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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
2 - JUSTIFICATIVA......................................................................................................5
3 - REFERENCIAL TEORICO.....................................................................................7
4 - ano/objetivos.......................................................................................................12
6 - problematização..................................................................................................14
7- problematização.....................................................................................................15
12ANEXO A – Título do anexo	�
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INTRODUÇÃO
Pouco se fala no Brasil, sobre a revolução de 32 ou a revolução constitucionalista, movimento cívico-político-militar, ocorrido entre julho e outubro de 1932, esta que teve seu núcleo central na cidade de São Paulo, durante o período do governo provisório (1930 – 1934), então comandado por Getúlio Vargas.
Parte importante da história do Brasil, onde o governo legítimo de Washington Luís foi deposto, com a ajuda dos militares, e então Getúlio Vargas, assume o poder provisoriamente. Vargas dissolve o Congresso e assume os poderes do Executivo e Legislativo em todas as esferas. Todos os governadores são demitidos e interventores federais, nomeados.
No estado de São Paulo era grande a insatisfação com o governo provisório de Vargas. Os paulistas esperavam a convocação de eleições, mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha. Os fazendeiros paulistas, que tinham perdido o poder após a revolução de 1930, eram os mais insatisfeitos e encabeçaram uma forte oposição ao governo Vargas. Houve também grande participação de estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais.
Os paulistas exigiam do governo provisório a elaboração de uma nova Constituição e a convocação de eleições para presidentes. Exigiam também, de imediato, a saída do interventor pernambucano João Alberto e a nomeação de um interventor paulista.
 Os paulistas também criticavam muito a forma autoritária com que Vargas vinha conduzindo a política do país. Queriam mais democracia e maior participação na vida política do Brasil
Como Vargas não atendeu as reivindicações dos paulistas, em maio de 1932 começaram uma série de manifestações de rua contrárias ao governo Vargas. Numa destas manifestações, houve forte reação policial, ocasionando a morte de quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo). As iniciais dos nomes destes estudantes (MMDC) transformou-se no símbolo da revolução.
O rádio, utilizado pela primeira vez em grande escala, contribuiu também para incentivar a presença do povo nos comícios e o fluxo de voluntários a frente de combate. Muitas pessoas doaram joias e outros bens de família, atendendo ao apelo da campanha “Ouro para o bem de São Paulo”.( FAUSTO,2015)
DIÁRIO COMO FONTE HISTÓRICA
Com esse projeto queremos mostrar a importância do diário como fonte histórica, uma outra visão do acontecimento histórico, um lado contato por quem realmente viveu aquele momento, uma visão intimista.
Claro que como todas as fontes o diário tem a visão e a narrativa do ponto de vista de quem o escreveu, e não uma visão neutra, porém isso não o faz menos importante para a história.
No meu projeto vou usar o diário pessoal do meu avô Jurandir Ubirajara Rodrigues Gomes, que aos 17 anos lutou na Revolução de 32, ali ele conta como eram os dias no fronte de batalha, as dificuldades, o que eles faziam nas horas vagas, tudo na visão de um adolescente no campo de batalha. Com o conteúdo do diário e com o conhecimento do contexto histórico que se passa a autobiografia, podemos trazer o aluno à aquela época, faze-los conhecer os costumes, as roupas, de uma época não tão distante, onde eles também pode nos fornecer conteúdos através das histórias trazidas de casa contadas por seus avôs ou bisavôs que viveram naquela época. Assim eles compreenderam que também fazem parte da história. Dessa forma, a leitura do diário íntimo nos permite visualizar a maneira como a estrutura social imprime sua marca nos indivíduos, através do processo de educação das necessidades e das atividades corporais, levando o indivíduo ao adestramento de si por si mesmo. Vê-se, portanto, nos registros feitos no diário íntimo, em maior ou menor grau, vestígios de tudo o que aprendemos na experiência da vida em sociedade. (HENRIQUE – SULIMAN,2012)
JUSTIFICATIVA
Escolhi a Revolução de 32 por ser um tema pouco falado em sala de aula, em geral apenas é citado como algo que aconteceu, porém nunca aprofundado para passar aos alunos o que levou à revolução e suas consequências.
