços de tração, compressão e de cisalhamento – que geralmente ocorrem combinados, o que explica sua lesão frequente dos traumatismos de punho;
A união da articulação radiounar distal também é auxiliada pelo ligamento anterior da articulação radiounar distal, pelo ligamento posterior, pela expansão palmar do ligamento anular dorsal e pelo tendão do músculo extensor ulnar do carpo – protegido por uma sólida bainha fibrosa;
Esses elementos formam o que chamamos de junção fibro-aponeurótica interna do punho;
Dinâmica da articulação radioulnar proximal e o IRUD – índice radioulnar distal
Principal movimento – rotação da cabeça do rádio, ao redor de seu eixo X, no interior do anel osteofibroso, formado pelo ligamento anular e insisura radial;
Esse movimento é limitado pela tensão do ligamento anular e incisura radial;
Movimentos secundários - 
A fóvea do rádio gira em contato com o capítulo do úmero;
O bisel radial desliza sob a zona coronóide da tróclea do úmero;
O eixo da cabeça do rádio se move lateralmente na pronação;
A vantagem desse movimento permite que o rádio se afaste da ulna de modo a permitir a passagem da tuberosidade do rádio pela crista do supinador da ulna – o músculo supinador se insere nesse ponto;
Na pronação, o eixo do antebraço que era ligeiramente oblíquo para fora, devido à ulna valga, se alinha com o eixo do braço, causando também o alinhamento do eixo da mão;
Durante a pronação, rádio se torna mais curto em relação à ulna;
Na supinação, o rádio ultrapassa a porção inferior da cabeça da ulna em 1,5 a 2 mm – isto é denominado índice radioulnar distal – IRUD. Sendo denominado "Variância Ulnar";
Dinâmica da articulação radioulnar distal - 
Principal movimento – é uma translação da extremidade inferior do rádio ao redor da ulna. A epífise do rádio gira ao redor da cabeça da ulna, supostamente circular e fixa, porque o processo estilóide da ulna permanece imóvel;
Durante a pronação , o movimento do ramo inferior é uma translação circunferencial – rotação combinada com o movimento sobre uma trajetória circular;
Translação circunferencial – é bem semelhante à da Lua, que gira em torno da Terra, permanecendo sempre com a mesma face orientada para a Terra;
Quando o rádio gira ao redor da ulna, passando de supinação paraa pronação, a congruência articular, isto é a concordância geométrica das superfícies, é variável;
A supinação e a translação são posições de incongruências relativas;
A tensão é máxima na posição de congruência máxima, aquela que corresponde à maior altura da circunferência articular da cabeça da ulna, porque o disco percorre o trajeto mais longo entre sua inserção e a circunferência da cabeça;
O disco articular inclui dois feixes de reforço, um anterior e outro posterior, que só estão igualmente estirados na posição intermediária – sua tensão média
Na supinação o feixe anterior está estirado ao máximo e o feixe posterior relaxado ao máximo. Na pronação ocorre o inverso;
Posição fechada – o máximo de congruência das superfícies associado ao máximo de tensão ligamentar;
A pronação é limitada pelo encontro do rádio com a ulna;
A supinação é limitada pelo encontro da margem porterior da incisura ulnar com o processo estilóide da ulna por intermédio do tendão do músculo extensor ulnar do carpo;
Eixo da prono-supinação -
Existe um conjunto funcional entre as duas articulações radioulnares, elas estão mecanicamente conectadas;
Essa interação ocorre em dois níveis, o dos eixos e o da congruência;
As duas articulações são coaxiais, sua função normal exige imperativamente que o eixo de uma seja o prolongamento do eixo da outra sobre uma mesma linha reta;
O que forma a dobradiça prono-supinação e passa pelo centro da cabeça da ulna e do rádio (ex: uma porta não pode ser aberta se os eixos das duas dobradiças não estiverem perfeitamente alinhados, isto é, uma no prolongamento da outra. Se os eixos não estiverem concordantes, a porta não poderá mais ser aberta, exceto se for cortada em duas partes, que poderão ser abertas separadamente);
A prono-supinação habitual centralizada na pinça tridigital ocorre ao redor de um eixo intermediária que passa através do terceiro dedo, através da epífise distal do rádio próximo da incisura ulnar – o rádio gira sobre si mesmo aproximadamente 180º;
A ulna se move sem rotação sobre ela mesma, através de uma trajetória em arco de mesmo centro, integrando um componente da extensão e um da lateralidade . Ela descreve uma translação circunferencial sobre o arco;
