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PGRSS FINAL (1)

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DA SAÚDE 
 
 
PGRSS – Funerária São Cristóvão 
 
 
 
Alunos: Germano Favin, Halanna Kraieski, Joana Mücke, Matheus Muller 
 
 
 
Professor: Saulo P. Chielle 
 
 
 
 
 
 
Canoas, 2016 
2 
 
SUMÁRIO 
1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ................................................ 4 
1.1 Identificação dos responsáveis pelo empreendimento .......................... 4 
1.2 Descrição do Empreendimento ............................................................. 4 
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5 
3 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .............................................. 5 
4 OBJETIVOS ................................................................................................. 6 
4.1 Objetivo geral ........................................................................................ 6 
4.2 Objetivos específicos ............................................................................ 6 
5 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS DO 
ESTABELECIMENTO ........................................................................................ 6 
6 LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS ...................................................................... 7 
6.1 Legislação Federal ................................................................................ 8 
6.2 Legislação Estadual .............................................................................. 8 
6.3 Legislação Municipal ............................................................................. 8 
6.4 Normas Técnicas .................................................................................. 9 
7 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA SAÚDE – GRSS .......................... 9 
7.1 Definição e Classificação dos Resíduos ............................................. 10 
7.2 Diagnóstico do Estabelecimento ......................................................... 14 
7.3 Quantificação ...................................................................................... 17 
7.4 Segregação dos Resíduos .................................................................. 17 
7.5 Acondicionamento Interno ................................................................... 18 
7.6 Movimentação Interna de Resíduos .................................................... 19 
7.7 Armazenamento Temporário ............................................................... 20 
7.8 Coleta e Transporte Externo ............................................................... 21 
7.9 Tratamento e Disposição do RSS ....................................................... 22 
7.10 Ações Preventivas e Corretivas ....................................................... 23 
3 
 
7.11 Programa de Educação Ambiental .................................................. 23 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 24 
 
 
 
4 
 
1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
Razão Social: Funerária São Cristóvão Ltda. 
 CNPJ: 87.247.102/0001-94 
 Tipo de estabelecimento: Prestador de Serviços Funerários 
 Endereço: Rua Santos Ferreira, n° 1375, Bairro Marechal Rondon, 
Canoas – RS 
 Telefone: (51) 3472-1323 
 Horário de funcionamento: 24 horas 
1.1 Identificação dos responsáveis pelo empreendimento 
Responsável pelas informações e implantação do PGRS: 
Proprietário: Emerson Harry Muller 
E-mail: ehmuller@hotmail.com 
Telefone: (51) 3472-1323 
Responsáveis pela elaboração do PGRS 
Acadêmicos de Eng. Ambiental: Germano Favin, Halanna Kraieski, Joana 
Mücke, Matheus Müller 
Unilasalle – Canoas 
1.2 Descrição do Empreendimento 
Características: Serviços funerários 
Localização: Rua Santos Ferreira, n° 1375, Bairro Marechal Rondon, 
Canoas – RS 
Número de Funcionários: Onze (11) 
 
5 
 
2 INTRODUÇÃO 
 O plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é um documento 
técnico que identifica a tipologia e a quantidade de geração de cada tipo de 
resíduo e indica formas ambientalmente corretas para o manejo, nas etapas de 
geração, acondicionamento, transporte, transbordo, tratamento, reciclagem e 
destinação e disposição final. 
 Diante desta importância a Funerária São Cristóvão irá implantar um 
modelo de gestão de resíduos oriundos de serviços da saúde, prestando 
assistência à saúde do trabalhador, garantindo segurança e a integridade dos 
mesmos. Tendo gerados os resíduos da saúde, devemos manejá-los de forma 
adequada para que estes não se tornem um risco reverso à saúde coletiva e ao 
meio ambiente. Segundo a norma da ABNT os resíduos de serviços de saúde - 
RSS são qualquer resíduo resultante de atividades exercidas por um 
estabelecimento, que em razão de suas atividades, produz resíduos de 
serviços de saúde. 
3 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 A empresa em estudo é uma funerária que está no mercado desde abril 
de1970 e está localizada estrategicamente próxima ao Hospital Nossa Senhora 
das Graças. 
 Devido às atividades desenvolvidas no local, os resíduos gerados são 
provenientes de serviços administrativos e as atividades desenvolvidas na sala 
de preparação de corpos, e líquidos resultados da limpeza dos corpos. 
 Logo, há a necessidade de entender a gestão do empreendimento, bem 
como a situação atual do gerenciamento dos resíduos: armazenamento, 
segregação, transporte e destino final. Iniciando com os resíduos sólidos, 
torna-se necessário, para dimensioná-los e elaborar um plano de 
gerenciamento viável. 
 