A maioria da população tem a visão do brasileiro como um povo pacato, que não fazem suas batalhas, que não sabem reivindicar seus direitos, mas isso não é verdade e a revolução constitucionalista está aí para provar isso.
Como modalidade de escrita autobiográfica, prevalece a memória, juntamente com as confissões e correspondências. Em alguns momentos, nota-se que tal escrita é fundamental para se obter um vínculo com a realidade, seria como observar o autor perante a sociedade, suas afinidades e seus pontos fracos com o exterior, e a individualidade. Tal fonte é de extrema importância, visto que há uma remição do passado, a história e memória, a temporalidade, a demarcação dos fatos ocorridos, possibilita saber a verdade dos fatos. ( MELO,2010).
A importância desse projeto é mostrar aos alunos que uma pequena revolução em relação ao tempo de duração e grande em proporções, com quase mil mortos, podem mudar a história do país.
Esse projeto será direcionado para os alunos do ensino fundamental II, mais precisamente para o 9 ano, onde a matéria estuda é a História do Brasil e a Era Vargas, será pesquisado as três frentes da revolução: o que levou a revolução, durante a revolução e as consequências dessa revolução em curto prazo.
Para trabalhar com essa idade entre 13/14 anos, há um livro que eu gostei bastante, um gibi que conta a revolução de 32 de fácil entendimento, colorido, do autor Mauricio Pestana, perfeito para trabalhar com essa faixa etária.
Para trabalhar com a fonte histórica, o diário, por ser uma fonte que todos conhecem, já tem seus próprios diários ou já viram o diário de alguém, fica de fácil entendimento, de fácil acesso, proponho mostrar partes do diário do meu avô aos alunos da sala, no diário contem partes escritas, partes datilografadas, que hoje a própria datilografia também é algo do passado. 
De modo amplo, os historiadores propõem algumas questões que podem orientar atividades com documentos na sala de aula: documento não fala por si mesmo, isto
é, ele precisa ser interrogado a partir do problema estudado, construído na relação presente-passado; • para interrogar o documento é preciso fazer a escolha de um método, isto é, escolher procedimentos que orientem na observação, na identificação de ideias, temas e contextos, na descrição do que foi identificado, na distinção de relações de oposição, associação e identidade entre as informações levantadas e na interpretação dos dados, considerando a relação presente-passado; os métodos mais adequados são aqueles que possibilitam extrair dos documentos informações de suas formas (materiais, gráficas e discursivas) e de seus conteúdos (mensagens, sentidos e significados) e que permitam compreendê-los no contexto de sua produção. (PCN – HISTÒRIA, 1998)
Acreditamos dessa forma, serem as fontes históricas se utilizadas de uma maneira que considere o desenvolvimento cognitivo envolvido na relação de ensino /aprendizagem em história, capazes de tornarem-se ferramentas no sentido amplo que esta pode alcançar auxiliando a compreensão do presente através do passado.
Neste sentido, as fontes não devem ser usadas somentecomo ilustração, pois possuem uma função específica para o ensino de história. Deve-se enquanto professor, considerar as operações cognitivas que o aluno sofre ao usar sua imaginação para tentar criar um raciocínio histórico, não basta apenas que o aluno evidencie os temas históricos, mas consiga estabelecer a relação presente e passado.
Porém, reafirmamos que as fontes históricas não devem ser simplificadas a uma mera ilustração de conteúdos, uma vez que se traduzem em artefatos culturais repletos de intencionalidades. As fontes devem assumir um papel fundamental de significação na estrutura cognitiva do aluno: demonstrar as representações que determinados grupos forjaram sobre a sociedade em que viviam como pensavam ou sentiam, como se estabeleceram no tempo e no espaço; como servir para que o aluno seja capaz de fazer diferenciações, abstrações que o permitam fazer a leitura das distintas temporalidades as quais estamos submetidos.
referencial terorico
Para a montagem desse Projeto de Ensino utilizei dois autores bem diferentes, no primeiro momento eu li o livro em quadrinhos do autor Mauricio Pestana, com o nome de Revolução de 1932 em quadrinhos.