Não existe uma prono-supinação, mas sim prono-supinações;
Músculos da prono-supinação - 
Supinação – Músculo supinador (enrolado no colo do rádio, se insere na crista do músculo supinador da ulna) e bíceps braquial (inserido no vértice da curvatura supinadora ao nível da tuberosidade radial) – atua através da tração no ângulo superior da manivela, sua eficácia é máxima quando o cotovel oestá flexionado a 90º;
Pronação – Músculos pronador quadrado (enrolado na extremidade distal da ulna) – atua através do desenrolar da ulna em relação ao rádio, músculo pronador redondo (inserido no vértice da curvatura da pronação) – atua através da tração sobre o ângulo inferior da manivela, mas seu momento de ação é muito fraco;
Um único nervo dedica-se a pronação: o mediano. A supinação necessita de dois nervos o radial (supinador) e o musculocutâneo (bíceps braquial);
A cadeia articular a partir do ombro possui sete graus de liberdade;
Músculos extrínsecos – músculos de força;
Músculos intrínsecos – músculos de precisão;
As luxações das articulações radioulnares estão naturalmente associadas;
Luxação da articulação radioulnar distal – fratura de Galeazzi, fratura da diáfise do rádio, geralmente de difícil tratamento;
Luxação da articulação radioulnar proximal – fratura de Monteggia, fratura da diáfise da ulna através de choque direto;
A supinação é realizada como o antebraço, como quem gira uma chave na fechadura;
A pronação é realizada com o ombro;
Posição funcional da prono-supinação é a posição adotada por exemplo quando se segura um martelo. Ela corresponde a um estado de equilíbrio natural entre os grupos musculares agonistas, portanto com o menor custo muscular possível;
Punho
O punho, a articulação distal do membro superior, permite que a mão se apresente na posição ideal para a preensão;
É uma articulação que possui dois graus de liberdade.
A rotação do antebraço sobre seu eixo longitudinal adiciona um terceiro grau de movimento ao punho;
O núcleo central do punho é o carpo, formado por oito ossos pequenos;
O complexo articular do punho apresenta duas articulações, incluídas no conjunto funcional da articulação radiounar distal: a radiocarpal – conecta a superfície articular do antebraço e o carpo e a mediocarpal – articula as duas linhas de ossos do carpo;
Movimentos do punho – São realizados ao redor do eixo transversal (flexão- extensão) e no eixo ântero-posterior (adução-abdução);
Amplitude dos movimentos – É medida a partir da posição de referência: o eixo da mão, formado pelo terceiro osso metacarpal e pelo terceiro dedo, está situado no prolongamento do eixo do antebraço;
A adução ou desvio ulnar é duas a três vezes maior que o desvio radial;
A adução ou desvio ulnar é mais ampla na supinaçãodo que na pronação, não ultrapassando 25 a 30º;
A amplitude dos movimentos depende do grau de relaxamento dos ligamentos do carpo;
Movimento de circundunção – É a combinação dos movimentos de flexão-extensão com os movimentos de adução-abdução. É realizado simultaneamente em relação aos dois eixos do punho;
Quando este movimento está em sua amplitude máxima, descreve o cone de circundunção;
Esse cone não é regular, porque sua base não é circular;
A amplitude dos movimentos do punho é menos acentuada em pronação do que em supinação, resultando na menor abertura do cone de circundunção em pronação;
Graças aos movimentos associados da pronação-supinação, a retificação do cone de circundunção pode ser compensada dentro de um determinado limite;
Em todas as articulações do tipo sistema de transmissão – permitem movimentos em todos os sentidos, com dois eixos e dois graus de liberdade, um movimento simultâneo ou sucessivo ao redor dos dois eixos leva a uma rotação automática ou ainda rotação adjunta ao redor do eixo longitudinal do segmento móvel;
Complexo articular do punho – Inclui duas articulações a radiocarpal (entre a extremidade distal do rádio e os ossos da fileira proximal do carpo) e a mediocarpal (entre a fileira distal dos ossos do carpo);
Articulação radiocarpal – articulação condilar que apresenta suas curvaturas convexas;
A flexão-extensão passa ao nível da interlinha semilunar e capitato;
A adução-abdução passa ao nível da cabeça do capitato;
Os ligamentos radiocarpais estão organizados em dois sistemas:
Ligamentos colaterais – lig. Colateral radial (se estende desde o processo estilóide do rádio até o osso escafóide), lig. Colateral ulnar (se estende desde o processo estilóide da ulna até o osso piramidal e o osso pisiforme)
