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Análise Estrutural

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Análise Estrutural 
 
Apresentação e Conceitos Fundamentais: 
 Cinturão de dobras: Nappe 
Unidade alóctone, geralmente uma nappe de cavalgamento. Termo também usado em 
unidades alóctones extensionais sobre zonas de descolamento extensional. 
 Cinturão de cavalgamento: Thrust Belt 
Entende-se por cavalgamento como sendo uma falha reversa de baixo ângulo com 
deslocamento mensurável (geralmente < 10 Km). Mais informalmente usado para 
qualquer falha reversa de baixo ângulo, independente da magnitude do rejeito. 
 Elipsoide de deformação: 
Elipsoide resultante da deformação de uma esfera unitária passivamente presente no 
meio deformado. O elipsoide de deformação tem três eixos principais que definem as 
direções de deformação máxima, mínima e intermediária. 
X > Y > Z 
 
 
 Tectonito: É a designação dada a toda rocha cuja trama foi produzida por processos 
deformacionais 
 
 CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS: 
 
 Estrutura: É o arranjo das partes de uma massa rochosa que inclui as relações 
espaciais entre as partes, o tamanho relativo, a forma e as feições internas das 
partes. Os termos mega, macro, meso e micro podem ser utilizados como 
prefixos relacionados à escala da feição estrutural. 
 Trama: Refere-se à orientação relativa das partes de uma massa rochosa. Trama 
planar, trama linear, trama randômica. 
 Foliação: Denomina-se foliação qualquer trama planar penetrativa da rocha. 
Toda foliação é uma trama penetrativa. O termo penetrativo significa que a 
estrutura ocorre em todo afloramento. Está associada ao metamorfismo 
regional. 
METAMORFISMO  DEFORMAÇÃO  FOLIAÇÃO 
O bandamento gnáissico se forma devido a diferenciação metamórfica 
(gradiente de p e T). A xistosidade gnaisse é oblíqua ao bandamento. 
 
 
 Lineação: Denomina-se lineação qualquer trama linear penetrativa da rocha. 
A xistosidade pode ser formada por três mecanismos: 
1) Dissolução por pressão 
2) Reorientação 
3) Formação de novos minerais 
Para ver a xistosidade, deve sempre olhar o perfil da dobra. Quando não é 
possível encontrar o perfil da dobra, deve procurar sobre o acamamento ou 
sobre o bandamento. 
Uma forma de gerar estruturas penetrativas são devido as falhas que geram as 
dobras e a xistosidade. A xistosidade será penetrativa quando analisada dentro 
do domínio do evento. 
 
 ANÁLISE DA DIMENSÃO DA ESTRUTURA: 
Global: 104 -105 Km 
Regional: 103 Km (ex. Qfe, bacias do São Francisco e do Paraná) 
Megascópica: 10-102 Km (ou escala de mapa de 7,5’) 
Mesoscópica: amostra de mão a escala de afloramento 
Microscópica: microscópio ótico 
Submicroscópica: MEV 
 
 GEOMETRIA: 
0-D: Estruturas que possuem a geometria de um ponto; 
1-D: Uma linha ou curva; 
2-D: Um plano ou superfície; 
3-D: Um corpo ou um volume; 
Fractal: Estruturas que exibem uma dimensão fracional e eles são auto similares por um 
largo espectro de escalas: dobras, falhas, boudins, fraturas, etc.[geometria >processos] 
 
 CINEMÁTICA: 
Envolve os estudos dos CORPOS RÍGIDOS (TRANSLAÇÃO e ROTAÇÃO) e dos corpos não 
rígidos (strain - tensão) (DISTORÇÃO e DILATAÇÃO). 
 
 Para análise da vorticidade (rotação): Sempre olhar de acordo com o caimento do eixo 
da estrutura. 
 
