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Estudo Dirigido Gest Estratégica e Inteligência

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Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO DA DISCIPLINA 
 
Gestão Estratégica e Inteligência na Segurança Privada 
 
Neste roteiro destacamos a importância para seus estudos de alguns temas diretamente 
relacionados ao contexto estudado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteúdo 
programático da sua disciplina nesta fase, e lhe proporcionarão maior fixação de tais assuntos, 
consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse 
é apenas um material complementar, que juntamente com os vídeos e os slides das aulas 
compõem o referencial teórico que irá embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor 
maneira possível. 
 
Bons estudos! 
*este material destina-se exclusivamente para estudo aos alunos do Curso de Tecnologia em Gestão de Segurança 
Privada junto ao Grupo Uninter 
 
 
A atividade de inteligência acompanha a evolução histórica da humanidade, pois a busca 
por informações e pelo conhecimento remontam os primórdios da civilização. A 
necessidade em obter informações é parte importante da atividade de inteligência, o intuito 
desta busca é a sua sobrevivência, segurança e principalmente a manutenção das relações 
de poder dentro do grupo social. 
 
A necessidade de conhecimento é intrínseca ao ser humano, pois somente por meio dele é 
possível sobreviver, sendo assim, o que o homem primitivo deveria obrigatoriamente 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
conhecer todos os perigos que o cercavam, como o frio, os animais perigosos, a maneira 
de se saciar a fome e de proteger. 
 
De acordo com o que está publicado no site da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), 
temos que no Brasil, a Inteligência de Estado desenvolveu-se durante o regime 
republicano, em especial a partir de 1927, e fez parte da história do país, em maior ou 
menor intensidade, tanto nos períodos democráticos quanto nas fases de exceção. A 
atividade de Inteligência caracteriza-se, considerando os seguintes elementos: pela 
identificação de fatos e situações que representem obstáculos ou oportunidades aos 
interesses nacionais. O levantamento e o processamento de dados e a análise de 
informações ajudam os decisores governamentais a superar obstáculos ou a aproveitar 
oportunidades. 
 
Com base na análise da sucessão dos diferentes órgãos de Inteligência da histórica 
republicana, identifica-se quatro fases da atividade no Brasil: 
 Fase Embrionária (1927 a 1964): Correspondeu à construção das primeiras 
estruturas governamentais voltadas para a análise de dados e para a produção de 
conhecimentos. 
 Fase da Bipolaridade (1964 a 1990): A atividade esteve atrelada, de forma direta, ao 
contexto da Guerra Fria, de características notoriamente ideológicas. 
 Fase de Transição (1990 a 1999): Com a redemocratização, a atividade de 
Inteligência passou por processo de reavaliação e autocrítica para se adequar a 
novos contextos governamentais de atuação. 
 Fase Contemporânea (1999 até hoje): É marcada pelo expressivo avanço da 
atividade no País – tanto pela consolidação da atuação da ABIN quanto pela 
expansão do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN). 
 
O Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) foi instituído pela Lei nº 9.883, no dia 07 de 
dezembro de 1999, com objetivo de integrar e coordenar as ações de planejamento e 
execução da atividade de inteligência no País. Compete ao SISBIN, com base nos temas 
de interesse definidos pela Política Nacional de Inteligência, a obtenção e análise de dados 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
e informações voltados para a produção e difusão de conhecimentos dentro e fora do 
território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o 
processo decisório nacional e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança 
da sociedade e do Estado brasileiro. Além dos órgãos e entidades federais que direta ou 
indiretamente possam produzir conhecimentos sobre assuntos de interesse para a 
atividade de inteligência e daqueles responsáveis pela defesa externa, relações exteriores 
e segurança interna, também podem integrar o SISBIN órgãos das Unidades da 
Federação, mediante convênios e ajustes específicos, devendo, nesses casos, ser ouvida 
a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional 
(CCAI). 
 
