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Expansão urbana e áreas de risco em Teófilo Otoni

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Dados do(s) Pesquisador(es) 
(Autor ou Autores do Texto Científico)
	Nome do Autor: 
Ana Carolina Santos Schetini; 
Gleicyana Vitor Gomes;
Caio Mário Leal Ferraz;
Rafael Alvarenga Almeida.
	Endereço residencial:
Av. Luiz Boali Porto Salman, 382, Centro, Teófilo Otoni – MG, 39802-000
	Formações Acadêmicas: 
Graduanda em Engenharia Civil;
Graduanda em Engenharia Civil;
Doutorando em Geografia e Mestre em Geografia;
Doutor e Mestre em Engenharia Agrícola.
 
	Vínculo Profissional (Instituição): UFVJM – Campus do Mucuri
Discente;
Discente;
Docente;
Docente.
	Endereço Profissional:
R. Cruzeiro, 01 - Jardim Sao Paulo, Teófilo Otoni - MG, 39803-371
	Telefones: 
(33) 98801-1457
(33) 98857-2767
(33) 98845-5247
 (33) 99908-4846
	Endereços Eletrônicos (e-mails): 
carol_schetini@hotmail.com;
gleyciane-arc@hotmail.com;
caio.ferraz@ufvjm.edu.br; 
rafael.almeida@ufvjm.edu.br.
	Link do Currículo Lattes (Se Brasileiro):
http://lattes.cnpq.br/5030555619653926;
 http://lattes.cnpq.br/8152873933826249.
 
Ministério da Educação – Brasil
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
Minas Gerais – Brasil
Revista Vozes dos Vales: Publicações Acadêmicas
Reg.: 120.2.095 – 2011 – UFVJM
ISSN: 2238-6424
QUALIS/CAPES – LATINDEX
Nº. 09 – Ano V – 05/2017
http://www.ufvjm.edu.br/vozes 
Expansão urbana aliada a áreas de risco na cidade de Teófilo Otoni – MG com auxílio de técnicas de geoprocessamento 
Ana Carolina Santos Schetini
Graduanda em Engenharia Civil - UFVJM
Discente da Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
Teófilo Otoni – UFVJM - Brasil
E-mail: carol_schetini@hotmail.com
Gleicyana Vitor Gomes
Graduanda em Engenharia Civil – UFVJM
Discente da Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
Teófilo Otoni – UFVJM – Brasil
E-mail: gleyciane-arc@hotmail.com
Prof. Caio Mário Leal Ferraz
Mestre e Doutorando em Geografia – UFMG
Docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM
Teófilo Otoni – UFVJM – Brasil
http://lattes.cnpq.br/5030555619653926
 E-mail: caio.ferraz@ufvjm.edu.br
Prof. Dr. Rafael Alvarenga de Almeida
Mestre e Doutor em Engenharia Agrícola - UFV
Docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM
Teófilo Otoni - UFVJM - Brasil
http://lattes.cnpq.br/8152873933826249
E-mail: rafael.almeida@ufvjm.edu.br
Resumo: O intenso crescimento urbano tem agravado diversos problemas socioambientais nas cidades, sobretudo a partir de meados do século XX. As enchentes e inundações urbanas, erosão acelerada e movimentos gravitacionais de massa, são os principais problemas ambientais que vem crescendo em muitas cidades brasileiras. Nesse cenário, o presente trabalho busca abordar a urbanização como causa do crescimento desordenado das cidades, tratando-se especialmente de Teófilo Otoni-MG, na qual tem-se sérios problemas ambientais e, inclusive, danos a população devido à ocupação de áreas de risco. O estudo foi realizado a partir de pesquisas e pelo mapeamento da cidade identificando a expansão populacional em torno dos anos de 1986, 1996, 2006 e 2016, buscando conjuntamente relacioná-lo a geomorfologia da área investigada. Como resultado, constatou-se que o aumento dos habitantes foi direcionado para áreas críticas, como os locais com declividade elevada, evidenciando a ausência de planejamento urbano e suas vulnerabilidades, o que pode refletir em danos incalculáveis. 
