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TABELIONATO DE PROTESTO

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9-A
RESUMO ITEM “A – IX” do Edital PARA PROVA ORAL RS
TABELIONATO DE PROTESTO
TABELIONATO DE PROTESTO: LEI FEDERAL Nº 6.015/73 – ATRIBUIÇÕES – ESCRITURAÇÃO – ORDEM DO SERVIÇO – PUBLICIDADE – CONSERVAÇÃO – RESPONSABILIDADE – LEI FEDERAL Nº 8.935/94 – LEI FEDERAL Nº 9.492/97.
LEI FEDERAL 9.492/97 - LEI DE PROTESTO COMPLEMENTADA COM AS NORMAS DO RS.
COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES: 
CONCEITO: Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas
NO RS: São títulos e outros documentos de dívida: Qualquer documento representativo de obrigação ECONÔMICA para prova de inadimplência ou para fixação do termo inicial dos encargos, quando não houver prazo assinado, ou para INTERROMPER O PRAZO PRESCRICIONAL.
Art. 714-A - O apontamento das Certidões de Dívida Ativa – CDAs e dos contratos administrativos emitidos pela União, Estados, Municípios, Autarquias ou pelos representantes, Fundações Públicas, pelos órgãos legais de representação destes entes Públicos e pelo Tribunal de Contas do Estado, independe de prévio depósito de emolumentos ou de quaisquer outras despesas. 714-B - Nas comarcas onde existem Central de Distribuição de Buscas de Protesto de Títulos será obedecido o critério de distribuição. Parágrafo Único: Inexistindo centrais de distribuição de títulos, o encaminhamento deverá ser feito diretamente ao Tabelionato de Protesto de Títulos competente. 714-C - O valor dos emolumentos e demais despesas serão pagos pelos devedores, devendo o Titular lançar selo digital combinado com o código PEPO (pagamento de emolumentos a posteriori). tratando de prestação de contas, nas seguintes hipóteses: ● No ato elisivo do protesto; ● No ato do pedido de cancelamento do respectivo registro, quando protestado o título, devendo o cálculo ser feito com base nos valores da tabela de emolumentos em vigor na data em que ocorrer o respectivo cancelamento. 714-D - Nas hipóteses de desistência, ou retirada do título antes de protesto pelos apresentantes, bem como nos casos de cancelamentos decorrentes de ato não atribuível ao devedor, assim reconhecido por decisão judicial, não incidirão emolumentos e, nas hipóteses em que o título for retirado por acordo entre as partes, deve o próprio acordo consignar a quem caberá o pagamento dos emolumentos. Art. 714-E - O protesto das CDAs e dos contratos administrativos será realizado no Tabelionato de Protesto de Títulos do domicílio do devedor. 714-F - São de inteira responsabilidade do apresentante os dados fornecidos aos Tabelionatos de Protesto de Títulos, cabendo a estes a mera instrumentalização das CDAs, bem como a verificação dos caracteres formais extrínsecos, não devendo imiscuir-se nas causas que ensejaram a criação da CDA, em conformidade com o parágrafo único do artigo 8º da Lei nº 9.492/97. 714-G - Quando do pagamento por parte do devedor, os Tabelionatos de Protesto de Títulos ficam obrigados a efetuar a quitação da Guia de arrecadação e encaminhar o respectivo comprovante de pagamento à unidade do órgão legal de representação do ente público apresentante do título. Art. 714-H – A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523 da Lei Federal nº 13.105/2015. § 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão de teor da decisão. § 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida, a data de decurso do prazo para pagamento voluntário e se há ou não deferimento de AJG no processo judicial. § 3º Havendo deferimento de Assistência Judiciária Gratuita não serão cobrados emolumentos pelo protesto de sentença judicial transitada em julgado. § 4º O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar a decisão exequenda pode requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da propositura da ação à margem do título protestado. § 5º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação. Art. 714-I - No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. § 1º Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento
judicial, dispensando-se a intimação de que trata o artigo 726 e seguintes desta Consolidação, e aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517 da Lei Federal nº 13.105/2015. Art. 714-J É necessária a apresentação da planilha atualizada do débito, para o protesto de contratos administrativos.
GARANTIAS: Os serviços concernentes ao protesto são garantidores da autenticidade, publicidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.
COMPETÊNCIA DO TABELIÃO DE PROTESTO: Lei 9.492/97 - Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela dos interesses públicos e privados, a protocolização, a intimação, o acolhimento da devolução ou do aceite, o recebimento do pagamento, do título e de outros documentos de dívida, bem como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do credor em relação ao mesmo, proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões relativas a todos os atos praticados, na forma desta Lei. 
DA ORDEM DOS SERVIÇOS:
PRAZO PARA PROTOCOLO:
Lei 9.492/97 - Todos os documentos apresentados ou distribuídos no horário regulamentar serão protocolizados dentro de vinte e quatro horas, obedecendo à ordem cronológica de entrega. NO RS É O MESMO PRAZO, e o apontamento mediante gravação dos dados do documento diretamente por processo eletrônico dispensa a existência do Livro Protocolo e independe de autorização. 
NO RS: O Livro Protocolo poderá ser escriturado mediante processo manual, mecânico, eletrônico ou informatizado, em folhas soltas e com colunas destinadas às seguintes anotações: número de ordem, natureza do documento, valor, apresentante, devedor e ocorrências. A escrituração será diária, constando do termo de encerramento o número de documentos apresentados no dia, sendo a data do apontamento a mesma do termo diário de encerramento. Serão averbados no Livro Protocolo a data e a forma do cumprimento da intimação, assim como a data do pagamento, da sustação judicial do protesto, da devolução ou do protesto do documento. 
AINDA EM RELAÇÃO AO RS: 
QUAIS SÃO OS DADOS QUE DEVEM CONTER NO DOCUMENTO (que não pode ter rasura ou emenda) APRESENTADO PELO APRESENTANTE? Artigo 717 do CN:  a) o seu nome ou o da empresa que representa, e o próprio endereço; b) o nome do devedor como grafado no título, o número de inscrição no CPF, quando pessoa física; ou o número de inscrição do CNPJ, quando pessoa jurídica; c) o endereço ATUAL do devedor, devendo ser alertado que o fornecimento proposital de endereço incorreto poderá acarretar sanções civis, administrativas e penais;  d) o valor do documento com seus acréscimos legais ou convencionais, o qual não sofrerá variação entre a data do apontamento e a do eventual pagamento ou protesto, salvo o acréscimo dos emolumentos e despesas devidas ao Tabelionato;   e) se deseja o protesto para os efeitos da Lei de Falência. Obs: O Tabelião ficará obrigado a adotar o endereço declarado pelo apresentante na remessada intimação ao devedor, ainda que seja diferente do grafado no documento apresentado. O valor do documento declarado pelo apresentante corresponderá a seu respectivo valor original, que poderá ser acrescido: a) – dos juros de mora de 6% (seis por cento) ao ano, se outra taxa não estiver convencionada entre as partes; b) dos encargos expressamente convencionados, vedada a acumulação de correção monetária e comissão de permanência; c) da atualização monetária do valor do cheque; d) – da atualização cambial, nos contratos em moeda estrangeira. 
QUAIS OS REQUISITOS PARA QUE OS DADOS CONTIDOS NOS DOCUMENTOS A SEREM PROTESTADOS POSSAM SER APRESENTADOS EM MEIO MAGNÉTICO OU ATRAVÉS DA INTERNET?
a) declare em meio papel, ou eletrônico protegido por assinatura digital do apresentante ou por outro meio de comprovação assegurado por login e senha, ser responsável pela veracidade dos dados gravados, que devem conter todos os requisitos enumerados no art. 717; B) entregue o documento original em papel, quando for da essência do título a protestar. O apresentante é responsável pela veracidade dos dados fornecidos, ficando a cargo do tabelionato a mera instrumentalização dos mesmos, devendo ser mantida a integridade da gravação pelo prazo mínimo de 30 dias. – Quando transmitidos via Internet, os dados deverão estar protegidos pela assinatura digital do apresentante ou outro meio de comprovação assegurado por login e senha; – Sempre que haja previsão legal, o documento poderá ser protestado por indicações do apresentante, que se limitarão a conter os mesmos requisitos lançados pelo credor ao tempo da emissão do título, vedada a exigência de qualquer outra formalidade não prevista na legislação própria. – A duplicata de prestação de serviço não aceita deverá estar acompanhada de cópia do contrato que autorizou sua emissão e, quando for o caso, de prova do cumprimento da obrigação contratual. – No caso de prestação continuada de serviço por parte de pessoa jurídica, os documentos mencionados no parágrafo anterior poderão ser substituídos por declaração do apresentante obrigando-se a apresentá-los, caso seja exigido pelo devedor. – O documento redigido em língua estrangeira deverá estar acompanhado da tradução feita por tradutor público juramentado e da certidão de seu registro no Serviço de Títulos e Documentos.
O QUE DEVE SER ENTREGUE AO APRESENTANTE?
a) comprovante contendo as características essenciais do documento apresentado; b) recibo contendo o valor dos emolumentos adiantados. c) arquivo-retorno contendo os dados dos incisos anteriores, em meio magnético ou transmitido via Internet, quando a apresentação tenha sido realizada por algum desses meios. 
SERVENTIA COMPETENTE PARA O PROTESTO:
NO RS: O lugar do pagamento nele declarado ou, na falta de indicação, do lugar do domicílio do devedor, segundo se inferir do título. Se houver mais de um devedor, com domicílios distintos, e o documento não declarar o lugar do pagamento, a apresentação far-se-á no lugar do domicílio de qualquer um deles.