 PROFUNDIDADE: 
 Superficiais: Estruturas que afetam apenas a superfície da terra ou próxima a 
ela. Ex. Solifluxão, Estrias de geleiras, etc... A deformação que gera esse tipo de 
estrutura é chamada de epidérmica. 
 De Cobertura: Estruturas que afetam apenas as camadas sedimentares de uma 
bacia: Tectônica thin-skinned ou [cutânea]. 
 Do Embasamento (ou profundas): Estruturas que afetam o embasamento e a 
cobertura sedimentar: Tectônica thick-skinned ou [com embasamento 
envolvido]. 
 
 PROBLEMA INVERSO: 
Quando “destruímos” as dobras e “reconstruímos” a posição original. 
 
 TERMINOLOGIA: 
Stress (tensão) Strain (deformação específica) (distorção) 
Compressão Shortening (contraction) (encurtamento) 
(contração) 
Tração (distenção) (tension) Lengthening (extension) (alongamento) 
(extensão) 
Translação e rotação  Corpo rígido Distorção e dilatação  Corpo não rígido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SISTEMA DE COORDENADAS: 
Lembrete: Trama mede o azimute do mergulho e o mergulho! 
 Sistema de coordenadas da trama: 
 
 
 
 Para determinar os eixos do elipsoide de deformação: 
1) O plano XY deve sempre estar na direção da Sn (xistosidade) e o plano X 
será na direção da lineação mineral. 
2) O plano que irá acumular a maior deformação é o λ2. 
3) Em zonas de falhas deve-se sempre observar o sentido perpendicular à 
SC (lineação de interseção). 
 
 
A lineação de interseção é 
perpendicular ao sentido do 
movimento 
 
 
 PLANO DE MOVIMENTO: 
 Cisalhamento puro (coaxial): Modelo Andersoniano 
 Cisalhamento simples (não-coaxial): Modelo Riedel (a altura do objeto 
permanece constante). 
 
 
 PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA: 
 Quando aplicar o método de Schmidt: 
Para conjuntos elevados de dados estruturais, em geral superior a 400 e para 
distribuição de pontos altamente concentrada. 
 Quando aplicar o método Kalsbeeck: 
Para QUAISQUER conjuntos de dados estruturais. 
 Vantagens: Fácil e rápido principalmente no campo 
 Quando aplicar o método Mellis: 
Para conjuntos de dados estruturais, em geral INFERIOR a 50 e para distribuição 
de pontos NÃO concentrada. 
 Vantagens e desvantagens: Fácil de aplicar, menos subjetivo e 
reproduzível, é limitado a pequenas populações de dados e difícil 
delimitar regiões com muitos círculos superpostos. 
 Quando aplicar o método Kamb: 
Para QUALQUER conjunto de dados estruturais, para QUALQUER distribuição de 
pontos e para área de contagem (A) variável de 0 a 1 em função de N. Proposta 
de Kamb: A=9(N+9) 
 Quando aplicar o método Fisher: 
Para QUALQUER conjunto de dados estruturais, para QUALQUER distribuição de 
pontos, o método Fisher descreve a distribuição das orientações em torno da 
orientação do vetor médio e é simétrico em torno dele. 
 Quando aplicar o método Starkey: 
Para QUALQUER conjunto de dados estruturais e para QUALQUER distribuição 
de pontos. 
 Método Gaussiano: 
No método Gaussiano não se atua sobre o tamanho do círculo do contador e 
sim minimizando as fronteiras angulares diminuindo a contribuição de cada 
ponto a ser contornado. Este efeito é determinado pela distribuição esférica 
Gaussiana que representa a versão 3D da curva do Sino. Este procedimento 
remove os efeitos de cunha das curvas suavizando as linhas de contorno. 
 
 Padrões de DISTRIBUIÇÃO: 
 
 
a- Uniforme: Esférico 
b- Concentrado: Axial 
c- Círculo mínimo: Cone 
d- Círculo máximo: 
Guirlanda 
 
 ESTATISTICA COM DADOS DE ORIENTAÇÃO: 
1) Dados polares (vetoriais): 
 
Vetor Soma Normalizado: r = R/n 
 
Valor de (r) próximo de 1(um) indica dados altamente concentrados (agrupados) e 
valor próximo de zero indica dados espalhados. 
 