6 
 
4 OBJETIVOS 
4.1 Objetivo geral 
 Elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde 
da Funerária São Cristóvão em Canoas- RS. 
 
4.2 Objetivos específicos 
 Classificar os Resíduos de Serviços de Saúde gerados na 
Funerária São Cristóvão em grupos A, B, C, D e E; 
 Descrever as etapas do manejo de resíduos adequados para cada 
grupo de acordo com a legislação vigente; 
 Elaborar um documento contemplando o conjunto de 
procedimentos a serem executados visando à minimização da 
geração de resíduos, o armazenamento, o transporte, o tratamento 
e o destino final adequado, observando a normatização referente à 
saúde pública e a proteção ambiental. 
 
5 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS DO 
ESTABELECIMENTO 
Dentre as atividades realizadas pelo estabelecimento, estão: 
 Remoção de Restos Mortais Humanos: medidas e procedimentos 
relacionados à remoção de restos mortais humanos, em urna 
funerária, bandeja ou embalagem específica, desde o local do óbito 
até o Estabelecimento Funerário, adotando-se todos os cuidados de 
biossegurança necessários para se evitar a contaminação de pessoas 
e/ou do ambiente. 
 Higienização de restos mortais humanos: medidas e 
procedimentos utilizados para limpeza e antissepsia de restos mortais 
humanos, com o objetivo de prepará-los para procedimentos de 
conservação, inumação ou outra forma de destino; 
 Tamponamento de restos mortais humanos: uso de tampões para 
vedação dos orifícios do cadáver; 
7 
 
 Conservação de restos mortais humanos: empregos de técnicas, 
através das quais os restos mortais humanos são submetidos a 
tratamentos químicos, com vistas a manterem-se conservados por 
tempo total e permanente ou previsto, quais sejam, o 
embalsamamento e a formolização, respectivamente. 
 Tanatopraxia: emprego de técnicas que visam à conservação de 
restos mortais humanos, reconstrução de partes do corpo e 
embelezamento por necromaquiagem; 
 Ornamentação de Urnas funerárias: consistem na colocação de 
flores, véus e adornos decorativos e religiosos, conforme tradiçõese 
orientação religiosa; 
 Necromaquiagem: consiste na execução de maquiagem de 
cadáveres, com aplicação de cosméticos específicos; 
 Comércio de artigos funerários: exposição para venda de artigos 
funerários, tais como urnas funerárias (caixões), objetos decorativos e 
religiosos; 
 Velório: consiste nas honras fúnebres, conforme tradições e 
orientação religiosa. Ato de velar cadáveres; 
 Translado de restos mortais humanos: todas as medidas 
relacionadas ao transporte de restos mortais humanos, em urna 
funerária, inclusive referentes à sua armazenagem ou guarda 
temporária até sua destinação final. 
 Gestão e administração de recursos operacionais: recursos 
humanos, financeiros, logística, estoque de materiais e urnas para 
pronto atendimento, visto a exigência de plantão pronto atendimento 
24h. 
 Demais atividades: serviços de limpeza e serviços gerais. 
 
6 LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS 
 A legislação fornece os parâmetros que balizam o empreendimento, 
assim como permite a identificação das ações de manejo ambiental que 
deverão ser realizadas pelo empreendedor, beneficiário e demais agentes 
envolvidos, para estar em conformidade com a legislação. 
8 
 
 A cooperação entre a União, o Estado e os Municípios, em relação às 
leis, deve ser normalizada por lei complementar, visando o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem estar nacional. 
6.1 Legislação Federal 
 Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos, altera a Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá 
outras providências. 
 Lei n°9.728, de 26 de janeiro de 1999. Define o Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e dá 
outras providências. 
 RDC n° 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento 
técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 
 Resolução CONAMA n° 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o 
código de cores para os diferentes tipos de resíduos. 
 Resolução CONAMA n° 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o 
tratamento e destino final dos resíduos dos serviços de saúde. 
6.2 Legislação Estadual 
 Lei n°9.921, de 27 de julho de 1993. Dispõe sobre a gestão dos resíduos 
sólidos, nos termos do artigo 247, parágrafo 3° da Constituição do 
Estado. 
 Lei n° 11.520, de 03 de agosto de 2000. Institui o Código Estadual do 
Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras 
providências. 
 Lei n° 10.099, de 07 de fevereiro de 1994. Dispõe sobre os resíduos 
provenientes de serviços de saúde e dá outra providencias. 
 Lei n° 7.488, de 14 de janeiro de 1981. Dispõe sobre a proteção do meio 
ambiente e controle da poluição. 
6.3 Legislação Municipal 
 Lei n° 4.980, de 19 de maio de 2005. Institui o Código Municipal de 
Limpeza Urbana e dá outras providências. 
9 
 