SERVENTIA COMPETENTE PARA O PROTESTO DE CHEQUES: Lei 9.492/97 - Tratando-se de cheque, poderá o protesto ser lavrado no lugar do pagamento (ENDEREÇO DA AGENCIA) ou do domicílio do emitente, devendo do referido cheque constar a prova de apresentação ao Banco sacado, salvo se o protesto tenha por fim instruir medidas pleiteadas contra o estabelecimento de crédito.
NO RS: É vedado o protesto de cheques devolvidos pelo banco sacado por motivo de furto, roubo ou extravio de folhas ou talonários, ou por fraude, nos casos dos motivos números 20, 25, 28, 30 e 35, da Resolução 1.682, de 31.01.1990, da Circular 2.313, de 26.05.1993, da Circular 3.050, de 02.08.2001, e da Circular 3.535, de 16 de maio de 2011, do Banco Central do Brasil, desde que os títulos não tenham circulado por meio de endosso, nem estejam garantidos por aval.
Art. 716-A – Quando o cheque for apresentado para protesto mais de um ano após sua emissão será obrigatória a comprovação, pelo apresentante, do endereço do emitente. § 1º Igual comprovação poderá ser exigida pelo Tabelião quando o lugar de pagamento do cheque for diverso da comarca em que apresentado (ou do município em que sediado o Tabelião), ou houver razão para suspeitar da veracidade do endereço fornecido. § 2º A comprovação do endereço do emitente, quando a devolução do cheque decorrer dos motivos correspondentes aos números 11, 12, 13, 14, 21, 22 e 31, previstos nos diplomas mencionados no art. 2º do Provimento nº 30 CNJ, será realizada mediante apresentação de declaração do Banco sacado, em papel timbrado e com identificação do signatário, fornecida nos termos do artigo 6º da Resolução nº 3.972, de 28 de abril de 2011, do Banco Central do Brasil. Certificando o Banco sacado que não pode fornecer a declaração, poderá o apresentante comprovar o endereço do emitente por outro meio hábil. § 3º Devolvido o cheque por outro motivo, a comprovação do endereço poderá ser feita por meio da declaração do apresentante, ou outras provas documentais idôneas. Art. 716-B - Na hipótese prevista no art. 716-A desta Consolidação, o apresentante de título para protesto preencherá formulário de apresentação, a ser arquivado na serventia, em que informará, sob sua responsabilidade, as características essenciais do título e os dados do devedor. § 1º O formulário será assinado pelo apresentante ou seu representante legal, se for pessoa jurídica, ou, se não comparecer pessoalmente, pela pessoa que exibir o título ou o documento de dívida para ser protocolizado, devendo constar os nomes completos de ambos, os números de suas cédulas de identidade, de seus endereços e telefones. § 2º Para a recepção do título será conferida a cédula de identidade do apresentante, visando a apuração de sua correspondência com os dados lançados no formulário de apresentação. § 3º Sendo o título exibido para recepção por pessoa distinta do apresentante ou de seu representante legal, além de conferida sua cédula de identidade será o formulário de apresentação instruído com cópia da cédula de identidade do apresentante, ou de seu representante legal se for pessoa jurídica, a ser arquivada na serventia. § 4º Onde houver mais de um Tabelião de Protesto, o formulário de apresentação será entregue ao distribuidor de títulos, ou ao serviço de distribuição de títulos. § 5º O formulário poderá ser preenchido em duas vias, uma para arquivamento e outra para servir como recibo a ser entregue ao apresentante, e poderá conter outras informações. Art. 716-C - O Tabelião recusará o protesto de cheque quando tiver fundada suspeita de que o endereço indicado como sendo do devedor é incorreto. Parágrafo único. O Tabelião de Protesto comunicará o fato à Autoridade Policial quando constatar que o apresentante, agindo de má-fé, declarou endereço incorreto do devedor 
DISTRIBUIÇÃO:
SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO PARA O PROTESTO:
Lei 9.492/97 - Nas localidades onde houver mais de um Tabelionato de Protesto de Títulos, a distribuição será feita por um Serviço instalado e mantido pelos próprios Tabelionatos, salvo se já existir Ofício Distribuidor organizado antes da promulgação Da Lei 9492. Neste caso os títulos e documentos de dívida serão recepcionados, distribuídos e entregues na mesma data aos Tabelionatos de Protesto, obedecidos os critérios de quantidade e qualidade. 
No RS a distribuição será feita para a CENTRAL DE DISTRIBUIÇÃO DE TÍTULOS e DEVERÃO SER recepcionados, distribuídos e entregues na mesma data aos Tabelionatos de Protesto, obedecidos os critérios de quantidade e qualidade.
PROTESTO POR INDICAÇÃO:
Lei 9.492/97 - Nos casos de indicações a protestos das Duplicatas Mercantis e de Prestação de Serviços, por meio magnético ou de gravação eletrônica de dados, o protesto poderá ser feito por indicação, sendo de inteira responsabilidade do apresentante os dados fornecidos, ficando a cargo dos Tabelionatos a mera instrumentalização das mesmas.
DA APRESENTAÇÃO E PROTOCOLIZAÇÃO
 
PROCEDIMENTO A SER TOMADO NOMOMENTO DA PROTOCOLIZAÇÃO:
Lei 9.492/97 - Todos os títulos e documentos de dívida protocolizados serão examinados em seus caracteres formais e terão curso se não apresentarem vícios, não cabendo ao Tabelião de Protesto investigar a ocorrência de prescrição ou caducidade. Qualquer irregularidade formal observada pelo Tabelião obstará o registro do protesto.
protesto DE títulos e outros documentos de dívida em moeda estrangeira, emitidos fora do Brasil:
Lei 9.492/97 - Estes, podem ser protestados desde que acompanhados de tradução efetuada por tradutor público juramentado. Constarão obrigatoriamente do registro do protesto a descrição do documento e sua tradução. Em caso de pagamento, este será efetuado em moeda corrente nacional, cumprindo ao apresentante a conversão na data de apresentação do documento para protesto. 
OBS: no RS além da tradução é necessário o registro do título no RTD. 
TÍTULOS EMITIDOS NO BRASIL:
No RS os títulos emitidos no País não poderão estipular pagamento em ouro, moeda estrangeira ou, por alguma forma, restringir ou recusar o curso legal da moeda brasileira, ressalvados: a) – contratos e títulos referentes à importação ou exportação de mercadorias; b) – contratos de financiamento ou de prestação de garantias relativos às operações de exportação de bens de produção nacional, vendidos a crédito para o exterior; c) – empréstimos e quaisquer outras obrigações de compra e venda de câmbio em geral; d) – contratos de mútuo e quaisquer outros contratos cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional; e) – contratos que tenham por objeto a cessão, transferência, delegação, assunção ou modificação das obrigações referidas no item anterior, ainda que as partes contratantes sejam pessoas residentes ou domiciliadas no País; f) – contratos de locação de bens móveis, desde que registrados no Banco Central do Brasil.
TÍTULO QUE EXIGE CORREÇÃO MONETÁRIA:
Lei 9.492/97 - Tratando-se de títulos ou documentos de dívida sujeitos a qualquer tipo de correção, o pagamento será feito pela conversão vigorante no dia da apresentação, no valor indicado pelo apresentante.
PRAZO:
PRAZO PARA O REGISTRO DO PROTESTO
Lei 9.492/97 - O prazo para o protesto será de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento de dívida. Na contagem do prazo a que se refere o caput exclui-se o dia da protocolização e inclui-se o do vencimento. Considera-se não útil o dia em que não houver expediente bancário para o público ou aquele em que este não obedecer ao horário normal. SE A INTIMAÇÃO DO PROTESTO OCORRER NO ÚLTIMO DIA DO PRAZO OU ALÉM DELE, o protesto será tirado no primeiro dia útil subseqüente. 
NO RS: O protesto será lavrado e registrado: I – dentro de três dias úteis, contados da data da intimação do devedor; II – no primeiro dia útil subsequente, quando o protesto sustado por ordem judicial deva ser lavrado ou quando o pagamento do título não se tenha consumado, por devolução do cheque pela Câmara de Compensação.
 
INTIMAÇÃO:
PROCEDIMENTOS RELACIONADOS A INTIMAÇÃO:
Lei 9.492/97 - A prova de que A INTIMAÇÃO FOI CUMPRIDA se dá através da confirmação de sua entrega no mesmo endereço fornecido pelo apresentante. A INTIMAÇÃO PODERÁ SER PROCEDIDA PELO portador do próprio tabelião, ou por qualquer outro meio, desde que o recebimento fique assegurado e comprovado através de protocolo, aviso de recepção (AR) ou documento equivalente. A intimação deverá conter nome e endereço do devedor, elementos de identificação do título ou documento de dívida, e prazo limite para cumprimento da obrigação no Tabelionato, bem como número do protocolo e valor a ser pago. A intimação será feita por edital se a pessoa indicada para aceitar ou pagar for desconhecida, sua localização incerta ou ignorada, for residente ou domiciliada fora da competência territorial do Tabelionato, ou, ainda, ninguém se dispuser a receber a intimação no endereço fornecido pelo apresentante. O EDITAL deve ser afixado no Tabelionato de Protesto e publicado pela imprensa local onde houver jornal de circulação diária.