Achei um livro ótimo para se trabalhar em sala de aula com os adolescentes na faixa etária de 13/14 anos, é um livro grande no tamanho, com as ilustrações bem explicativas, de fácil entendimento, com uma leitura gostosa e rápida, em meia hora você lê o livro e já tem uma noção do realmente aconteceu no antes, durante e depois da revolução, após a leitura tem ainda algumas paginas com fotos referente a revolução, fotos das trincheiras, das passeatas, cartazes convocando a população a se alistar.
Nesse livro ele enfatiza o envolvimento da minoria na revolução “...se até as mulheres foram chamadas, com os negros não seria diferente. Em pouco tempo é formada uma comissão beneficente para arrecadar apoio material e humano entre a comunidade negra paulista. Surge aí a Legião Negra que vai desempenhar relevante papel na Revolução de 32”(PESTANA,2009).
Ele trás também nesse livro como ficou São Paulo no momento da revolução “A capital paulista se modificou no período de guerra, os hospitais e as fabricas aumentaram suas jornadas de trabalho, as escolas tiveram suas aulas suspensas e o transporte público foi prejudicado. A iluminação elétrica, em fase de introdução, ficou comprometida nos bairros distantes, gerando transtorno para toda a população, principalmente aos mais carentes, os negros da periferia”(PESTANA,2009)
Nesse dois momentos que eu vejo uma grande lição para os adolescentes, porque temos apenas uma visão longínqua da guerra, nesse ultimo trecho conseguimos ter uma real noção do que uma revolução para a maior parte que a população geral
Outra parte do livro bem importante é quando ele relata o fim da guerra e suas consequências” com o fim da guerra, começa a contabilização dos estragos: centenas de vidas foram tiradas, casas destruídas, viúvas, órfãos, animais confiscados, plantação arruinadas, caos por todo lado. O governo de São Paulo tentou ressarcir e minimizar um pouco o sofrimento daqueles que perderam tudo. Mas isso não foi feito de forma igualitária” (PESTANA,2009).
O outro livro que utilizei como fonte de pesquisa foi do autor Hernani Donato, o livro 1932, A História da Revolução de 32. Um livro bem diferente ao livro anterior do Mauricio Pestana, esse é um livro mais técnico, com uma linguagem bem diferente, é um livro pra quem tem interesse nos detalhes da revolução, especifica muito bem a parte anterior a revolução e seus personagens.
O livro começa citando a crise de 29 e suas consequências para os paulistas, principais produtores de café “...em outubro de 1929, a quebra da Bolsa de Nova Iorque. O abalo, de extensão universal. O valor do café mergulhou, de imediato, trinta por cento.” ( DONATO,2002).
Ele começa contando como a insatisfação da população paulista e sobre tudo dos coronéis, os grandes produtores de café, refletiu na economia e sobre tudo na politica, foi um período grande de incertezas no cenário econômico e politico, quedo de Washington Luís, Getúlio Vargas no comando praticamente rasga a constituição, manda boa parte dos governadores embora e contrata interventores, todos de sua confiança para os estados, sem muitas vezes os interventores se quer conhecer os estados e suas culturas.
Eclode assim varias revoltas pelo Brasil, começa aí um jogo politico e com a população insatisfeita vão as ruas para protestar, cria-se novos partidos políticos, faz-se alianças politicas, um período bastante conturbado. 
Esse livro relata tudo isso muito bem, o autor em nenhum momento se coloca em um dos lados, ele conta o que aconteceu nesse período da história do Brasil, creio que ele conseguiu ficar neutro diante da sua narrativa, tão bem construída, confesso de em algumas partes tive que ler mais de uma vez para poder entender de fato, porque a todo momento aparecem fatos e personagens que complementam o fato. Um livro que eu li com olhos de pesquisadora do assunto, logo ele tras muita informação não só de São Paulo como cidade e estado, mas também retrata Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná, a então capital federal Rio de Janeiro e Nordeste do país, engloba informação como um todo, o que acontecia no país naquele momento. “...voltou sua ira contra Osvaldo Aranha que, supunha, executava esperteza de Getúlio para obter em Minas e no Rio Grande o mesmo domínio pleno que gozava em São Paulo, os Estados onde mais ruidosamente se ouvia o reclamo da constituição”. (DONATO,2002).