O Subsistema de Inteligência de Segurança Pública (SISP) foi instituído pelo Decreto 
3.695/2000 com a finalidade de coordenar e integrar as atividades de Inteligência de 
Segurança Pública em todo o País, bem como suprir os governos federal e estaduais de 
informações que subsidiem a tomada de decisões nesta área. Cabendo aos órgãos que o 
compõem o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública (SISP), a missão de 
identificar, acompanhar e avaliar ameaças reais ou potenciais de segurança pública e 
produzir conhecimentos e informações que subsidiem ações para neutralizar, coibir e 
reprimir atos criminosos de qualquer natureza. 
 
A Atividade de Inteligência pode ser definida, de acordo com o § 2º, do artigo 1º, da Lei 
9.883, de 07 de dezembro de 1999, como a “atividade que objetiva a obtenção, análise e 
disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações 
de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e 
sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado. 
 
A inteligência como organização entende a inteligência como o órgão ou o setor 
estruturado que possui a missão de executar todas as tarefas necessárias com a finalidade 
de produzir conhecimentos para subsidiar os processos decisórios. O termo “inteligência” 
vem sendo utilizado ao longo da história sob três aspectos: a inteligência como 
organização, a inteligência como processo e a inteligência como produto. 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 A inteligência como organização entende a inteligência como o órgão ou o setor 
estruturado que possui a missão de executar todas as tarefas necessárias com a 
finalidade de produzir conhecimentos para subsidiar os processos decisórios. 
 A inteligência como processo encara a inteligência como uma metodologia, ou seja, 
como o método científico utilizado para a produção de conhecimentos que servirão 
de base para subsidiar os processos decisórios. 
 A inteligência como produto considera a inteligência como o resultado final do 
processo de análise, isto é, como o próprio conhecimento produzido. 
 
A Inteligência Competitiva ou Empresarial deve ser entendida como a atividade proativa 
voltada para a produção de informações com a finalidade de subsidiar a tomada de 
decisão, estratégica ou operacional, dentro das empresas. Trata-se de um processo 
sistemático e estruturado no âmbito empresarial com a finalidade de reduzir riscos, 
proteger ativos, levantar oportunidades e garantir vantagem competitiva no mundo dos 
negócios. O Núcleo de Inteligência Competitiva da Universidade de Brasília define a 
Inteligência Competitiva, como sendo o processo sistemático de coleta e análise de 
informações sobre a atividade dos concorrentes e tendências gerais do ambiente 
econômico, social, tecnológico, científico, mercadológico e regulatório, para ajudar na 
conquista dos objetivos institucionais da empresa pública ou privada. 
 
Dependendo do objeto de estudo e da área de atuação, definem-se diversas categorias ou 
espécies de inteligência, como, por exemplo, inteligência de estado, inteligênciamilitar, 
inteligência criminal, inteligência de segurança pública, inteligência policial, inteligência 
penitenciária, inteligência prisional, inteligência competitiva, dentre outras tantas hoje 
existentes. Sobre as categorias ou espécies de inteligência: 
 
 Inteligência de Estado: Consiste na “atividade que objetiva a obtenção, análise e 
disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e 
situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação 
governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado. 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 Inteligência Militar: pode ser definida como a atividade militar especializada exercida 
permanentemente com a finalidade de produzir conhecimentos para subsidiar o 
processo decisório no âmbito das forças armadas. 
 Inteligência Criminal, Inteligência de Segurança Pública e Inteligência Policial: em 
linhas gerais é a atividade técnico-especializada, exercida permanentemente, com a 
finalidade de obter, analisar e produzir conhecimentos, em nível político, estratégico, 
tático e operacional, visando à prevenção e a repressão de crimes. 
 Inteligência Penitenciária e Inteligência Prisional: são atividades desenvolvidas no 
âmbito dos estabelecimentos penitenciários com o objetivo de detectar eventos 
anormais no interior das unidades prisionais e subsidiar os órgãos de segurança 
pública, com conhecimentos úteis e oportunos voltados para o combate preventivo e 
repressivo da criminalidade. 
 Inteligência Competitiva ou Empresarial: deve ser entendida como a atividade 
proativa voltada para a produção de informações com a finalidade de subsidiar a 
tomada de decisão, estratégica ou operacional, dentro das empresas. 
 