No RS: Nas 24 horas que se seguirem ao apontamento, o tabelionato expedirá intimação ao devedor, no endereço fornecido pelo apresentante do documento. Compreende-se como devedor: a) o emitente de nota promissória ou cheque; b) o sacado na letra de câmbio e duplicata; c) a pessoa indicada pelo apresentante ou credor como responsável pelo cumprimento da obrigação. Havendo mais de um devedor, a intimação a qualquer deles autoriza o protesto do documento de responsabilidade solidária. A intimação deverá conter nome e endereço do tabelionato e do devedor, elementos de identificação do documento apontado, número do protocolo, valor a ser pago, forma de realização do pagamento e prazo limite para cumprimento da obrigação. Além dos requisitos acima, a intimação deverá conter a assinatura do responsável pelo tabelionato, caso emitida por processo não informatizado. A remessa da intimação, mesmo que endereçada para cidade estranha à sede do tabelionato, poderá ser feita por qualquer meio, desde que o recebimento fique assegurado e comprovado por protocolo, aviso de recepção ou documento equivalente. Somente será dispensada a remessa da intimação quando: a) o devedor tiver declarado expressamente a recusa ao aceite ou pagamento; b) o devedor seja objeto de concurso de credores ou falência; c) o apresentante tenha solicitado expressamente o protesto por edital, por desconhecer o endereço atual do devedor. A intimação será considerada cumprida quando comprovada a sua entrega no endereço fornecido pelo apresentante. A intimação poderá ser entregue ao destinatário em qualquer lugar, dia ou hora, salvo expressa determinação do juiz de direito diretor do foro que, mediante portaria, considerando as peculiaridades da comarca, estabeleça horário certo para cumprimento da intimação. A intimação do protesto, para requerimento de falência da empresa devedora, exige a identificação da pessoa que a recebeu. A intimação por edital, em qualquer caso, poderá ser feita: a) se o devedor ou seu endereço for desconhecido; b) se o devedor estiver em lugar incerto ou ignorado; c) se o devedor for residente ou domiciliado fora da sede do tabelionato, desde que não tenha sido intimado pela forma prevista no art. 728; d) se não houver pessoa capaz que se disponha a receber a intimação no endereço fornecido pelo apresentante. Nos casos que autorizem a intimação por edital, o apresentante do documento deverá autorizar a medida por escrito, de forma genérica, relativamente a todos os títulos apresentados ou específica, ou retirar o documento apontado. O edital será afixado no tabelionato e publicado pela imprensa local, onde houver jornal de circulação diária. O protesto lavrado em decorrência de decisão judicial independe de nova intimação. Os editais referentes às CDAs, custas processuais, taxa judiciária e taxa única de serviços judiciais serão publicados, de forma contínua, sem nenhum custo aos credores públicos e aos Tabeliães de Protesto, no sítio do TJ/RS, link Diário da Justiça Eletrônico, bem como afixados no átrio do tabelionato; ficando dispensados da publicação do edital na imprensa local; ainda, os Titulares/Interinos que tiverem página própria do Tabelionato na rede mundial de computadores deverão publicar tais editais, também, nos sítios de suas páginas.
ENDEREÇO INCORRETO FORNECIDO PELO APRESENTANTE:
Lei 9.492/97 - Agindo de má-fé, responderá por perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções civis, administrativas ou penais.
DA DESISTÊNCIA E SUSTAÇÃO DO PROTESTO 
O APRESENTANTE PODE RETIRAR O TITULO ANTES DO PROTESTO?
Lei 9.492/97 - SIM, desde que pagos os emolumentos e demais despesas.
TÍTULOS SUSTADOS JUDICIALMENTE:
Lei 9.492/97 - Os títulos sustados judicialmente permanecerão no Tabelionato, à disposição do Juízo respectivo, sendo que só poderá ser pago, protestado ou retiradocom autorização judicial. SE A SUSTAÇÃO FOR REVOGADA NÃO SERÁ NECESSÁRIO NOVA INTIMAÇÃO DO DEVEDOR, sendo que nesse caso a lavratura e o registro do protesto serão efetivados até o primeiro dia útil subsequente ao do recebimento da revogação, salvo se a materialização do ato depender de consulta a ser formulada ao apresentante, caso em que o mesmo prazo será contado da data da resposta dada. SE A SUSTAÇÃO SE TORNAR DEFINITIVA o título ou o documento de dívida será encaminhado ao Juízo respectivo, quando não constar determinação expressa a qual das partes o mesmo deverá ser entregue, ou se decorridos 30 dias (IDEM RS) sem que a parte autorizada tenha comparecido no Tabelionato para retirá-lo.
NO RS: O protesto poderá ser sustado pelo apresentante do título ou por ordem judicial. Não serão concedidas sustações prévias e genéricas de protesto, por impossibilidade material de seu cumprimento. Na solução final dos processos de sustação de protesto, o Juiz de Direito expedirá correspondência ao Tabelionato de Protesto, determinando a efetivação do protesto ou a restituição do título, sendo a decisão averbada no Livro Protocolo.
DO PAGAMENTO:
LOCAL E VALOR A SER PAGO PELO TÍTULO LEVADO A PROTESTO:
Lei 9.492/97 - O título apontado será pago diretamente no Tabelionato competente, no valor igual ao declarado pelo apresentante, acrescido dos emolumentos e demais despesas. Não poderá ser recusado pagamento oferecido dentro do prazo legal, desde que feito no Tabelionato de Protesto competente e no horário de funcionamento dos serviços. O VALOR PAGO deverá ser repassado para o APRESENTANTE no primeiro dia útil subsequente ao do recebimento. Quando for adotado sistema de recebimento do pagamento por meio de cheque, ainda que de emissão de estabelecimento bancário, a quitação dada pelo Tabelionato fica condicionada à efetiva liquidação.
NO RS: Respeitado o horário geral de funcionamento dos estabelecimentos bancários locais, o pagamento do título não poderá ser recusado, desde que oferecido no prazo legal, no Tabelionato de Protesto competente ou em estabelecimento bancário autorizado. O valor a pagar será o declarado pelo apresentante, na data do apontamento, dos emolumentos devidos ao Tabelião e do ressarcimento das despesas com porte postal, publicação do edital e do imposto incidente sobre o pagamento ou a prestação de contas ao apresentante do título. O valor do pagamento poderá: a) ser representado por ordem bancária nominativa e não cancelável, emitida em favor do apresentante do documento, entregue ao tabelionato até o encerramento do prazo para protesto; b) ser recebido diretamente por estabelecimento bancário com o qual o tabelionato mantenha convênio para arrecadação e prestação de contas aos apresentantes dos documentos. É vedado o pagamento em moeda corrente no tabelionato, salvo em relação aos emolumentos e ressarcimento das despesas previstas no artigo anterior. A responsabilidade pelo recebimento e liquidação do crédito perante o tabelionato, dentro do tríduo legal, é do estabelecimento no qual foi realizado o pagamento. A quitação será dada pelo tabelionato no ato do recebimento do crédito bancário, ressalvada a efetiva liquidação do documento de crédito eventualmente recebido. Quando houver parcela vincenda no título apontado, a quitação da parcela paga poderá ser dada em documento separado, sendo o título apontado devolvido ao apresentante. O valor devido será colocado à disposição do apresentante no primeiro dia útil que se seguir ao do recebimento. A responsabilidade pelo recebimento do valor expresso na ordem bancária é do apresentante, salvo a ocorrência de dolo ou de culpa do Tabelião.
DO REGISTRO DO PROTESTO:
CAUSAS QUE POSSIBILITAM O PROTESTO:
Lei 9.492/97 - A falta de pagamento, de aceite ou de devolução. O PROTESTO POR FALTA DE ACEITE, SOMENTE poderá ser realizado antes do vencimento da obrigação e após o decurso do prazo legal para o aceite ou a devolução. SE O DEVEDOR NÃO DEVOLVER a letra de câmbio ou a duplicata enviada para aceite dentro do prazo legal, o protesto poderá ser baseado na segunda via da letra de câmbio ou nas indicações da duplicata, que se limitarão a conter os mesmos requisitos lançados pelo sacador ao tempo da emissão da duplicata, vedada a exigência de qualquer formalidade não prevista na Lei que regula a emissão e circulação das duplicatas.
REQUISITOS QUE DEVEM CONTER NO INSTRUMENTO DE PROTESTO:
Lei 9.492/97 – 
I - data e número de protocolização;
II - nome do apresentante e endereço;
III - reprodução ou transcrição do documento ou das indicações feitas pelo apresentante e declarações nele inseridas;
IV - certidão das intimações feitas e das respostas eventualmente oferecidas;
V - indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas;
VI - a aquiescência do portador ao aceite por honra; O QUE É ACEITE POR HONRA? O aceite de honra (ou aceite por honra) é o aceite de terceiro interveniente que se obriga em lugar do sacado (devedor principal) ou terceiro endossante coobrigado, honrando-lhes as firmas. O ato é essencialmente uma assunção de dívida (CC/2002, Arts. 299-303) e, portanto exige anuência do credor.
VII - nome, número do documento de identificação do devedor e endereço;
VIII - data e assinatura do Tabelião de Protesto, de seus substitutos ou de Escrevente autorizado.
OBS.: Quando o Tabelião de Protesto conserva em seus arquivos gravação eletrônica da imagem, cópia reprográfica ou micrográfica título ou documento de dívida, DISPENSA-SE, no registro e no instrumento, a sua transcrição literal, bem como das demais declarações nele inseridas.
