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AMPUTAÇÕES Prof Anielly Cristina de Oliveira AMPUTAÇÕES MUTILAÇÃO INCAPACIDADE IMPOSSIBILIDADE - AVDS MEDO OUTRA VISÃO: Devemos considerá-la como o princípio de uma nova fase, pois se de um lado houve a perda de um membro e a alteração da imagem corporal, do outro eliminou-se o perigo da perda da vida, ou deu alívio a sofrimentos intoleráveis. AMPUTAÇÕES • INDICAÇÕES: • NECROSE (causada por doença vascular periférica, por queimaduras por congelamento); • CONGÊNITAS (malformação); • TRAUMAS (lesão por esmagamento); • TUMORES (Forma profilática do Osteossarcoma); • INFECÇÕES (osteomielite). CAUSAS: 2 a 15% - traumatismos; 95% - afecções dos vasos. AMPUTAÇÕES • Criança Defeitos Congênitos Ausência de um dos Membros • Meia-idade Traumas diretos ou Acidentes Infecções Crônicas • Idosos Diabete com Gangrena FAIXA ETÁRIA x ETIOLOGIA AMPUTAÇÕES • Cicatriz Operatória - Esta deve sempre que possível ser terminal, sendo a sutura feita plano por plano, evitando ao máximo as aderências aos planos profundos. • Ponta do Coto - Músculos - Não deve ter massa muscular muito volumosa e "solta", o que prejudicará a ancoragem da prótese. • Extremidades Ósseas - A extremidade óssea deverá ser "desperiostizada" na extensão de 2 a 3 cm para se evitar a formação de espículas. • Vasos - Devem ser ligados à medida que os músculos forem seccionados • Nervos - Os troncos nervosos principais devem ser seccionados cuidadosamente, deixando-se, após o corte, a extremidade do nervo se retrair ficando sepultado sob a massa muscular. • Pele - Convém suturar as partes moles deixando um comprimento tal que haja uma ligeira tensão das mesmas contra a ponta óssea. Evitar sempre aderências da pele com os planos profundos • Formas - Os cotos das amputações deverão ser cônicos, mais finos na ponta do que na base, facilitando o encaixe na prótese. • Edema - é evitado com um enfaixamento do coto com atadura gessada. PROCEDIMENTO CIRÚRGICO AMPUTAÇÕES • Posição dos pacientes no leito (MMII): • Decúbito dorsal: devem estar deitados sobre colchões duros e firmes, não usando travesseiros sob o coto de coxa ou no cavo poplíteo (sob o joelho), nos cotos de perna. Com este procedimento evita-se o aparecimento de contraturas em flexão, facilitando a colocação da prótese. • Decúbito ventral: deve-se colocar um travesseiro sob o coto de coxa, mantendo-o em hiperextensão por meia hora a uma, várias vezes ao dia. • A movimentação do coto e do membro restante deve ser iniciada 24 horas após a amputação. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO CUIDADOS AMPUTAÇÕES • Parcial dos dedos do pé - retira-se a 1ª ou 2ª falange; permanece o coto • Desarticulação do dedo do pé - retirada total do dedo. • Transmetatársica - 3ª, 4ª e 5ª metatarso são retirados. • Symes - desarticulação do tornozelo • Abaixo do joelho - longa - retira-se mais de 30% do comprimento da tíbia. • Abaixo do joelho - curta - retira-se menos de 20% do comprimento da tíbia. • Desarticulação do joelho - retira-se a patela, a tíbia e a fíbula, ficando o fêmur totalmente íntegro. • Acima do joelho - longa - retira-se mais de 60% do comprimento do fêmur. • Acima do joelho - curta - retira-se menos de 35 % do comprimento do fêmur. • Desarticulação Coxofemoral - retira-se totalmente o fêmur. • Hemipelvectomia - retira-se a metade inferior da hemipelve. • Hemicorporectomia - retira-se a parte inferior do corpo, abaixo de L4- L5. Este procedimento dificilmente é utilizado, devido a complicações que futuramente serão evidenciadas. NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO a. evitar a desarticulação do