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RESUMO DIREITO PENAL AV1

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RESUMO DIREITO PENAL - AV1
Concurso de pessoas
O concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de uma pessoa. Tal cooperação da prática da conduta delitiva pode se dar por meio da coautoria, participação, concurso de delinquentes ou de agentes, entre outras formas.
Concurso Necessário – (Plurissubjetivos) É necessário a presença e mais de um agente. Ex: Associação para o tráfico, Rixa
Concurso Eventual – (Unissubjetivos) Eventualmente são praticados por duas ou mais pessoas. Ex: Furto, Estupro
Teorias sobre o concurso de pessoas: A Punibilidade no Concurso de Pessoas com a finalidade de distinguir e apontar a infração penal cometida por cada um dos seus participantes (autores e partícipes), surgiram três teorias que são as seguintes:
Teoria pluralista – por esta teoria haveria tantas infrações penais quantos fossem o número de autores e partícipes. Seria como se cada autor e cada partícipe tivesse praticado sua própria infração penal, independentemente da sua colaboração para com os demais agentes. NÃO APLICADO NO BRASIL.
Teoria dualista – aqui faz-se uma distinção entre a infração praticada pelos autores daquela praticada pelos partícipes. Para esta teoria, haveria uma infração penal para os autores e outra para os partícipes.
Teoria monista ou unitária – também conhecida como teoria unitária, adotada pelo nosso Código Penal, aduz que todos aqueles que concorrem para o crime, incidem nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade, ou seja, há um crime único, atribuído a todos aqueles que para ele concorreram, autores e partícipes. 
Pluralidade de agentes e de condutas – é necessário que haja, no mínimo, duas pessoas que, envidando esforços conjuntos, almejam praticar determinada infração penal;
Relevância causal de cada conduta – Se a conduta levada a efeito por um dos agentes não possuir relevância para o cometimento da infração penal, devemos desconsiderá-la e concluir que o agente não concorreu para a sua prática. Ex.: A decidido a matar B, pede a arma de C emprestada para praticar o crime. C, sabendo da intenção de A, empresta sua arma. Porém, ao chegar à casa de B, A resolve matá-lo a pauladas e não utiliza a arma de C. Podemos dizer que C, apesar de ter emprestado a arma a A, não participou do crime, pois, sua arma não foi utilizada, isto é, sua conduta não teve relevância causal para a prática do delito.
Liame subjetivo entre os agentes – é o vínculo psicológico que une os agentes para a prática da mesma infração penal. Se não se conseguir vislumbrar o liame subjetivo entre os agentes, cada qual responderá, isoladamente, por sua conduta.
Identidade de infração penal – quer isto dizer que os agentes, unidos pelo liame subjetivo, devem querer praticar a mesma infração penal. Seus esforços devem convergir ao cometimento de determinada e escolhida infração penal.
AUTORIA- (Prática do Crime)
Teorias acerca do conceito do autor:
Unitária - Não é adotada no Brasil – Todo mundo é autor
Extensiva – Todo mundo é autor só que permite diminuição de pena para quem tiver participação menos importante.
Restritivo - Autor seria somente aquele que praticasse a conduta descrita no núcleo do tipo penal. Todos os demais que, de alguma forma, o auxiliassem, mas que não viessem a realizar a conduta narrada pelo verbo do tipo penal seriam considerados partícipes. Ou seja: quem mata é autor e quem manda participe. 
**Segue atrelado a uma teoria objetiva de participação que, por sua vez, segue duas vertentes: uma formal e outra material.
Objetivo-formal - Autor é aquele que pratica a conduta descrita no núcleo do tipo. Todos os demais serão considerados partícipes;
Objetivo-material - Distingue autor e partícipe pela maior contribuição do primeiro na causação do resultado. Não aplicado no Brasil
Domínio do Fato – (Não se aplica a crimes culposos só aos dolosos) Aquele que possui o manejo dos fatos e o leva a sua realização, é autor, ainda que não tenha praticado a conduta descrita no tipo, enquanto o que simplesmente colabora, sem ter poderes decisórios a respeito da consumação do fato, é partícipe.
CO-AUTORIA - Quando houver a reunião de vários autores, cada qual com o domínio das funções que lhe foram atribuídas para a consecução final do fato, de acordo com o critério de divisão de tarefas.
