obrigacoes acessorias

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Juros
Observa-se que o juro é acessório, ou seja, depende de uma obrigação principal para que possa existir.
Juros são os rendimentos do capital, os frutos cíveis produzidos pelo dinheiro.
Juros: é uma “punição”: são os frutos cíveis que decorrem do dinheiro. 
Espécies: compensatórios\remuneratórios e moratórios: 
Compensatórios\remuneratórios: advém de uma atividade de quem empresta.
 São os devidos como compensação pela utilização de capital pertencente a outrem.
Os Juros Remuneratórios de um contrato é um valor que se paga pelo cliente à instituição financeira, com o objetivo de se remunerar o dinheiro emprestado durante o período da contratação.
Pode ser estabelecido pelas partes (contrato) ou pela lei. 
Quando advém da vontade das partes, o DEC. LEI. N. 22 626\33 estabelece que você pode cobrar até 2% ao mês de juros remuneratórios. 
aso de que eu emprestei 20 
sacas de café e quero como devolução 22 sacas de café.
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Esta regra não se aplica as instituições financeiras que possuem legislação especial podendo ser juros superiores a 2% ao mês. (ex: bancos); 
Juros moratórios: juros por conta de atrasos.
Juros de mora é uma taxa percentual sobre o atraso do pagamento de um determinado período de tempo.
Os juros de mora são a pena imposta ao devedor pelo atraso no cumprimento de sua obrigação no prazo estipulado.
São sempre devidos e independente de expressa previsão.
São acréscimos permitidos em lei ao credor de uma dívida
Pode ser: 
Convencionais: Estipulado pelas partes: valor de 1% ao mês (LEI 22. 626\33)
Devem ser previstos no contrato, estipulados pelos contratantes, não podendo exceder a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Legais: por falta de previsão expressa, aplica-se a taxa de correção da fazenda nacional (taxa Selic)
Correção monetária aos olhos de Carlos Roberto Gonçalves nada mais é do que uma atualização do valor real da moeda com base na data do começo do vínculo e da execução da prestação.
Portanto, a correção ou até atualização monetária, não constitui em acréscimo, é apenas uma forma de evitar a desvalorização da moeda pela inflação
Característica: 
"Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contaram assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes. ”
 São devidos independente de alegação de prejuízo, basta o inadimplemento da obrigação.
São devidos em toda obrigação de caráter econômico imediato. 
Juros não é preciso provar o fato lesivo, são incididos automaticamente. 
 (Não importa a natureza da obrigação, se tiver mora, por exemplo, sempre recai juros, mesmo que não tenha requisitado nas perdas e danos e se não tiver taxa fixada, valerá a da lei.)
Os juros que dependem de notificação são aqueles devidos a partir da interpelação judicial ou extrajudicial. 
Contam-se os juros moratórios desde a citação inicial (art.405 CC) – Responsabilidade contratual (obrigação liquida)
Contam-se os juros moratórios desde a data do fato (art.398 CC) – Responsabilidade extracontratual (Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.)
Ex.: se o passageiro do ônibus sofre danos em decorrência de um acidente com o coletivo, os juros moratórios são devidos a partir da citação inicial, por se tratar de responsabilidade contratual (contrato de adesão celebrado com a transportadora). Mas se a vítima é um pedestre que foi atropelado pelo ônibus, os juros são contados desde a data do fato (responsabilidade extracontratual).
Anatocismo: a prática de somar os juros ao capital para contagem de novos juros, ou seja, o anatocismo é a incorporação de juros ao valor da dívida, sobre a qual incidem novos encargos.
Só pode como a lei expressamente permite, em regra é permitido. 
Clausula penal (art 405-416): multa penal
Observa-se que a clausula penal é acessório, ou seja, depende de uma obrigação principal para que possa existir.
A denominada "cláusula penal" é aquela que determina, no contrato, as penalidades para o contratante inadimplente com suas obrigações.
Fixa no contrato multa em caso de descumprimento. 
A cláusula penal é uma condição contratual a qual as partes obrigam-se na hipótese de violarem alguma outra obrigação assumida. 