Escolhi como fonte histórica o diário, muito devido ao meu avô Jurandir Rodrigues Gomes ter lutado na revolução de 32 e ter deixado um diário contanto como era os seus dias no fronte, o que os soldados faziam nas horas vagas, seus medos e suas esperanças, com apenas 17 anos ele estava inserido em uma luta armada.
No artigo DIÁRIO ÍNTIMO: FONTE DE PESQUISA E INSTRUMENTO PEDAGÓGICO, dos pesquisadores Márcio Couto Henrique e Sara da Silva Suliman da Universidade Federal do Pará, “Dada à dimensão social dos diários, eis que eles registram o diálogo de um indivíduo com o seu tempo e lugar, pode-se articular temas diversos em abordagem interdisciplinar, com a possibilidade de se ter acesso a um ponto de vista diferente de determinados fatos históricos, se comparado com o que encontramos em fontes históricas oficiais.”
Essa artigo começa nos contando sobre a história do diário intimo, nos séculos XVI até o século XVIII, ele era visto como coisas de homem, pela grande quantidade de homens que possuíam um diário, como o nosso imperador Dom Pedro II, durante o século XIX passou a ser coisa de mulher, foi muito incentivado para que isso acontecesse, por pais, professores e até os padres, incentivavam as meninas escreverem suas memorias, hoje o diário é mais uma fonte de estudos em vários níveis, tanto no ensino médio como no acadêmico, pesquisado por varias matérias, entre elas a antropologia, história e letras.
Em primeiro lugar, cabe fazer breve reflexão sobre a especificidade do diário íntimo enquanto fonte histórica. Trata-se de documento bastante sedutor, eis que envolto sob o invólucro da sinceridade, armadilha para a qual o professor-pesquisador deve estar atento. (HENRIQUE – SULIVAM,2012)
O diário sendo uma fonte autobiográfica, temos como principio que o que lemos é tudo verdade, poucas as vezes que pensamos ser fruto da imaginação do autor o que ele nos descreve tão bem. Como separar a informação histórica vivida pelo autor, da imaginação do mesmo? Será que tudo que lemos no diário é verdade? Temos que levar em conta que nos diário em fazemos pesquisas foram editados, com isso muita coisa se modifica, tanto pela família como pelos editores.
O diário íntimo não fala apenas do sujeito que o escreve. Ao falar de si, o sujeito fala também das normas, valores, censuras, desafios de sua época. Os diários devem ser escolhidos de acordo com o tema a ser discutido em sala de aula.
Nesse artigo os autores usaramtrês diários como exemplo, o diário da baronesa de Langsdorff quanto o da professora alemã Ina von Binzer , mostram a cultura brasileira no período imperial de Dom Pedro II e a festa do carnaval, o outro diário apresentado é do general Couto de Magalhães, que lutou na Guerra do Paraguai, que foi apresentado um general frágil, com seus medos, muito diferente do retrato dele pintado cheio de condecorações. Com esses exemplos temos alguns modelos de como utilizar o diário em sala de aula, mostrar o inicio das festas populares no Brasil, desmitificar um herói, mostrar que todo herói é humano, tem medos e angustias.
Escrever diário é escrever história. Num longo e lento processo, os diários íntimos saíram das gavetas para a academia. Resta agora possibilitar os desdobramentos das análises feitas na academia para a sala de aula. (HENRIQUE – SULIVAM,2012).
Outro artigo que usei como base para o projeto foi “A MEMÓRIA NA SALA DE AULA: O GÊNERO DIÁRIO ÍNTIMO E A (RE) CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE”, de Francis Paula Correa Duarte.