**Autor – Tem domínio dos fato 		Co-autor – Domino funcional dos fatos
Autoria Mediata – hipóteses - Autor pode ser aquele que executa diretamente a conduta descrita pelo núcleo do tipo penal, ocasião em que será reconhecido como autor direto ou autor executor; ou poderá ser, também, aquele que se vale de outra pessoa, que lhe serve, na verdade, como instrumento para a prática da infração penal. Responde quem mandou praticar. Ex: Induzir um menor a matar
Autoria Incerta - Ocorre quando na autoria colateral não consegue saber quem matou. Ex: Suponhamos que A e B queiram a morte de C. Por mera coincidência, os dois se colocam de emboscada aguardando a vítima passar. Quando avistam a presença de C os dois atiram, no mesmo instante, sem que um soubesse da presença do outro naquele local. Se a perícia não puder provar quem efetuou o disparo que causou a morte da vítima ambos responderão por tentativa de homicídio.
Erro determinado por terceiro (art. 20, §2º, CP) – como exemplo de erro determinado por terceiro podemos citar a situação em que um médico, querendo matar um paciente internado no hospital onde trabalha, prepara uma injeção de veneno e pede à enfermeira para aplicá-la no paciente, dizendo tratar-se de medicamento. A enfermeira, sem saber tratar-se de veneno, aplica a injeção no paciente e vem a matá-lo. A enfermeira não agiu com dolo nem com culpa e, portanto, quem responderá pelo crime é o terceiro que determinou o erro, isto é, o médico que será considerado autor mediato.
Coação moral irresistível (art. 22, primeira parte, CP) – se alguém, em virtude de uma coação a que não possa resistir vier a praticar uma infração penal, somente será punível o autor da coação que será considerado autor mediato.
Obediência hierárquica (art. 22, segunda parte, CP) – aqui, aplica-se o mesmo raciocínio adotado nos casos de coação moral irresistível.
Caso de instrumento impunível em virtude de condição ou qualidade pessoal (art. 62, III, segunda parte, CP) – existe a possibilidade de que o agente se valha de inimputáveis (doentes mentais ou menores) para o cometimento de infrações penais, casos em que também será considerado autor mediato.
PARTICIPAÇÃO - A palavra partícipe é usada para destacar, dentre todos os agentes, somente aqueles que, embora concorrendo para a prática da infração penal, desempenham atividade diversa da do autor. Não tem domínio dos fatos
Acessoriedade extrema ou máxima – Para que o partícipe responda é necessário que o autor pratique fato típico, ilícito, culpável.
Acessoriedade mínima – Para que o partícipe responda é necessário que o autor pratique fato típico. Não praticado no Brasil.
Acessoriedade limitada – Para que o partícipe responda é necessário que o autor pratique fato típico, ilícito. Praticado no Brasil Ex: Induzir menor a matar. 
Acessoriedade Hiperacessoriedade – Para que o partícipe responda é necessário que o autor pratique fato típico, ilícito, culpável e punível. Não praticado no Brasil.
ESPÉCIE DE PARTICIPAÇÃO 
Induzimento – Dar ideia para o agente. Fazer nascer a ideia na cabeça do autor
Instigação – O sujeito tem ideia e você instiga	
Auxílio – Emprestar a arma, deixar a porta aberta. Ex: Se A vai roubar uma carga e pede seu galpão para guardar a carga roubada. Analise se A roubaria a carga com você dando ou não auxílio do galpão)
PUNABILIDADE NO CONCURSO DE PESSOAS
Participação de menor importância - Preceitua o § 1º do artigo 29 do CP, uma redução facultativa da pena entre um sexto a um terço, se a participação for de menor importância, deixando, entretanto, a cargo da doutrina definir o que seria participaçãode menor importância.
Cooperação dolosa distinta - O crime efetivamente praticado pelo autor principal não é o mesmo que o partícipe aderiu, logo, o conteúdo do elemento subjetivo do partícipe é diferente do crime praticado. Por exemplo, “A” determina a “B”, que de uma surra em “C”. por razões pessoais, “B” aproveita o ensejo e mata “C”, excedendo na execução do mandato.