Ligamentos anteriores e posteriores - ligamentos anteriores (sistema ligamentar anterior), ligamentos posteriores (complexo ligamentar posterior);
Os sistemas ligamentares anterior e posterior se fixam no carpo nos pontos de saída do eixo de abdução-adução;
A atividade dos ligamentos radiocarpais se dividem em movimentos de adução-abdução (ligamentos colaterais que atuam) e movimentos de flexão-extensão (ligamentos anteriores e posteriores);
Adução – tensionamento do ligamento colateral medial;
Abdução – tensionamento do ligamento colateral lateral;
Flexão – tensionamento dos ligamentos posteriores;
Extensão – tensionamento dos ligamentos anteriores;
Os ligamentos colaterais têm pouca participação;
Superfícies articulares radiocarpais são – superfície articular do carpo e face articular do antebraço;
A superfície articular do carpo é formada pela justaposição da face superior de três ossos da fileira proximal – escafóide, semilunar e piramidal (de lateral para medial), unidos entre si pelos ligamentos escafóide-semilunar e piramido-semilunar também denominado semilunarpiramidal;
O osso pisiforme não participa da face articular do carpo;
Fileira distal – trapézio, trapezóide, capitato, hamato. As faces superiores dos ossos escafóide, semilunare piramidal estão recobertas por cartilagem, a mesma dos ligamentos que unem os três ossos entre si formando uma superfície articular contínua ( a superfície articular do carpo);
Extremidade articular carpal do rádio – é formada pela extremidade distal do rádio, lateral é subdividida por uma crista e em duas faces que correspondem aos ossos escafóide e ao semilunar e face distal do disco articular.
Ligamentos radiocarpais: ligamento colateral ulnar do carpo; processo estiloide da ulna, piramidal e pisiforme (2 eixos). Ligamento colateral radial do carpo; processo estiloide do rádio – escafóide (2 feixes). Ligamento radiocarpal anterior; face articular carpal do rádio – piramidal e capitato (2 feixes); oblíquo para baixo e para dentro. Ligamento radiocarpal posterior; face articular do rádio – semilunar e piramidal (2 feixes)
Ligamentos radiocarpais: “atividade” dos ligamentos; 
adução: ligamento colateral radial tensionado; 
abdução: ligamento colateral ulnar tensionado; 
flexão: complexo ligamentar posterior tensionado; 
extensão: complexo ligamentar anterior tensionado;
Papel estabilizador dos ligamentos - 
Estabilização no plano frontal: a leve adução do carpo (posição natural do punho) causa estabilidade máxima;
freios da abdução - ligamentos radiopiramidal anterior e posterior (feixe dos ligamentos radiocarpais anterior e posterior) - alça ligamentar (piramidal se une com rádio por esses ligamentos).
Estabilização no plano sagital: cavidade articular (para baixo e para frente): face articular do carpo - tendência a escapar para cima e para frente; 
flexão - limitada pelos ligamentos posteriores;
extensão - limitada pelos ligamentos anteriores; 
posição neutra - tensão equilibrada dos ligamentos anteriores e posteriores;
Dinâmica do carpo - maciço do carpo - não é um bloco (como antes se acreditava no “conceito monolítico”); pressões ósseas + resistência ligamentares = movimento relativo entre seus ossos (carpo de geometria variável); 2 colunas: médio (depende do semilunar e do capitato) e lateral (escafoide, trapézio e trapezoide);
O carpo é um conjunto de oito ossos, dos quais sete participam da geometria que é denominada maciço do carpo;
Pode ser considerado como um saco de nozes que se deforma pelas pressões dos movimentos de punho;
O bloqueio em extensão da coluna do escafóide causado pela tensão máxima dos ligamentos rádio-escafóide e trapézio-escafóide provoca um autêntico encaixamento do escafóide entre o trapézio e a glenóide radial, que acontece antes do bloqueio em extensão da coluna do semilunar; de modo que o movimento de extensão continua na coluna do semilunar, enquanto já está parado na do escafóide.
Dinâmica de adução-abdução - 
Abdução: centro de rotação ente o semilunar e o capitato (a fileira proximal se desloca para cima e para dentro, é detida pelo Ligamento lateral interno); fileira proximal: pronação-flexão; fileira distal: supinação-extensão; piramidal afasta-se da ulna (15mm): escafóide avança (escafoide diminui e o semilunar aumenta em superfície).
Adução: centro de rotação entre semilunar e capitato (a primeira fileira se desloca para baixo e para fora, é interrompida pelo ligamento lateral externo); fileira proximal: supinação-extensão; fileira distal: pronação-flexão.
