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MICROBIOLOGIA AULA 2 Quando é doença bacteriana, pode-se usar tratamento um antibacteriano. As estruturas internas fazem a bactéria funcionar, então, são alvos de antibacterianos. A parede celular não permite a bactéria se romper, impede a entrada de água. Ela também faz a classificação da bactéria (gram negativo ou positivo) INTRODUÇÃO CLASSIFICAÇÃO DE FORMAS E ARRANJOS As bactérias se dividem por fixação binária, formando arranjos. E isso ajuda no diagnóstico. Por exemplo, o estafilococos aureus é o principal causador de dermatite, que possui forma de cocos e formam-se em arranjos de estafilococos. A primeira etapa de diagnostico é a coloração de GRAM, que ajuda a identificar a bactéria e escolher o antibacteriano (tem antibacteriano que é melhor para GRAM +, que não funciona para GRAM + mas apenas para GRAM -, etc) Toda bactéria que tiver forma esférica é chamada de Cocos. E pode se dividir em um agrupamento retilíneo, chamando-se Estreptococos. Há também agrupamentos desordenados, em várias direções, dando a forma de cachos de uva, chamados Estafilococos. Aqueles arranjos formados em duplas chamam-se Diplococos. Toda bactéria que tiver forma bastônica é chamada de Bacilo. Bacilos raramente formam arranjos. Eles geralmente se dividem e se soltam. Mas, as vezes, pode ser que eles se formem arranjos retilíneos, chamados estreptobacilos. Sempre que for estrutura retilínea, é chamada de estrepto. CLASSIFICAÇÃO DE FORMAS E ARRANJOS Existem bactérias espirais, embora não sejam comuns na veterinária. Elas possuem curvatura, e dentro desse grupo, há uma forma que parece uma vírgula ou boomerang, chamado de Vibrião. Causa desinteria, diarreia... A cólera, por exemplo, é causada por uma bactéria vibrião. Há também uma que parece um saca-rolha, chamada de espirílo. Há outra chamada Espiroqueta, mais maleável, flexível. A bactéria de causa pneumonia, por exemplo, é uma estreptococos pneumoniae. A H PYLORI, é uma espirílo e graças a sua forma, ela causa gastrite e úlcera ao furar as células da camada do estômago e ficarem ajoladas sob o tecido. E no buraco que fica, invade ácido gástrico. A leptospirose é causada pela bactéria leptospira, possuindo a forma de espiroqueta. Como faz para saber que está doente? Através de manifestação clínica. Para causar a doença, a bactéria usa as suas estruturas externas, para agredir o animal. Sendo as capsulas, apêndices, flagelos, fibrilas/pílen, parede celular. Há bactérias que há um ‘clip’, umas que tem ‘revolver’, uma ‘fuzil’, uma os três... Então há bactérias que não causam doença ou que causam doença. O que diferencia se ela é patogênica ou não, são as estruturas que ela tem. Essas ‘armas’ que elas utilizam para infectar, são chamadas de fatores de virulência. Fatores de virulências são os componentes e as estruturas que auxiliam a bactéria vencer os mecanismos de defesa do organismo (sistema imunológico) e causar lesões com manifestações clínicas. ADESÃO Se ela não tiver uma arma de adesão, ela será expulsa do local invadido. Se por exemplo, ela não se fixar no trato urinário, e o indivíduo urinar, ela irá embora junto com a urina; se ela invadir o olho e não aderir a ele, ela irá junto com a urina; se ela invadir o trato digestivo e não se fixar nele, ela irá embora junto com a evacuação. O mecanismo fisiológico é programado para repelir qualquer bactéria que seja ambiental, não conseguindo viver com o hospedeiro. INVASÃO Após aderirem, elas devem invadir, destruírem célula e se estabelecer no organismo. LESÃO Fere o organismo. Para ter manifestação, primeiro tem que ter uma lesão. ESCAPE IMUNOLÓGICO Consegue vencer o sistema imunológico, escapando das células de defesa. MECANISMO DE AGRESSÃO X MECANISMO DE DEFESA Como os probióticos (Yakult) nos ajudam a se proteger de bactérias patogênicas? Por exemplo, a Salmonela. A bactéria maléfica precisa se fixar, mas a microbiota está completa de probióticos. Então, ocorre uma competição de território, onde os probióticos vencem, por estarem multiplicados na região. Não sobrando espaço e nutriente, elas não se fixam nos locais de adesão. ESTRUTURA EXTERNA Cápsula – revestimento externo: composta por glicocálix, dá reconhecimento celular, inibição por contato, proteção; Realiza a adesão e escape de fagocitose (induz a célula de defesa a produzir anticorpo) Algumas bactérias desenvolveram essa camada de açúcar, para conseguirem se camuflar e enganar o organismo. Flagelo – Apêndice longo com função de locomoção. Auxilia a bactéria a se espalhar e se disseminar mais rápido no local de invasão. Fímbrias e Píli – Apêndices semelhantes a pelos Função de adesão Tem bactérias que não possuem cápsula e possuem f&p, e vice e versa. Invasinas Moléculas que podem alterar a estrutura da membrana da célula, permitindo a entrada da bactéria. Enzimas para degradar substrato, quebrar molécula, causar feridas. Hialuronidase – Degrada tecido conjuntivo, formando uma lesão na região, causando sangramento Hemolise - degrada hemácias. Coagulase – forma coágulos Toxinas Exotoxina – externo: gram + & gram - Produzidas durante a multiplicação da bactéria, liberadas para o meio externo. Com os seguintes efeitos: citotóxico (degrada células); sistema nervoso e digestivo Endotoxina – interno: apenas a gram - LPS – Componente interno da membrana externa, da parede celular, chamado Lipopolissacarídeo. Já nasce com a bactéria, um pedacinho preso nela. Exerce os seus efeitos após a bactéria ser destruída. Ocasionando febre, dores musculares, tremores e calafrios. Sendo metabolizada pelo próprio organismo, mas se tiver muito o indivíduo pode sofrer choque hipotóxico. COCOS DIPLOCOCOS DIPLOCOCOS ENCAPSULADOS TÉTRADE SARCINA ESTREPTOCOCOS ESTAFILOCOCOS BACILOS COCOBACILOS DIPLOBACILOS PALIÇADAS ESTREPTOBACILOS VIBRIÃO BDELLOVIBRIO ESPIRILO ESPIROQUETA OUTROS Bacillus sp Streptococcus sp staphylococcus aureus Vibrio cholerae Treponema pallidum Bacillus anthracis pneumococo EXEMPLOS
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