Participação impunível – Não há de se falar em crime. Olhando para o Intercriminis chega na parte cogitação, preparação, mas não chega na execução.
Multidão delinquente - Fora dos casos de associação criminosa, pode ocorrer que, eventualmente, uma multidão, em situação ou momento de elevado furor, perde o senso da razão, o respeito as leis e passa agir em desacordo com os adrões éticos e morais, cometendo graves crimes, como é caso de linchamentos, saques, depredações etc.
Concurso de pessoas nos crimes culposos – Só aceita Co-autoria
Concurso de pessoas omissivos – Existe corrente doutrinária que não admite a co-autoria em crimes omissivos, uma vez que cada agente possui seu dever de agir de forma individualizada, indecomponível e intransferível.
Concurso de pessoas nos crimes de mãos próprias – Só a própria pessoa pode fazer e só na modalidade de participação
COMUNICABILIDADE DAS CIRCUNSTÂNCIAS 
as condições e circunstâncias subjetivas (de caráter pessoal) não se comunicam, por expressa determinação legal;
as circunstâncias objetivas se comunicam, desde que tenham entrado na esfera de conhecimento do agente;
as condições e circunstâncias (subjetivas ou objetivas) se comunicam quando passam a ser elementares do crime, mas, ainda assim, é necessário que entrem na esfera de conhecimento do agente, pois, embora tal exigência não esteja expressa na lei, deve ser entendida como implícita sob pena de aceitarmos a responsabilidade penal objetiva.
CONCURSO DE CRIMES
Quando uma ou mais pessoas praticam dois ou mais crimes, este concurso de crimes (concursus delictorum) pode ser de três espécies: concurso material, concurso formal ou crime continuado.
O concurso de crime é subdividido em três espécies sendo elas o concurso material (ou real, [art. 69 do C. P.]), o concurso formal (ou ideal, [art. 70 do C. P.]) e o crime continuado (art. 71 do C. P.).
Os tipos de concursos admitidos no direito brasileiro são o material, que pode se dividir em homogêneo e heterogêneo; o formal, que pode ser dividido em próprio e impróprio; além do crime continuado.
Concurso material ou real - para que haja o concurso material de crimes é necessário: a) que haja mais de uma ação ou omissão; b) que com mais de uma ação ou omissão o agente pratique dois ou mais crimes.
Conseqüência – preenchidos os requisitos acima, surgirá a seguinte conseqüência: aplicação cumulativa das penas privativas de liberdade em que haja incorrido o agente (sistema do cúmulo material)
Material Homogêneo - quando o agente comete dois ou mais crimes idênticos, não importando se a modalidade praticada é simples, privilegiada ou qualificada.
Material Heterogêneo - quando o agente vier a praticar duas ou mais infrações penais diversas (previstas em tipos penais diversos).
CONCURSO FORMAL OU IDEAL 
 a) que haja uma só ação ou omissão; 
b) que com uma só ação ou omissão o agente pratique dois ou mais crimes.
Conseqüências – presentes os requisitos acima, surgirão as seguintes conseqüências:
aplicação da mais grave das penas, aumentada de um sexto até a metade (sistema da exasperação);
aplicação de somente uma das penas, se iguais, aumentada de um sexto até a metade (sistema da exasperação);
aplicação cumulativa das penas, se a ação ou omissão é dolosa, e os crimes resultam de desígnios autônomos (sistema do cúmulo material).
Concurso Formal Homogêneo - Se idênticas as tipificações, o concurso será reconhecido como homogêneo (ex.: indivíduo que, culposamente, atropela e mata duas pessoas – comete dois homicídios culposos).
Concurso Formal Heterogêneo - Quando as tipificações são diversas, estaremos diante do concurso formal heterogêneo (ex.: indivíduo que, culposamente, atropela duas pessoas, matando uma delas e lesionando outra – comete um homicídio culposo e uma lesão corporal culposa).
Concurso Formal Próprio (Perfeito) – Crimes idênticos
	N de crimes
	Aumento
	2
	1/6
	3
	1/5
	4
	1/4
	5
	1/3
	6 ou +
	1/2
Concurso Formal Impróprio (Imperfeito) – Crimes diferentes. Soma-se as penas
Concurso Formal Próprio ou Perfeito - aplicar o percentual de aumento de um sexto até a metade.