Cone de Confiança: É a região representada por um pequeno círculo na qual reside 
a média dos dados. Conceito da estatística paramétrica válida apenas para 
distribuição de dados grupados. 
 
2) Dados axiais: 
 
 AUTOVETOR E AUTOVALOR: 
 
Construção de camadas dobradas: 
 MÉTODO BUSK: 
 Condições para aplicar: 
No processo de dobramento a espessura das camadas deve permanecer 
aproximadamente constante e as sucessivas camadas dobradas devem 
apresentar estilo HARMÔNICO. 
 A base geométrica do método: 
As camadas dobradas são tangentes a segmentos de arcos de círculo e as 
atitudes não necessariamente pertencem a mesma camada. 
 Propriedades:Todas as camadas mantêm a espessura constante, as dobras paralelas podem 
evoluir para dobras em cúspide em função da variação repentina do mergulho, 
a amplitude das sucessivas camadas dobradas diminui para cima e para baixo 
da linha de coleta de dados e incompatibilidades geométricas podem ocorrer 
sendo resolvidas pela construção livre. 
 Inconsistências: 
Nos métodos geométricos, as curvas raramente se ajustam às posições 
esperadas pelos dados estruturais. Os motivos podem ser vários: a espessura 
da camada em geral não é uniforme; as dobras naturais não são curvas 
perfeitas; erros de leitura admissível nos mergulhos; rotação da camada devido 
à superposição de dobramentos; os mergulhos das camadas podem variar 
localmente. 
Assim, devemos promover os ajustes necessários para que o perfil se torne uma 
realidade. 
 
 
 
 MÉTODO KINK: 
Em cinturões de dobramentos e falhamentos é comum a presença de dobras com 
limbos planos e charneiras angulares ao estilo de dobras em kink e chevron. 
 
Figura 1: Modelo de kink reverso mostrando os parâmetros geométricos da kink. 
S0=acamamento, SA=superficie axial, k=ângulo da kink, ß=ângulo interno da kink, 
μ=ângulo externo da kink, D=Espessura da camada, Dk=Espessura da camada na zona 
da kink-ZK. 
 Mecanismos de deformação: 
Modo 1: Largura W constante (Cisalhamento Simples paralelo à ZK); 
 
Modo 2: Comprimento L da camada constante (Rotação rígida da ZK); 
 
No modo 2, a ruptura ocorrerá no limiar de ß <=μ. 
 Construção: 
Limbos planos – o traço do mergulho conforma com o acamamento. 
Superfície axial da kink – plano bissetor da kink. 
 
 
1) Traçar os setores ortogonais as atitudes do acamamento: 
2) Traçar a linha bissetora (LB) 
 
3) Prolongar os mergulhos até LB 
 
 Inconsistência: 
Nos métodos geométricos, as curvas raramente se ajustam às posições 
esperadas pelos dados estruturais. Os motivos podem ser vários: a espessura 
da camada em geral não é uniforme; as dobras naturais não são curvas 
perfeitas; erros de leitura admissível nos mergulhos; rotação da camada devido 
à superposição de dobramentos; os mergulhos das camadas podem variar 
localmente. 
Assim, devemos promover os ajustes necessários para que o perfil se torne uma 
realidade. 
 
 
 MÉTODO DA DOBRA SIMILAR: 
 Princípio: Espessura aparente medida paralelamente às superfícies axiais é 
constante. 
 Dado necessário: A orientação da superfície axial, que pode ser dada pela 
xistosidade que é paralela a ela. 
 Construção: 
1) Traçar o dado da superfície axial 
2) Medir a distância perpendicular entre as duas linhas consecutivas e marcar o 
ponto médio. 
3) Traçar a superfície axial (paralela à xistosidade, passando pelo ponto médio). 
 
4) Extrapolar o mergulho das camadas para a superfície axial. 
 
 MÉTODO DAS ISÓGONAS: 
 A base conceitual para o método: 
Num sistema dobrado, a variação da espessura da camada é uma função da 
litologia: viscosidade. 
A variação da espessura das camadas é caracterizada pelo padrão das 
ISÓGONAS DE MERGULHO (linha que une todos os pontos de mesmo 
mergulho). 
Auto similaridade ou dimensão fractal do sistema dobrado. 
Ao mudar de rocha, em um sistema dobrado, a uma refração da xistosidade. Em 
camadas mais competentes ela se afasta da superfície axial. 
 