Os Princípios Gerais da Atividade de Inteligência, que são as vigas mestras que dão 
sustentação a atividade, tanto na iniciativa privada, como no âmbito estatal, pois, sendo 
uma atividade típica de Estado, perfeitamente aplicável a iniciativa privada, a Atividade de 
Inteligência deve se pautar tanto por estes princípios, como pelos princípios norteadores do 
Artigo 37, caput, da Constituição Federal de 1988. Os princípios norteadores do Artigo 37, 
caput, da Constituição Federal de 1988, são: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade e Eficiência. 
 
Quanto aos princípios gerais da Atividade de Inteligência e os Princípios Constitucionais: 
 
 Em estreita relação com os princípios constitucionais: Legalidade, Impessoalidade, 
Moralidade, Publicidade e Eficiência, a Atividade de Inteligência possui, além destes, 
outros princípios, como por exemplo: proatividade, objetividade, oportunidade, 
compartimentação e outros. 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 Fazendo uma análise de tais princípios e cotejando com os princípios constitucionais 
aludidos, vemos que alguns se repetem, como o da legalidade e da impessoalidade, 
que recebe o nome de imparcialidade e os outros também estão inseridos, por via 
direta ou transversa, não fugindo, em momento algum, das vigas mestras que 
alicerçam o agir de toda a Administração Pública, seja ela Municipal, Estadual, 
Distrital ou Federal. 
 Para a iniciativa privada, ao contrário do Estado, que só pode agir de acordo com o 
que a Lei prescreve, é lícito fazer tudo o que a lei não vede, nos precisos 
ensinamentos de Hely Lopes Meirelles. Entretanto, quando falamos em atividade de 
inteligência, ao particular é oportuno que se observe o regramento legal sobre a 
atividade, para poder utilizá-la, com as adaptações necessárias. 
 
A ética na Atividade de Inteligência é totalmente permeada, como não poderia ser 
diferente, pelo respeito aos princípios da Legalidade, Impessoalidade ou Imparcialidade e 
Moralidade. O profissional da área de inteligência deverá pautar o seu agir com irrestrita 
discrição, isenção de ânimo, sempre colocando o interesse da instituição e da sociedade 
em primeiro plano. 
 
Sobre os ramos da Atividade de Inteligência (Inteligência e Contra Inteligência), sua 
umbilical ligação, bem como mencionaremos também o ELO - Elementos de Operações, 
que atua como suporte, tanto para a primeira como para a segunda, auxiliando na proteção 
do conhecimento produzido, bem como nas ações de busca do dado negado. 
 
Quanto aos ramos Atividade de Inteligência, Níveis de Assessoramento e Fontes: 
 
 A Inteligência é o ramo que produz o conhecimento e a contra inteligência é o ramo 
que atua na salvaguarda, proteção desse mesmo conhecimento, bem como do 
pessoal, instalações, materiais, redes, computadores etc. 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 O Elemento de Operações (ELO) tem como missão auxiliar no ciclo de produção do 
conhecimento, agindo, de forma especializada, para buscar o dado negado ou 
coletar o dado necessário a produção do conhecimento. 
 As fontes em que a atividade de inteligência busca para reunir dados e produzir o 
conhecimento quando demandada pelo tomador de decisões, a saber: humana, 
documentos, internet, banco de dados etc. 
 
