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PODRIDÃO NEGRA NO COUVE

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PODRIDÃO NEGRA NO COUVE
Xanthomonas campestris pv. Campestris
1. Justifique porque a Podridão negra é considerada uma doença, segundo os mais modernos conceitos de doença. Na sequência determine quais as tipologias de danos causados pelo agente etiológico diferenciando o dano real do dano potencial. 
2. Classifique o grupo de doença segundo McNew que se enquadra a Podridão negra justificando tal escolha.
3. Determine o procedimento de teste de patogenicidade que perimiria determinar o agente causal da doença e na sequência determine a possível classificação do patógeno, segundo sua forma de colonização. 
4. Determine os sintomas e sinais que permite identificar inicialmente essa doença, segundo o quadro sintomatológico. 
5. Classifique o possível agente causal da doença segundo suas características morfo-fisiológicas.
Resolução:
A podridão negra vem promovendo consideráveis reduções de produtividade e qualidade (Seabra Júnior et al, 2008), a podridão negra é considerada a principal doença etiologia bacteriana no cultivo das brássicas, não somente em função dos prejuízos causados mas também devido a sua ampla distribuição nas áreas de plantio (Carrijo & Rêgo, 2000). Ela é causada pela fitobatéria Xanthomonas campestris pv. Campestris. O patógeno tem crescimento ótimo entre 28-30°C , embora a faixa de temperatura em seu espectro de ação seja ampla (5-36°C) (Carrijo e Rêgo, 2000).
Para Agrios (1988): “Doença é o mal funcionamento de células e tecidos do hospedeiro que resulta da sua contínua irritação por um agente patogênico ou fator ambiental e que conduz ao desenvolvimento de sintomas. Doença é uma condição envolvendo mudanças anormais na forma, fisiologia, integridade ou comportamento da planta. Tais mudanças podem resultar em dano parcial ou morte da planta ou de suas partes”.
Dano potencial se refere ao dano que pode ocorrer na ausência de medidas de controle. quer dizer, X. camprestris pv. Camprestris é uma bactéria sistemática, ou seja consegue estabelecer nos feixes vasculares, posteriormente escurece as nervuras desde os microvasos do limbo foliar até o pecíolo, podendendo chegar até o caule. Com a progressão da doença, pode haver queda prematura das folhas (Maringoni, 1997). A não intervenção com medidas de controles pode levar a planta ao perecimento. 
No dano real, refere-se ao dano que já ocorreu ou está ocorrendo, intervindo com medidas de prevenção, utilização de produtos químicos (agrotóxicos) para diminuir ou eliminar o patógeno, a doença causa má formação da folha e a estética fica comprometida ocasionando perda de venda, diminuir o tempo de vida, além do produtor ter que arca com prejuízos na compre de insumos, perda da qualidade e quantidade, mão de obra e preço baixo do produto. Essa bactéria atuam como parasitas facultativos, desenvolve-se saprofiticamente em restos de cultura e matéria orgânica existente no solo (Filho et.al., 1995). Ou seja pode “contaminar” outras culturas a serem semeadas. O uso intensivo de pesticidas na agricultura tem, reconhecidamente, promovido diversos problemas de ordem ambiental, como a contaminação dos alimentos, do solo, da água e dos animais; a intoxicação de agricultores; a resistência de patógenos, de pragas e de plantas invasoras a certos pesticidas; o desequilíbrio biológico, alterando a ciclagem de nutrientes e da matéria orgânica; a eliminação de organismos benéficos; e a redução da biodiversidade.
2. A podridão negra no couve se enquadra no Grupo V – Doença que interfere com a fotossíntese, segundo McNew (1960). O sintoma característico da doença é a presença de lesões em forma de V, com o vértice voltado para o centro da folha (Cook et al., 1952). Isso acontece porque penetração da bactéria, que ocorre através de aberturas naturais (estômatos ou hidatódios) ou por ferimentos na superfície da parte aérea. Sob condições de elevada humidade, a bactéria presente nas gotículas de agua cobre a superfície das folhas e outra parte da planta, pode ser disseminada pelo vento, chuva, e pelos implementos agrícolas usados no maneio da cultura. Os sintomas morfológicos podem ser obsevados em qualquer estádio de desenvolvimento da planta, sendo esta susceptível desde a germinação da semente até sua fase adulta e a doença pode causar a queda prematura dos cotilédones em plântulas (Gali, 1980).
3. O teste é determinado na seguintes operações:
1. Associação constante patógenohospedeiro: um determinado microrganismo deve estar presente em todas as plantas de uma
mesma espécie que apresentam o mesmo sintoma. Em outras palavras, deve-se poder associar sempre um determinado sintoma a um patógeno particular.
2. Isolamento do patógeno: o organismo associado aos sintomas deve ser isolado da
planta doente e multiplicado artificialmente.
3. Inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas: a cultura pura do patógeno, obtida anteriormente, deve ser inoculada em plantas sadias da mesma espécie que apresentou os sintomas inicias da doença e provocar a mesma sintomatologia observada anteriormente.
4. Reisolamento do patógeno: o mesmo organismo deve ser isolado das plantas
Submetidas à inoculação artificial.
4. Os sintomas podem ser observados em qualquer estádio de desenvolvimento da planta. A doença se manifesta como lesões amarelas em forma de V, com o vértice voltado para o centro da folha (devido a penetração da bactéria pelos hidatódios, por meio da água de gutação formada na borda das folhas), acompanhando as nervuras que se mostram coloridas de pardo a negro.
5. Xanthomonas camprestris pv. Campestris é uma bacteria gran-negativa em formato de bastoneteT, monocapsuladas, monoflageladas e com 1,2 a 2,5 µm de comprimento. As colônias são arredondadas, convexas, brilhantes e de bordos lisos, coloração creme-esbranquiçada e gram-negativa. Apesar desta bactéria pertencer ao gênero Xanthomonas, esta bactéria não produz xanthomonadina, por isso, suas colônias são apigmentadas.
Controle do patógeno 
 O controle da doença deve ser iniciada com a prevenção utilizando mudas e material propagativo sadio. Eliminação dos ramos infectados. Desinfestação de ferramentas após o contato com plantas doentes. Realizar a poda no período de estiagem. Incineração de restos culturais e de plantas doentes. Fazer a aplicação de produtos a base de cobre.
REFENCIAS BIBLIOGRAFICAS
GALLI, F., et al. Manual de Fitopatologia – Doenças das Plantas e seu Controle. Editora Agronômica
Ceres Ltda. São Paulo, SP. 604. 1968.
LOPES, C.A., e QUEZADA-SOARES, A.M. Doenças Bacterianas as Hortaliças - Diagnose e Controle.
Embrapa, Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças. Brasília, DF. 70 p. 1997.
MARINGONI, A.C. Doenças das Crucíferas. IN: KIMATI, H., et al. Manual de Fitopatologia – Doenças
das Plantas Cultivadas. Vol.2., Ed. 4ª. Editora Agronômica Ceres Ltda. São Paulo, SP. 2005. p. 285-291.
HENZ GP; TAKATSU A; REIFSCHNEIDER FJB. 1988. Avaliação de métodos de inoculação de Xanthomonas campestris patovar campestris para detecção de fontes de resistência em brássicas. Fitopatologia Brasileira 13: 207-.

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