Sua utilização está sujeita ao acordo de vontade entre as partes.
Os contratantes podem estipular cláusula penal, sendo esta sempre voluntária. Uma vez contratada, no entanto, sua aplicação é cogente.
 A cláusula penal terá dupla função: 
(RESSARCIMENTO AO CREDOR). Indenizar (perdas e danos) a parte inocente diante dos prejuízos decorrentes do inadimplemento de uma condição pactuada;
(PENALIZA O DEVEDOR). Penalizar a parte infratora pela violação contratual.
Deste modo, conforme ao fim a que se destina, a cláusula penal classifica-se em compensatória ou moratória, conforme se passa a expor. (art 409,cc)
Compensatória (descumprimento): É firmada entre as partes contratantes através da qual se estipula o ressarcimento do credor na hipótese de inadimplemento absoluto da obrigação.
Credor
Quando se estipular a cláusula penal para o caso de descumprimento total da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor. (Credor terá benefício). 
O credor poderá extinguir a obrigação e pedir perdas e danos ou cobrar o valor da clausula
Quando houver o descumprimento especifico o credor pode exigir o cumprimento da obrigação + clausula penal. 
A grande vantagem desta cláusula é que, uma vez convencionada, o devedor do contrato fica obrigado a seu pagamento, que consiste em uma fixação estimada de perdas e danos. 
A clausula penal compensatória é devida independente de perdas e danos, basta que ocorra a causa prevista para que o credor possa cobrar. 
Em regra, não está vinculada as perdas e danos. Todavia, podem as partes exigir perdas e danos adicionais a clausula penal, quando o credor demonstrar que o valor estipulado na clausula penal, não é suficiente para indenizar os danos arrecadamos pelo descumprimento da obrigação. 
Entretanto, as perdas e danos havidos forem superiores ao valor da cláusula compensatória, o credor somente poderá exigir indenização suplementar se foi expressamente contratado. Caso contrário, a indenização ficará restrita ao limite da cláusula penal compensatória.
Sem clausula penal: extingue a relação + perdas e danos 
Com clausula penal: recebe a clausula penal (+: dependendo das condições) prefixa perdas e danos 
Moratória (atraso): é aplicada no caso de haver atraso no cumprimento da obrigação
É a contratual prevista para o caso de mora.
O credor ira exigir o cumprimento da obrigação + clausula penal 
 Incide nas hipóteses em que, embora atrasado, a prestação ainda se revela útil para o credor, motivo pelo qual deve ser cumprida, acrescida apenas de uma “punição” pelo atraso. (art. 411 do CC).
-O limite do valor da clausula penal: é o valor definido no contrato.
Equivale o valor da obrigação.
Princípio da moderação: ART. 412: 
Valor proporcional-cumprimento parcial
Nos casos de descumprimento parcial devera o juiz a redução proporcional do valor da clausula penal
O mesmo se aplica para os casos de analises do valor de clausula conforme a natureza do negócio. 
Arras: É uma garantia: 
É uma entrega antecipatória de garantia;
As arras constituem uma prestação em dinheiro ou outro bem móvel que objetiva sinalizar o comprometimento das partes na continuidade do contrato firmado.
Finalidade: uma garantia de firmar o contrato, sendo obrigado a cumprir. 
As arras são entregues logo no início da prestação 
Art. 417. As arras são computadas como parte do pagamento, se forem da mesma espécie da prestação do pagamento, casoao contrario serão restituídas. 
Espécies: confirmatórias e penitenciarias: 
Confirmatórias: 
Tem a mesma natureza das clausula penais
Funciona como espécie de prefixação de perdas e danos, mas cabe suplementação.
As arras confirmatórias são prestadas para indicar o compromisso com o negócio firmado, e não é possível a nenhuma das partes voltar atrás à palavra assumida.
Ou seja, as arras servirão de parâmetro mínimo de indenização por perdas e danos, sem prejuízo de a parte que não honrou o pacto ter que arcar com valor maior.
São pagas antes do início da contratação.