Concurso Material Benéfico Art. 70 – Ameniza a pena, aplica-se a pena mais branda caso os outros crimes tenham sido culposos com uma só ação.
Crime Continuado - Encontra-se previsto no art. 71 do Código Penal. Praticado por mais de uma ação ou omissão da mesma espécie 
Requisitos:
a) mais de uma ação ou omissão; 
b) prática de dois ou mais crimes, da mesma espécie; 
c) condições de tempo (conexão temporal) (jurisprudência sugere até o lapso temporal de 30 dias entre os crimes), 
d) lugar (conexão espacial) (jurisprudência sugere “localidades próximas”, podendo até comportar Estados diversos!), 
e) maneira de execução e outras semelhantes (mesma oportunidade e mesma situação propícias para a prática do crime); 
f) os crimes subseqüentes devem ser havidos como continuação do primeiro.
Especifico – Pena do mais grave até o triplo
Genérico – Pena do mais grave aumentado de um sexto até dois terços
APLICAÇÃO DA PENA
Genérico – Pena do mais grave aumentado de um sexto até dois terços
	N de crimes
	Aumento
	2
	1/6
	3
	1/5
	4
	1/4
	5
	1/3
	6
	1/2
	7 ou +
	2/3
Especifico – Pena do mais grave até o triplo
Lei Posterior mais grave s711 STF – Aplica-se a lei em vigor
Distinção entre concurso de crimes e conflito aparente de normas:
Concurso de crimes – Mais de um crime 
Conflito aparente - Mais de uma lei que se aplica ao fato
TEORIA DAS PENAS 
Absoluta – Retribuição – Pratica um crime o Estado retribui com uma pena
Relativa – Prevenção – Se divide em Geral ou Especial 
		Geral - Intimação coletiva – As pessoas de modo geral fica intimidade com a pena e não comete aquele crime
		Especial – Ressocialização o sujeito não voltaria a cometer crime ou a delinguir
		Mista - Adotada no código Penal Brasileiro é aplicada Retributiva (absoluta) com a preventiva (relativa)
PRINÍPIOS DAS PENAS
Humanidade – Decorre da dignidade da pessoa humana. A pena não pode ser desumana 
Legalidade - Não há crime sem lei e não há pena sem lei; a pena tem que estar prevista em lei antes do ato praticado
Personalidade – A constituição veda a transferência de uma pena para outra pessoa
Inderrogabilidade - A pena deve ser cumprida
Proporcionalidade – A pena deve ser proporcional ao crime praticado
Individualização da pena – Produção das leis(Legislador) Aplicação das penas (Trifásico) Na execução da pena
Espécies: Art. 32 - As penas são: I - privativas de liberdade; II - restritivas de direitos; III - de multa.
a)Privativa de liberdade 
 Pena de Prisão – reclusão: Pode começar no fechado, semi-aberto e aberto
Detenção: Pode começar no semi-aberto e aberto – Não pode começar no fechado
b)Restritiva de direito – Podem ser autônomas No momento em que o Juiz vai aplicar a pena, ela pode ser substituída; no lugar de aplicar uma pena privativa de liberdade, poderá ser aplicada uma restritiva de direito ou substitutivas. ou seja, não se aplicam por si, de imediato 1) prestação pecuniária; 2) perda de bens e valores; 3) prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; 4) interdição temporária de direitos; e, 5) limitação de fim de semana.
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
1)Reincidência – Agrava a pena (é o sujeito que pratica uma novo crime após transitar e julgado sentença penal condenatória até 5 anos após a extinção ou cumprimento da pena. Art 63CP
Exemplo: Imagine-sea prática do primeiro crime [Cr1], na data [Dt1], sendo instaurado o processo [Pr1].
Em seguida o agente do primeiro crime [Cr1] pratica o segundo crime [Cr2], na data [Dt2] e é instaurado o segundo processo [Pr2].
A ocorrência dos fatos e as soluções podem ser sucessivas, isto é, em ordem cronológica e mesmo assim ser r
Se a primeira sentença [St1] (referente ao primeiro crime [Cr1]) for condenatória e transitar em julgado [Tj1] antes da prática do segundo crime [Cr2] o agente na Segunda sentença [St2] será reincidente.
