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P2 – Análise Estrutural Mapas Estruturais e Linhas de Forma Mapas estruturais: Técnicas de contorno: A linha de contorno é a linha que une pontos de mesmo valor cuja comparação usualmente é feita adotando uma referência, por exemplo, o nível do mar para mapas de contorno estrutural. Tais mapas resultantes das linhas de contorno são denominados de mapas de contorno. Dados Tipo de mapa Elevação Topográfico, estrutural, falha, etc Espessura de sedimento Isócora, isópaca Pressão Isóbara Temperatura Isoterma Litologia Isólita Regras de contorno: As linhas de contorno não se cruzam exceto em circunstâncias especiais; não se fundem com contornos de mesmo ou diferentes valores. Em algumas circunstâncias as linhas podem parecer se fundir ou cruzarem onde há recobrimento como nos casos de dobras com vergência ou superfícies verticais. A linha de contorno deve passar entre pontos cujos valores são maiores e menores que o valor da própria linha. Um dado valor da linha de contorno é repetido para indicar a inversão na direção da inclinação como nos casos de sinclinais e anticlinais. A linha sobre uma superfície contínua deve fechar dentro da área mapeada ou terminar nos limites da área. Outros guias de contorno: Datum de referência. O intervalo de contorno deve ser constante exceto nos casos onde a inclinação da superfície é radicalmente forte ou muito suave. Todo mapa deve possuir escala gráfica e numérica. Em depressões fechadas as linhas devem ser hachuradas indicando o sentido do fechamento. Iniciar o contorno a partir de regiões com número elevados de pontos de controle. Construir grupos de linhas de contorno ao invés de linhas órfãs pois, se obtém uma melhor visualização da superfície contornada e ganha-se tempo. Escolha a solução de contorno mais simples que contemple o maior número de pontos de controle para se obter a interpretação mais realística possível. Métodos de contorno: Contorno mecânico, paralelo, de espaçamento constante e interpretativo. Contorno mecânico: Assume que o mergulho ou inclinação da superfície a ser contornada é constante ente os pontos de controle e a mudança ocorre no ponto de controle. O espaçamento entre as linhas de contorno é geometricamente (mecanicamente) proporcional entre os pontos de controle adjacentes. Prós e contras: O mapa apresenta pouca ou até mesmo nenhuma interpretação geológica; é um mapa matematicamente correto; geologicamente não-realísitico, especialmente em áreas com controle fraco; embora este método não seja recomendado para a maioria das situações geológicas ele é aplicável onde se tem um volume significativo de dados de controle onde resta pouco espaço para interpretação; em casos de litigação e uniformização para minimizar tendências pessoais; sugere-se este método para se iniciar um trabalho em áreas novas. Contorno paralelo: As linhas de contorno são traçadas paralelas ou quase paralelas entre si. O espaçamento entre as linhas pode variar e consequentemente a inclinação da superfície não é constante entre os pontos contornados. Prós e contras: seguindo à risca o método, ele pode também produzir feições geológicas não-reais; em relação ao método do contorno mecânico este pode resultar em mapas mais realísticos pois não assume um mergulho uniforme; este método não é conservador em relação ao contorno mecânico podendo, portanto, revelar estruturas não representadas no mapa contornado mecanicamente. Contorno de espaçamento constante: Este método de contorno assume inclinação ou ângulo de mergulho constante para toda a área ou pelo menos em um segmento estrutural como no flanco de uma dobra. Pode ser considerado uma versão especial do método de contorno paralelo. É o menos conservativo dos métodos. Isto resulta em: inúmero altos e baixos ou ondulações não estabelecidas pelos pontos de controle e sim são resultantes da manutenção do intervalo de contorno constante; pode indicar a expectativa de um número máximo de altos e baixos estruturais no início do estudo. Contorno interpretativo: Neste método o geólogo tem a liberdade de produzir um mapa que reflita a melhor interpretação da área levando em consideração todos os pontos de controle disponíveis. Não se assume nenhum dos princípios dos métodos anteriores durante o contorno utilizando este método. O geólogo pode produzir um mapa interpretativo o mais realístico possível usando sua experiência, imaginação e habilidade espacial e conhecimento do estilo estrutural e deposicional da região. É o método mais aceito e comumente empregado. Considerações finais: A escolha do método depende de inúmeros fatores, tais como número de pontos de controle; distribuição desses pontos; objetivo do mapa etc. A partir de qualquer método utilizado o mapa final não é correto. Ninguém pode, de fato, obter uma interpretação correta da subsuperfície com a mesma exatidão de um mapa topográfico. O mais importante é produzir um mapa cuja interpretação seja a mais razoável e realística possível a partir dos dados disponíveis. Fechamento Estrutural (F): É a distância vertical entre o ponto mais elevado e a última linha de contorno estrutural fechada que