 Lei n° 5.961, de 11 de dezembro de 2015. Institui o Plano Diretor Urbano 
Ambiental de Canoas. Dispõe sobre o desenvolvimento urbano no 
município e dá outras providências. 
 Lei n° 5.997, de 22 de janeiro de 2016. Altera a Lei n° 4.328, de 23 de 
dezembro de 1998, que institui o código municipal de meio ambiente. 
6.4 Normas Técnicas 
 NBR 7.500/2004 – Símbolos de riscos e manuseio para o transporte e 
armazenamento de materiais: simbologia; 
 NBR 9.190/1993 – Sacos Plásticos - Resíduos patológico ou infeccioso; 
 NBR 10.004/2004 – Resíduos Sólidos – Classificação; 
 NBR 11.174/1991 – Armazenamento de Resíduos Classe II – Não 
inertes e Inertes; 
 NBR 12.807/1993 – Define os termos empregados em relação aos RSS; 
 NBR 12.808/1993 – Classificação quanto aos riscos potenciais ao meio 
ambiente dos RSS; 
 NBR 12.809/2013 – Procedimentos quanto ao gerenciamento 
intraestabelecimento de RSS; 
 NBR 12.810/1993 – Coleta de Resíduos de Serviço de saúde; 
 NBR 12.235/1992 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos; 
 NBR 13.221/2005 – Transporte Terrestre de Resíduos; 
 NBR 13.463/1995 – Coleta de Resíduos Sólidos – Classificação. 
7 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA SAÚDE – GRSS 
 Segundo a Resolução RDC Nº 306 de 07/12/2004 da Agencia Nacional 
de Vigilância Sanitária – ANVISA que dispõe sobre o regulamento técnico para 
o gerenciamento dos resíduos de saúde: “O gerenciamento dos Resíduos de 
Serviços de Saúde – RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de 
gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, 
normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e 
proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma 
eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde 
pública, dos recursos naturais e do meio ambiente”. 
10 
 
 O sistema de gestão de resíduos a ser implantado deverá abranger além 
das etapas de planejamento dos recursos físicos, métodos de manejo desde a 
origem ao destino final, a capacitação dos recursos humanos envolvidos e do 
manejo dos RSS e o monitoramento do sistema implantado. 
 No Plano Estadual, a obrigatoriedade da aplicação de técnicas de 
gestão dos resíduos de saúde deu-se início na década de 90, com a 
promulgação da Lei Estadual n° 10.099 de 07/02/94. Esta apresenta a 
necessidade dos estabelecimentos de serviços de saúde minimizar a geração 
de resíduos, segregação e destino final ambientalmente adequado aos 
resíduos gerados nos estabelecimentos, organizando seus procedimentos 
através da elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Saúde. 
 Assim, o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de 
Saúde – PGRSS é um instrumento facilitador que aponta e descrevem as 
ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observando suas 
características e riscos, contemplado os aspectos referentes à geração, 
segregação, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição 
final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente. 
 Levando em consideração a compreensão de que a gestão interna dos 
resíduos, baseada em uma política ambiental é extremamente importante para 
o desenvolvimento da empresa, sugere-se o compromisso de continuidade do 
processo implementando, revisando constantemente os métodos aplicados a 
fim de garantir a qualidade das ações propostas. Caberá aos profissionais 
envolvidos neste processo fiscalizar a eficiência e garantir o bom 
desenvolvimento das ações estabelecidas deste documento. 
7.1 Definição e Classificação dos Resíduos 
 Segundo as resoluções RDC ANVISA n° 306/04 e a Resolução 
CONAMA n° 358/2005, são definidas como geradores de RSS todos os 
serviços relacionados ao atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os 
serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios 
analíticos de produtos para a saúde; necrotérios; funerárias e serviços onde se 
realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina legal, drogarias 
11 
 