 
 Construção: 
1) Para cada camada, determinar: 
 
2) Construir a curva característica para cada litologia: 
 
 
3) Medir o mergulho no perfil. Traçar uma perpendicular ao mergulho e então 
traçar: 
 
 
 PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PERFIL GEOLÓGICO: 
1) Antes de se iniciar a construção do perfil geológico deve-se despender um tempo 
lendo o mapa geológico para que a geologia se torne familiar. Para isto deve-se 
observar: o relevo, a estratigrafia, o estilo das dobras e as direções axiais, os tipos 
de falha, os trends estruturais e seus domínios. Se o mapa não estiver colorido, 
colore-o. 
2) Escolher uma direção em geral transversal ao trend estrutural ou o mais próximo 
dele; 
3) Elaborar um desenho esquemático ou rascunho do perfil a ser construído; 
4) Escolha sempre a escala horizontal igual a vertical pois assim o perfil não 
apresentará distorção. 
5) Em casos especiais necessita-se aplicar um exagero vertical para ressaltar certas 
feições estruturais. Neste caso deve-se efetuar a correção do mergulho aparente; 
6) Elaborar o perfil topográfico na direção escolhida; 
7) Transferir os contatos geológicos, os mergulhos verdadeiros ou aparentes e as 
falhas com os devidos mergulhos; 
8) No caso de escassez de dados de mergulhos do acamamento ou bandamento 
composicional recomenda-se incorporar as atitudes destas feições próximas ao 
perfil geológico. Quanto mais consistente e constante for a atitude maior pode ser 
a distância do perfil ao dado disposto no mapa; 
9) Extrapolar os contatos e linhas de mergulho das atitudes estruturais em 
profundidade utilizando critérios geométrico geológicos consistentes (métodos 
Busk, Kink, similar ou das Isógonas individualmente ou de forma combinada); 
10) Sugere-se iniciar a construção do perfil geológico utilizando um dos métodos 
geométricos a partir do centro para a laterais do perfil e/ou pela região menos 
conturbada ou mais simples; 
11) O desenho das dobras ou falhas em profundidade no perfil deve ser efetuado 
assumindo um modelo de deformação previamente desenvolvido observando o 
estilo de dobramento e a geometria das falhas; 
12) Em seções tipo “thin skinned” o embasamento deve aparecer no perfil geológico; 
13) Reinterpretar e revisar o perfil geológico elaborado tantas vezes quanto for 
necessário até que todas as inconsistências com o mapa ou os dados estruturais e 
estratigráficos sejam eliminadas pode-se extrapolar o desenho do perfil acima da 
superfície topográfica por meio de linhas tracejadas ou pontilhadas; 
14) Terminada a construção da seção deve-se realizar uma auto-crítica se ela é: 
consistente com os dados geológico-estruturais; geologicamente razoável ou 
admissível; 
15) Indique a direção no perfil [A-B e/ou NE-SW] e elabore uma legenda consistente 
com a do mapa. 
 
Topologia de sistemas dobrados: 
 
Geometria (geometria da Terra) Topologia (estudo do lugar) 
Diz respeito à medida de ângulos e 
distâncias. Às propriedades da forma e 
espaço de figuras no espaço. 
Ex: deslocamento de falha 
Análise de posição ou lugar. As propriedades 
geométricas de figuras que não mudam sob 
condições contínuas de deformação. 
Ex: distorção de uma borracha 
 
Na deformação, as propriedades GEOMÉTRICAS são DESTRUÍDAS e as TOPOLÓGICAS são 
PRESERVADAS. 
 