Palavras-chave: Urbanização, Ocupação Desordenada, Áreas de Risco.
Introdução
O crescimento urbano e suas consequências sobre o meio ambiente tem sido o principal motivo dos diversos problemas ambientais enfrentados atualmente. Este processo é associado à ideia de desenvolvimento, porém nem todo desenvolvimento é visto como positivo, uma vez que os efeitos negativos do crescimento sem limites, se destacam. 
Segundo Marandola et al. (2013) os riscos de desastres naturais têm se tornado cada vez mais presentes nas cidades, desencadeados pelo fenômeno da urbanização, que traz em seu próprio processo construtivo, perigos que se expressam pela carência de ajuste e aderência da produção do espaço urbano aos sistemas naturais, desde o sítio até ritmos regionais de chuvas, ventos e biodiversidade.
As populações mais carentes são induzidas a procurarem terrenos mais baratos, geralmente em áreas inadequadas à ocupação, como encostas íngremes ou regiões alagadiças, fato que ocorre na maioria das cidades, decorrente da exclusão sócio espacial característica do modelo socioeconômico vigente, que acentua tais desigualdades de renda familiares (Andretta, 2013, p.4). 
O foco deste trabalho é a cidade Teófilo Otoni (Figura 1), localizada no estado de Minas Gerais, que possuía uma população de aproximadamente 141 mil habitantes, estimada para 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A área de estudo (Figura 1) compreende a mancha urbana da cidade de Teófilo Otoni – MG, limitada pelas coordenadas 17° 51′ 32″ Sul, 41° 30′ 32″ Oeste, latitude -17.8588, longitude: -41.509.
Conforme Ferraz et al. (2016), o município apresenta regiões com relevo mais dissecado, zonas com maiores amplitudes topográficas e vertentes de elevada declividade, além de áreas de morfologia moderadamente planas e alongadas.
De acordo com os dados apresentados, seria necessário um planejamento urbano da cidade evitando que a ocupação populacional se direcionasse para áreas suscetíveis à ocorrência de desastres naturais. Assim, uma das ferramentas que podem ser utilizadas para minimizar esses eventos é o mapeamento de áreas de risco que segundo Bim (2009) delimita e identifica possíveis regiões com maior probabilidade de ocorrência de destrates naturais, podendo contribuir para realização de políticas públicas para uso e ocupação do solo ou no emprego de um plano de gerenciamento de risco. 
Figura 1: Mapa de Localização da cidade de Teófilo Otoni - MG.
Objetiva-se com este trabalho mapear o crescimento urbano da cidade de Teófilo Otoni, em perspectiva histórica nas últimas quatro décadas. Este esforço, se correlaciona com a geomorfologia da área que pode apontar trechos em crescimento que ofereçam condições mais estáveis para ocupação urbana. 
Fundamentação Teórica
Histórico do crescimento urbano
A literatura relacionada à urbanização e crescimento do tecido urbano em diferentes partes do globo auxilia na compreensão de que o início destes processos se deu por êxodo de populações rurais e concentração destes habitantes nas áreas urbanas, em momentos históricos distintos e com características específicas que se relacionam ao contexto de cada nação ou região. 
Nesse sentido, para Pena (2014), a urbanização é o processo de crescimento das cidades, que ocasiona tanto o aumento da população, quanto da extensão territorial e ocorre devido à migração da população do campo para a cidade. Já para Carlos (2003), as cidades nascem em um certo momento da história da humanidade e se constituem ao longo de processos históricos, desenvolvendo formas e conteúdos diversos. Assim, a área urbana surge da necessidade da população em organizar um certo espaço no sentido de integra-lo e aumentar sua independência visando um determinado fim. Para este trabalho a definição de Carlos melhor se enquadra, uma vez que, será discutido as transformações ocorridas no meio urbano decorrentes das atividades dos próprios indivíduos, entendendo o mundo como produto do homem. 