O processo de produção de conhecimento, tanto na Administração Pública, como na 
iniciativa privada, deve ser especializado e diferenciado, pois, por meio dele, o analista será 
capaz de transformar simples dados em conhecimentos (saber estratégico) úteis, 
oportunos e confiáveis. A produção de conhecimento de inteligência tanto na Administração 
Pública, como na segurança privada, poderá ocorrer basicamente em quatro situações: 
 para cumprir o disposto em um Plano de Inteligência; 
 para atender à solicitação de um outro setor de inteligência congênere; 
 para atender uma demanda específica solicitada por algum dos gestores da 
empresa; e 
 por iniciativa do próprio setor de inteligência. 
A atividade de inteligência tem como linha mestra a produção de conhecimento para 
assessorar os tomadores de decisões, seja na Administração Pública, como na atividade 
empresarial. Nesta linha, temos que inteligência é toda informação coletada, organizada ou 
analisada para atender as demandas de um tomador de decisões qualquer (CEPIK, 2003). 
Sobre a Produção de Conhecimento de Inteligência de acordo com a DNISP Inteligência de 
Segurança Pública é um exercício sistema de ações especializadas, sendo exigido que 
seus profissionais adotem uma linguagem também especializada, que, se não representará 
uma ruptura com o processo de comunicação utilizado pela sociedade, deve garantir 
relações de comunicações nas quais não ocorram distorções ou incompreensões. 
 
 
 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
De forma simplista, podemos afirmar que o dado é a “pedra bruta” do profissional de 
inteligência que precisa ser trabalhada e lapidada. Lembrando a diferença entre dado e 
conhecimento: o conhecimento, por sua vez, é o produto final que resulta do trabalho de 
análise e interpretação desenvolvido pelo profissional de inteligência 
 
Para a atividade de inteligência a verdade significa a plena concordância entre o fato 
(objeto de estudo) e o conteúdo do pensamento do sujeito, ou seja, a plena conformidade 
entre aquilo que se pensa e a realidade das coisas. Referente a concepção da verdade e 
seu antagonista para a Atividade de Inteligência: verifica-se que na atividade de inteligência 
o contrário da verdade não é a mentira, mas sim o erro, uma vez que na relação entre o 
pensamento e o fato que está sendo analisado nem sempre ocorrerá uma concordância 
plena, pois a mente poderá encontrarobstáculos que a impedem de formar uma imagem 
perfeita acerca do objeto (fato ou situação), isto é, o analista nem sempre consegue estar 
seguro acerca da própria existência do fato ou situação, tampouco dos seus 
desdobramentos. 
 
Em relação à verdade, a mente humana pode apresentar-se sob quatro diferentes estados: 
certeza, opinião, dúvida e ignorância. Conhecer cada um destes estados da mente diante 
da verdade torna-se imprescindível para a atividade de inteligência, na medida em que 
trarão consequências diretas sobre o tipo de conhecimento produzido pelo analista. Em 
relação ao estado de ignorância em relação a verdade: trata-se do estado em que a mente 
sequer consegue formar qualquer imagem acerca de uma realidade específica. 
Caracteriza-se pelo típico “não sei”. É impossível produzir conhecimento sob o estado da 
ignorância 
 
Quanto ao Estados da mente diante da verdade: 
 
 Certeza: Neste caso o analista não tem o mínimo receio de poder estar enganado 
quanto à verdade acerca de um fato, situação ou seus desdobramentos lógicos. 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 Opinião: A concordância parcial entre o pensamento e o fato significa, na prática, 
que o analista acaba aceitando o fato como provavelmente verdadeiro, mas pela 
insuficiência de evidências fica receoso em atestar a sua verdade plena. 
 Dúvida: Nestas situações, aconselha-se que o analista interrompa temporariamente 
o trabalho intelectual e reinicie a busca por outras evidências que lhe permitirão 
concluir sobre a adequação ou não do objeto com a realidade. 
 Ignorância: Trata-se do estado em que a mente sequer consegue formar qualquer 
imagem acerca de uma realidade específica. Caracteriza-se pelo típico “não sei”. 
 