Nesse artigo nos trás a percepção da construção do individuo usando o diário, porque quando escrevemos na primeira pessoa, também deixamos transparecer nossa sociedade, através das normas, valores e censuras da época. Assim, a partir do uso do diário, ver-se-á a identidade como uma construção simbólica formada discursivamente por meio de processos de reconhecimento de pertinência do indivíduo em relação à própria sociedade. (DUARTE, 2016).
A identidade do individuo ela é construída e não herdada, ela se modifica com o tempo, não é estática, isso tudo se difere conforme o meio que o individuo vive. O uso do diário em sala de aula nos proporciona, essa visualização, analisando o diário o aluno é estimulado a identificar alguns dados, qual o contexto que o individuo vive, onde, quando e porquê.
Portanto, na (re) construção de uma ideia de identidade, por meio dos diários em sala de aula, o papel do aluno mostra-se de primordial, pois é sujeito da sua produção. (DUARTE, 2016)
O autor do artigo Francis Paula Correa Duarte, fez uma pesquisa com o 8anoa, tendo como base o livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina de Jesus.”, com crianças na faixa etária de 13 a 16 anos, os alunos primeiro fizeram a leitura do livro, depois produziram um diário, ele pode perceber que produção textual do gênero em questão poderia oferecer em situações de aprendizagem, tais como: o professor, na condição de mediador, com a possibilidade de induzir o aluno a alcançar a sua autonomia na aquisição de aprendizagens significativas, no exercício da autoria e coautoria, na medida em que o educando não apenas opina sobre um determinado tema, mas também levanta ideias e questionamentos. (DUARTE,2016)
Com base nesses autores podemos ver as diferentes formas de se tratar do mesmo assunto em sala de aula e também como fonte de pesquisa.
No primeiro livro que foi por mim utilizado, tem uma visão e uma linguagem que funciona muito bem para ser trabalhado em sala de aula com os alunos do nono ano e sua faixa etária, é colorido, tem formato de gibi e com uma linguagem de fácil entendimento, o escritor Mauricio Pestana, levanta o assunto do negro na revolução de 32 e suas funções no conflito.
Já o outro escritor que pesquisei foi o Hernani Donato, tem como foco a história da revolução no antes, nos mostrando o ambiente antes da revolução como a queda da bolsa de valores de Nova Iorque, o durante a guerra e seu estopim e o pós guerra. Tudo com uma linguagem mais técnica, onde um adolescente dificilmente leria uma obra como essa, a não ser alguém com muita vontade de saber todos os detalhes e seus personagens, que são muitos, como todo livro dirigido mais aos adultos não tem desenho, e com uma linguagem esclarecida dos acontecimentos.
Igualmente percebi essa mesma diferenciação com os artigos, ambos falam do uso do diário em sala de aula.
No primeiro artigo escrito em conjunto, retrata o diário como a função de percepção de mudança cultural do país, fala da visão de uma baronesa francesa e uma professora alemã sobre o carnaval na época do Brasil Império, como lhes chamou atenção pro lado negativo essa festa trazida pelos portugueses, assim como relata também o livro “ Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina de Jesus”, que nos relata a vida de negra, moradora de uma favela no inicio do século XX.
Esse mesmo livro também é citado no segundo artigo que li, como fonte de pesquisa. Para o autor o uso do diário em sala de aula tem como objetivo mostrar aos alunos a formação da identidade de um individuo, através do que esse nos conta, sobre a sua época, com seus costumes e valores transcritos na primeira pessoa, fazendo o aluno ler e interpretar um diário, podemos fazer com eles se tornem pessoas mais criticas e questionadoras de seus problemas.
Esse mesmo livro também é citado no segundo artigo que li, como fonte de pesquisa. Para o autor o uso do diário em sala de aula tem como objetivo mostrar aos alunos a formação da identidade de um individuo, através do que esse nos conta, sobre a sua época, com seus costumes e valores transcritos na primeira pessoa, fazendo o aluno ler e interpretar um diário, podemos fazer com eles se tornem pessoas mais criticas e questionadoras de seus problemas.
