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SINOPSE DO CASE: QUANDO O ERRADO VIRA DUVIDOSO[1: Case apresentado à disciplina de Tutela Cautelar e Procedimentos Especiais I, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco- UNDB.2 Alunos do 7º período, do curso de Direito, da UNDB.3 Professor (a): Me. ]
Corina Seltinha de F. C. S. S. Gomes 2
Hugo Passos3
1 DESCRIÇÃO DO CASO
Dona Maria e seu Carlos são vizinhos há 35 anos, sendo parte da primeira geração do bairro onde moram, um conjunto habitacional inaugurado em plena ditadura militar. O filho de seu Carlos perdeu o emprego e foi obrigado a voltar a São Luís com a família. Para isso, Carlos se viu obrigado a aumentar a casa, acrescentando um andar como puxadinho. 
O Sr. João Carlos foi acionado judicialmente pela defensoria pública, no ano de 2013, por meio de uma ação de “obrigação de não fazer com pedido de antecipação de tutela”, pelo fato de começar a construir um sobrado, ao lado do terreno da Dona Maria da Silva (autora da ação), o puxadinho, que estaria desrespeitando os direitos de vizinhança. 
Ignorando as questões de mérito, que são irrelevantes para o caso, o NPJ alegou como preliminar, na contestação, falta de interesse processual uma vez que o então CPC previa uma ação específica para atender aquela situação peculiar, ação essa (de procedimento especial) que não foi observada pela defensoria pública. 
Anos depois, já com o código de processo novo, a ação de procedimento especial que deveria ser proposta pela parte não mais existe e o processo continua em andamento. 
2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO
2.1 Descrições das decisões possíveis:
a) O juiz deve apreciar a preliminar apresentada, concordando com a falta de interesse de agir;
b) O juiz deve apreciar a preliminar apresentada, discordando com a falta de interesse de agir;
2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada decisão:
2.2.1 O juiz deve apreciar a preliminar apresentada, concordando com a falta de interesse de agir
Observando o artigo 934 do CPC de 1973. Compete esta ação:
I - ao proprietário ou possuidor, a fim de impedir que a edificação de obra nova em imóvel vizinho Ihe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que é destinado;
II - ao condômino, para impedir que o co-proprietário execute alguma obra com prejuízo ou alteração da coisa comum;
III - ao Município, a fim de impedir que o particular construa em contravenção da lei, do regulamento ou de postura. (BRASIL, 73)
Visto isso, podemos observar que o Juiz agiu corretamente ao apreciar a preliminar de falta de interesse processual, pois é notório que não caberia uma ação específica que versa sobre esse tipo de direito material, vale ressaltar que a situação desse caso ocorreu sob o amparo do código de processo penal de 73.
Desse modo, observa-se a falta no interesse de agir, um pressuposto processual intrínseco, Frederico Marques afirma que:
Pelos seus liames e nexos com a pretensão deduzida no pedido, é que as condições da ação se distinguem dos pressupostos processuais. Ambos constituem espécie dos pressupostos de admissibilidade da tutela jurisdicional. Mas, enquanto os pressupostos processuais incidem sobre a relação processual, as condições da ação promanam da viabilidade do pedido que o autor deduz quando propõe a ação (MARQUES,2013)
E Humberto Theodoro Junior (2014) acrescenta:
Inobservados, porém, os pressupostos processuais, ou as condições da ação, a missão da atividade jurisdicional estará frustrada, pois ocorrerá a extinção prematura do processo, sem julgamento ou composição do litígio. Assim, enquanto as condições da ação dizem respeito à possibilidade jurídica do pedido, ao interesse de agir e à legitimidade das partes ou qualidade para agir, os pressupostos processuais dizem com a relação processual que se estabelece entre autor, juiz e réu. (THEODORO JÚNIOR, 2014)
Tendo em vista o que foi supracitado, é cabível o indeferimento por meio da preliminar, causando assim a encerramento do processo sem resolução de mérito.
2.2.2 O juiz deve apreciar a preliminar apresentada, discordando com a falta de interesse de agir
A morosidade na prestação jurisdicional no ordenamento Jurídico Brasileiro tem gerado inúmeras polêmicas e discussões nas últimas décadas frente às demandas processuais existentes, o código de processo civil de 2015 trouxe mudanças para a solução de alguns desses problemas, como celeridade.
A primeira grande mudança no Código de Processo Civil é o fim da divisão de procedimentos. O Código de Processo Civil de 1973, em artigo 272, dividia o procedimento comum em ordinário e sumário; mas com o novo Código de Processo Civil de 2015, o procedimento sumário deixou de existir, aplicando-se, somente o procedimento comum, nos termos do art. 318 do novo CPC (RODRIGUES, 2015).
Visto que o novo código veio com uma ideologia de afastamento da morosidade do trâminte processual, entendemos que a falta de interposição de um procedimento especial mais especifico não deve desconfigurar o requisito do interesse de agir, portanto, deve-se prezar pelo aproveitamento dos atos mesmo que sem total formalidade (artigos 283 e 188, Código Processual Civil, 2015).
A ação cabível é a de demolição, visto que a obra iniciou-se em 2013 e supõe-se que passados esses cincos anos, no decorrer do processo, ela já deve estar terminada, sendo sempre observado o CPC de 2015.
CRITÉRIOS E VALORES
No presente trabalho foram utilizados o Código de Processo Civil de 73, assim como o Código de Processo Civil de 2015 e entendimentos da jurisprudência.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código de Processo Civil. Código de Processo Civil Brasileiro. Brasília, DF: Senado, 1973.
BRASIL. Código de Processo Civil. Código de Processo Civil Brasileiro. Brasília, DF: Senado, 2015.
MARQUES, Frederico. Manual de direito Processual civil, Vol I, 18. Ed. São Paulo: Forense, 2013, p.160 e 161.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, Vol. I. 55. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014, p.61 e 62.
RODRIGUES, Sabrina. Procedimento comum no Novo Código de Processo Civil: parte I- Principais alterações do Novo Código de Processo Civil - artigos 318 a 332. [Sl]: Jurisway, 2015.

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