representa um corpo volumetricamente isolado. Linhas de Forma: Mapas de Linhas de Forma: As linhas de forma são linhas de contorno estrutural produzidas em áreas onde não se tem camadas guias reconhecíveis. Tais linhas são desenhadas sem um nível de referência determinado. Essas linhas expressam apenas a forma geométrica ou a morfologia de uma feição estrutural a partir de um conjunto de dados dispostos sobre a superfície topográfica através das direções estruturais (strike). Ou seja, representam apenas a direções da estrutura, não se considera a topografia e geralmente representa o acamamento pois representa a estrutura original. Dados: acamamento ou bandamento composicional; xistosidade ou clivagem. Métodos: mapas estruturais, imagens de sensor remoto (interseção da foliação com a superfície topográfica). Fatores limitantes: não possui cota ou elevação como nos mapas estruturais (pois nos dobramentos há uma harmonia); não representa o contorno de contatos, superfícies ou camadas guias. Vantagens: visualização da estrutura sem a presença de nível guia; útil em regiões de baixa densidade de afloramento. Regras gerais para a construção de mapas de linhas de forma: O traço das linhas de forma deve ser // às direções estruturais e perpendiculares às direções das retas de máximo declive. As linhas de forma de bandamento composicional não interceptam traços dos respectivos contatos litológicos. Jamais interceptam a direção de pares de atitudes adjacentes. Devem ser harmônicas. O traço das linhas de forma deve ser curvo e nunca reto. As linhas de forma não interceptam traços de falhas. Propriedades dos Mapas de Linhas de Forma: representam a direção das atitudes estruturais (s0, s1 e sentidos gerais dos mergulhos). As atitudes estruturais são representadas em um plano horizontal. As linhas de forma indicam apenas a direção aproximada das inúmeras superfícies estruturais representadas por cada uma das atitudes georeferenciadas no mapa. As linhas de forma não estão referenciadas a um datum. Os traços são contínuos por poucas distâncias e não emparelhados. Representa a harmonia do sistema dobrado ou fraturado. Os espaçamentos entre as linhas de forma devem representar a magnitude dos mergulhos estruturais (mergulhos elevados = espaçamento menor, mergulhos menores = espaçamento maior). As linhas de forma do acamamento não interceptam os contatosentre unidades. As superfícies estruturais como xistosidade e clivagem interceptam os contatos estratigráficos. As linhas de forma não mantêm uma relação com a superfície topográfica. Para pares de dados situados em quadrantes opostos: O traço das linhas de forma deve manter-se paralelos às direções estruturais e perpendiculares às direções das retas de máximo declive. Para pares de dados co-direcionais situados em quadrantes adjacentes: A linha de forma interatitude deve se manter ente os traços das direções. Para pares de dados com mergulhos suavemente divergentes (ou convergentes) situados em quadrantes adjacentes: As linhas de forma não interceptam os respectivos traços das direções. As linhas se mantém paralelas às direções e perpendiculares à reta de máximo declive. Para pares de dados com mergulhos codirecionais e sub-codirecionais: Zona de domínio direcional (ZDD): é uma zona definida pelas intersecções e RMD’s de dois pares de dados consecutivos. Dados de orientação distribuídos no mapa estrutural: Primeiro deve-se construir uma linha perpendicular às direções estruturais. Em seguida, sobre a linha perpendicular e utilizando o ábaco construir o espaçamento das linhas de forma a partir dos mergulhos indicados. Por último, deve-se traçar as linhas de forma tangente às linhas equiespaçadas. Determinação de Strain Medidas de strain (Deformação Específica): Extensão: Δl = l i- lf Encurtamento ou extensão (alongamento): 𝑒 ≡ ∆𝑙 𝑙𝑖 = (𝑙𝑓−𝑙𝑖) 𝑙𝑖 = 𝑙𝑓 𝑙𝑖 − 1 Estiramento (stretch): 𝑆 ≡ 𝑙𝑓 𝑙𝑖 = 1 + 𝑒 Alongamento quadrático: λ=S² = (1+e)² Se λ=1, não tem deformação. λ <1, houve encurtamento. λ > 1, ocorreu extensão. Reologia: Viscosidade: Geometria: O comprimento de onda da dobra (w) sofre influência da espessura da camada e do contraste de viscosidade (η). Análise de dobra: Segundo Bastida et al. (2005) e Aller et al. (2008), tem-se: Sendo: αmáx = ângulo de mergulho máximo do limbo da dobra. t0 = espessura Ramsay da charneira tαmáx = espessura ortogonal em mergulho máximi t’1= espessura ortogonal correspondente ao valor do arc((sen² αmáx)/√2) t’2 = espessura ortogonal em mergulho máximo (αmáx)= tαmáx Aplicação: Método Hari Srivastava: Mecanismos de dobramento: Análise de dobra: Calculo da deformação específica (strain): Rf. É feita a partir do elipsoide de deformação. Lineamentos Balanceamento Estrutural Lineamento: Conceito: Uma feição linear mapeável, simples ou composta, continua ou descontínua, da superfície terrestre, cujas partes, estão alinhadas em um arranjo retilíneo ou suavemente curvo e que difere distintamente dos padrões de feições que lhes são adjacentes e, presumivelmente, reflete um fenômeno da subsuperfície. Combinação de feições: quebra positiva, negativa, cristas e vales. Deslocamente, Efeito Coriolis: Representação esquemática