e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e 
pesquisa na área da saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de 
produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais e controles 
para diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de 
acupuntura, serviços de tatuagem, dentro outros similares. 
 Assim, os resíduos de serviços de saúde constituem-se de uma 
importante parcela do total de resíduos sólidos urbanos produzidos no Brasil, 
não necessariamente pela quantidade gerada (cerca de 1% a 3% do total), mas 
pelo potencial de ressico que apresentam à saúde e ao meio ambiente quando 
manipulados e destinados de forma incorreta (MS/ANVISA, 2006). 
 Para fins de gerenciamento, os RSS são classificados em função desuas características e consequentes riscos que podem acarretar ao meio 
ambiente e à saúde. De acordo com a RDC ANVISA n° 306/04 e Resolução 
CONAMA n° 358/05, os RSS são classificados em cinco grupos – A, B, C, D e 
E, quais sejam: 
 Grupo A – engloba os componentes com possível presença de agentes 
biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, 
podem apresentar riscos de infecção. Exemplos: placas e lâminas de 
laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas 
transfusionais contendo sangue, dentro outros. 
 Grupo A1 – culturas e estoques de microrganismos resíduos da 
fabricação de produtos biológicos, exceto hemoderivados; resíduos resultantes 
da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de 
contaminação biológica por agentes classe de risco 4; bolsas transfusionais 
contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por 
má conservação, ou com prazo de validade vencido; sobras de amostras de 
laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais 
resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos 
corpóreos na forma livre. 
12 
 
 Grupo A2 – carcaças, peças anatômicas, vísceras e resíduos de 
animais de experimentação com suspeita de portarem microrganismos de 
relevância epidemiológica. 
 Grupo A3 – peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de 
fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura 
menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que 
não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo 
paciente ou familiar. 
 Grupo A4 – kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros 
de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de 
equipamento médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; sobras 
de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e 
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam 
suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância 
epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de 
doença epidemiologicamente importante; tecido adiposo proveniente de 
lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere 
este tipo de resíduo; recipientes e materiais resultantes do processo de 
assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na 
forma livre; peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos 
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológico 
ou de confirmação diagnóstica; carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros 
resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de 
experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações; 
cadáveres de animais provenientes de serviços de assistência; bolsas 
transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. 
 Grupo A5 – órgãos, tecidos, fluidos orgânicos e perfuro cortantes com 
suspeita ou contaminação com príons. 
 Grupo B – contém substâncias químicas que podem apresentar riscos à 
saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. 
13 
 
a) Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; 
antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-
retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e 
distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos 
farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas 
atualizações; 
b) Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos 
contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes 
contaminados por estes; 
c) Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores); 
d) Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises 
clínicas; 
e) Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da 
NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). 
 Grupo C – quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que 
contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de 
eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia 
Nuclear – CNEN na norma NE 6.05, como, por exemplo, serviços de medicina 
nuclear e radioterapia etc. 
 Grupo D – não apresentam riscos biológicos, químicos ou radiológicos à 
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos 
domiciliares. Exemplo: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, 
resíduos das áreas administrativas, resíduos de varrição, flores, podas e 
jardins; material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo 
de soro e outros similares não classificados como A1 e resíduos de gesso 
proveniente de assistência à saúde. 
 Grupo E – materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como 
lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas 
de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares. 
14 
 
 Para os resíduos cuja atividade está relacionada à assistência à saúde 
(RSSS), utilizaremos a Resolução CONAMA n° 358/2005 e a Resolução 
ANVISA RDC n° 306/2004. 
7.2 Diagnóstico do Estabelecimento 
A proposta de elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de 
Serviços de Saúde (PGRSS) foi realizada em uma funerária localizada no 
bairro Marechal Rondom do município de Canoas – Rio Grande do Sul (Figura 
1). As visitas à funerária para a elaboração do projeto foram realizadas entre os 
meses de março e maio de 2016. 
 
Figura 1: Localização da funerária São Cristóvão no município de Canoas - RS. 
Fonte: Google Earth 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Em visita técnica realizada em 09/03/2016 foi possível observar o 
processo de gestão da empresa e elaborar um fluxograma (Fluxograma 1) 
voltado as etapas de funcionamento, tornando viável verificar possíveis 
deficiências quanto à segregação dos resíduos, assim como os pontos de 
geração dos mesmos. 
Fluxograma 1: Etapas de funcionamento da empresa 
 A empresa é constituída por dois prédios, o administrativo e o 
“operacional”, respectivamente. Em ambos são desenvolvidas atividades 
geradoras de resíduos, logo, foi possível identificar os pontos de geração de 
resíduos e classificar estes quanto suas características físico-químicas, 
contribuindo e auxiliando para um melhor gerenciamento destes. 
 Na área administrativa da Funerária São Cristóvão é desempenhado 
atividades relacionadas a atendimentos aos clientes, fornecedores e terceiros, 
assim como elaboração de relatórios e documentos em geral. A geração de 
resíduo neste local é basicamente composta por materiais de escritório, 
exemplo: papel de impressão, copos plásticos, papel toalha, embalagens 
plásticas, entre outros. Nesta área existe também um banheiro e um refeitório. 
16 
 