Cr1 St1 Tj1 Cr2 St2 = REINCIDENTE
Se a primeira sentença [St1] (referente ao primeiro crime [Cr1]) for condenatória e não tiver transitado em julgado [Tj1] antes da prática do segundo crime [Cr2] o agente não será reincidente na segunda sentença [St2].
Cr1 St1 Cr2 Tj1 St2 = NÃO REINCIDENTE
2)Ter o agente cometido crime
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica;
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada. 
SISTEMA TRIFÁSICO
1 FASE – Art. 59CP - Pena base – Súmula 231STJ (6 a 20 anos) se forem desfavoráveis aumenta 1/6
Primeira fase se destinará a fixação da pena-base, onde o juiz, em face do caso concreto, analisará as características do crime e as aplicará, não podendo fugir do mínimo e do máximo de pena cominada pela lei àquele tipo penal. 
São circunstâncias judiciais:
a) Culpabilidade: é o grau de reprovação da conduta em face das características pessoais do agente e do crime; 
b) Antecedentes: são as boas e as más condutas da vida do agente; até 05 (cinco) anos após o término do cumprimento da pena ocorrerá a reincidência e, após esse lapso, as condenações por este havidas serão tidas como maus antecedentes; 
c) Conduta social: é a conduta do agente no meio em que vive (família, trabalho, etc.); 
d) Personalidade: são as características pessoais do agente, a sua índole e periculosidade. Nada mais é que o perfil psicológico e moral; 
e) Motivos do crime: são os fatores que levaram o agente a praticar o delito, sendo certo que se o motivo constituir agravante ou atenuante, qualificadora, causa de aumento ou diminuição não será analisada nesta fase, sob pena de configuração do bis in idem; 
f) Circunstâncias do crime: refere-se à maior ou menor gravidade do delito em razão domodus operandi (instrumentos do crime, tempo de sua duração, objeto material, local da infração, etc.); 
g) Consequências do crime: é a intensidade da lesão produzida no bem jurídico protegido em decorrência da prática delituosa;  
h) Comportamento da vítima: é analisado se a vítima de alguma forma estimulou ou influenciou negativamente a conduta do agente, caso em que a pena será abrandada. 
2 FASE - Apuração das circunstancias, atenuantes e agravantes
 circunstâncias atenuantes, que são aquelas que permitirão ao magistrado reduzir a pena-base já fixada na fase anterior, e as circunstâncias agravantes, as quais, ao contrário das atenuantes, permitirão ao juiz aumentar a pena-base, ressaltando que nessa fase o magistrado não poderá ultrapassar os limites do mínimo e do máximo legal.
Circunstâncias atenuantes:
a) ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença de 1° grau;
b) o desconhecimento da lei: não ocorre a isenção da pena, mas seu abrandamento;
c) ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral: valor moral é o que se refere aos sentimentos relevantes do próprio agente e valor social é o que interessa ao grupo social, à coletividade;
d) ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano: não se confunde com o instituto do arrependimento eficaz (artigo 15 do CP), nesse caso ocorre a consumação e, posteriormente, o agente evita ou diminui suas consequências;
e) ter o agente cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vitima: observa-se as regras do artigo 22 do CP (coação irresistível e ordem hierárquica);
f) ter o agente confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime: se o agente confessa perante a Autoridade Policial porém se retrata em juízo tal atenuante não é aplicada; 
g) ter o agente cometido o crime sob influência de multidão em tumulto, se não o provocou: é aplicada desde que o tumulto não tenha sido provocado por ele mesmo. 