Se juntarmos em sala de aula a visão de mudança cultural do primeiro artigo e com a formação do individuo do segundo artigo, fazemos os alunos questionarem o seu tempo, a sua realidade, a sua história.
 - SERIE/ANO
9 Ano – Ensino fundamental II
objetivos
Discutir o governo provisório
Conhecer as causas da revolução de 32
Desmitificar a ideia que brasileiro é um povo pacato
6- PROBLEMATIZAÇÃO
O tema sobre a revolução constitucionalista será tratado na aula sobre a Era Vargas e o governo provisório, tema das turmas dos nonos anos. O governo provisório começa em 1930,quando Getúlio Vargas, junto com os tenentistas tiram do poder o então presidente legítimo Washington Luiz, e Vargas assume o poder, chama-se esse período de governo provisório que vai de 1930 – 1934.
Tratar desse assunto em sala de aula é importante para mostrar aos alunos uma das mais importantes revolução civil do país, que aconteceu num período perturbado politicamente. Pouco se fala em sala de aula sobre o governo provisório de Vargas, o que realmente é tratado é as questões da CLT, e o governo dele não se baseou só nisso, é importante mostrar pros alunos os dois lados de um governo até hoje é questionado, e por que não, compara-lo ao governo Lula, um governo recente e bem populista ao estilo de Vargas.
Uma revolução que durou apenas três meses, entre julho e outubro de 1932, mas grande em números, foi o maior conflito armado do país, teve a participação dos civis, ou seja, as pessoas comuns se juntaram aos militares, juntou a população do campo com a cidade, união dos ricos e dos pobres, foi também durante a revolução a primeira vez que foi usado aviões para a finalidade de guerra. A aviação teve seu relevante papel na Revolução de 1932, embora os dois lados em luta dispusessem de poucos aviões. O governo federal contava com aproximadamente 58 aeronaves divididas entre a Marinha e o Exército, já que a Força Aérea, nessa época, não constituía uma arma independente.
A mulher deve um papel importante durante o conflito, trabalhou como enfermeira, costureira e cozinheira, trabalhavam nas indústrias e também auxiliavam nas tarefas referentes ao suporte logístico.
São Paulo contou com cerca de trinta mil homens armados, e duzentos mil voluntários, as tropas federais contavam com cem mil homens, do lado paulista teve uma perda de 900 soldados. Foi uma batalha que teve sua principal batalha em São Paulo, mas outros Estados também tiveram seu conflito, como o Rio Grande do Sul, e Minas Gerais.
Com toda essa importância histórica, é pouco discutido em sala de aula, e pouco cobrado em provas e concursos, é uma parte importante da nossa história para ser esquecido.
Não se pode deixar um eventotão importante cair no esquecimento, todos os brasileiros precisam conhecer a história do nosso país, e da região em que se vive, o Paraná também deu a sua contribuição nessa batalha, enviou tropa para a frente de batalha em São Paulo, jovens com seus 17 – 18 anos, saíram de suas casa a fins de lutar e muitas vezes nem saber o porque está ali.
Grandes batalhas não acontece só fora do nosso país, só estudamos guerras, conflitos em outros países, parece uma coisa longínqua, porem aqui em nosso país, bem perto de nós já deve uma grande batalha contra o governo. Brasileiro também faz guerra, não somos tão pacatos, como querem que pensamos que somos, apenas com o passar dos anos nos acomodamos.
7 – O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
Vou começar fazendo uma avaliação formativa sobre o tema, perceber o que eles já sabem sobre Getúlio Vargas, governo provisório e revolução de 32, vou falar com eles sobre diário intimo, para perceber se eles sabem o que é, se já viram ou se alguém faz , e fazer uma breve explicação.
Depois irei passar um vídeo de entorno 15 minutos,( https://www.youtube.com/watch?v=VsmajbkthRo) que resume a era Vargas e fala sobre a revolução de 32, explicação, tirar as duvidas, mostrar em slides trechos de um diário de um soldado da revolução, para os alunos perceberem a diferença de épocas, até na escrita de algumas palavras, fazer uma discussão em sala sobre os costumes da época.