Os Processos Intelectuais e tipos de conhecimento o estudo de fatos ou situações ocorre 
por meio de diferentes processos intelectuais, que se caracterizam por diferentes graus de 
complexidade. Raciocínio é a operação intelectual por meio do qual a mente a partir de 
dois ou mais juízos conhecidos alcança outros que deles decorrem logicamente. 
A doutrina se baseia em três fatores para diferenciar os tipos de conhecimento produzidos 
pela atividade inteligência, sendo eles os seguintes: 
 os estados sob os quais a mente humana pode se colocar diante da verdade 
(certeza, opinião, dúvida e ignorância); 
 os processos intelectuais necessários à produção do conhecimento (juízo e 
raciocínio); 
 a temporalidade considerada no estudo do objeto (passado, presente e futuro)” 
 
A partir da combinação destes três fatores, os tipos de conhecimento são: informe, 
informação, apreciação e estimativa. 
 
Sobre o tipo de conhecimento denominado: 
 
 Informe: É o conhecimento através do qual o analista expressa o seu estado de 
certeza ou opinião em relação à verdade, acerca de fato ou situação passado e/ou 
presente. Resulta da simples formulação de juízos. 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 Informação: é o conhecimento através do qual o analista, elaborando raciocínios, 
expressa o seu estado de certeza em relação à verdade, acerca de fato ou situação 
passado e/ou presente. No conhecimento informação o analista vai além da simples 
narrativa. Interpreta fatos e situações, estabelecendo relações entre eles. 
 
Para uma elaboração especializada de conhecimento, tanto no âmbito da Inteligência 
Estatal ou na iniciativa privada, a Doutrina recorre a pressupostos científicos previamente 
definidos, denominados de Ciclo de Produção de Conhecimento (CPC), o qual adota 
preceitos específicos para conhecimentos diferentes, por exemplo, a metodologia que 
permite a produção do conhecimento Informe difere do conhecimento Estimativa, só para 
citar um exemplo. A Metodologia de Produção de Conhecimento abarca as seguintes 
fases: 
 
a. Planejamento; 
b. Reunião de dados e/ou conhecimentos; 
c. Processamento; 
d. Formalização e Difusão; e. 
f. Arquivamento. 
 
O planejamento tem por objetivo direcionar, organizar e racionalizar o trabalho do analista. 
Trata-se de uma fase indispensável, que trará reflexos diretos na qualidade do 
conhecimento produzido. Nesta fase o analista, após fazer uma breve análise acerca das 
necessidades do tomador de decisão e do contexto dentro do qual estas necessidades 
estão inseridas, deverá, de forma clara e objetiva, sistematizar o seu trabalho, da seguinte 
forma: definir e delimitar o assunto que será estudado; delimitar a faixa de tempo; definir o 
usuário do conhecimento; determinar a finalidade do conhecimento; determinar o prazo 
disponível para a elaboração do trabalho; definir os aspectos essenciais acerca do assunto 
que será estudado; definir medidas extraordinárias; e definir medidas de segurança. A 
definição das medidas de segurança, já no planejamento, o analista deverá identificar e 
prever quais as medidas de segurança necessárias para proteger as ações que 
compreendem todo o processo de produção do conhecimento, levando-se em 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
consideração a sensibilidade do assunto tratado e os possíveis impactos de um eventual 
vazamento sobre os ativos estratégicos da empresa no ambiente interno e externo. 
 