 TOPOLOGIA: 
 
 
 Literalmente, significa estudo da posição ou localização e originalmente era 
designado de geometria da posição ou análise de posição (analysis situ); 
 Ela se ocupa dos aspectos qualitativos dos objetos no espaço não-Euclidiano; 
 Importa as FORMAS, ARRANJOS e POSIÇÕES RELATIVAS dos objetos; 
 Arranjos (combinações); 
 Funções entre as FORMAS como a INTERSEÇÃO entre as formas; 
 Deformação dos OBJETOS e seus ARRANJOS: superposição de deformação; 
 Refere-se às combinações e interferências (linha/plano, plano/volume, etc); 
 Estudo das formas contínuas especialmente das propriedades invariantes das 
formas submetidas às deformações contínuas; 
 
 Geologia Estrutural e Topologia: 
Uma deformação gera uma transformação topológica: 
 
Homeomorfismo: Etapas de uma deformação progressiva. 
Elementos topológicos: linha, superfície e objetos. 
 
Invariante topológico: relações estruturais em uma dobra, na ZC ou em um 
sistema de fratura: Interseção (S0xSn, S/C, CxC´, RxR´), Pólo(S0, CxC´). 
 
 
 
 
 Modelo de cinturões de dobras de empurrão: 
 
 Cinturões de cavalgamentos: 
 
 Cinturão de dobras: nappe: 
 
 
 
 Fundamentos: 
Plano Antiforme 
Sinforme Domo 
Sela Bacia 
 
 Análise topológica: 
1) Geometria da dobra: 
 
2) Analisar trama e vorticidade: 
 
3) Ligar geometria, trama e vorticidade: 
 
4) Ligar geometria, trama, vorticidade e estratigrafia: 
 
 
Portanto, a análise topológica consiste na determinação do arcabouço 
estrutural mediante a caracterização do sistema dobrado e sua sucessão 
estratigráfica. 
DOBRA + ESTRATIGRAFIA 
ou 
GEOLOGIA ESTRUTURAL + ESTRATIGRAFIA 
Análise geométrica de dobra, de trama, de vorticidade e de superposição 
cinemática) + (critério geoptal e/ou idade) 
E também mediante a caracterização das transformações tectônicas sofridas 
pela crosta continental com foco nas sequências sedimentares e seu 
embasamento. 
Faz a validação do modelo tectono-estratigráfico obtido: 
 
 
 
 ANÁLISE GEOMÉTRICA DE DOBRA: 
Consiste em: 
1) Levantar as orientações dos elementos geométricos da dobra e estruturas associadas; 
2) Representá-los em diagramas estereográficos; 
3) Determinar amplitude, comprimento de onda, abertura da dobra, vergência e 
simetria; 
4) Documentar e classificar 
5) Determinar o strain, S ou L tectonito 
S tectonito L tectonito 
Rocha fortemente deformada, com 
predomínio de trama planar (foliação). 
 
 
Rocha fortemente deformada, com 
predomínio de trama linear (lineação). 
 
 
 
 
 
 
 
 ANÁLISE DE TRAMA: 
 Trama: É o arranjo espacial dos elementos constituintes da rocha representados 
pelo conjunto de grãos minerais ou fragmentos de rocha e/ou grãos. O arranjo 
planar caracteriza uma foliação e o arranjo linear uma lineação. 
 
 ANÁLISE DE VORTICIDADE: 
 
 
 ANÁLISE DE SUPERPOSIÇÃO CINEMÁTICA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sinclinal Santa Rita: Flanco Inverso: 
 
 
Análise de Sistema (Re)Dobrados: 
 
 POR QUE MAPEAR? 
Para determinar a distribuição das litologias dentro das formações, grupos e 
supergrupos. Deve sempre ficar atento a escala de trabalho e ao tamanho das estruturas 
presentes. 
Portanto, o mapeamento é feito para caracterizar a distribuição espacial das unidades 
rochosas e determinar sua constituição e origem, suas relações e sua geometria. Para 
isso, é necessário desenhar a rocha e suas estruturas, descrever sua composição, 
determinar a estratigrafia e o arcabouço. 
Sempre deve observar a relação: acamamento (ígneo ou sedimentar) e bandamento 
gnaíssico / xistosidade, pois é essa relação irá dizer sobre como o arcabouço estrutural 
irá se fechar. 
O mapeamento também utilizado para investigar os processos geodinâmicos (internos 
e externos). Existem três processos geodinâmicos principais: 
1) Convergente (formação de dobras e falhas de empurrão) 
2) Divergente (formação de bacias) 
3) Transcorrente. 
 