No refeitório não é realizado nenhum tipo de cozimento ou fritura, sendo 
apenas um local para aquecimento dos alimentos dos funcionários e 
colaboradores da empresa. Estes são caracterizados como resíduos do Grupo 
D. 
 O prédio ao lado, está localizado o depósito de urnas, materiais em geral 
e a sala de preparação de corpos. A geração de resíduos no depósito acontece 
apenas em dias em que os fornecedores de urnas descarregam o material, isto 
acontece devido à movimentação de pessoas e o descarte de embalagens. As 
atividades desenvolvidas na sala de preparação apresentam potencial risco 
biológico aos colaboradores, e devido a isto, todos os funcionários da empresa 
são obrigados a utilizar EPI’s. Nesta áreasão realizados procedimentos tais 
como curativos, higienização e reparação de corpos. A geração de resíduos 
nesta área é composta basicamente de luvas cirúrgicas, máscaras, manguitos, 
curativos, panos e toalhas, além de agulhas e lâminas de barbear que são 
acondicionados em recipientes com parede rígida. 
 Os resíduos sólidos do Grupo A, B, D e E gerados no empreendimento 
sofrem segregação na origem, sendo identificados principalmente pelas cores 
de sacos plásticos e armazenados em local adequado. Não há presença de 
resíduos do Grupo C. 
 A coleta dos resíduos biológicos é realizada pela empresa Ambientuus 
(Licença de Operação n° 4358 / 2015-DL) em uma frequência semanal, uma 
vez que a geração não exceda a 100 litros/semana. A coleta é realizada 
conforme a periodicidade contratada, os veículos deslocam-se até a empresa e 
efetuam a troca das bombonas, ou seja, coletam as bombonas contendo os 
resíduos da saúde gerados no empreendimento e deixa-se bombonas vazias, 
higienizadas para o novo acondicionamento dos RSS. O destino dos resíduos 
de saúde gerados na Funerária São Cristóvão é a Unidade de Tratamento 
Térmico e Armazenamento Temporário da Ambientuus. Os resíduos dos 
Grupos A e E são tratados através do Tratamento Térmico por Incineração ou 
por Tratamento Térmico por Esterilização. 
 Os resíduos do Grupo D, sobras de alimentos, resíduos de varrição, 
flores, resíduos das áreas administrativas, são descartados em containers e 
17 
 
coletados pela Prefeitura de Canoas e posteriormente são encaminhados até a 
Estação de Transbordo Municipal de onde seguem para o destino final no 
Aterro Sanitário de Minas do Leão. 
 Com a implantação do PGRSS, a Funerária São Cristóvão seguirá a 
convenção de cores e símbolos estabelecidos pela Resolução ANVISA RDC n° 
306/2004 e normas da ABNT regulamentadas por legislação, seguindo-se o 
padrão adotado para o Sistema de Gestão de Resíduos da empresa. 
7.3 Quantificação 
 A tabela abaixo apresenta o levantamento quantitativo de resíduos 
gerados na Funerária São Cristóvão. 
Tabela 1 – Levantamento quantitativo dos RSS. 
Classificação Tipo de Resíduo Estimado (L/mês) 
Grupo A 
Luvas cirúrgicas, algodões, gases, esparadrapos, 
panos. 
320 
Grupo B Embalagens: conservantes, produtos de limpeza. 100 
Grupo C NO - 
Grupo D 
Papéis, plásticos, embalagens de papel, papel 
toalha, 
100 
Grupo E Agulhas e lâminas de barbear <1 
NO = não observado 
7.4 Segregação dos Resíduos 
 De acordo com a RDC 306 / ANVISA, a segregação consiste na 
separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as 
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos 
envolvidos. 
 Cada categoria de resíduo gerado deverá contar com sacos plásticos de 
cores diferenciadas, o que objetivará, sobretudo, facilitar e padronizar a 
organização dos serviços de coleta interna e externa, transporte e destino final. 
Assim, recomendamos a padronização dos equipamentos e sacos plásticos 
para acondicionamento dos resíduos de acordo com as características dos 
materiais. 
 