quadril. Deixar quando possível a cabeça e a maior porção do colo do fêmur para evitar deformidade. b. 12 cm abaixo do trocanter são dados como comprimento mínimo para controle do coto. Assim mesmo é difícil mover as próteses com eficiência. c. 30 a 36 cm abaixo do trocanter é um comprimento ideal de coto de coxa. d. o nível transcondiliano não é bom a não ser para apoio terminal, pois a colocação da articulação de joelho deve ser externa, o que prejudica a estética e função. e. a desarticulação de joelho após descapsulização permite cotos para apoio terminal. f. 6 cm de tíbia já são suficientes para prótese de perna; remover o perônio. Usa-se a prótese "ajoelhada". g. um bom nível será aquele entre o 1/3 superior com o médio. h. o nível ideal é aquele entre o 1/3 médio e o inferior. i. evitar cotos muito longos de perna. j. a amputação de "Symes" permite excelentes cotos para apoio terminal. k. as amputações através do tarso devem ser evitadas. l. amputações através do metatarso são duvidosas. AMPUTAÇÕES • DESCRIÇÃO QUANTO AO NÍVEL DO MMII: • Amputação do terço anterior do pé (amputação de um ou de todos os artelhos e de um ou vários ossos metatarsais); • Amputação de Lisfranc (separação do tarso e metatarso); • Amputação do terço posterior do pé (desarticulação na linha Chopart – TÁLUS-NAVICULAR/CALCÂNEO-CUBOIDAE); • Amputação da perna (preservação do joelho); • Desarticulação do joelho (amputação ao nível da fenda articular); • Amputação transcondílica da coxa (amputação por meio dos côndilos); • Amputação da coxa; • Desarticulação do quadril (amputação ao nível da coxofemoral); • Hemipelvectomia (amputação rara de membro inferior e da metade ipsilateral da pelve) NÍVEIS DE AMPUTAÇÃO – DIFERENTES NOMENCLATRURAS NÍVEIS DAS AMPUTAÇÕES METATARSOS LISFRANK CHOPART E SYMES SYMES TRANSTIBIAL BAIXA TRANSTIBIAL ALTA a. evitar a remoção da cabeça do úmero, o que traz deformidade de ombro dificultando o apoio do arreio. b. cotos acima da inserção do peitoral têm pouco valor para o controle da prótese c. o comprimento ideal para amputação acima do cotovelo é no terço médio com o inferior. d. desarticulação do cotovelo da mau coto para prótese por dificuldade na colocação das articulações funcionais. e. deixar sempre um coto na antebraço por menor que seja. O uso da prótese mioelétrica é o ideal para estes casos. f. o terço médio com o inferior é o nível ideal para amputação de antebraço. g. a desarticulação do punho permite o uso de prótese simples com grande capacidade funcional. h. as amputações através do carpo não são boas. i. salve o que for possível da mão. AMPUTAÇÕES • DESCRIÇÃO QUANTO AO NÍVEL DO MMSS: • Amputação dos dedos; • Amputação do polegar; • Amputações radiais; • Amputações ulnares; • Amputações transversais; • Amputações do antebraço; • Desarticulação da ulna; • Amputações do braço. PRÓTESES PRÓTESES FISIOTERAPIA • OBJETIVOS GERAIS: Independência na marcha e nos cuidados pessoais. Adequação Física e emocional quanto ao uso da prótese. Assistência ao ajustamento físico e emocional pela perda do membro. • OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Cicatrização e redução do edema. Independência na mobilidade no leito, transferências e cuidados pessoais. Manter ou aumentar a força muscular de ambos os dimídios. Prevenir o desenvolvimento de contraturas articulares no membro residual ou qualquer membro. Instrução nos cuidados do membro residual (enfaixamento). Deambulação com muletas. FISIOTERAPIA • AVALIAÇÃO DO COTO: Cicatriz - Deve ser póstero medial e não ter aderências; Massa muscular - não pode ter uma extremidade com massa muscular volumosa; Formato do coto - coto tende a estar em forma de cone; Hipotonia muscular; hipotrofia; mobilidade articular; sensibilidade; sensação de membro fantasma; dor fantasma; temperatura; espícula óssea; neuroma; edema; contratura e força muscular. FISIOTERAPIA • AVALIAÇÃO GLOBAL Desvios corporais; Sobrecarga articulares; Sinais vitais pois paciente amputados gasta mais energia comparado a um paciente normal. Exame membros superiores em caso de amputação de membros inferiores. • Enfaixamento do coto; • Posicionamento do coto em extensão; • Dessensibilização (escovinha, algodão etc) • Leves tapas no coto para diminuir a dor fantasma; • Mobilização de escápula • Alongar a musculatura encurtada; • Massagem transversa profunda; • Pompagem cervical • Movimentos passivos, ativo assistido e ativo livre (flexão, extensão, adução, abdução, pronação, supinação etc). • Exercícios Isométricos • Massagem com percussão; • Corrente Farádica; • Exercícios ativo resistido; • Kabat. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DOS MEMBROS SUPERIORES • Exercício ativo assistido; • Ativo livre; • Apoio da prótese em superfície rígida; • Levar a prótese até a boca, cabeça; • Em caso de prótese mioelétrica reeducar o paciente a escrever, desenhar, pegar grãos. TRATAMENTO DOS MEMBROS SUPERIORES APÓS A PROTETIZAÇÃO • Enfaixamento; • Dessensibilização (escovinha, algodão etc); • Leves tapas no coto para diminuir a dor fantasma • Posicionamento do coto em extensão; • Alongar a musculatura encurtada; • Massagem com percussão; • Massagem transversa profunda; • Corrente farádica; • Exercícios passivos, ativo assistido e ativo livre; • Isometria; • Exercícios ativo resistido; • Kabat; • Trabalho de deambulação na paralela; • Trabalho de apoio do coto; • Trabalho de alongamento da musculatura da coluna e membros superiores. TRATAMENTO DOS MEMBROS INFERIORES • Exercícios ativo assistido e ativo livre de membros inferiores; • Transferência de peso com paciente sentado; • Apoio sobre uma perna e depois sobre a prótese; • Deambulação nas paralelas; • Reeducar o paciente a levantar e sentar; • Deambulação sem ajuda das paralelas; • Subir e descer escada; • Subir e descer rampa. TRATAMENTO DOS MEMBROS INFERIORES APÓS A PROTETIZAÇÃO ENFAIXAMENTO • Evitar edema , modelar o coto, diminuir as dores e sensações fantasmas, previnir êstase venosa, proteger a pele de traumas; • 24 horas por dia • Cuidados com alergia , isquemia, constrição e ferimentos • Uso até a protetização ENFAIXAMENTO PÓS PROTETIZAÇÃO • COLOCAÇÃO DA PRÓTESE PÓS PROTETIZAÇÃO • TRANSFERÊNCIAS DE SENTADO PARA EM PÉ PÓS PROTETIZAÇÃO • EQUILÍBRO E TRAFERÊNCIAS DE PESO PÓS PROTETIZAÇÃO • Treino de marcha PÓS PROTETIZAÇÃO • Marcha em escadas e rampas PÓS PROTETIZAÇÃO • Atividades esportivas e recreacionais DOR FANTASMA • São sensações sem base real que resultam do seccionamento de grandes troncos nervosos. A irritação mecânica ou devida a estímulos nocivos nos neuromas do coto ou a perfusão inadequada dos tecidos em volta da terminação nervosa são capazes de provocar dor fantasma. • Também é possível que as dores fantasmas sejam devidas a alterações que ocorrem no interior do SNC sob a forma de hipersensibilidade das sinapses centrais que foram sensibilizadas em consequência do traumatismo. • TRATAMENTO: A mobilização/massagem e a eletroterapia são capazes de aliviar os sintomas. Neuromas • Massoterapia • Eletroterapia- Ultra som e tens • Hidroterapia • Percussão • Aplicação de materiais de diferentes texturas SUPERAÇÃO DO PACIENTE "Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros já foram." Alexandre Graham Bell
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