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Grécia e o direito grego

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Flávia Lages
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“A organização política da Grécia era ditada pelas condições geográficas e econômicas. A natureza a dividira em pequenas unidades econômicas e era incapaz de criar grandes sistemas políticos (...) Cada vale era independente (...). As melhores regiões do país, especialmente seus férteis vales, estão abertas para o mar e vedadas a terra (...) Eles estão mais em contato com os vizinhos separados pelo mar do que com os que a terra aproxima” (LAGES, 2001: p. 65)
O que unia a Grécia então? 
Unidade cultural 
A cidade não tinha o mesmo significado atual – cidade: associação religiosa e política das famílias e das tribos
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A Grécia Antiga não era um país unificado e havia várias cidades espalhadas pelo território, com leis e formas de governo diferentes –autonomia.
Essas cidades funcionavam como verdadeiros “Estados”, com plena autonomia, independência, entre si. Chamavam-se também de pólis.
Uma das mais importantes cidades-Estados da Grécia Antiga foi Atenas; seu modelo de organização física foi adotado por muitas outras cidades-Estados.
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ESPARTA
A forma de governo era a oligarquia; os grupos dominantes eram os comandantes militares;
A principal atividade a que se dedicavam os espartanos era a militar – treinamento rígido;
O restante da população estava fora das decisões importantes do governo; basicamente, eram os espartíatas (guerreiros) periecos (homens livres) e os hilotas (realizavam trabalhos forçados, mas não eram escravos);
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“Os hilotas são frequentemente definidos como escravos. Na verdade, um conjunto de fatores permite que eles sejam caracterizados mais como servos do que como escravos propriamente ditos. Habitavam as terras conquistadas pelos espartanos; eram todos da mesma origem e, uma vez subjulgados, permaneciam juntos nos locais e jamais se afastavam. Nesse sentido, eram muito diferentes dos escravos de Atenas, por exemplo, que vinham de muitas regiões do mundo bárbaro e grego. Os servos espartanos estavam presos à terra; não podiam se transferir, eram propriedade do Estado, e executavam as tarefas agrícolas nas terras repartidas entre os cidadãos quando da conquista.” 
(FLORENZANO, Maria Beatriz B. O mundo antigo: economia e sociedade. São Paulo, Brasiliense, 1982, p.52)
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Espartíata era educado para viver para o Estado
Bebê “saudável” até os setes anos recebia os cuidados da mãe
Dos sete aos doze, eram afastados de sua família e ingressavam em um grupo militar comandado por um jovem espartíata
 dos doze aos dezessete – campo, deveriam se sustentar com seu próprio esforço
Dezessete – Kriptia – a degolagem de hilotas: prêmio – um lote de terras
30 anos: casam
Sessenta: aposentam e passam a integrar o conselho dos Anciãos 
As meninas espartanas 
Os periecos e as bases econômicas “anti-enriquecimento”. Pag 69
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Política 
O código de leis de Licurgo
Diarquia: dois reis com funções religiosas e guerreiras
Eforato: função administrativa (5 membros)
Gerúsia: 28 anciãos) escolhia o Éforos fiscalizava os diarcas
O militarismo levado às últimas consequências
A imobilidade social: 
-Xenofobia – rejeição às ideias estrangeiras
- Xenelasia – impedimento de estadia de estrangeiros
- Laconismo – falar o mínimo necessário: diminuição da atividade intelectual e criativa
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ATENAS
Antes do século V a.C. a forma de governo ateniense era aristocrática;
Eupátridas – Classe política dominante ateniense 
O desenvolvimento comercial e o endividamento dos georgoi (agricultores)
A escravidão por dívidas
O enriquecimento dos artesãos e comerciantes e sua insatisfação
As agitações e revoltas
As reformas
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Havia várias cidades-Estados espalhadas pelo território grego.
As formas de governo adotadas pelas cidades-Estados variaram de acordo com o tempo e com cada região.
Dois exemplos são:
Monarquia
Tirania
Séculos XVIII e VII a. C = Cidades gregas conhecem um grande desenvolvimento urbano. Resultado: 
-Crescimento populacional
- Progresso tecnológico, artesanal e comercial 
O período de instabilidade nas cidades-estado grega
Os legisladores
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Desde o fim do século V a.C., com a adoção de reformas sociais, os aristocratas perderam privilégios; 
A forma de governo passou a ser a democracia, onde muitas pessoas podiam participar das principais decisões do governo;
O regime político era o da participação direta.
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A severidade das leis draconianas 
Drácon era eupátrida
“Em não tendo criado nenhuma novidade, Drácon reproduziu o direito antigo, ditado por uma religião implacável que via em todo erro uma ofensa às divindades e em toda ofensa às divindades um crime odioso. Assim, quase todos os crimes eram passíveis de pena de morte” p. 74
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Dracon não atingiu o problema econômico-social de Atenas
Partido popular exige reformas
Sólon: aristocrata de nascimento e comerciante
Eunomia: igualdade de todos perante a lei
Incentivo à ida de artesãos para Atenas
Padrão monetário fixo – sistemas de pesos e medidas único
Anistia geral
Limitação do direito de herança dos primogênitos (mulher nunca tinha direito de herança)
Suspensão dos marcos de hipoteca, devolução das terras aos antigos proprietários 
Proibição da escravidão por dívida
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Esparta: a maioria da população não participava das decisões do governo; havia uma forte desigualdade de poder.
Atenas: a maioria da população estava excluída das principais decisões e a sociedade ainda era bastante desigual, não tanto quanto a espartana.
Em Atenas, apenas os cidadãos livres podiam intervir no governo da cidade-Estado: escravos, estrangeiros (metecos) e mulheres não eram considerados cidadãos, e portanto não tinham direitos políticos.

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