 
18 
 
7.5 Acondicionamento Interno 
 O acondicionamento dos resíduos na origem consiste em embalar os 
resíduos segregados, a fim de controlar os riscos para a saúde e facilitar as 
operações de coleta, armazenamento externo e transporte, sem prejudicar o 
desenvolvimento das atividades na empresa. 
 Os recipientes para armazenamento temporário de um estabelecimento 
de saúde devem cumprir especificações técnicas tais como: resistência a 
elementos perfuro cortantes e a vazamentos, estabilidade e cantos 
arredondados. Devem ser laváveis e providos de tampa com sistema de 
abertura sem contato manual. A capacidade varia de acordo com as 
características físicas e o volume gerado em um determinado período. 
 Na sala de preparação da Funerária São Cristóvão, encontramos 03 
recipientes para acondicionamento de resíduos, de acordo com as 
características dos resíduos gerados: um recipiente para resíduos do Grupo A, 
um para os resíduos do Grupo D e uma para os resíduos do Grupo E. 
 Grupo A: É acondicionado em sacos plásticos brancos-leitosos, com 
espessura mínima de 10 micrômetros, opcionalmente identificados com o 
símbolo internacional de risco biológico estampado ou etiquetado. Para as 
áreas de armazenamento desses resíduos é utilizado o símbolo de PERIGO 
para maior segurança e advertência ao público em geral. 
 Pelas anatômicas, fetos, órgãos e tecidos humanos são acondicionados, 
separadamente, em duplo saco, ou em um único saco branco-leitoso com 
espessura mínima de 12 micrômetros, e devem são mantidos sob área 
refrigerada até o horário de coleta. 
Os líquidos orgânicos gerados na Funerária São Cristóvão são 
acondicionados em tanques. 
 Grupo B: O acondicionamento é realizado conforme as características e 
as peculiaridades de cada material. Preferencialmente na própria embalagem 
de origem. Os resíduos do Grupo B são armazenados em local apropriado na 
unidade geradora, ou em local exclusivo para este fim, junto a área de 
resíduos. 
 Grupo C: Não há geração de resíduos desta natureza. 
19 
 
 Grupo D: Os resíduos recicláveis são constituídos de plásticos, 
papel/papelão, vidros, metais e outros, deverão ser acondicionados em sacos 
plásticos de acordo com as cores definidas pela Resolução CONAMA n°275/01 
e armazenados em local seco, identificados, acompanhados da descrição dos 
tipos de resíduos. 
 O vidro deverá ser armazenado em tonéis fechados com capacidade 
máxima de 60 litros, de modo a facilitar o recolhimento deste material. Os 
resíduos recicláveis serão destinados as Unidades de Reciclagem Municipal. 
 Os resíduos comuns biodegradáveis, não perigosos sem potencial de 
reciclagem, são constituídos de: cascas de frutas, restos de lanches, erva-
mate, papel higiênico, absorventes higiênicos, papel toalha, papel carbono, 
flores, madeira, entre outros. Estes deverão ser acondicionados em sacos 
plásticos pretos e armazenados em contêineres para posterior 
encaminhamento à coleta domiciliar obedecendo à frequência de coleta do 
bairro. 
 Grupo E: Materiais perfuro-cortantes são acondicionados em recipientes 
de paredes rígidas, estanques, identificados com o símbolo internacional de 
risco biológico estampado. A determinação deste acondicionamento também é 
válida para utensílios de vidro quebrado, lâminas, agulhas e similares. 
Os coletores não devem ser preenchidos com resíduos até a boca, devendo 
ser respeitado o limite de 2/3 de sua capacidade, segundo preconiza a NBR 
12.809/93. 
7.6 Movimentação Interna de Resíduos 
 A coleta e o transporte interno consistem em operações de retirada de 
resíduos e translado destes dos pontos de geração até o local destinado ao 
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de 
apresentação para a coleta. 
 Tratando-se de uma micro empresa, com um quadro de funcionários 
reduzido e alta demanda de atendimento, esta não segue um roteiro diário de 
movimentação interna dos resíduos devidos às variações de atendimentos. O 
transporte interno dos resíduos é executado em horários de menor intensidade 
de atendimento, geralmente em horários noturnos. No item 8.10 serão 
apresentadas algumas ações visando um melhor gerenciamento dos materiais. 
20 
 