NO RS: O protesto deverá conter: a) seu próprio número, com a indicação do número do livro e página em que foi lavrado; b) a data e o número do protocolo; c) o nome e endereço do apresentante e do credor originário; d) a transcrição do documento; e) a certidão das intimações feitas e das respostas oferecidas; f) a indicação dos intervenientes voluntários e das firmas por eles honradas; g) a aquiescência do portador ao aceite por honra; h) a identificação do devedor (nome, endereço e número de inscrição na Secretaria da Receita Federal); i) a motivação do protesto; j) o tipo de protesto, quando lavrado para fins especiais; k) a natureza do endosso; l) a data e a assinatura do Tabelião, de seu substituto ou escrevente autorizado. O protesto será transcrito no Livro Registro de Protestos ou arquivado por processamento eletrônico de dados. O Livro de Registro de Protestos será aberto e encerrado pelo Tabelião, seu substituto ou escrevente autorizado, e terá suas folhas numeradas e rubricadas. O Livro de Registro de Protestos, quando em folhas soltas, será encadernado em volume contendo duzentas folhas, ou microfilmado, ou digitalizado. A microfilmagem ou a gravação do protesto diretamente por processo eletrônico dispensa a existência do Livro de Registro de Protestos e independe de autorização. A transcrição do documento pode ser dispensada quando sua imagem for conservada no arquivo do tabelionato mediante cópia reprográfica, micrográfica ou gravação eletrônica, procedimentos cuja adoção independe de autorização. A resposta escrita do devedor constará do protesto, seu instrumento ou certidões, por cópia autêntica ou certidão narratória. A resposta será numerada e arquivada, integrando o ato, para todos os efeitos. O contrato de câmbio poderá ser protestado por falta de cumprimento, se não houver valor a pagar. Os protestos poderão ser indexados por sistema de fichas, de microfichas ou de arquivo informatizado. O índice conterá os dados necessários à recuperação da informação do apontamento e do protesto. O instrumento de protesto estará à disposição do apresentante, acompanhado do documento protestado, dentro de três dias úteis, contados da data da lavratura.
PROTESTO PARA FINS FALIMENTARES:
Lei 9.492/97 - Somente poderão ser protestados, para fins falimentares, os títulos ou documentos de dívida de responsabilidade das pessoas sujeitasàs consequências da legislação falimentar. O deferimento do processamento de concordata (hoje recuperação judicial) NÃO Impede o protesto. IDEM NO RS.
DAS AVERBAÇÕES E DO CANCELAMENTO:
RETIFICAÇÃO DE OFÍCIO:
Lei 9.492/97 - A retificação de erros materiais pelo serviço poderá ser efetuada de ofício ou a requerimento do interessado, sob responsabilidade do Tabelião de Protesto de Títulos. Para a averbação da retificação será indispensável a apresentação do instrumento eventualmente expedido e de documentos que comprovem o erro. Não são devidos emolumentos pela averbação prevista neste artigo.
NO RS: Quando se tratar de retificação de dado pessoal do devedor constante do protesto, poderá ser dispensada a apresentação do respectivo instrumento. Nos casos de determinação ou comunicação da autoridade competente, na qual concede tutela antecipada, sustando os efeitos do protesto, o Tabelião de Protestos procederá à anotação das referidas determinações, mesmo que provisória, na margem do registro de protesto, devendo ser fornecida a certidão narrativa, mencionando todos elementos constantes do registro de protesto, inclusive a referida anotação.
CANCELAMENTO DE PROTESTO: 
Lei 9.492/97 - Qualquer interessado, mediante apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada, PODERÁ REQUERER O CANCELAMENTO DO PROTESTO. Na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida, daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso translativo. NO CASO DE PROTESTO POR ENDOSSO MANDATO, A lei diz que será suficiente a declaração de anuência passada pelo credor endossante. Quando a extinção da obrigação decorrer de processo judicial O CANCELAMENTO DEVERA SER FEITO ATRAVÉS DA APRESENTAÇÃO DA certidão expedida pelo Juízo processante, com menção do trânsito em julgado, que substituirá o título ou o documento de dívida protestado. Quando o protesto lavrado for registrado sob forma de microfilme ou gravação eletrônica, o termo do cancelamento deverá ser lançado em documento apartado, que será arquivado juntamente com os documentos que instruíram o pedido, e anotado no índice respectivo.
NO RS: O cancelamento do protesto será solicitado ao tabelionato por qualquer interessado, mediante apresentação: a) do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada; b) de documento de anuência firmado pelo credor, originário ou por endosso translativo; c) de documento de anuência firmado pelo credor endossante, no caso de endosso-mandato; d) de requerimento do apresentante ou credor confessando erro na apresentação do documento; e) de requerimento do titular da conta-corrente bancária, acompanhado de documento comprobatório, no caso de protesto de cheque nas circunstâncias previstas no § 2º do art. 716. O documento de anuência deverá conter a identificação do credor e sua assinatura, reconhecida por semelhança. A comprovação dos poderes de representação do signatário do documento de quitação poderá ser exigida perante o Tabelionato de Protesto. O documento de anuência pode ser recepcionado por meio eletrônico, com assinatura digital, em conformidade com o disposto no art. 10 da Medida Provisória 2200-2 de 24 de agosto de 2001. As certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, das respectivas autarquias e fundações públicas e os títulos executivos emitidos pelo Tribunal de Contas do Estado, sujeitos a protesto, poderão ser recepcionados por meio eletrônico, advindos da Central de Remessa de Arquivos – CRA ou apresentados diretamente pelos entes públicos. O cancelamento do protesto fundamentado em outro motivo somente será realizado por determinação judicial. Quando a extinção da obrigação decorrer de processo judicial, em substituição ao título poderá ser apresentada certidão declaratória expedida pelo juízo processante, com menção ao trânsito em julgado. O cancelamento será feito no registro do protesto ou em documento separado, pelo Tabelião, seu substituto ou escrevente autorizado. O Tabelionato de Protesto não é responsável pela retirada do nome do devedor que tenha sido inserido em cadastro das empresas a que se refere o art. 764 (às entidades representativas do comércio e da indústria, ou àquelas vinculadas à proteção do crédito).
CERTIDÕES E INFORMAÇÕES DO PROTESTO:
 
PRAZO PARA EXPEDIR CERTIDÃO DE PROTESTO: 
Lei 9.492/97 - 05 dias úteis, no máximo, que abrangerão o período mínimo dos 05 anos anteriores, contados da data do pedido, salvo quando se referir a protesto específico. Idem no RS
NO RS: Toda informação ou certidão sobre título protestado mencionará a eventual resposta escrita do devedor. As certidões que compreendam mais de 50 ou de 200 protestos poderão ser fornecidas em até 10 ou 15 dias úteis, respectivamente. As certidões não retiradas após 30 dias da data marcada para a entrega poderão ser inutilizadas, com perda do pagamento dos emolumentos. É vedada a exclusão ou omissão de nomes e de protestos, ainda que em caráter provisório ou parcial, salvo quando decorrente do cancelamento do protesto. Os protestos cancelados não constarão de certidão, salvo a pedido expresso do devedor, por ordem judicial ou no caso previsto na letra a do art. 764 (certidões para SERASA). Será fornecida certidão negativa sempre que a homonímia puder ser verificada simplesmente pelo confronto do número do documento de identificação. Se houver indícios convincentes de que o protesto pertença à mesma pessoa, independentemente da diferença no número de identificação constante do protesto, a certidão negativa poderá ser negada. A certidão narrativa em favor de pessoa que tenha protesto cujos efeitos estejam suspensos por ordem judicial, fará expressa menção a essa determinação. Somente será fornecida certidão de título não protestado por solicitação do devedor, por ordem judicial ou quando se tratar de intimação por edital. É vedado recusar certidão negativa a devedor de título não protestado. Os Tabelionatos de Protesto poderão implantar sistema de processamento de dados que permita a troca de informações eletrônicas assinadas digitalmente, visando à expedição de certidões ou informações em tempo real, cujos aspectos técnicos de eficiência e segurança serão de inteira responsabilidade dos seus titulares. Os tabelionatos poderão organizar, instalar e manter serviço de informação de protestos, nas localidades onde haja mais de um Tabelionato de Protesto.
O QUE DEVE CONSTAR NAS CERTIDÕES DE PROTESTO?
Lei 9.492/97 - o nome do devedor, RG, CPF, se pessoa física, e CNPJ, se pessoa jurídica, cabendo ao apresentante do título para protesto fornecer esses dados, sob pena de recusa. DAS CERTIDÕES NÃO CONSTARÃO OS REGISTROS CUJOS CANCELAMENTOS TIVEREM SIDO AVERBADOS, SALVO POR REQUERIMENTO ESCRITO DO PRÓPRIO DEVEDOR OU POR ORDEM JUDICIAL. Obs.: AS CERTIDÕES DE PROTESTO SÓ PODEM SER REQUERIDAS POR ESCRITO.
A QUEM OS CARTÓRIOS PODEM FORNECER CERTIDÕES?
Lei 9.492/97 - A qualquer interessado e às entidades representativas da indústria e do comércio ou àquelas vinculadas à proteção do crédito (SERASA POR EXEMPLO), quando solicitada, certidão diária, em forma de relação, dos protestos tirados e dos cancelamentos efetuados, com a nota de se cuidar de informação reservada, da qual não se poderá dar publicidade pela imprensa, nem mesmo parcialmente. SE AS ENTIDADES PUBLICAREM AS CERTIDÕES NA IMPRENSA o fornecimento da certidão será suspenso (IDEM RS). 
NO RS: – O fornecimento de certidão, em forma de relação, às entidades representativas do comércio e da indústria, ou àquelas vinculadas à proteção do crédito, ficará condicionado ao seguinte: a) a certidão deve referir-se apenas a protestos e cancelamentos realizados; b) a informação deve ser reservada, não podendo ser objeto de publicidade pela imprensa, nem mesmo parcialmente; c) a informação deve ser integrada ao banco de dados do recebedor dentro de 24 horas de seu recebimento.Para manutenção da integridade dos cadastros de tais entidades, deverão as mesmas obter obrigatoriamente certidão dos atos que modifiquem a situação de seu banco de dados, tais como retificações e averbações no registro do protesto, ou expedição e revogação de ordens judiciais, tais como suspensão dos efeitos do protesto e similares. As certidões, informações e relações serão elaboradas pelo nome dos devedores, devidamente identificados, e abrangerão todos os protestos, vedada a exclusão ou omissão de nomes e de registros, ainda que provisória ou parcial. Será suspenso o fornecimento de novas certidões à entidade que desatender o caráter sigiloso da mesma, fornecer informação de protesto cancelado ou descumprir qualquer das obrigações previstas no art. 764. 