Circunstâncias agravantes: 
a) reincidência: dispõe o artigo 63, do CP, que "verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior";
b) ter o agente cometido o crime por motivo fútil ou torpe: motivo fútil é aquele de pouca importância e motivo torpe é aquele vil, repugnante;
c) ter o agente cometido o crime para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: nessa circunstância tem que existir conexão entre os dois crimes;
d) ter o agente cometido o crime à traição, por emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido: essa circunstância será aplicada quando a vítima for pega de surpresa; a traição ocorre quando o agente usa de confiança nele depositada pela vitima para praticar o delito; a emboscada é a tocaia, ocorre quando o agente aguarda escondido para praticar o delito e, por fim, a dissimulação ocorre quando o agente utiliza-se de artifícios para aproximar-se da vítima; 
e) ter o agente cometido o crime com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum: essa circunstância se refere ao meio empregado para a prática delituosa; tortura ou meio cruel é aquele que causa imenso sofrimento físico e moral à vítima; meio insidioso é aquele que usa de fraude ou armadilha e, por fim, perigo comum é o que coloca em risco um número indeterminado de pessoas; 
f) ter o agente cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: abrange qualquer forma de parentesco, independente de ser legítimo, ilegítimo, consanguíneo ou civil;
g) ter o agente cometido o crime com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica: o abuso de autoridade refere-se a relações privadas; relações domésticas são as existentes entre os membros de uma família; e coabitação significa que tanto autor quanto vítima residem sob o mesmo teto;
h) ter o agente cometido o crime com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão: o abuso de poder se dá quando o crime é praticado por agente público, não se aplicando se o delito constituir em crime de abuso de autoridade; as demais hipóteses referem-se quando o agente utilizar-se de sua profissão para praticar o crime (atividade exercida por alguém como meio de vida);i) ter o agente cometido o crime contra criança, contra maior de 60 (sessenta) anos,  ou contra enfermo ou mulher grávida: são pessoas mais vulneráveis, por isso ganham maior proteção da lei; criança é o que possui idade inferior a 12 (doze) anos da idade; 
j) ter o agente cometido o crime quando o ofendido estava sob imediata proteção da autoridade: aumenta-se a pena pela audácia do agente em não respeitar à autoridade;
k) ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido: se dá pela insensibilidade do agente que se aproveita de uma situação de desgraça, pública ou particular, para praticar o delito;
l) ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada: ocorre quando o agente se embriaga para ter coragem para praticar o delito.
3 FASE - Que se encerra com aplicação das causas de aumento e diminuição da pena para que ao final chegue ao total da pena. Elas são causas que permitem ao magistrado diminuir aquém do mínimo legal bem como aumentar além do máximo legal. 
O parágrafo único do artigo 68, do CP, dispõe que se ocorrer o concurso de causas de diminuição e de aumento previstas na parte especial, deverá o juiz limitar-se a uma só diminuição e a um só aumento, prevalecendo a que mais aumente ou diminua, porém se ocorrer uma causa de aumento na parte especial e outra na parte geral, poderá o magistrado aplicar ambas, posto que a lei se refere somente ao concurso das causas previstas na parte especial do CP.
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
 Às de reclusão reservam-se as sanções mais severas por admitirem, desde o início, o cumprimento da pena em regime fechado.
As penas de detenção podem ser consideradas mais brandas porque admitem o início de cumprimento da pena no regime inicial semiaberto ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
Prisão Simples Até 15 dias. Quase não se usa
§ 1º - Considera-se: 
a) Regime Fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) Regime Semi-Aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) Regime Aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Reclusão Art 33 parágrafo 2
a)Pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado-  As penas do regime fechado são cumpridas em estabelecimentos de segurança máxima ou média.
b) O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; as do semiaberto em colônias agrícolas, industriais ou similares 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto as abertas em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Detenção: 
a)Pena seja superior a 4 (quatro) anos – Inicia-se no regime semi-aberto
b)Pena igual ou inferior a 4 (quatro) anos - Inicia-se no regime aberto
c)O condenado reincidente - Inicia-se no regime semi-aberto
d)Se as circunstancias do Art 59CP não forem favoráveis - Inicia-se no regime semi-aberto. S718 e 719 STF e 440STJ
PROGRESSÃO DE REGIMES - De acordo com o Código Penal e a LEP, a pena do condenado deve ser aplicada de forma progressiva, ou seja, o condenado que obedecer aos requisitos legais poderá passar de um regime mais rigoroso para outro menos rigoroso (do fechado para o semi-aberto e deste para o aberto). Os requisitos são dois: um objetivo e outro subjetivo. 