A Definição dos Aspectos Essenciais, em termos práticos, o analista deverá listar os 
aspectos ou aquilo que precisa conhecer e abordar para que possa extrair conclusões que 
lhe permitam responder as perguntas que traduzem as necessidades de conhecimento do 
tomador de decisão. Tal lista deve ser flexível, podendo sofrer ampliações ou restrições ao 
longo do estudo. As definições dos aspectos essenciais: 
 
 Após listar os aspectos essenciais em relação ao assunto, o analista deverá verificar 
e separar os aspectos essenciais conhecidos dos aspectos essenciais a conhecer. 
 Os aspectos essenciais conhecidos são aqueles para os quais já se tenha respostas 
antes do desencadeamento de qualquer medida voltada à reunião de dados. Note-
se, que neste ponto, o analista deve ter atenção e separar, dentre os aspectos 
essenciais conhecidos, as respostas completas das incompletas e as que 
expressam certeza daquelas que expressam opinião ou dúvida. 
 Os aspectos essenciais a conhecer, por sua vez, são aqueles para os quais o 
analista não tenha qualquer resposta, bem como aqueles que ainda precisam de 
confirmação ou complementação. 
 
Na fase de Reunião de Dados, o analista irá realizar um trabalho direcionado a coletar e/ou 
buscar os dados para lastrear a produção do conhecimento demandado, para se atender o 
tomador de decisão. Caso o analista precise de algum dado protegido (negado) poderá 
demandar ainda o Elemento de Operações (ELO) para auxiliar na busca de tal dado 
negado. 
 
A fase do processamento compreende exatamente a fase intelectual do processo de 
elaboração do conhecimento de inteligência. Nesta fase o analista deverá passar por 
quatro etapas, sendo elas: Avaliação; Análise; Integração e Interpretação. Na etapa da 
avaliação: 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 Nesta etapa cabe ao analista, considerando os objetivos específicos do estudo, 
determinar o valor dos dados e conhecimentos obtidos na fase da reunião, isto é, 
deverá avaliar a pertinência e a credibilidade de cada dado ou conhecimento que 
pretende utilizar no seu trabalho. 
 Para aferição da credibilidade do dado ou conhecimento o analista deverá utilizar-se 
de uma técnica especifica de avaliação dados, que lhe permitirá avaliar a idoneidade 
fontee a veracidade do conteúdo. 
 
Com relação à Técnica de Avaliação de Dados: A avaliação do conteúdo tem por objetivo 
estabelecer o grau de veracidade do conteúdo do dado ou conhecimento. Para tanto, três 
aspectos deverão ser analisados, sendo eles: Coerência; Compatibilidade e Semelhança: 
 Para se verificar a coerência analisa-se o dado isolado, ou seja, confrontam-se, 
apenas, as partes que formam o próprio dado que está sendo avaliado. O analista 
olha apenas para “dentro” do dado. 
 Na avaliação da compatibilidade o analista deverá olhar para fora, a fim de verificar 
se o dado é compatível com aquilo que já se sabe sobre o assunto estudado. O foco 
aqui é verificar se o dado se harmoniza com outros fatos ou situações já conhecidos 
a respeito do objeto de estudo. 
 Haverá semelhança quando o dado for confirmado por outras fontes, ou seja, 
existem dados de outras fontes com o mesmo conteúdo do dado que está sendo 
avaliado. 
 
Na etapa da interpretação, o analista deverá identificar e avaliar as ligações existentes 
entre os dados, as relações de causa e feito, os graus de motricidade e dependência de um 
dado em relação aos outros, bem como encontrar padrões e apontar tendências, a fim de 
esclarecer as particularidades e preencher as lacunas relacionadas aos aspectos 
essenciais do assunto estudado, conforme o tipo e as características do conhecimento que 
será produzido, ou seja, nesta etapa deve-se procurar entender, a partir de um ponto no 
passado, como determinado fato chegou à situação que se encontra hoje e quais foram os 
fatores de influência que modelaram a realidade atual ou interferiram nesse processo 
evolutivo. 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
 
Contra Inteligência é a atividade que objetiva prevenir, detectar, obstruir e neutralizar a 
inteligência adversa e ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda 
de dados, informações, e conhecimentos de interesse da sociedade e do Estado, bem 
como das áreas e dos meios que os retenham ou em que transitem. Atividade de Contra 
Inteligência é o ramo da Atividade de Inteligência de Segurança Pública que se destina a 
proteger a atividade de inteligência e a instituição a que pertence, mediante a produção de 
conhecimento e implementação de ações voltadas à salvaguarda de dos e conhecimentos 
sigilosos, além da identificação e neutralização das ações adversas de qualquer natureza. 
 