DOS LIVROS E ARQUIVOS:
LIVRO DE PROTOCOLO:
Lei 9.492/97 - O livro de protocolo poderá ser escriturado mediante processo eletrônico, manual, mecânico ou informatizado, em folhas soltas e com colunas que conterão as seguintes anotações: nº de ordem, natureza do título ou documento de dívida, valor, apresentante, devedor e ocorrências. A escrituração será diária, constando do termo de encerramento o número de documentos apresentados no dia, sendo a data da protocolização a mesma do termo diário do encerramento.
O QUE DEVE CONTER NOS ÍNDICES?
Lei 9.492/97 - Os índices conterão referência ao livro e à folha, ao microfilme ou ao arquivo eletrônico onde estiver registrado o protesto, ou ao nº do registro, e aos cancelamentos de protestos efetuados. Os índices poderão ser elaborados pelo sistema de fichas, microfichas ou banco eletrônico de dados.
DOCUMENTOS QUE DEVEM SER ARQUIVADOS PELO TABELIÃO DE PROTESTO:
Lei 9.492/97 – I – intimações; II – editais; III - documentos apresentados para a averbação no registro de protestos e ordens de cancelamentos; IV - mandados e ofícios judiciais; V - solicitações de retirada de documentos pelo apresentante; VI - comprovantes de entrega de pagamentos aos credores; VII - comprovantes de devolução de documentos de dívida irregulares.
PRAZOS PARA O ARQUIVAMENTO DESDE ATOS:
Lei 9.492/97 - I - 01 ano, para as intimações e editais correspondentes a documentos protestados e ordens de cancelamento; IDEM RS
II - 06 meses, para as intimações e editais correspondentes a documentos pagos ou retirados além do tríduo legal; IDEM RS.
III - 30 dias, para os comprovantes de entrega de pagamento aos credores, para as solicitações de retirada dos apresentantes e para os comprovantes de devolução, por irregularidade, aos mesmos, dos títulos e documentos de dívidas. OBS.: Para os livros e documentos microfilmados ou gravados por processo eletrônico de imagens não subsiste a obrigatoriedade de sua conservação.
Os mandados judiciais de sustação de protesto deverão ser conservados, juntamente com os respectivos documentos, até solução definitiva por parte do Juízo.
NO RS: Os comprovantes de entrega de pagamentos ou títulos aos apresentantes serão mantidos por 30 dias. Os livros e arquivos magnéticos correspondentes ao Livro Protocolo serão mantidos por 03 anos. Os livros e arquivos magnéticos correspondentes ao Livro de Registro de Protestos e respectivos títulos serão mantidos por 10 anos. Os documentos entregues ao Tabelionato de Protesto pelos apresentantes e não procurados poderão ser destruídos após o decurso do prazo de 03 anos da data do protesto. Os livros e documentos que forem microfilmados ou digitalizados não necessitam ser conservados. O documento apontado que tenha sido microfilmado ou digitalizado, objeto de ação de sustação de protesto já arquivada, sem a comunicação ao juízo, não necessita ser conservado.
PRAZOS PARA O ARQUIVAMENTO DOS LIVROS:
Lei 9.492/97 - 03 anos para livros de protocolo e de dez anos para os livros de registros de protesto e respectivos títulos.
EMOLUMENTOS
Lei 9.492/97 - Poderá ser exigido depósito prévio dos emolumentos e demais despesas devidas, caso em que, igual importância deverá ser reembolsada ao apresentante por ocasião da prestação de contas, quando ressarcidas pelo devedor no Tabelionato.
NO RS: Os emolumentos devidos pela prática dos atos nos Tabelionatos de Protesto serão pagos pelas partes, na forma fixada pela Lei Estadual, exceto no cumprimento de ordem judicial em favor das partes beneficiadas pela AJG. Poderá ser exigido depósito prévio dos emolumentos e demais despesas devidas, que deverão ser reembolsados ao apresentante quando ressarcidos pelo devedor. Os emolumentos deverão ser cotados por suas parcelas componentes. A cobrança de emolumentos relativos à microfilmagem ou digitalização de documento estará condicionada: a) ao efetivo protesto do documento; b) à microfilmagem ou digitalização de uma única face do documento, salvo se houver na outra face alguma declaração relevante para o protesto. Para efeito de cobrança de emolumentos, a digitalização equipara-se à microfilmagem. Não são devidos emolumentos pela averbação de retificação do protesto, salvo quando resulte de erro provocado pelo apresentante. O cancelamento do registro do protesto, se fundado em outro motivo que não no pagamento do título ou documento de dívida, será efetivado por determinação judicial, independentemente do prévio pagamento dos emolumentos devidos, os quais serão de responsabilidade do apresentante.
DISPOSIÇÕES GERAIS:
RESPONSABILIDADE DO TABELIÃO DE PROTESTO:
Lei 9492/97: Os Tabeliães de Protesto de Títulos são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou Escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso. - RESPONSABILIDADE SUBJETIVA.
JUROS:
Lei 9.492/97 - Não havendo prazo assinado, a data do registro do protesto é o termo inicial da incidência de juros, taxas e atualizações monetárias sobre o valor da obrigação contida no título ou documento de dívida.
PUBLICIDADE:
Os arts. 27 a 31 da Lei n. 9.492/97 contêm um dos principais efeitos do protesto – a publicidade, mas esta somente se verifica em relação aos protestos lavrados (e, em consequência, registrados), e não cancelados. Assim, o ato de protesto é que ganha publicidade, por meio da emissão de certidões e informações. Os demais atos que integram o procedimento do protesto não são dotados de publicidade. A publicidade passará a existir com o registro do protesto, e não antes, concluindo-se que as certidões devem conter apenas anotação sobre a existência ou inexistência de protesto. Enquanto não houver o protesto, não se deve dar publicidade aos dados do título ou documento protocolizados.
SÃO OS EFEITOS DO PROTESTO:
Efeito conservatório (protesto necessário (quando for indispensável para ação de regresso contra endossantes) e protesto facultativo); efeito moratório; de fixar o termo legal da falência; de interromper a prescrição (CPC); da publicidade e o efeito do abalo no crédito do devedor.
QUAL A NATUREZA JURÍDICA DO PROTESTO?
Protesto é ato jurídico: Trata-se de ato jurídico em sentido estrito, na medida em que produz efeitos independentes, ou não vinculados à vontade das partes. Esses efeitos decorrem da lei. O protesto não é ato administrativo, pois carece dos requisitos finalidade e motivo, que devem ter vinculação com o interesse público, não de maneira indireta, mas imediata. O protesto, por seus efeitos diretos, atende a interesses privados); público (Embora não seja ato administrativo, o protesto é ato público e, por conseguinte, oficial). A oficialidade, aliás, princípio que rege a atividade de protesto, decorre do caráter público do ato, pois apenas o Tabelião, ou seu substituto legal, pode praticá-lo, sendo vedado ao particular a sua lavratura.
Protesto é extrajudicial: Lavra-se o protesto sem que haja autorização judicial. Assim, em situações ordinárias, o protesto e o procedimento que a ele conduz são extrajudiciais. É certo que a lavratura pode ser obstada por ordem judicial de sustação, ou que seus efeitos podem ser suspensos também por ordem do Juiz,mas salvo nesses casos excepcionais, nenhuma interferência Judicial se mostra necessária ou cabível em todo o percorrer procedimental. 
Protesto é ato formal: O ato deve ser lavrado e registrado com estrito cumprimento das formalidades elencadas nos arts. 22 e 23, da Lei n. 9.492/97. Assim, deve conter, entre outros elementos, a data e número de protocolização (art. 22, I); o nome do apresentante e seu endereço (art. 22, II); certidão das intimações feitas e das respostas eventualmente oferecidas(art. 22, IV); nome, número do documento de identificação do devedor e endereço (art. 22, VII). E ainda: os termos dos protestos lavrados, inclusive para fins especiais, por falta de pagamento, de aceite ou de devolução, serão registrados em um único livro e conterão as anotações do tipo e do motivo do protesto, além dos requisitos previstos no artigo anterior (art. 23). Além desses requisitos, outros podem ser exigidos pelas normas regulamentares de cada estado. O protesto lavrado e registrado sem as formalidades legais e normativas exigidas pode ser objeto de cancelamento por determinação judicial ou administrativa. 
Protesto é ato unitário: O protesto é uno, realiza-se em um só ato. O objeto do protesto é o título ou documento de dívida. Portanto, deve-se dizer que o Tabelião protestou o cheque, e não que protestou o emitente, ou o endossante. Como decorrência da formulação posta, poderíamos dizer que um título ou documento de dívida não pode ser protestado mais de uma vez. De fato, essa é a regra, mas há situações a considerar. Na verdade, a unitariedade estaria violada se o segundo protesto tivesse objeto idêntico ao primeiro, no tocante à prestação inadimplida. Assim, um cheque emitido no valor de 02 mil reais, já protestado pelo valor total, não pode ser objeto de um segundo protesto. No entanto, um contrato que estipula pagamento em 30 parcelas, inadimplidas as 10 primeiras, pode ser protestado em relação a elas, e depois, em um segundo protesto, podem ser abrangidas as demais, que tiveram vencimento posterior à primeira lavratura e também não foram satisfeitas. A aplicação do Princípio da Unitariedade pode ser vista no entendimento predominante em nossos tribunais a respeito do protesto para fins falimentares. 