Os resíduos do Grupo A, são armazenados temporariamente em uma área 
coberta fora da sala de preparação. Os demais resíduos dos Grupos B e E são 
armazenados no interior do depósito da empresa, em área com piso 
impermeável e restrito. 
 O transporte interno dos resíduos é realizado em horários não 
coincidentes com a distribuição de materiais e alimentosou em períodos de 
maior fluxo de pessoas ou de atividades 
7.7 Armazenamento Temporário 
 O armazenamento temporário consiste na guarda temporária dos 
resíduos já acondicionados em recipientes, em local próximo aos pontos de 
geração, visando agilizar a coleta dentro da empresa, otimizando o 
deslocamento entre os pontos de geração e o ponto destinado à apresentação 
para coleta externa. 
 Os resíduos de serviço da saúde da sala de preparação são 
acondicionados em contentores de PEAD com pedal, identificados com a 
simbologia de infecto e capacidade de 200L, isto devido à alta demanda de 
atendimento. Após o esgotamento da capacidade do recipiente, o material é 
transportado até uma área coberta com piso impermeável. O é local 
frequentemente higienizado e organizado pelos colaboradores da empresa, 
atendendo a exigências propostas pela vigilância sanitária do município. Estes 
são armazenados temporariamente até sua coleta semanal. 
 Quanto aos resíduos orgânicos e recicláveis, estes são acondicionados 
em recipientes com pedal de 15L e quando saturados são encaminhados a 
uma pequena área de armazenamento temporário da empresa. Estes são 
transportados e encaminhados ao Transbordo do Guajuviras pelo serviço de 
coleta domiciliar do município. Posteriormente são acondicionados em 
recipientes externos onde o serviço de coleta seletiva municipal encaminha-os 
para as centrais de reciclagem. 
 No item 8.10 foram propostas ações preventivas e corretivas para que o 
ciclo de vida dos materiais com potencial de reciclagem não sejam encerrados 
de forma inadequada. 
 
21 
 
7.8 Coleta e Transporte Externo 
 A coleta e o transporte externo consistem na remoção dos resíduos da 
área de armazenamento externo até a unidade de tratamento ou disposição 
final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de 
acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio 
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza 
urbana. 
 A coleta dos resíduos biológicos sólidos – Grupo A, é realizada pela 
empresa Ambientuus Tecnologia Ambiental Ltda. (4358/2015) numa frequência 
semanal, uma vez que a geração não exceda 15 litros/semana, tendo como 
destino a unidade de tratamento térmico da mesma. Após a descontaminação 
e descaracterização dos resíduos, estes seguem para o destino final no Aterro 
Especial da mesma. 
 Os resíduos biológicos líquidos – Grupo A, a coleta é realizada pela 
empresa Segura Comércio de Material de Limpeza Ltda. com caminhões a 
vácuo (limpa-fossa) e posteriormente encaminhados a CORSAN em Canoas. 
 Os resíduos do Grupo E – são coletados também pela empresa 
Ambientus Tecnologia Ambiental com a mesma frequência dos resíduos do 
Grupo A. Em ambos os grupos, estes são transportados em veículos utilitários 
tipo furgão licenciado. 
 Para os resíduos do Grupo D com potencial de reciclagem, a coleta 
poderá ser realizada pela Coleta Seletiva do município na frequência semanal, 
já os resíduos do Grupo D sem potencial de reciclagem, com características 
semelhantes aos domiciliares, a coleta será domiciliar regular, três vezes por 
semana, nas segundas-feiras, quartas e sextas-feiras a partir do período da 
manhã. Estes são coletados pela Prefeitura Municipal de Canoas que utilizam 
de caminhões compactadores, sendo o destino o Transbordo do Guajuviras e 
posteriormente para o Aterro Sanitário em Minas do Leão/RS. 
 