Transmissão do torque de prono-supinação – O punho participa da transmissão para a mão do torque de rotação desenvolvida no antebraço (prono-supinação); 
Semelhante ao sistema de transmissão de automóveis;
Papel importante dos ligamentos e dos Mm flexores e extensores ulnar do carpo;
Músculos do punho:
flexor radial do carpo (flexor e desvio radial do punho)
palmar longo (tensiona a aponeurose palmar e flexão do punho e abdução); 
flexor ulnar do carpo (flexão e desvio ulnar do punho);
extensor radial curto do carpo (extensão e desvio radial);
extensor radial longo do carpo (igual curto);
extensor ulnar do carpo (extensão e desvio ulnar);
Tabaqueira anatômica - depressão causada pela extensão do polegar;
Limites (com relação a posição anatômica): anterior (tendões dos MM abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar) e posterior (tendão do M extensor longo do polegar);
Ação sinérgica e estabilizadora - MM extensores do punho são sinérgicos aos flexores dos dedos, MM flexores do punho são sinérgicos aos extensores dos dedos;
Posição funcional do punho - eficácia máxima dos MM dos dedos (principalmente flexores) - função de preensão (adapta melhor), essa posição é definida como uma extensão discreta do punho (40-45°) com desvio ulnar (15°);
Os tendões extensores passam por baixo do ligamento anular dorsal do carpo: o túnel do extensor ulnar do carpo, o do extensor próprio do dedo mínimo, o dos quatro extensores comuns e o do extensor próprio do dedo indicador, o do extensor próprio do polegar, o dos dois extensores radiais, o do abdutor longo e o do extensor curto do polegar.
Mão
Extremidade efetuadora do membro inferior; função essencial: preensão; oposição do polegar/pinçamento (só os seres humanos podem fazer isso); 
Membro superior: suporte logístico, permite que a mão assuma a posição mais favorável para determinada tarefa; a mão também é um receptor funcional e educadora da visão e do cérebro.
Capacidade de preensão da mão – a face palmar pussui uma concavidade central limitada pelas eminências tênar e hipotênar; 
Pregas (fixação cutânea) - palmares: distal, média e proximal (*prega hipotênar- do lado da ulna); digitais: distal, proximal e palmar. 
Importância dos dedos na utilização da mão: parte I (polegar) – oposição (efetua quase todas as funções da mão); parte II (zona das pinças (2° e 3° dedo)) - pinças bidigital e tridigital; parte III (zona das preensões (4° e 5° dedo)): pressão firme/empunhadura;
Arquitetura da mão - adaptação para segurar objetos: planos (mão se estica e se achata) e volumosos (mão forma uma concavidade (arcos) - “goteira palmar”); 
Adução-abdução (afastamento e aproximação): em relação ao eixo da mão (3° metacarpo e dedo médio) e não ao eixo do corpo;
Afastamento voluntário - eixo converge para a base da eminencia tênar (escafóide) quando os dedos se separam voluntariamente;
Os eixos dos três últimos dedos são mais oblíquos quanto mais se afastam do dedo indicador; 
Quando fechamos a mão com as articulações interfalangeanas distais estendidas os eixos das duas últimas falanges dos quatro últimos dedos e o eixo do polegar, menos a sua última falange, convergem num ponto situado na parte inferior do canal do pulso;
Maciço do carpo - túnel do carpo: (canal osteofibroso que forma um túnel) concavidade anterior + retináculo dos mm flexores+ossos do carpo);
Tendões: flexor radial do carpo, flexor longo do polegar, nervo mediano, flexores superficial e profundo dos dedos (o flexor radial possui um compartimento separado para ele);
Realiza a contração dos mm tênares e hipotênares; 
Há também um retináculo dos extensores dos dedos;
Aumenta as concavidades;
Coluna lateral: constituída escafoide/trapézio/1°metacarpo (mais impotante);
Coluna do dedo indicador: escafoide/trapezoide/2°metacarpo;
Coluna média: semilunar/capitato/3°metacarpo (forma o eixo da mão); 
Coluna medial: piramidal/hamato/4° e 5° metacarpo.
*canal de gion: no túnel do carpo por onde passa o nervo ulnar;
Articulação metacarpofalangeana - (tipo condilar) flexão/extensão, inclinação lateral (2 graus de liberdade); superfícies articulares: cabeça metacarpal (convexas) e base da falange proximal (côncava).