de fluxo em torno de uma zona de baixa pressão. A força de gradiente de pressão é representada pelas flechas azuis. A “força de Coriolis”, sempre perpendicular à velocidade, em vermelho. A forma de Coriolis é uma força de inércia que atua junto com outras duas forças, a centrífuga e a de arraste, sobre um corpo cujo sistema de referência esteja em rotação. Fraturas: Levantamento: Levantamento sistemático: Transversal: Levantamento sistemático: Área: Balanceamento Estrutural: São técnicas para saber se a seção está geologicamente compatível (se não houve adição ou remoção massa). Apresentação: Validar a geometria das estruturas no perfil geológico mediante análise de falhas e dobras. Tipos de seções: Seção no estado deformado: antes de construir a seção, tem que ter um modelo em mente para ser seguido. A profundidade das estruturas é calculada de acordo com o encurtamento. Seção admissível: interpretação que retrata as feições diretamente observadas. Seção viável: é a seção que pode ser restaurada para o estado não- deformado tal que a geometria das falhas são admissíveis e comprimentos e áreas das camadas conservadas ou consistentes. Seção balanceada: é a seção que é admissível e viável. Seção restaurada: seção na qual os deslocamentos das falhas e dobras foram removidas. Teste de Validade do Perfil Restaurado: Tem que haver conservação do comprimento (o deslocamento inicial tem que ser igual do rejeito) e a área também. Seção admissível X Seção não admissível: Em (a) percebe-se que o comprimento das camadas não se manteve constante. Sistemas de dobras e empurrões: Geometria de falhas de empurrão: Tipos de rampa: Rampas e Patamares: A geometria final de dobras e falhas depende da geometria de rampas e patamares. Nas falhas de empurrão, quando a superfície de deslocamento encontra-se paralela ao acamamento, estamos no patamar. Zonas de Sopreposição (ZS) de Falhas de Empurrão: Três seções de um sistema de empurrão: Dip Strike Regra 1: As falhas de empurrão seccionam a seção estratigráfica da base para o topo no sentido do transporte tectônico. Regra 2: As falhas de empurrão nascem e se propagam no sentido do antepaís (foreland). Exceções à regra: Falhas de colapso de capa (out-of-sequence faults): Retro-empurrão: falhas de descolamentos para o pós-país: Condições complementares: Sequencias de falhas: não ocorrem ao mesmo tempo. Existem falhas de zonas externas e falhas de zonas internas. Pode ocorrer colapso de lapa e capa. Existem falhas fora-de-sequência (out-of-sequence). Direção de transporte: A seção ideal situa-se no máximo 5-10 da direção de transporte, caso contrário é imbalanceável. Perpendicular à direção das falhas ou eixos de dobras ou paralelo à lineação de estiramento do tipo “a”. Direção da superfície de deslocamente – Rampa: A rampa não corta as dobras pré-formadas. Velho sobre o novo. Deformação plana: Plane strain. História deformacional complexa: falhas curvas, rampas laterais. Conservação do deslocamento da falha: Rejeito constante ao longo do traço da falha. Ao balancear uma seção você não está verificando se ela está correta. A seção balanceada constitui ainda uma interpretação que poderá estar incorreta ou não. A seção não-balanceada provavelmente está incorreta. Inversão de paleotensão Pressão confinante e temperatura Fratura: Termo genérico para designar qualquer descontinuidade mecânica de origem não sedimentar que represente uma superfície ou uma zona mecânica de ruptura. Modos de fratura: Modos fundamentais de fraturamento. Modo I, Modo II e Modo III. Todos os três modos podem ocorrer separadamente ou em qualquer combinação. Neste caso denominamos de modos de fraturamento misto. Orientação regional de fraturas: As figuras seguintes representam os três regimes de tensões regionais mais comuns. Estes são chamados de tensão Andersoniana e se caracterizam por apresentar uma tensão principal na vertical e outros dois na horizontal. Regime de falhas normais: a direção de interseção das falhas irá fornecer a direção de σ2. σ1 tem que ser vertical e σ3 é perpendicular ao plano formado por σ1 e σ2. Modelo de Riedel (cisalhamento simples): Transpressão e transtração: A transpressão ocorre quando surge uma componente de encurtamento coaxial. E ocorre redução de área e volume. Na transtração tem-se um alívio de pressão e então expansão do volume e da área. Respostas ao dobramento: Em um mesmo sistema pode ter estruturas distensivas e compressivas, isso irá depender da orientação das forças. Modelo Andersoniano: O ângulo θ entre σ1 e σ2 irá variar de acordo com as características reológicas da rocha, mas no geral, é próximo de 60°. O plano M (de movimento) é perpendicular a todas as estruturas, pois ele tem como plano o polo de σ2, irá conter a lineação mineral e é perpendicular a lineação de interseção. Condições de contorno: A reconstrução das direções de paleotensões por meio de fraturas de cisalhamento é realizada considerando os seguintes parâmetros: estado de tensão – constante; deformação plana; meio homogêneo; nível estrutural; idade; interação com outras estruturas; reativação; pressão de fluido.
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