A urbanização teve início somente a partir do século XVIII, porém as cidades mais antigas datam desde os tempos neolíticos. Segundo Gobbi (2006), “a cerca de seis mil anos, ao logo dos vales dos rios Tigres e Eufrates surgiram às primeiras cidades, que já possuíam certa importância econômica, política e social”. Contudo, as cidades passaram a ter maior reconhecimentosomente a partir de 2500 a.C (SPOSITO, 1988, p. 19).
No final da Idade Média, o desenvolvimento de muitas cidades foi devido à expansão do comércio e da burguesia. A Europa passou por significativas mudanças e teve o primeiro país do mundo a se urbanizar, a Inglaterra, que em 1850, já possuía mais de 50% da população urbana (TORALES, 2012).
No continente americano, as primeiras cidades surgiram por volta de 500 a.C e se expandiram no primeiro milênio d.C. Foram grandes exemplos do processo de divisão do trabalho, destacando os maias e astecas que tiveram grandes comunidades urbanas, como Tical e Dzibulchaltun, ambas as cidades maias na Guatemala e em Lucatão, respectivamente (SPOSITO, 1988). 
	As cidades cresceram gradativamente em todas as partes do mundo, mesmo assim, por volta de 1800, apenas 3% da população mundial encontrava-se na área urbana. Mas a partir da Primeira Revolução Industrial o deslocamento da população do tipo campo-cidade aumentou significativamente devido a busca por emprego, condicionado pelos fatores de repulsão da área rural, como baixos salários agrícolas, concentração fundiária e mecanização do campo (GOBBI, 2007).	Assim, durante a Segunda Revolução Industrial, em meados do século XIX, cerca de 15% da população mundial já se encontrava vivendo nas cidades. Os fatores de atração nos centros urbanos, não se resumiam somente ao processo de industrialização, mas também a expansão do setor de serviços (GOBBI, 2007).
	Segundo Almeida (2015), o desenho atual de urbanização se apresenta, com Europa Ocidental, América do Norte, América Latina e Oceania, contendo uma taxa de urbanização entre 70 e 100%. E com grande parte dos países da África e Ásia com baixos índices de crescimento urbano.
	1.1. Crescimento urbano em países subdesenvolvidos
O crescimento urbano em países subdesenvolvidos teve início somente depois da Segunda Guerra Mundial, no século XX. Uma urbanização tardia, que seguiu o mesmo ritmo da industrialização, mas que ocorreu de forma intensa e acelerada (PENA, 2014).
 Esse fenômeno, observado nesses países, acarretou diversas consequências indesejáveis para os mesmos, a maioria ligada aos problemas de infra-estrutura, pois as cidades dos países menos desenvolvidos apresentam um crescimento de forma rápida e com ausência de planejamento. 
O processo de urbanização dos países mais pobres é devido principalmente ao êxodo rural. Os pequenos agricultores que sobrevivem basicamente da agricultura de subsistência, são levados a falência devido à mecanização do campo, sendo então, obrigados a deixarem suas terras e migrarem para os centros urbanos, em busca de novas oportunidades. 
Para Ferreira (2000, s.p), “o crescimento das cidades, desencadeado na maioria dos países subdesenvolvidos é resultado da matriz de industrialização tardia da periferia”. 
A partir da década de 60, houve uma explosão de grandes centros urbanos no Terceiro Mundo, devido à atração exercida pelos polos industriais sobre a mão-de-obra expulsa do campo. Porém esses grandes centros não possuíam provisão de habitações, infraestrutura e equipamentos urbanos que garantisse qualidade de vida a essa população que saiu do campo em busca de melhores condições para viver (FERREIRA, 2000).
	 Os fatores repulsivos da área rural e os atrativos das zonas urbanas desencadearam uma ocupação das cidades, de forma rápida e não planejada, tendo como resultado o aumento dos problemas socioambientais como, favorecimento da expansão de favelas, aumento da violência, falta de empregos, dentre muitos outros. 
Em uma urbanização descomprometida com os condicionantes físico-ambientais, a degradação do ambiente por ser constatado por meio de erosão, deslizamento de encostas, comprometimento da qualidade da água, alteração do curso e assoreamento dos corpos hídricos, enchentes, com consequentes prejuízos materiais e sociais (MOLFI, 2009). 