 O QUE MAPEAR? 
Sempre se mapeia as anisotropias. 
 
 DEFORMAÇÃO X REOLOGIA: 
Os termos tensão e deformação específica (strain) situam-se na mesma hierarquia, 
porém são equivalentes. 
 
 
 
 
 
 Tensão confinante X Temperatura: 
 
 Tensão X Deformação: 
 
 Tensão X Taxa de Deformação: 
 
O regime frágil (brittle), na 
distensão, apresenta um campo 
mais expressivo do que no regime 
de compressão. 
A linha superior (sistema dúctil) 
mostra que o corpo continua 
suportando a deformação. A linha 
inferior (sistema frágil) mostra que 
uma ruptura do material permitiu 
que ele continuasse suportando a 
deformação. 
No gráfico está representando o 
exemplo do mármore. 
Taxa de deformação: Taxa ou 
velocidade na qual a deformação 
se acumula. 
Baixa velocidade  baixa taxa 
 Tensão Diferencial X Pressão Confinante: 
 
 
 Tensão diferencial X Temperatura: 
 
Maior temperatura  menor tensão diferencial 
 
 Deformação X Reologia: 
 
Maior pressão confinante suporta 
maior tensão, pois fica mais difícil 
deformar. 
 DOBRAS: REOLOGIA 
A reologia da rocha está ligada à sua viscosidade. 
 
 
 Sofre influência da espessura da camada e o contraste de viscosidade no 
comprimento de onda da dobre. 
 
 
O comprimento de onda (W) da dobra é proporcional a espessura da camada (t) e a raiz cíbica 
do contraste de viscosidade. 
 
 Mecânica de dobras: Em sistemas multicamadas: Controles principais: 
1) a composição da camada 
2) as propriedades mecânicas da interface entre camadas 
3) mudanças reológicas durante a deformação: novas anisotropias e fases 
minerais 
4) escala da dobra. 
 
 
 
 Elementos geométricos da dobra: 
 
 Classificação: 
1) em relação ao ângulo interlimbo: Isoclinal, fechada, aberta. 
2) em relação ao mergulho da superfície axial: recumbente (limbo invertido), 
reclinada (limbo tombado), vertical (limbo vertical). 
 
3) quanto a espessura das camadas: paralela, similar (quando a espessura 
aparente da camada é constante). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Relações geométricas fundamentais: 
 
 
 Sistemas de Coordenadas: 
 
1) Lineação do tipo “a” é perpendicular a interseção 
2) Lineação tipo “b” é paralela a lineação de interseção 
3) Em rochas bandadas a xistosidade se encontra oblíqua em relação ao 
acamamento e ela sempre irá se clivar na direção do acamamento. Nesse caso, 
deve analisar o plano XY. 
 
 
 
 Estruturas associadas: 
 
1) Na zona de charneira encontram-se as dobras em M ou W e o sistema é 
ortorrômbico (2 planos de simetria) 
2) Nos flancos as dobras em S ou Z geram um sistema monoclínico (1 plano de 
simetria) 
 O padrão de dobras Z ou S será definido observando-se a dobra no sentido 
do caimento do eixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Relações geométricas fundamentais: 
 
 Em sistemas redobrados: 
 
 
 Mecanismos de dobramento: 
Mecanismos de cisalhamento simples atuando na formação de dobras em 
rochas reologicamente ativas (laminadas ou estratificadas). 
 
No deslizamento flexural ocorre o deslizamento das camadas ao longo de uma 
anisotropia (contato) e geram as estrias, estepes e estiramento mineral. No 
fluxo flexural geral uma estrutura penetrativa, como foliação S/C e dobras 
miloníticas (cisalhamento simples). O fluxo flexural em meio competente gera 
um encurtamento das camadas. 
 