 
22 
 
7.9 Tratamento e Disposição do RSS 
 O sistema de tratamento consiste em um processo que modifique as 
características de riscos dos resíduos, reduzindo e eliminando os riscos de 
contaminação, dano ambiental e a saúde pública. O tratamento aplicado nos 
resíduos gerados pelos empreendimentos deve ser conduzido por empresas 
em condições de segurança social e ambiental. Estes devem ser objeto de 
licenciamento ambiental segundo a Resolução CONAMA 237/1997 e são 
passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos da vigilância sanitária. 
 Abaixo, constam sugestões para reciclagem, reaproveitamento e destino 
final de resíduos sólidos: 
Tabela 2 - Tratamento e disposição final dos RSSS da Funerária São Cristóvão Ltda. 
Tipo de Resíduo 
Classificação 
(ANVISA 306/04) 
Tratamento/Destino Final 
Restos de Alimentos 
Grupo D – Sem potencial de 
reciclagem 
Coleta Domiciliar – Transbordo 
do Guajuviras – Aterro Sanitário 
em Minas do Leão 
Resíduos de Sanitários 
Resíduos de Varrição Interna 
Tocos de cigarro 
Papéis, papelão e suas 
embalagens. 
Grupo D – Reciclável 
Coleta Seletiva municipal – 
Unidades de Triagem 
conveniadas com o Município de 
Canoas 
Plásticos e suas embalagens 
Copos descartáveis 
Metais (embalagens de 
alimentos, latas de alumínio, etc) 
Jornal, revistas, folders 
Lâmpadas fluorescentes 
Grupo B – Risco Químico 
Coleta e transporte de cargas 
perigosas – Empresa licenciada 
para o processo de 
descontaminação 
Baterias e pilhas 
Coleta e transporte de cargas 
perigosas – Devolução aos 
fabricantes - empresas que 
comercializam tais produtos 
Resíduos de procedimentos de 
assistência à saúde (algodão, 
gaze, seringas, agulhas, luvas e 
curativos impregnados com 
sangue, hemoderivados e outros 
descritos na Resolução CONAMA 
358/05 
Grupo A – Risco Biológico 
Coleta e transporte de cargas 
perigosas – Empresa licenciada 
para o processo de 
descontaminação por tratamento 
térmico (autoclave/micro-ondas) 
Resíduos perfurantes ou 
cortantes (lâminas, bisturis, 
seringas com agulhas, etc) 
Grupo E – Perfurantes ou 
Cortantes 
Coleta e transporte de cargas 
perigosas – Empresa licenciada 
para o processo de 
descontaminação por tratamento 
térmico (autoclave/micro-ondas) 
 
 
 
23 
 
7.10 Ações Preventivas e Corretivas 
 Para obter-se um bom resultado com a implementação do PGRSS 
algumas medidas devem ser adotadas pela Funerária São Cristóvão, desta 
forma recomendamos o atendimento dos seguintes itens: 
 Definir o gestor local do PGRSS, o qual será o responsável direto pelo 
cumprimento dos procedimentos estabelecidos e, também, em repassar 
a orientação aos demais funcionários; 
 Verificar a quantidade suficiente de coletores, por setor, para 
acondicionamento dos resíduos, bem como a identificação correta 
destes coletores, a fim de facilitar a separação dos resíduos na origem; 
 Realizar treinamento dos funcionários com o objetivo de orientar quanto 
à importância de todos no processo de gerenciamento dos resíduos, 
principalmente, no que se refere à segregação na origem; 
 Revisar o PGRSS anualmente, independente da validade da Licença 
Ambiental; 
 Efetuar o armazenamento temporário dos resíduos conforme normas 
regulamentadoras, a fim de evitar passivos, contaminação e também 
facilitar as etapas de transporte e destinação final; 
 Verificar se todas as empresas que transportam os resíduos e as que 
dão destino final possuem licenciamento junto ao órgão ambiental 
competente; 
7.11 Programa de Educação Ambiental 
 A implementação de um PGRSS é algo que exige, antes de tudo, 
mudança de atitudes. Por isso a necessidade de envolvimento de forma 
contínua e permanente de todos. 
 Neste sentido, o PGRSS, coloca-se na posição de iniciar uma reflexão 
interna visando à incorporação de princípio e práticas ambientalmente mais 
seguras. Dessa forma, torna-se necessário um Programa de Educação 
Ambiental a fim de levar a todos, informações e soluções práticas e atualizadas 
com o objetivo de prevenir impactos ambientais da atividade. 
24 
 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 – Resíduos 
Sólidos2004. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11174 – 
Armazenamento de Resíduos Não Inertes e Inertes. 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12235 – 
Armazenamento de Resíduos Perigosos 1992. 
ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC 306 de 07 
de dezembro de 2004. 
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL. LEI ESTADUAL 
n°9.921 de 27 de julho de 1993 – Lei dos Resíduos Sólidos do Estado do Rio 
Grande do Sul. 
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL. LEI ESTADUAL 
n°11.520 de 03 de agosto de 2000 – Código Estadual do Meio Ambiente. 
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. Ministério do Meio 
Ambiente. Resolução n°358 de 29 de abril de 2005. 
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. Ministério do Meio 
Ambiente. Resolução n°275 de 25 de abril de 2001. 
MONTEIRO & MANSUR (org). PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
COMPARTILHADA ESTADO/MUNICÍPIO. Gestão dos Resíduos Sólidos 
Urbanos. Porto Alegre, 2001.

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