Os problemas ambientais, nas cidades dos países subdesenvolvidos, são muito maiores que nos grandes centros de países desenvolvidos, pois vão além do que questões relacionadas com a poluição do ar, da água e do solo, ocasionadas pelos automóveis e pelas indústrias. Nestes países existe a preocupação de problemas relacionados com a miséria da população pobre que corre riscos de toda natureza, vivendo em péssimas condições sanitárias, habitando em margens de rio, em grandes adensamentos demográficos nos morros, manques, entre outros (ROSS, 2008, p.275 apud CUNHA 2010, p.02). 
Todos esses problemas são em decorrência do crescimento rápido das cidades, que não consegue ser acompanhado no mesmo ritmo pelo atendimento de infraestrutura, o que resultaria numa melhor qualidade de vida para a população das mesmas. Assim, a deficiência de redes de água tratada, de coleta e tratamento de esgoto, de pavimentação de ruas, de galerias de águas pluviais, de áreas de lazer, de áreas verdes, de núcleos de formação educacional e profissional, de núcleos de atendimento médico-sanitário é comum nessas cidades (ROSS, 2008, p.275 apud CUNHA 2010, p.02). 
1.2. Desastres naturais associados a áreas urbanas 
As intervenções do homem no meio natural podem ser observadas principalmente nas áreas urbanizadas. As atividades realizadas nas cidades, como a construção de novas edificações, o desmatamento, as canalizações dos cursos d’água, poluição do ar, da água, produção de calor e outras, causam diversas alterações no meio ambiente, e são sentidas pela população, como o aumento da temperatura nos centros urbanos, o aumento das chuvas e enchente (POLI, 2013). 
A enchente ocorre quando o rio recebe um grande volume d'água, ocasionado pelas chuvas que vai sendo acumulada. O rio enche até transbordar, mas apenas até determinado ponto, sendo por isso chamado de enchente. É um fenômeno natural. Por causa desse fenômeno, o rio necessita de uma grande área de terra lateral para poder absorver esse volume de água. Há um equilíbrio, pois a enchente ocorre, mas não chega a transbordar (CASSOL, 2012, p.649).
Muitas mudanças no clima são ocasionadas pelo processo de urbanização. Os municípios se tornam uma grande fonte de calor, devido ao desmatamento, a impermeabilização do solo, além do consumo de combustíveis fósseis por indústrias e automóveis, favorecendo assim, devido ao aumento de temperatura, também um aumento da evaporação, que resulta numa quantidade de chuvas maior, que pode levar as ocorrências de inundações (Voigt, 2012).
	No entanto, segundo Poli (2013), as enchentes não são consequências somente do aumento das chuvas, mas principalmente, do aumento da velocidade das águas de escoamento superficial, causado pela impermeabilização do solo. Sendo que, também, a quantidade de água no leito dos rios, é aumentada, por uma carga de águas servidas, esgoto, depositadas todos os dias.
	Outro fenômeno observado é a inundação, que embora se correlaciona com a enchente, é um processo distinto. 
A inundação ocorre quando as águas dos rios, riachos, galerias, galerias pluviais saem do leito de escoamento devido à falta de capacidade de transporte de um destes sistemas e ocupa áreas onde a população utiliza para moradia, transporte, recreação, comércio, industrias, entre outros (TUCCI, 2003, p.45). 
Devido ao fato do crescimento urbano, a infiltração da água no solo é dificultada pelas construções, pelas ruas pavimentadas, pelos pátios, assim conseguintemente ocorre o aumento do escoamento superficial, que é a gênese das inundações, fenômeno este, que exige uma eficiente rede de drenagem (LOPES, 2012).
Com a urbanização, o risco de inundação rápida no interior das cidades, é uma das grandes preocupações do planejamento urbano. Assim, a análise de risco deve ser elaborada, considerando principalmente as características da ocupação humana.
As políticas públicas, por falta de investimentos ou mesmo por negligência, não conseguem abranger a dimensão dos problemas e das consequências das inundações urbanas, que vêm acarretando grandes perdas ambientais, sociais eeconômicas. 