A atividade de Contra Inteligência, como ramo da Atividade de Inteligência, divide-se em 
três vertentes, a saber: Segurança Orgânica, Segurança Ativa e Segurança de Assuntos 
Internos. Sobre a Segurança Orgânica (SEGOR) na atividade de contra inteligência, é 
importante notar que, a segurança orgânica é o conjunto de medidas preventivas 
integradas, destinadas a proteger o pessoal, a documentação, as instalações, o material, 
as comunicações, telemática, informática e as operações, com vistas a garantir o 
funcionamento da instituição e prevenir e obstruir as ações adversas de qualquer natureza. 
 
A segurança ativa constitui-se no conjunto de medidas proativas (ofensivas) executadas 
pelo contra inteligência com a finalidade de detectar, avaliar e neutralizar ações adversas 
que se contraponham aos interesses da empresa. Referente aos assuntos que permeiam a 
Segurança Ativa (SEGAT): 
 
 A contraespionagem deve ser pensada e implementada com objetivo detectar, 
avaliar e neutralizar ações adversas que pretendam ter acesso a pessoas, dados e 
conhecimentos sigilosos relacionados às atividades de segurança privada da 
empresa, em seus diferentes níveis. 
 A contras sabotagem empresarial, por sua vez, deve direcionar esforços para 
detectar, avaliar e neutralizar ações adversas de sabotagem, isto é, ações 
executadas sobre pessoas, documentos, materiais, equipamentos e instalações com 
 
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a intenção de interromper o funcionamento das atividades de segurança privada 
desenvolvidas pela empresa. 
 Segurança de Assuntos Internos é o conjunto de medidas destinadas a produção de 
conhecimento que visam assessorar as ações de correição das instituições de 
segurança pública ou da iniciativa privada 
 
A contrapropaganda tem como finalidade detectar, avaliar e neutralizar a propaganda 
adversa, ou seja, aquela veiculada de forma maliciosa com a finalidade de influenciar ou 
provocar opiniões, emoções, e comportamentos negativos do público ou funcionários em 
relação à empresa. 
 
De acordo com a Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP) 
Operação de Inteligência é: Conjunto de ações de coleta e de busca, executada quando os 
dados a serem obtidos estão protegidos por rígidas medidas de segurança e as 
dificuldades e/ou riscos são grandes para as AI, exigindo um planejamento minucioso, um 
esforço concentrado e o emprego de técnicas especializadas, com pessoal e material 
especializados. 
 
Urge destacar que a maioria dos dados necessários para a produção do conhecimento, via 
de regra, estão em fontes abertas, entretanto, em algumas ocasiões precisam ser 
confirmados com outras fontes para se atestar a sua autenticidade. 
 
O dado protegido ou negado, se revestem de especial importância, constituindo-se num 
fator diferenciador que possibilita a produção de conhecimentos úteis e privilegiados. Há 
dois tipos básicos de Operações de Inteligência, a saber: Operações Exploratórias e 
Operações Sistemáticas. Sobre as Operações Exploratórias, é a obtenção eventual de um 
dado específico em um determinado momento. 
 
 
 
 
 
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Sobre as Operações de Inteligência- Termos Técnicos, abordaremos alguns conceitos 
técnicos do Elemento de Operações do Órgão de Inteligência, inseridos no contexto de 
Ação de Busca, que é limitada, planejada e executada com o emprego de técnicas e meios 
sigilosos, com vistas a obtenção de dados específicos de interesse da Atividade de 
Inteligência, quanto as operações de inteligência em termos técnicos é importante saber: 
 Ambiente Operacional: É a área onde se desenvolvem as Atividades Operacionais 
de Inteligência. Pode se referir a um ambiente social, instalação, edifício, praça, rua, 
condomínio, favela, bairro, cidade, estado ou o país. 
 Infiltrado: É o indivíduo envolvido na busca de informações que não pertence ao OI, 
mas, foi por ele recrutado e preparado para desenvolver operações de busca, dentro 
de organizações ou facções que seja membro ou que nela seja inserido 
 Colaborador: Pessoa que por diferentes razões e motivações, colabora com a 
Operação de Inteligência, em especial com o Elemento de Operações, sem ter sido 
treinado ou preparado para tal. 
 