Protesto é ato misto: O art. 3º da Lei n. 9.492/97 dita que compete ao Tabelião de Protesto lavrar e registrar o protesto. Não é o protesto apenas um ato notarial (lavratura) nem somente de registro (registral), podendo ser dito híbrido ou, conforme expressão corrente, misto, porque engloba as duas figuras anteriores. Nesse passo, é necessária uma observação para distinguirmos os aspectos materiais e formais da lavratura e do registro do protesto. Do ponto de vista material (mecânico), seria possível dizer que o protesto não é primeiro lavrado para depois ser registrado. Esses atos são concomitantes. Ao mesmo tempo em que lavra, o Tabelião registra o protesto. A LP não prevê a existência de um livro de termos ou coisa que o valha. Menciona apenas um livro de registro de protesto. Diz a lei: Art. 33. Os livros de registros de protesto serão abertos e encerrados pelo tabelião de protestos ou seus Substitutos, ou ainda por escrevente autorizado, com suas folhas numeradas e rubricadas. Note-se que o protesto deve ser lavrado no livro de registro de protestos, de maneira que não haveria lavratura sem o consequente registro. 
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS QUE REGEM O PROCEDIMENTO DO PROTESTO?Rogação: Também denominado de instância, rege, em regra, a atividade notarial e registral, cujos serviços e atos não se praticam de ofício, mas sob provocação da parte interessada. O procedimento para protesto somente se inicia com a apresentação do título ou documento feita pelo credor ou por endossatário de endosso mandato. Essa inércia do Tabelião ocorre normalmente em todas as fases do procedimento, salvo naquelas em que o impulso de ofício decorre da lei, como na intimação do devedor. A exigência de provocação subsiste no cancelamento e na emissão de certidões. Exceção a essa regra é vista no art. 25, da LP, que permite ao Tabelião agir de ofício para retificar erro material. Como consequência desse princípio, “o Tabelião não pode protestar senão nos limites definidos no requerimento do apresentante.
Celeridade: A celeridade é uma das características de maior relevo do procedimento para protesto, sempre atrelada ao abrandamento das formalidades. É imprescindível que o procedimento seja célere para alcançar seu fim, mesmo porque as delongas não se justificariam, por ser o objeto do protesto composto apenas por obrigações líquidas, certas e exigíveis. O chamado tríduo legal, previsto no art. 12, da Lei n. 9.492/97, é a exteriorização primeira desse princípio.
Formalidade simplificada. Como afirmamos, a celeridade está associada à simplificação das formas. Aquela formalidade cinzenta, outrora marca pejorativa da atividade notarial e registral, ainda hoje, e já sem razão, dita burocrática, não existe em relação ao procedimento para protesto. Apresentado hoje o título, em três dias úteis, como regra, restará pago ou protestado. Não há um total desapego a formas. Ao contrário, a lei é rigorosa em vários aspectos procedimentais. O que existe é a simplificação possível sempre que não causar risco à segurança, aliás outro princípio a que se submete o serviço de protesto.
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS REFERENTES AO ATO DO PROTESTO?
Oficialidade: Protesto é ato oficial, realizado por Tabelião de Protesto. O ato é praticado no exercício de função e com fé pública.
Insubstitutividade: O protesto é prova insubstituível, quando a lei o exige (ou não o dispensa). Não se pode substituir por qualquer outro ato, ainda que praticado por notário ou registrador.
Unitariedade: O protesto é uno, ou seja, consuma-se e está apto a produzir todos os seus efeitos, em um só ato. Protesta-se o título ou documento de dívida. Não se protesta o sacado ou o devedor. Assim, como regra, um título somente pode ser protestado uma única vez em relação à mesma obrigação. Diante disso, o protesto por falta de aceite dispensa outro por falta de pagamento. O protesto comum torna desnecessário outro especial para fins falimentares. Ressalte-se que o duplo protesto constitui afronta a esse princípio e, portanto, deve ser coibido pelo Tabelião, mas é possível que o mesmo título ou documento seja protestado mais de uma vez, em relação a parcelas distintas da obrigação. Será possível, ainda, um segundo protesto relativo ao mesmo documento se o anterior, por não conter os requisitos exigidos, não puder instruir requerimento de falência, sendo esse o desejo do credor. 
PONTO A- IX (Parte de Registro de Imóveis)
ATRIBUIÇÕES do Registrador de Imóveis: 
Abertura de Matrícula; 2) Registros; 3) Averbações.
DA ESCRITURAÇÃO: escriturar significa anotar de maneira organizada, lançar por escrito. Como os registradores devem realizar a escrituração? 
No livro 1 – Protocolo (que serve para apontamento de todos os títulos apresentados diariamente, ressalvados aqueles exibidos apenas para exame e cálculo dos emolumentos).
Os requisitos de escrituração:
I – o número de ordem, a continuar infinitamente nos livros da mesma espécie; 
II – a data da apresentação; 
III – o nome do apresentante;
Consideram-se apresentantes: o adquirente, nos atos translativos da propriedade; II – o credor, nos atos constitutivos de direitos reais; III – o autor ou requerente, nos registros de citação, penhora, arresto e sequestro; IV – o locador, nas locações; V – o incorporador, construtor ou condomínio requerente nas individualizações; VI – o condomínio, nos respectivas convenções; VII – o instituidor, no bem de família; VIII – o requerente, nas averbações; IX – o emitente, nas cédulas rurais, industriais, etc. Parágrafo único – No caso de registros ou averbações relativas a hipotecas, cauções, cessões de crédito e cédulas hipotecárias, para melhor identificação do instrumento, o apresentante será o devedor hipotecário. 
IV – a natureza formal do título;V – os atos que formalizar, resumidamente, mencionados.
VI – no anverso de cada folha, no topo, mencionar-se-á o ano em curso; 
VII – o número de ordem, a começar pelo algarismo 1 (um), seguirá ao infinito;
VIII – na coluna destinada ao registro da data, indicar-se-á apenas o dia e mês do primeiro lançamento diário;
IX – o nome do apresentante será grafado por extenso, ressalvadas as abreviaturas usuais das pessoas jurídicas;
X – a natureza formal do título poderá ser indicada abreviadamente. 
A cada título apresentado corresponderá um só número de ordem do protocolo, pouco importando a quantidade de atos a gerarem, mas estes serão mencionados, resumidamente, na coluna “anotações” (ex.: Registro 4 na matrícula 284 – R.4-284; Averbação 2 na matrícula 145 – Av.2-145; etc.).
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No livro 2 – Registro Geral (destina-se à matrícula dos imóveis e ao registro ou averbações dos atos previstos em lei) 
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Os requisitos de escrituração: (sendo o livro encadernado ou de folhas soltas)
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I – no alto da face de cada folha, lançar-se-á a matrícula do imóvel, com os requisitos estabelecidos em lei;
 II – no espaço restante e no verso, anotar-se-ão, por ordem cronológica e em forma narrativa, os registros e averbações dos atos pertinentes ao mesmo imóvel; 
III – esgotando-se o espaço em folha, far-se-á o transporte da matrícula para a primeira folha em branco seguinte com remissões recíprocas; 
IV – repetir-se-á o número da matrícula na nova folha, sem necessidade do transporte dos dados constantes da folha anterior. A cada lançamento de registro precederá a letra “R.” e o de averbação as letras “Av.”, seguindo-se o número de ordem do ato e o da matrícula (exemplo.: R.1-1, R.2-1, Av.3-1, etc.).
Cada imóvel terá matrícula própria que será aberta por ocasião do primeiro registro efetuado na vigência da Lei dos Registros Públicos, bem como nos casos de fusão e unificação de imóveis, podendo também ser aberta a requerimento do proprietário ou de ofício. 
Os registradores ficam autorizados a inserir nas matrículas mapas dos imóveis, desde que elaborados por profissional habilitado, e que correspondam à descrição do imóvel. 
Para a matrícula e registro das escrituras e partilhas lavradas e homologadas na vigência do Decreto nº 4.857/39, não se observarão às exigências da atual legislação, devendo obedecer-se ao disposto na legislação anterior.
A matrícula, na impossibilidade eventual de abranger todo o imóvel, será efetivada pelos elementos constantes no registro imediatamente anterior, ainda que se trate de fração ideal.
No livro 3 – Registro Auxiliar (destina-se ao registro dos atos que, sendo atribuídos ao Registro de imóveis por disposição legal, não digam respeito diretamente a imóveis matriculados.)
A escrituração nesse livro será feita por extrato, não havendo necessidade de se reproduzirem os atos sujeitos a registro. 
Deverá constar: I – número de ordem; II- data; III – registro (ex: R.3- 11.111); IV- referência aos demais livros; II – averbações.
Nos livros 4 e 5 – Indicador Real e Indicador Pessoal
Indicador Real (constitui o repositório de todos os imóveis a figurarem nos demais livros). Sempre que se averbar mudança de denominação do logradouro para o qual o imóvel faz frente, a construção de prédio ou a mudança de sua numeração, deve ser feita indicação no Livro 4. 
Requisitos de escrituração:
conter sua identificação,
 referência aos números de ordem dos outros livros 
 anotações necessárias;
Indicador Pessoal (é o repositório básico dos nomes de todas as pessoas que figurarem nos demais livros)
A escrituração deve ser feita da seguinte forma:
O livro será dividido alfabeticamente, e conterá: os nomes de todas as pessoas que, individual ou coletivamente, ativa ou passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos demais livros, fazendo-se referência aos respectivos números de ordem. 