Também consequência do modelo de produção do espaço urbano, a erosão acelerada pode ser potencializada gradativamente de acordo como o homem explora o solo, principalmente aqueles com maior suscetibilidade erosiva (SALOMÃO, 1999, apud BRITO 2012, p.15). 
Proveniente do latim “erodere”, o termo erosão pode ser definido como um conjunto de processos pelos quais os materiais terrosos e rochosos da crosta terrestre são desagregados, desgastados ou dissolvidos e transportados pela ação de agentes erosivos como a água, vento e gelo (IPT,1986, apud BRITO 2012, p.15).
Quando o solo possui uma cobertura vegetal densa que o protege e um sistema radicular abundante, o processo de erosão é menos intenso. Essa proteção intercepta as gotas de chuva, também dissipa a energia cinética da queda e evita seu impacto sobre a superfície, o que reduz o grau de desagregação do solo, além de reduzir a velocidade de escoamento das águas superficiais o que diminui o transporte de sedimentos. (CASSOL, 1981, apud ENDRES, 2006).
“A intervenção antrópica tem influência fundamental no desenvolvimento de processos erosivos desencadeados pela mudança no regime da erosão, especialmente quando não há planejamento” (LIMA, 2002, P.343). 
As práticas de ocupação e uso do solo são as principais responsáveis pela constante deterioração deste recurso natural, as mesmas devem ser repensadas, uma vez que, podem trazer trágicos resultados. Pois, o solo é um dos bens insubstituíveis para o homem, um dos componentes mais importantes do meio físico, podendo ser considerado um recurso básico de uma nação, que uma vez perdido, sua regeneração se torna praticamente impossível num período curto de tempo (RODRIGUES, 2001). 
Em áreas urbanizadas os movimentos gravitacionais de massa são igualmente, considerados graves problemas, podendo causar mortes e grandes prejuízos materiais, sendo acelerados e intensificados pela ação humana.
Movimento de massa é o movimento de solo ou material rochoso encosta abaixo sob a influência da gravidade, sem contribuição direta de outros fatores como água, ar ou gelo. Entretanto águae gelo geralmente estão envolvidos em tais movimentos, reduzindo a resistência dos materiais e interferindo na plasticidade e fluidez dos solos (SELBY 1990, apud Dias, 2002, p. 60).
	Acarretada pela expansão urbana, à ocupação de encostas de morros sem avaliação técnica na edificação das moradias e com infraestrutura deficiente, tem como resultado o surgimento de áreas de perigo de movimentos de massa (RECKZIEGEL, 2012).
	Guimarães (1993) destaca que os movimentos de massa, são fenômenos essenciais para evolução do relevo, tendo sua ocorrência nas vertentes. E nas cidades, podem se tornar sinônimos de catástrofes, causando danos e perdas materiais e de vidas humanas, caracterizado como um dos processos da natureza que mais causam prejuízos financeiros e mortes no mundo inteiro.
1.3. Áreas de risco em espaços urbanos
Os risco e perigos de desastres naturais, como desabamentos e inundações são características próprias do processo de expansão urbana, que se expressam por falta de planejamento do espaço urbano e seu ajuste ao meio natural.	
São consideradas inadequadas ao assentamento humano áreas que estão sujeitas a riscos naturais ou decorrentes da ação antrópica. São indicadas como áreas de risco aquelas a beiras de rios, sujeitas a inundações, encostas de morros inclinados com risco de desmoronamento ou deslizamento de terra, florestas sujeitas a incêndios, áreas contaminadas por resíduos tóxicos, entre outras (DANTAS, 2014). 
	A incompatibilidade entre as características geológicas e geotécnicas dos terrenos e as técnicas de ocupação urbana tem desencadeado uma produção maciça de áreas de risco, trazendo graves e recorrentes problemas que tem vitimado milhares de pessoas, como os processos de erosão, assoreamento, enchentes, acidentes associados a deslizamento de taludes e encostas (SANTOS, 2005).