Vou trabalhar através de slide, com o livro do Mauricio Pestana, a Revolução de 32 em quadrinhos, para eles tirarem o máximo de informação possível, usar através de imagens, trechos do livro “diário de Ane Frank”, para retratar o dia a dia de uma refugiada de guerra.
Trazendo o diário para sala de aula, pretendo mostrar as diferenças culturais, com o passar dos anos. Vamos montar um diário em sala, criar um personagem fictício, e imaginar a vida dessa pessoa, para isso dividirei sala em grupos para que cada grupo monte seu diário, com fotos e com relatos sobre 32, sobretudo a vida durante a revolução.
Para os alunos terem acesso as informações e detalhes da vida naquela época vou artigos de jornais da época, http://acervo.folha.uol.com.br/fdm/1932/07, onde além de vermos como se articulava a revolução também podemos perceber os costumes da época.
Apresentar alguns cartazes da época, na qual irei imprimir, para melhor compreensão, assim ajudar no desenvolvimento do diário.
8 – CRONOGRAMA DO PROJETO DE ENSINO EM HISTÓRIA
Tema – Revolução de 1932 ou Revolução Constitucionalista
Ensino Fundamental II – 9 ano
	Data da Aula
	Atividade
	03-05-2017
	Avaliação formativa sobre Vargas, governo provisório e revolução de 32
	05-05-2017
	Vídeo de 15 minutos sobre inicio da revolução, explicação e tirar as duvidas
	08-05-2017
	Apresentação de slide com trechos do diário de um ex- combatente, mesa redonda sobre o tema
	10-05-2017
	Explicação sobre o projeto “Diário Intimo”, e dividir a sala em 5 grupos
	12-05-2017
	Ler e analisar com a turma o livro “Revolução de 32 em quadrinhos”, do Mauricio Pestana
	15-05-2017
	Expor fotos dos cartazes da época, para melhor visualização, para facilitar a montagem do 
diário
	17-05-2017
	Finalização do Diário, em sala de aula
	19-05-2017
	Seminário de apresentação em grupo dos diários e mesa redonda
	22-05-2017
	Continuação do seminário e mesa redonda
	24-05-2017
	Revisão com os alunos, avaliar o que eles conseguiram entender sobre o tema
9- RECURSOS HUMANOS – MATERIAIS
Tv pen drive, vídeo, quadro negro, giz, livro em quadrinhos, cartazes.
10 – AVALIAÇÃO
Começarei com a avaliação formativa, para ver o conhecimento dos alunos referente ao tema proposto, durante o seminário proposto, também avaliarei eles de forma formativa, para ver o que eles conseguiram absorver do tema, o projeto terá uma nota fixada em 2,0 pontos na media final, pela a participação e envolvimento dos alunos
11- REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
http://cptstatic.s3.amazonaws.com/pdf/cpt/pcn/volume-06-historia.pdf
file:///C:/Users/marcos/Downloads/2998-97-16396-1-10-20170209.pdf
https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/viewFile/2175-7917.2012v17n2p27/23259
http://www2.unucseh.ueg.br/anais/edicao/edicao_vol05_n05/anais_iniciacaocientifica/historia/spp_jic2010_hist_diario_intimo_como_fonte_de_pesquisa_lorrainy_melo.pdf
livro – Historia do Brasil, Boris Fausto, editora edusp
livro – Revolução Constitucionalista de 1932 – em quadrinhos, de Mauricio Pestana, editora Imprensa Oficial
livro – História da Revolução de 32, de Hernani Donato, editora Ibrasa
Sistema de Ensino Presencial Conectado
histó´ria
valquiria firmino ramos
Revolução de 1932
Projeto de ensino
Curitiba
2017
valquiria firmino ramos
revolução de 1932
Projeto de ensino
Trabalho de projeto de ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de interdisciplinar .........
Orientador: Prof. Cintya Simone França 
Curitiba
2017

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