Ligamentos colaterais: mantém as superfícies articulares em contato e limitam os movimentos; 
Na extensão (relaxados - permite movimento de lateralidade);
Na flexão (tensionados - limita movimento de lateralidade); 
Movimentos de lateralidade (tensionados do lado oposto/relaxados do mesmo lado);
Amplitude da extensão: ativa (30-40°), passiva (90°); 
Amplitude da flexão: 90°: (aumenta do 2° para o 5° dedo); 
Flexão isolada de um dedo é limitada pela tensão do ligamento palmar;
Movimento de lateralidade: maior no indicador (30°); Circundução:2° dedo (indicador);
Articulações interfalangeanas - tipo gínglimo: flexão/extensão (1 grau de liberdade); superfícies articulares: cabeça da falange (tróclea) e base das falanges distais (2 superfícies articulares separadas por uma crista (complementar a tróclea). ADM: flexão aumenta 2° -> 5° dedo; IF: 135°/IF distais: 90°; extensão ativa: IFP= nula e IFD= nula -5°; extensão passiva: IFP= nula e IFD= passível (acentuada); ligamento tensionado na flexão e na extensão; extensão: posição de estabilidade lateral absoluta.
*IF= interfalageanas
Planos de flexão: 2° dedo: sagital; quanto mais medial o dedo, mais oblíquo; convergem para um ponto situado na parte baixa do túnel do carpo; 4° e 5° dedos: opõem-se ao polegar (e ao indicador); causas: assimetria das superfícies das articulações metacarpais e falangeanas e tensão diferencial dos ligamentos colaterais.
Canais e bainhas dos tendões dos mm flexores: retináculo dos flexores; bainha sinovial (3 partes anulares (cabeça metacarpal, falange proximal e falange intermédia) e permite o deslizamento dos tendões)
Polegar: funções: indispensável para a formação de pinças, composição da ação de força com os outros dedos, preensões; movimento de oposição e contra-oposição; organização da coluna osteoarticular e músculos
Coluna osteoarticular: composição (escafóide, trapézio, 1° metacarpo, falanges proximal e distal do polegar); articula-se com a mão em ponto mais proximal; comprimento ideal; articulações: escafoide-trapézio (plana), trapézio-metacarpal (selar), metacarpofalangeanas (condilar), interfalangeanas (gínglimo); 5 graus de liberdade - Oposição: capacidade de colocar a polpa do polegar em contato com a polpa de cada um dos outros dedos – pinça; componentes: anteposição (antepulsão 1°metacarpal/1° falange), flexão (adução 1°metacarpal/inclinação lateral da 1ª falange), pronação (Rotação longitudinal 1° metacarpal/1° falange no sentido de pronação); articulação metacarpofalangeana – permite a escolha de oposição (1 a 4 dedo). Contra-oposição: extensão, retropulsão e supinação da coluna do polegar; músculo abdutor longo, extensor curto e extensor longo.
Músculos da mão: extrínsecos (a inserção proximal está acima da articulação radiocárpica e auxilia o punho, mas tem uma função maior no movimento dos dedos) e intrínsecos (inserção proximal está nos ossos do carpo e tem função de precisão das mãos).
Músculos extrínsecos: flexor superficial dos dedos (flete as articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas proximal), flexor profundo dos dedos (flete as 3 articulações dos dedos), extensor comum dos dedos (estende a articulação metacarpofalangeana dependendo da posição do punho e do grau de flexão da metacarpofalangeana: estende as articulações interfalangeanas), extensor do dedo indicador (estende todas as articulações do 2° dedo), extensor do dedo mínimo (estende todas as articulações do 5°dedo), flexor longo do polegar (flete todas as articulações do polegar), abdutor longo do polegar (abduz e estende a articulação carpometacarpica do polegar - abdução e antepulsão do 1° metacarpo), extensor curto do polegar (estende a articulação metacarpofalangeana do polegar), extensor longo do polegar (estende todas as articulações do polegar);
Intrínsecos: abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar, oponente do polegar, flexor curto do dedo mínimo, abdutor do dedo mínimo, oponente do dedo mínimo, adutor do polegar, lumbricais (Flexão da MF e extensão da IFP e IFD do 2º ao 5º dedos), interósseos palmares (adução dos dedos) e interósseos dorsais (abdução dos dedos).
Extensão dos dedos: Ocorre atavés de uma ação combinada (sinergismo-antagonismo), dependendo do grau de flexão do punho e das art. Metacarpofalangeanas;
Extensor dos dedos: extensor da metacarpofalangeanas e atua nas interfalangeanas quando os flexores dos dedos estão relaxados (pela flexão do punho)
 Interósseos: flexores das art. metacarpofalangeanas, extensor das interfalangeanas (quando houver extensão das metacarpofalangeanas).