Livro de Cadastro de Estrangeiros (é destinado ao cadastro das aquisições de terras rurais por pessoas estrangeiras, físicas e jurídicas) 
A escrituração deve ser feita da seguinte forma:
I – menção do documento de identidade das partes contratantes ou dos respectivos atos de constituição, se pessoas jurídicas; 
II – memorial descritivo do imóvel, com área, características, limites e confrontações; 
III – transcrição da autorização do órgão competente, quando for o caso. 
Livro de Receitas e Despesas: A escrituração desse livro, feita em consonância com as regras tributárias da Secretaria da Receita Federal, deverão conter escrituração segundo a qual as despesas devem ser relacionadas e devidamente discriminadas.
DOS LIVROS: A finalidade dos livros foi descrita no assunto da escrituração.
 I – Livro 1 – Protocolo;
 II – Livro 2 – Registro Geral;
 III – Livro 3 – Registro Auxiliar;
 IV – Livro 4 – Indicador Real;
V – Livro 5 – Indicador Pessoal; 
VI – Livro Cadastro de Estrangeiros; 
VII – Livro de Receita e Despesa. 
Os Livros 2, 3, 4 e 5 poderão ser substituídos por fichas. Nesse caso, recomenda-se a utilização de invólucro plástico, para a conservação das fichas que substituírem os Livros 2 e 3. 
Implantado o sistema de fichas para os livros 2 e 3, estas medirão 25cm por 19cm e serão confeccionadas em papel branco que preserve a integralidade necessária do arquivo. 
Os registradores ficam autorizados a utilizar as fichas coloridas que possuem até o final do seu estoque.
Na escrituração dos indicadores, recomenda-se se faça em fichas, facultando-se continuem os Ofícios a utilizar os fichários já existentes.
DA ORDEM DE SERVIÇO: 
DO EXPEDIENTE: entre 10h e 17h. O horário é fixado pelo Juiz de Diretor do Foro, mediante portaria. O titular poderá aderir horário ininterrupto. O serviço começará e terminará às mesmas horas em todos os dias úteis.
É nulo o registro lavrado fora das horas regulamentares ou em dias em que não houver expediente, sendo o oficial responsável civil e criminal. Os títulos que não forem registrados até o encerramento do serviço, serão registrados no dia seguinte. 
Nenhuma exigência fiscal ou dúvida obstam o lançamento do título no protocolo, com o respectivo número de ordem, nos casos que da precedência decorra prioridade. Independem de apontamento no protocolo os títulos apresentados para exame e cálculos.
Salvo no caso de anotações e as averbações obrigatórias, os atos do registro serão praticados: - por ordem judicial; - requerimento verbal ou escrito do interessado; - a requerimento do MP quando a lei autorizar.
EMOLUMENTOS: Pelos atos que praticarem em decorrência da Lei 6015/77, os oficiais do registro terão direito de receber os emolumentos, fixado no regimento de custas, os quais serão pagos pelos interessados no ato de requerimento ou no da apresentação do título. Não serão pagos quando constar expressamente a dispensa em mandado judicial, em razão do deferimento de AJG.
PUBLICIDADE: o instituto da publicidade, no Registro de Imóveis, foi criado para que haja um sistema seguro e eficiente aos adquirentes de imóveis e para os credores que buscam garantia na realização de um empréstimo. 
A publicidade gerada pelos atos registrados emana efeito erga omnes, isto é, ninguém poderá alegar o seu desconhecimento. 
A publicidade possui três aspectos, o registro é público pois:
1º) corresponde a uma atividade do Estado;
2º) é assegurado a todos o seu conhecimento;
3º) visa garantir a segurança, autenticidade e eficácia das relações jurídicas entre particulares.
Um dos pressupostos da publicidade é a presunção de veracidade, sem ela não haveria como garantir a segurança das relações jurídicas imobiliárias. A lei assegura que é pública a informação acessível a todos. 
Ela pode se dar por meio de exame dos livros e pela expedição de certidões. 
Os Oficiais são obrigados: a lavrar certidão do que lhes for requerido e fornecer às partes as informações solicitadas. Qualquer pessoa pode requerer sem informar o motivo.INTERNET: O acesso ou envio de informações aos Registros Públicos, quando forem realizados por meio da rede mundial de computadores (internet) deverão, preferentemente, ser assinados com uso de certificado digital, que atenderá os requisitos da infraestrutura de chaves públicas brasileira – ICP. As certidões solicitadas via correio ou e-mail deverão ser obrigatoriamente enviadas, uma vez satisfeitos os emolumentos e as despesas de postagem.
PRAZO: 05 DIAS. PODERÁ SER EMITIDA em inteiro teor, resumo ou relatório. A certidão de inteiro teor poderá ser reproduzida por meio datilográfico, manual ou reprográfico. As certidões emitidas deverão ser capazes de permitir sua fotocópia. 
No caso de recusa ou descumprimento do prazo, o interessado pode reclamar ao Juiz Diretor do Foro, nas comarcas do interior, ou ao Juiz da Vara de Registros Públicos na Comarca da Capital.
Havendo no ato qualquer alteração posterior ao pedido da certidão, este deverá ser mencionado.
CONSERVAÇÃO: Os livros e fichas somente sairão do cartório com autorização judicial. Todas as diligências judiciais ou extrajudiciais que necessitarem de análise aos livros deverá ser feita no próprio cartório.
Os oficiais devem manter seu acervo em segurança permanente. 
O arquivo do cartório deve permanecer indefinidamente.
Havendo desmembramento de cartório, enquanto o outro não for instalado, os registros continuarão a ser feitos no cartório que sofreu o desmembramento, não sendo necessário repeti-los no novo ofício. O arquivo do antigo cartório continuará a pertencer-lhe.
RESPONSABILIDADE: Os notários e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo, pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou escreventes que autorizarem, assegurado o direito de regresso. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. A responsabilidade civil independe da criminal.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS:
COMPETÊNCIA: O Registro de Imóveis destina-se ao registro e averbação dos títulos ou atos ou fatos inter vivos ou mortis causa, constitutivos, translativos ou extintivos de direitos reais, a fim de assegurar-lhes validade, eficácia erga omnes e disponibilidade.
Competência Territorial: (artigos 169 a 171 LRP) Todos os atos enumerados no art. 167 são obrigatórios e efetuar-se-ão no Cartório da situação do imóvel, salvo: I - as averbações, que serão efetuadas na matrícula ou à margem do registro a que se referirem, ainda que o imóvel tenha passado a pertencer a outra circunscrição; II – os registros relativos a imóveis situados em comarcas ou circunscrições limítrofes, que serão feitos em todas elas, devendo os Registros de Imóveis fazer constar dos registros tal ocorrência; III - o registro previsto no n° 3 do inciso I do art. 167, e a averbação prevista no n° 16 do inciso II do art. 167 serão efetuados no cartório onde o imóvel esteja matriculado mediante apresentação de qualquer das vias do contrato, assinado pelas partes e subscrito por duas testemunhas, bastando a coincidência entre o nome de um dos proprietários e o locador. O desmembramento territorial posterior ao registro não exige sua repetição no novo cartório
Os atos relativos, a vias férreas serão registrados no cartório correspondente à estação inicial da respectiva linha.
PRINCÍPIOS: 
 Fé pública – a assegurar autenticidade dos atos emanados do Registro e dos Serviços, gerando presunção de validade juris tantum. 
Publicidade – a garantir os direitos submetidos a registro a oponibilidade erga omnes. 
Obrigatoriedade – a impor o registro dos atos previstos em lei, embora inexistam prazos ou sanções pelo seu descumprimento. 
Titularidade – a submeter a validade do ato registral à condição de haver sido praticado por agente legitimamente investido na função. 
Territorialidade – a circunscrever o exercício das funções delegadas do Ofício Imobiliário a área territorial definida em lei; 
Continuidade – a impedir o lançamento de qualquer ato de registro sem a existência de registro anterior que lhe dê suporte formal e a obrigar as referências originárias, derivadas e sucessivas; 
Prioridade e preferência – a outorgar ao primeiro a apresentar o título a prioridade erga omnes do direito e a preferência na ordem de efetivação do registro; 
Reserva de iniciativa – a definir o ato registral como de iniciativa exclusiva do interessado, vedada a prática de atos de averbação e de registro ex officio, com exceção do previsto no art. 167, II, item 13, e no art. 213, I, ambos da Lei dos Registros Públicos; 
Tipicidade – a afirmar serem registráveis apenas títulos previstos em lei.
PRENOTAÇÃO ou PROTOCOLO: o protocolo ou a prenotação do título pode ser feita por qualquer interessado, beneficiado ou prejudicado por ela. Após o protocolo, o título receberá um número de ordem, esse número determinará a ordem de prioridade no registro do título, dando a ele preferência quanto aos direitos reais.
O direito de prioridade tem o prazo de 30 dias, salvo quando a lei determinar outro prazo, e em caso de dúvida o prazo ficará suspenso até o julgamento, no caso de bloqueio da matrícula também há suspensão do prazo.
Após o protocolo, oficial passa a fase de qualificação do título em que fará o exame extrínseco do documento, analisando se estão presentes os requisitos formais (se o alienante pode dispor do bem, se existe matrÍcula daquele imóvel, se os tributos devidos estão pagos, se o título é nulo).
ANOTAÇÕES: (Art. 211, LRP): Nas vias dos títulos restituídas aos apresentantes, serão declarados resumidamente, por carimbo, os atos praticados. 
Para maior segurança do registro convém que o interessado disponha de título, no qual sejam inseridas todas as anotações importantes do registro praticado. Ex.: indicações de natureza, livro e folha do assentamento, matrícula e averbações acrescidas, além da anotação obrigatória em cumprimento ao art. 183 (nº de ordem e data da prenotação).
TÍTULOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS
Admitir-se-ão a registro: (Lei dos Registros Públicos, art. 221) 
TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS: o título apresentado deve ser o original, não podendo ser cópia autenticada. A certidão do RTD tem o mesmo valor do original para fins de prova, mas não tem valor como título registrável. 
– escrituras públicas, inclusive as lavradas em consulados brasileiros;
 – escritos particulares autorizados em lei, assinados pelas partes e testemunhas, com as firmas reconhecidas, dispensando-se o reconhecimento quando se tratar de atos praticados por entidades ligadas ao Sistema Financeiro de Habitação ou quando conter expressa previsão legal. 
- documentos constituídos em países estrangeiros, com força de instrumento público, legalizados e traduzidos na forma da lei e registrados no Registro de Títulos e Documentos; 
– documentos públicos previstos em lei, emanados de autoridades da Administração Pública. 
– contratos ou termos administrativos, assinados com a União, Estados e Municípios no âmbito de programas de regularização fundiária, dispensado o reconhecimento de firma.
TÍTULOS JUDICIAIS: esses títulos também devem ser submetidos ao exame de qualificação, embora nesse caso ela seja mais limitada. Caso não preencham os requisitos legais o acesso ao fólio real deve ser negado. Apenas nas hipóteses de inobservância dos requisitos formais (assinatura do juiz, assinatura das partes, não possuir expressamente qual o direito real, ou no caso de violação de alguns princípios, como o da continuidade).
 – sentenças proferidas por tribunais estrangeiros, após homologação pelo STJ;
 – cartas de sentenças, formais de partilhas, certidões e mandados extraídos de autos de processo judicial; 
Os mandados oriundos de outras comarcas e os mandados da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal somente serão submetidos à jurisdição do Juiz de Direito Diretor do Foro, nas comarcas do interior, ou do Juiz da Vara dos Registros Públicos na Capital, quando houver razão impeditiva do cumprimentoda ordem, cabendo ao Oficial suscitar o incidente de dúvida, independentemente de requerimento. 
Os mandados de registro encaminhados pelo correio ou por Oficial de Justiça, logo após serem recebidos, deverão ser prenotados. lnocorrendo fato impeditivo do registro e não tendo sido remetido o valor dos emolumentos devidos (não sendo caso de isenção ou de dispensa do seu adiantamento), deverá ser comunicado ao magistrado que expediu o mandado que a complementação do registro será efetivada mediante o pagamento dos emolumentos correspondentes, cujo valor deverá ser desde logo indicado. Não sendo procedido ao pagamento dos emolumentos no prazo legal, a prenotação será cancelada. 
QUALIFICAÇÃO REGISTRAL: é verificar, se conforme a lei é possível registrar o título, faz-se o exame da legalidade, dos caracteres extrínsecos e a observância dos princípios registrais.
DAS PESSOAS: (especialidade subjetiva)
A qualificação da pessoa física compreende: a) o nome completo; b) a nacionalidade; c) o estado civil e, em sendo casado, o nome do cônjuge e sua qualificação; d) a profissão; e) o domicílio e a residência; f) CPF/MF ou RG, ou à falta deste, sua filiação. 
O número de inscrição no CPF/MF é obrigatório para o registro dos atos de transmissão de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, dos quais o Notário ou o Registrador de Imóveis devam expedir a DOI. 
É obrigatória a inscrição no CPF/MF das pessoas físicas estrangeiras, ainda que residentes no exterior, quando titularem bens e direitos sujeitos à registro público
A qualificação da pessoa jurídica compreende: a) o nome completo, admitidas as abreviaturas e siglas de uso corrente; b) a nacionalidade; c) o domicílio; d) a sede social; e) CNPJ. 
É obrigatória a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ da pessoa jurídica domiciliada no exterior que adquirir imóvel sujeito a registro imobiliário.
Qualificação do imóvel: Especialidade objetiva – a exigir a plena e perfeita identificação do imóvel nos documentos apresentados para registro.
NOTIFICAÇÕES: Em alguns casos será feita a notificação pelo registrador de imóveis. Competente para efetuar as notificações de que cogita a Lei 6.766/79 é, em primeiro lugar o Oficial do Cartório de Registro de Imóveis onde estiver registrado ou inscrito o loteamento. 
PROCEDIMENTO DE DÚVIDA: O Oficial possui o dever de atender os interesses das partes, e estando o pedido fora dos parâmetros legais, ele, oficial, negar-se-á a lavrar o ato. Se a parte não concordar, poderá requerer ao Oficial a suscitação de dúvida.
Características: - é pedido administrativo; - deve ser provocado pelo interessado; - é ato de jurisdição voluntária; - não há citação; - não há contestação; - cabem embargos de declaração e infringentes; - necessita de advogado para recorrer e impugnar; - não possui forma específica; - o substituto também pode suscitar; - não admite prova pericial e nem testemunhal; - não cabe intervenção de terceiros; - sem a participação do MP o procedimento é nulo; - somente ao juiz cabe pedido de diligência; - a sentença é declaratória;- recebimento do recurso de apelação nos efeitos devolutivo e suspensivo; - não cabe recurso extraordinário.
Quem pode apelar? O interessado, o MP e o 3º prejudicado. O Oficial não pode apelar. As razões de apelação podem ser apresentadas em petições distintas, desde que dentro do prazo de 15 dias.
A sentença não faz coisa julgada material ou formal. Ela possui natureza administrativa, não impedindo o processo contencioso.
A previsão do recurso não implica a processualização do procedimento. A impugnação da dúvida é facultativa, mesmo sem impugnação ela será julgada.
Dúvida prejudicada: quando fica descaracterizado o dissenso entre suscitante e suscitado.
A dúvida é elaborada pelo oficial, informando ao juiz os motivos da recusa. Deverá ter todos os documentos apresentados pelas partes. Não estando devidamente fundamentada, o juiz poderá indeferi-la liminarmente. O oficial dá ciência ao apresentante, fornecendo cópia da dúvida.
No protocolo, o Oficial anotará a existência de dúvida, havendo suspensão do prazo de 30 dias para registro.
Dúvida Inversa: ocorre quando o apresentante suscita a dúvida diretamente ao juiz competente, que após a autuação notifica o registrador para que se manifeste.
MATRÍCULA: É assento que antecede o registro pelo qual se individualiza o imóvel, servindo de base para as inscrições de todas as mutações jurídico-reais.
Todo o imóvel objeto de título a ser registrado deve estar matriculado no Livro 02. A matrícula deve ser aberta na ocasião do 1º registro a ser lançado na vigência da Lei 6015/77. Se o registro anterior for efetuado em outra circunscrição, a matrícula será aberta com os elementos constantes no título apresentado e com os elementos da certidão atualizada daquele registro. Se na certidão existir ônus, o oficial abrirá a matrícula e em seguida ao registro averbará a existência de ônus.
Elementos: data de abertura, descrição pormenorizada e localização do imóvel, o nome e qualificação do proprietário e a referência ao registro anterior daquele bem. Somente pessoas físicas ou jurídicas podem constar como titulares do direito real. 
Os entes despersonalizados como espólio, massa falida e condomínio não são sujeitos de direito e, portanto, não podem figurar na matrícula ou nos registros. Exceção: condomínio edilício, que pode adquirir em hasta pública unidade autônoma de condomínio inadimplente com as custas de construção do empreendimento, se houver decisão unânime da assembleia de condomínio.
No alto de cada folha será lançada a matrícula do imóvel com os requisitos constantes do art. 176, no espaço restante e no anverso, serão lançados, por ordem cronológica e em forma narrativa, os registros e averbações dos atos pertinentes ao imóvel matriculado.
Cada matrícula deve ter somente um imóvel – PRINCÍPIO DA UNICIDADE DA MATRÍCULA.
Cancelamento da matrícula: a matrícula poderá ser cancelada por:
-decisão judicial; a lei se refere à decisão judicial e não à decisão administrativa, que poderá determinar no máximo o bloqueio da matrícula, de forma que não se faça nenhum registro até que seja proferida a decisão judicial. O cancelamento judicial pode ocorrer por nulidade do título que originou a abertura da matrícula ou por nulidade do registro (ainda que o título seja válido) por duplicidade de matrícula;
- quando o imóvel, em virtude de alienações parciais, for inteiramente transferido a outros proprietários; na averbação do cancelamento será feita alusão às novas matrículas abertas em virtude das sucessivas alienações.
- pela fusão; Quando dois ou mais imóveis contíguos, urbanos ou rurais, pertencentes ao mesmo proprietário, constarem em matrículas autônomas, poderá ele requerer a fusão destas em uma só, com novo número, encerrando-se as primitivas. 
Poderão, ainda, fundir-se, com abertura de matrícula única: I – dois ou mais imóveis constantes em transcrições anteriores à LRP, à margem das quais se anotará a abertura da matrícula unificada; II – dois ou mais imóveis, registrados por ambos os sistemas, efetuando-se, nas transcrições, a anotação prevista no inciso anterior e com o encerramento, por averbação, das matrículas primitivas. 
Para esses imóveis, e os oriundos de desmembramento, partilha e glebas destacadas de maior porção, abrir-se-ão novas matrículas, averbando-se os ônus incidentes sobre eles, sempre que ocorrer a transferência de uma ou mais unidades, procedendo-se, em seguida, conforme o previsto no art. 233, II, da LRP. 
Nos casos de unificação ou de fusão de matrículas, os Oficiais deverão adotar cautelas na verificação da área, medidas, características e confrontações do imóvel resultante, a fim de evitar que se façam retificações sem o devido procedimento legal. 
REGISTRO: é assento principal e diz respeito à constituição e modificação de direitos reais sobre os imóveis matriculados. A averbação é ato acessório, informadora de

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