 Strain e Tectonitos: 
 
 
 FOLIAÇÃO: 
 Teoria de formação: 
Modo I: os elementos se comportam passivamente. 
 
 
Modo II: os minerais crescem na direção axial. 
 
Modo III: 
 
 
 
 
 
 
 Clivagem e Xistosidade: 
1) Foliação ou clivagem contínua: ocorre da fácies xisto verte para cima. 
(Clivagem quer dizer que a granulação é fina). 
2) Foliação ou clivagem espaçada: o plano da clivagem é formado por minerais 
que sofreram “dissolução” e há uma porção da rocha que mantida intacta 
(micrólitons) (domínio não afetado). 
 Quando temos xistosidade, temos um sistema dobrado. Na clivagem 
de crenulação os micrólitons encontram-se dobrados. 
O que distingue a formação da clivagem espaçada para a contínua é a magnitude 
da deformação. 
A xistosidade só começa a surgir com um encurtamento (l= Lf/Li) superior a 10%. 
Menos que isso tem apenas clivagem. 
Para analisar a posição do bandamento em relação a xistosidade plano-axial tem 
que olhar um plano perpendicular a lineação de interseção (que se olha no 
plano de bandamento). 
 
 
 FRATURAS E JUNTAS 
 Fundamentos: 
Está relacionada a rigidezda rocha (S). 
 
 
 
Rochas competentes são capazes de resistir ao dobramento resultando em 
dobras abertas e paralelas. Já as incompetentes são incapazes de resistir ao 
dobramento resultando em dobras apertadas e similares. 
 
 Relação com o círculo de Mohr: 
O círculo de Mohr representa a distribuição das tensões. 
 
O crescimento retilíneo no gráfico ao lado 
diz que quando se aplica uma tensão ao 
material temos o campo elástico, mas 
quando a tensão ultrapassar o campo do 
material ocorre a ruptura. Mas caso não 
atinja o limite, ao retirar a tensão, o corpo 
retorna ao estado inicial. 
No material incompetente há uma 
absorção da deformação acarretando na 
distribuição dessa. O competente se 
fratura e há uma concentração da 
deformação. 
 
Quando a tensão normal é negativa (caso A e C) a uma abertura no sistema. 
 
 Relação com as direções principais de tensão: 
 
O sistema coaxial (Andersoniano) gera um par conjugado de fraturas com 
ângulo de aproximadamente θ=60° (vermelho), fraturas de tração (verde) e 
fratura de alívio (azul). 
σ2 sempre será paralelo a lineação de interseção. 
σ1 sempre na bissetriz de θ. 
σ3 ortogonal a σ2 e σ1. 
 
 Modos de fratura: 
Modo I: não envolve cisalhamento, apenas fratura. Para haver os estilolitos tem 
que ocorrer compressão. O estilolito simétrico ocorre no regime coaxial e o não 
simétrico no regime não coaxial. 
Modo II e Modo III: envolvem cisalhamento. 
 
 Tipologia: 
En echelon: a fratura mais jovem irá encontrar a mais velha, uma vez que F1 
terá tensão mínima. 
 
Flor negativa: a estrutura pode ocorrer em diversas escalas. Em escala regional 
forma a bacia pull-apart. 
 
Flor positiva: é o mesmo sistema da negativa, mas a força é extensiva. 
 
Riedel (sintético) e anti-Riedel (antitético): para determinar o par, temos que 
identificar o plano de tração (que deve estar preenchido por veio). 
 
 
 
 LINEAÇÃO: 
 Tipos: 
Mullion: desenvove na interface entre camadas de alto contraste de 
viscosidade. Superfícies concâvas e convexas alternadas. 
Rod: camadas mais rígidas se destacando paralelo ao eixo da dobra ou boudins. 
Zonas de charneiras se destacando em processo de transposição. 
 
 Transposição: 
É o processo de transformação ou mudança de uma foliação para outra pelo 
mecanismo de dobramento. Ocorre um aumento da deformação até que a 
xistosidade paraleliza ao acamamento. 
 
 Foliação milonítica: 
A foliação C’ se desenvolve nos estágios finais da evolução da zona de 
cisalhamento.

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