O requisito objetivo consiste no cumprimento de determinada parcela da pena no regime anterior para possibilitar a progressão. Regra geral: é necessário o cumprimento de um sexto da pena
O requisito subjetivo diz respeito ao mérito do condenado, ou seja, à sua capacidade de se adequar a um regime menos rigoroso. Na redação original do art. 112 da LEP, eram necessários o exame criminológico e o parecer da Comissão Técnica de Classificação para a progressão de regime. 
Exame criminológico – Obrigatorio no regime fechado. Facultativo no regime semi-aberto. Cumprir 1/6 da pena(1 ano)
Crimes Hediondos terão de cumprir 2/5 da pena, se primários, e 3/5, se reincidentes, para ter o benefício da progressão (art. 2º, § 2º da Lei nº 8.072/90).
 Progressão Por Salto é a possibilidade de o preso que está cumprindo pena em regime fechado ser transferido direto para o regime aberto sem respeitar, dessa forma, escalas de regime, quais sejam: fechado, semi-aberto e aberto. Este tipo de progressão não é admitida pelo ordenamento jurídico brasileiro, porém o STJ e o STF entendem que no caso de não existir vaga no regime semi-aberto o condenado deve aguardar em regime aberto.
**Só há um caso em que a jurisprudência admite a progressão de regime com salto: quando o condenado já cumpriu 1/6 da pena no regime fechado, não consegue a passagem para o semi-aberto por falta de vaga, permanece mais 1/6 no fechado e acaba por cumprir esse 1/6 pela segunda vez. Nesse caso, entende-se que, ao cumprir o segundo 1/6 no fechado, embora estivesse de fato nesse regime, juridicamente se encontrava no semi-aberto, não podendo alegar que houve, verdadeiramente um salto
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Art. 53 - As penas privativas de liberdade têm seus limites estabelecidos na sanção correspondente a cada tipo legal de crime.
Reclusão: Podem começar no fechado, semi-aberto e aberto
Detenção: Podem começar no semi-aberto e aberto e não podem começar no fechado
FINALIDADE DA PENAS
Teorias Absolutas ou da Retribuição: Retribuir mal com mal
Teorias Relativas, ou da Prevenção: afirmam que o escopo da pena consiste em evitar o cometimento de novos delitos e, desta forma, proteger Bens Jurídicos.
Teorias Mistas: congregam as duas finalidades em torno da pena, que cumpre a função preventiva e retributiva ao mesmo tempo. Na doutrina brasileira adotou-se essa Teoria.
Teoria da Prevenção Especial: a pena atua como fator de ressocialização do condenado.
PRINCÍPIOS DA PENAS
a)Humanidade: refere-se as vedações expressas da lei, proibindo as penas de caráter perpétuo, de banimento, cruéis de trabalhos forçados e de morte, salvo em caso de guerra declarada. (CF art. 5°. XLVII).
b)Legalidade: a pena a ser aplicada e posteriormente executada deve estar contida previamente em lei vigente
c)Personalidade: um dos mais suscitados princípios penais, a personalização da pena refere-se diretamente ao art. 5°, XLV, concernente a pena não ultrapassar a pessoa do condenado.
d)Inderrogabilidade: A pena deverá ser aplicada sempre que se configurar simetria perfeita entre o tipo penal e a atitude empregada pelo indivíduo.
e)Proporcionalidade: a pena deverá exercer função especificamente ao crime cometido, de acordo com a situação do delito, em caráter preexistente, contemporâneo e superveniente ao ato. (CF, art. 5°, XLVI e XLVII).
f)Individualidade: Refere-se a necessidade da apreciação pontual do delito, para que assim, a pena seja imposta ao criminoso de acordo com o grau de culpabilidade e em vista de certos requisitos a serem avaliados quando na aplicação da penalidade (CF, art. 5°, XLVI).
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
A prestação pecuniária Pagamento que o condenado faz as vítimas e seus familiares e é abatido e ele pode pagar uma prestação de outra natureza. Ex: cesta básica
A perda de bens e valores Raramente aplicado
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas Condenação superior a6 meses; 1 hora por dia
Interdição temporária de direitos Aplicada ao funcionário público; fica impedido de exercer a profissão; crimes de transito, fraude em concurso público
Limitação de fim de semana Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
SUBSTITUIÇÃO DAS PENAS
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
Pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo;

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