Lumbricais: flexores das art. metacarpofalangeanas e extensores das interfalangeanas (independe da metacarpofalangeanas);
A extensão dos dedos é decorrente da ação combinada dos músculos extensor dos dedos, interósseos, lumbricais e , de certa forma , do músculo flexor superficial dos dedos;
Todos esses músculos atuando nas relações variáveis de sinergia-antagonismo de acordo com a posição da articulação metacarpofalângica e do punho. Se acrescenta a ação puramente passiva do ligamento retinacular, que coordena a extensão das duas últimas;
Modos de preensão: pinças; pinças bidigitais; ponta ponta: músculo flexor profundo dos dedos e flexor longo do polegar; polpa polpa; polpa lateral e interdigital látero-lateral. Pinças pluridigitais: tridigitais, tetradigital e pentadigital. Pressões laterais, preensões centrais, preensões com a ação da gravidade; preensões mais movimentos;
Motricidade e sensibilidade do membro superior -
Plexo braquial: nervo axilar (c5-c7/c5 e c6) – sensibilidade na região do deltóide, músculo deltóide (abdução do ombro) e redondo menor; nervo musculocutaneo (c5 e c6/c5-c7); nervo mediano (c5-t1); nervo ulnar (c5-t1/c5-t1); nervo radial (c5-t1);
Testes especiais 
Teste de Wright ou manobra de Allen: 
Wright defendeu a hiperabdução do membro superior, de modo a levar a mão acima da cabeça, com o cotovelo e o membro superior no plano coronal e o ombro rotado lateralmente. Ele sugeriu a realização desse teste na posição sentada e, em seguida, em decúbito dorsal. Ao solicitar ao paciente que inspire e rode ou estenda a cabeça e o pescoço, um efeito adicional pode ser produzido. É realizada a palpação do pulso para a verificação de diferenças. Esse teste é utilizado para a detecção ao teste para a síndrome costoclavicular, descrito a seguir. Esse teste foi modificado por examinadores ao longo do tempo. O examinador flexiona o cotovelo do paciente a 90°enquanto o ombro é estendido horizontalmente e rotado lateralmente. Em seguida, o paciente roda a cabeça para longe do lado testado. O examinador palpa o pulso radial, que desaparece quando a cabeça é rodada para longe do lado testado. Realizado dessa maneira, o teste é denominado Manobra de Allen. Ocorrendo um desaparecimento do pulso, o teste é positivo para a síndrome do desfiladeiro torácico. 
Teste para instabilidade ligamentar em valgo: 
Com uma das mãos na altura do cotovelo, o examinador estabiliza o membro superior do paciente a outra mão é colocada acima do punho do paciente. É aplicada uma força de abdução ou valgizante sobre a porção distal do antebraço. . Regan e morrey defendem fazer o teste de estresse valgo com o úmero em rotação lateral completa. O examinador deve observar qualquer laxidade, diminuição da mobilidade ou dor alterada que possa estar presente em comparação com o cotovelo unívoco.
Teste para instabilidade ligamentar vara: 
Com o cotovelo do paciente discretamente flexionado (20°a 30°) e estabilizado com a mão do examinador, uma força de adução ou varizante é aplicada à porção distal do antebraço, para testar o ligamento colateral, enquanto é palpado. Em geral, o examinador sente o ligamento tenso ao aplicar o estresse. Regan e Morrey defenderam a realização do teste do estresse varo com o úmero em rotação medial completa. O examinador aplica a força diversas vezes, aumentando a pressão, enquanto observa qualquer alteração da dor ou da amplitude de movimento. Se for observada uma frouxidão excessiva ou uma sensação macia é sentida durante a realização do teste, ela é indicativa de lesão ligamentar (1º,2º e 3º) e pode, sobretudo em casos de entorse de 3º, indicar instabilidade articular. 
Teste de Mill ou epicondilite lateral: 
Enquanto palpa o epicôndilo lateral, o examinador realiza uma pronação passiva do antebraço, flexão total do punho e extensão do cotovelo do paciente. O teste é considerado positivo quando o paciente refere dor sobre o epicôndilo lateral do úmero. Essa manobra também impõe um estresse sobre o nervo radial e, na presençade uma compressão desse nervo, acarreta sintomas semelhantes aos do cotovelo de tenista. Estudos eletrodiagnósticos ajudam a diferenciar as duas condições. - Pode ser também compressão do nervo radial;
Teste de Cozen - epicôndilo
Este teste é utilizado para determinar a presença de epicondilalgia lateral do cotovelo. Estabilizar o antebraço do paciente (com o polegar do examinador, que repousa no epicôndilo lateral do paciente. O paciente é então solicitado a fazer um primeiro, pronação do antebraço, e radialmente desviar e estender o pulso enquanto o examinador resiste ao movimento. Em seguida, o fisioterapeuta palpa o epicôndilo lateral e, com a outra mão aplica uma força de para flexão do punho contra a resistência do paciente. O teste é considerado positivo se for reproduzida a dor súbita e severa na face lateral do cotovelo. O epicôndilo pode ser palpado para indicar a origem da dor.
