Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia da olfação Evidências genéticas indicam que existem centenas de odores primários. Os receptores olfatórios fazem a ativação de diversas combinações diferentes, nos dando a capacidade de reconhecer cerca de 10000 odores diferentes. Os receptores olfatórios reagem do mesmo modo que a maioria dos receptores sensitivos: um potencial gerador (despolarização) acontece e dispara um ou mais impulsos nervosos. Essa transdução olfatória ocorre dessa forma: a ligação de um odorante a uma proteína receptora localizada em um cílio olfatório estimula uma proteína de membrana chamada proteína G. Essa proteína ativa a enzima adenilato ciclase a produzir uma substância chamada de monofosfato de adenosina cíclico (AMP cíclico ou cAMP). O cAMP abre um canal de Na+ causando um potencial gerador despolarizante na membrana do receptor olfatório. Se alcançar o limiar, é gerado um potencial de ação pelo axônio do receptor olfatório Limiares e adaptação aos odores O olfato, assim como todos os sentidos especiais, apresenta um limiar baixo. Apenas algumas moléculas de certa substancias devem estar presentes no ar para que sejam percebidas como um odor. Um bom exemplo é a substância química metilmercaptano, cujo odor é semelhante a um repolho estragado e pode ser detectado em concentrações baixíssimas. Como o gás natural utilizado em casa é inodoro, porém letal e explosivo, um pouco de metilmercaptano é adicionado para emitir um aviso olfatório caso haja um vazamento de gás. A adaptação aos odores ocorre rapidamente. Os receptores olfatórios se adaptam em cerca de 50% após o primeiro segundo de estímulo, mas se adaptam bem mais devagar depois disso. Ainda assim, pode ocorrer insensibilidade completa a determinados odores fortes após um minuto de exposição. A redução da sensibilidade envolve um processo adaptativo também no SNC.
Compartilhar