Ações de Busca são ações limitadas, planejadas e executadas com o emprego de técnicas 
e meios sigilosos, com vistas à obtenção de dados específicos de interesse da AI- 
Atividade de Inteligência. São ações de Busca: Reconhecimento (RECON), Vigilância 
(VIG), Recrutamento Operacional, Infiltração, Desinformação, Provocação, Entrevista, 
Entrada, Interceptação de Sinais. 
A infiltração consiste em colocar alguém, de forma dissimulada, junto a uma pessoa ou 
dentro de uma organização para que ela passe a coletar dados de interesse. 
As ações de Busca envolvem: 
 A vigilância é a técnica que consiste em manter uma ou mais pessoas ou um local 
sob observação, com a finalidade de levantar informações de interesse para a 
atividade de inteligência, como por exemplo, as características, a rotina e quem são 
os frequentadores de um local,ou as atividades, os hábitos e os vínculos de uma 
pessoa, etc. 
 O recrutamento operacional é um processo composto por diversas fases, que deve 
ser conduzido por agentes altamente especializados, cuja finalidade consiste em 
 
Centro Universitário Internacional UNINTER – Portaria do MEC Nº 688, de 25 de Maio de 2012 
identificar e convencer uma pessoa a trabalhar para a Inteligência repassando 
sistematicamente dados e informações de interesse para a atividade. 
 A interceptação de sinais traduz-se no monitoramento do fluxo de comunicações, 
incluídas aqui a interceptação telefônica, interceptação telemática, interceptação de 
correspondências e a utilização de escutas ambientais. 
As técnicas operacionais podem ser definidas como métodos e procedimentos empregados 
pelos agentes de operações de inteligência no curso das ações de busca com o objetivo de 
viabilizar a busca sigilosa do dado negado ou potencializar habilidades com a finalidade de 
facilitar a apreensão e a transmissão da informação protegida. 
 
As técnicas operacionais mais utilizadas na atividade de inteligência são: 
 Estória-Cobertura: Não passa de uma forma de esconder (dissimular) a real 
identidade dos agentes, de instalações ou organizações com intuito de facilitar a 
obtenção de informações e proteger o pessoal envolvido, bem como preservar o 
sigilo e a segurança da própria operação de inteligência. 
 Disfarce: Consiste na descaracterização dos aspectos físicos de uma pessoa 
ou alteração das características de algum local, com intuito de impedir a sua 
identificação, atual ou futura, ou viabilizar o emprego de uma estória-cobertura. 
 Observação, Memorização e Descrição: Como o próprio nome sugere é a 
técnica operacional através da qual o agente utilizando o máximo dos seus 
sentidos procura observar, apreender e transmitir o máximo de informações e 
detalhes sobre pessoas, coisas, fatos ou locais. 
 Comunicação Sigilosa: Consiste no emprego de formas e processos 
especiais de comunicação, previamente combinados, com o fim de transmitir 
mensagens ou repassar materiais de forma velada durante o curso de uma 
operação de inteligência. 
 
Geralmente, se operacionaliza a comunicação sigilosa pela interposição de mecanismos ou 
canais intermediários de transmissão, como por exemplo, a utilização de uma terceira 
pessoa (“inocente”) como canal intermediário de transmissão, a utilização de caixas 
 
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mortas, ou seja, locais previamente combinados onde as mensagens devem ser deixadas e 
retiradas.

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