Se a inexecução e desfazimento do contrato for motivada por ato: 
Por quem as deu: as perde
Por que as recebeu: devolve em dobro
Caso ter perda, tem perda do valor.
Obs: para o mesmo caso não pode se colocar arras e clausula penal: para não ocorrer bis in idem.
Chamam-se “confirmatórias” justamente por confirmarem o contrato, tornando-o definitivo entre as partes, de tal modo que sua inexecução garante uma indenização suplementar.
Para início de contrato: confirmatórias 
b- penitenciarias: posto no contrato por vontade das partes. 
Direito de arrependimento: a parte pode desistir do negócio jurídico, desde que faca antes do início da sua execução.
Antes do cumprimento do contrato.
A desistência: 
As quem deu: as perde
As quem recebeu: pague em dobro.
Não cabe a suplementação
Para um determinado dia: penitenciarias 
Penitência é um conceito que introduz uma ideia de arrependimento. Com efeito, as arras penitenciais são típicas de contratos em que se firma o direito de arrependimento, sendo lícito às partes desfazerem o negócio, e voltarem atrás com a palavra proferida.
Transmissão de obrigação 
Cessão de credito.
É a transferência de credito de um credor originário (cedente) a um credor secundário (cessionário) 
Transfere os créditos e seus direitos.
 Essa transferência pode ser gratuita ou onerosa sobre todo ou parte. 
Devedor: o devedor so passa a dever para o novo credor (cessionário) após a notificação.
O devedor deve, no momento da notificação, opor ao cessionário as exceções pessoais que tinha contra o cedente (o antigo credor).
Espécies: 
Convencional: a cessão pode ocorrer por vontade das partes (podendo ser gratuita, onerosa, parcial ou total).
Legal: quando decorrer da lei
Judicial: por meio de decisão judicial, após processo civil regular.
1a- Cessão gratuita: assemelha-se a doação.
Transfiro meu credito sem pretensão de receber algo em troca.
Em cessão gratuita, o cedente só responde até o momento da existência do credito (até o tempo que lhe cede o credito).
Só é responsável se procedeu de má-fé.
E não responde pelo não pagamento (insolvência) do devedor.
1b- Cessão onerosa: assemelha-se a compra e venda
O cedente transfere o credito mediante a recebimento de uma vantagem.
Responderá o cedente até o momento da existência do credito (até o tempo que lhe cede o credito).
Em regra, não responde pela solvência de devedor (pro soluto)
Exceção: o cedente é responsável pela solvência do devedor (cedido), mas não responde por mais que daquele que recebeu, com juros. (pro solvendo)
Ou seja, o cedente só se responsabiliza pela solvência (pelo pagamento) do devedor (cedido), se houver clausula expressa (clausula pro solvendo art 296).
 E o fara até o valor que recebeu acrescidos dos juros e dos gastos contratuais.
1c- Total: transfere a totalidade do credito
1d- Parte: retém parte do credito, permanecendo na relação.
Ex: venda de credito.
A-----B (A é credor de B de 200 reais, mas A vende seu credito para C, que sera o novo credor de B).
Em cessão de credito abrange o principal (o acessório segue o principal). O acessório só não irá seguir o principal se houver expressa previsão em contrário.
Não cabe cessão: 
Em regra, todos os objetos podem ser objetos de cessão. 
Exceções: 
Quando decorrem de relações jurídicas de caráter personalíssimo (de caráter pessoal). 
Exemplo: direitos alimentícios, direito de família. 
Em virtude da lei 
Por convenção das partes 
Art 288, cc: validade inter partes: a cessão pode ser feito de qualquer forma.
Para que gere eficácia contra terceiros, para valer perante terceiros, a cessão deve ser feita por meio de instrumento público e registro.
Quando registrado tem uma obrigação de eficácia real (abrangente a todos saberem que mudou o credor).
Então, o acordo foi feito entre as partes (inter partes) mas para que não haja preocupação com terceiros (uma outra pessoa querer intervir na relação) deve ser registrada e escrita pública.