Teste de Speed do ombro: 
O teste de Speed é usado para testar o labrum glenoideu e o tendão bicipital, perante suspeita de lesões como lesão do lábio superior ou tendinite bicipital. Para realizar o teste o examinador deve resistir a flexão frontal do ombro pelo paciente enquanto o antebraço do paciente é primeiro supinado, então pronado, e o cotovelo é completamente estendido. O teste também pode ser realizado pela flexão para a frente do braço do paciente para 90 ° e, em seguida, pedindo ao paciente para resistir a um movimento excêntrico em extensão, primeiro com o braço supinado, em seguida, pronado. Um teste positivo provoca aumento da sensibilidade no sulco bicipital, especialmente com o braço supinado e é indicativo de paratenonite bicipital ou tendinose. O teste de Speed é mais eficaz do que o teste do yergason porque os ossos movem-se mais sobre o tendão durante o teste de Speed. Tem sido relatado que este teste pode causar dor e, portanto, será positivo se uma lesão SLAP (lesão do labio superior) está presente. Se houver fraqueza profunda na supinação resistida, deve-se suspeitar de uma severa tensão de segundo ou terceiro grau (ruptura) bíceps distal.
Teste para epicondilite lateral (cotovelo de golfista) 
A lesão crônica do uso excessivo dos tendões do cotovelo extensor (cotovelo de tenista ou epicondilite lateral) ou flexor (cotovelo do golfista ou epicondilite mediana) é o resultado de microtrauma repetido ao tendão, levando à ruptura e degeneração da estrutura interna do tendão (tendinosus). Parece ser uma condição degenerativa em que o tendão não conseguiu cicatrizar adequadamente após lesão de microtrauma repetitivo. Quando o teste para epicondilite, medial ou lateral, o examinador deve ter em mente que pode haver encaminhamento de dor da coluna cervical ou envolvimento do nervo periférico. Se a epicondilite não responder ao tratamento, o examinador seria sábio para verificar a patologia neurológica. Enquanto o examinador realiza a palpação no epicôndilo medial, o antebraço do paciente é passivamente supinado. O examinador estende o cotovelo e o punho do paciente. O teste é considerado positivo quando o paciente refere dor no epicôndilo medial do úmero.
Teste de Yergason: 
Este teste é projetado primeiramente para testar a habilidade do ligamento transverso do úmero para prender o tendão do bíceps no sulco bicipital. É um teste "irritativo" para a cabeça longa do bíceps. Com o cotovelo do paciente flexionado a 90 ° e estabilizado contra o tórax e com o antebraço pronado, o examinador resiste à supinação enquanto o paciente também gira lateralmente o braço contra a resistência. Se o examinador palpasse o tendão do bíceps no sulco bicipital durante a supinação e movimentação de rotação lateral, o tendão será sentida para "sair" do sulco se o ligamento transverso do úmero é rasgado. A fragilidade no sulco bicipital sozinho sem a luxação pode ser indicativa de paratenonite / tendinite bicipital. Indica tenossinovite e/ou subluxação da cabeça longa do bíceps. Este teste não é tão eficaz quanto o teste de Speed ao testar o tendão do bíceps, porque o sulco bicipital se move apenas ligeiramente sobre o tendão afetando apenas uma pequena parte do tendão durante o teste e porque a dor do tendão do bíceps tende a ocorrer com movimento ou palpação em vez de com tensão.
Teste de Jobe para instabilidade do ombro: 
A finalidade do teste de Jobe é testar a instabilidade anterior da articulação glenoumeral e o tendão do supra-espinhal. O paciente pode estar sentado ou em posição supina, o terapeuta deve ficar na frente do paciente e abduzir o seu ombro para 90º e, em seguida, realizar flexão para a frente de aproximadamente 30º com o braço girado internamente de modo que o polegar aponta para baixo para o chão. Coloque a mão sobre o cotovelo do paciente e aplique pressão para baixo enquanto o paciente tenta levantar o braço para cima contra sua resistência. Se isto é doloroso, o paciente provavelmente tem patologia do músculo ou tendão suprascapular ou envolvimento do nervo supraescapular. Uma variação deste teste é referido como o teste completo. O doente repete o teste como descrito acima com o seu braço em rotação externa. Isto é pensado para permitir uma melhor contracção do músculo supra-espinhal. Se a apreensão do paciente ou a dor é reduzida nesta posição, o teste de Jobe é considerado positivo. É importante notar que o terapeuta deve sempre libertar a força de deslocamento para trás antes de voltar a colocar o braço do paciente em rotação neutra, pelo risco de luxação do ombro. 
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Teste de Halstead:(costoclavicular) 
É usado para estreitar o espaço costoclavicular entre a primeira costela e a clavícula, deste modo causando compressão neurovascular. O examinador encontra o pulso radial e aplica uma tração para baixo na extremidade de teste enquanto o pescoço do paciente é hiperextendido e a cabeça é girada para o lado oposto. Ausência ou desaparecimento de um pulso indica um teste positivo para síndrome de saída (desfiladeiro) torácica. Esta manobra causará modificações no pulso radial, se houver presente compressão de uma ou de ambas as artérias subclávias. 
Teste do Impacto de Neer: 
O teste pode ser realizado com o paciente sentado ou de pé. Colocar uma mão no aspecto posterior da escápula para estabilizar a cintura escapular. Com a outra mão, gire internamente o braço do paciente segurando-o perto do cotovelo e levante-o para a flexão total para a frente. O teste é positivo se o paciente apresentar dor de 70 a 120 graus de flexão para a frente, à medida que o manguito rotador entra em contato com o arco coracoacromial. O estresse passivo provoca um “esmagamento” do tubérculo maior contra a borda ântero-inferior do acrômio. A expressão facial do paciente revela dor, o que indica um resultado positivo do teste. O teste é indicativo de uma lesão por uso excessivo do músculo supraespinal e, em algunas casos, do tendão do bíceps. Se, ao ser realizado com o membro superior rotacionado lateralmente, o teste for positivo, o examinador deve verificar a articulação acromiclavicular (teste de diferenciação acromioclavicular). 
Teste do Impacto de Hawkins-Kennedy:
O paciente encontra-se em pé enquanto o examinador flexiona o seu membro superior para frente a 90° e, em seguida, rotaciona internamente e forçadamente o ombro. Esse movimento empurra o tendão do supraespinal contra a superfície anterior do ligamento coracoacromial e do processo coracoide. Esse teste também pode ser realizado com diferentes graus de flexão anterior (verticalmente “circundando o ombro”) ou adução horizontal (horizontalmente “circundando o ombro”). A dor indica um teste positivo para paratendinite/tendinose do supraespinal ou impacto secundário. O teste de yocum é uma modificação deste teste que a mão do paciente é colocada no ombro oposto e o cotovelo elevado pelo examinador.
Teste de Ross/Teste de “mãos para cima” ou teste de estresse do membro superior elevado (TEMSE):
O paciente posiciona-se em pé e abduz os membros superiores a 90°, rotaciona os ombros lateralmente e flexiona os cotovelos a 90°, de modo a posicionaros cotovelos ligeiramente atrás do plano frontal. Em seguida, o paciente abre e fecha as mãos, de forma lenta, durante três minutos. Se o paciente não conseguir manter os membros superiores na posição inicial por três minutos ou sentir dor isquêmica, uma sensação de peso ou de fraqueza profunda no membro ou hipoestesia e formigamento na mão durante os três minutos, o teste é considerado positivo para a síndrome do desfiladeiro torácico no lado acometido. O teste é considerado negativo quando o paciente apresenta uma pequena fadiga e uma sensação de aflição. Por vezes, o teste é denominado teste positivo de abdução e rotação lateral (ARL), teste de “mãos para cima” ou teste de estresse do membro superior elevado (TEMSE). 
Manobra de Adson: 
Esse teste é, provavelmente, um dos métodos mais comuns descritos na literatura para o teste da síndrome do desfiladeiro torácico. O examinador localiza o pulso radial e gira a cabeça do paciente, posicionando-a de frente para o ombro em teste. Em seguida, o paciente estende a cabeça, enquanto o examinador roda o ombro lateralmente e o estende. O paciente inspira profundamente e sustenta a inspiração. O teste é considerado positivo quando o pulso desaparece. 
A Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT) é um quadro de desconforto gradual, podendo chegar à dor importante na região inferior do pescoço (cervical e dorsal alta) e também no membro superior.A causa é a compressão do feixe vascular (artéria e veia) e nervoso, que vai para o membro superior devido a alterações posturais e ou anatômicas que alteram o triângulo formado pela primeira costela, clavícula e músculos escaleno e peitoral. A maioria das manifestações é devida à compressão nervosa.

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