Nos países subdesenvolvidos, as áreas periféricas apresentam sérios riscos, sendo um caso grave para os grupos sociais que são excluídos no espaço urbano, por terem acesso diferencial à renda, sendo assim, obrigados a ocuparem áreas irregulares e com grande potencial de ocorrência de fenômenos nocivos a segurança. 	
	O fato de várias encostas serem ocupadas irregularmente é resultado do rápido e desordenado crescimento das cidades. Nos países subdesenvolvidos podemos observar que a ocupação danosa é mais evidente, devido suas consequências fatais. A previsão de ocorrências é muito difícil, assim, muitas vezes são classificadas como catástrofes naturais, não levando em consideração as vidas humanas que sobrevivem nessas áreas (CORREIA, 2010).
Segundo Mettedi e Butzke (2001), alguns estudos apontam que a população que vive em áreas consideradas de risco, mesmo percebendo os eventos como uma ameaça, não costumam atribuir seus impactos a fatores sociais. Fato comum percebido quando, por exemplo, ocorre uma enchente, pois mesmo habitando locais de planície de inundações dos rios, atribuem a mesma, como sendo força da natureza e não como ocupação irregular.
Metodologia
	A metodologia utilizada neste trabalho se definiu por duas fases: a primeira concentrou-se em pesquisa bibliográfica exploratória e elaboração de um sistema de referência teórico e conceitual, o qual fosse capaz de subsidiar as etapas posteriores do trabalho. 
	A segunda se constituiu pelo mapeamento de áreas impermeabilizadas da cidade de Teófilo Otoni-MG, identificando-se assim o crescimento populacional nas últimas décadas. Estas etapas, bem como os processos utilizados para a elaboração deste trabalho, são descritas neste tópico, devidamente individualizadas.
1. Definição da área de estudo
	
Devido a inexistência de monitoramentos da expansão urbana da cidade Teófilo Otoni buscou-se realizar o mapeamento espaço-temporal do processo de expansão urbana da mesma, tendo em vista que grande parte desta expansão se deu em áreas de risco ambiental, tais como as áreas de elevadas declividades, sujeitas a enchentes e deslizamentos.
2. Seleção das imagens da área de estudo
Para realização do trabalho foram utilizadas 3 (quatro) imagens do sensor TM (Thematic Mapper), obtidas através de passagens periódicas do satélite Landsat-5, órbita/ponto 216/72 com datas de passagem nos dias 30/06/1986, 05/08/1996, 27/10/2006, e uma imagem do sensor CCD (High Resolution CCD Camera), obtida através do satélite CBERS-2, com data de passagem no dia 11/09/2016, respectivamente. Acrescenta-se que estes satélites possuem assinaturas espectrais próximas, verificando portanto, confiabilidade aos processos executados. Ambas imagens estão disponíveis gratuitamente no sítio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. 
Desenvolvido pela NASA o satélite LANDSAT 5 foi lançado em 01 de março de 1984 e desativado em dezembro de 2012, funcionando em órbita equatorial a 705 km de altitude. O sensor TM (Thematic Mapper) a bordo do mesmo fez o imageamento da superfície terrestre produzindo imagens com 185 Km de largura no terreno, resolução espacial de 30 metros e 7 bandas espectrais. O tempo de revisita do satélite para imagear uma mesma porção do terreno é de 16 dias (NUNES et al., 2002).
De acordo com o DGI/INPE, o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres - CBERS-2 foi lançado no dia 21 de outubro de 2003, funcionando em órbita, a 778 km de altitude, as câmeras ópticas captam imagens da Terra. A câmera CCD fornece imagens de uma faixa de 113 km de largura, com uma resolução de 20 m. Esta câmera tem capacidade de orientar seu campo de visada dentro de ± 32 graus, possibilitando a obtenção de imagens estereoscópicas de certa região. Além disso, qualquer fenômeno detectado pela WFI pode ser focalizado pela câmera CCD, para estudos mais detalhados, através de seu campo de visada, no máximo a cada três dias.
As imagens obtidas do satélite LANDSAT 5 foram georreferenciadas através do software ArcGIS 10.0, no sistemade projeção de coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM), South American, SIRGAS 2000, Zona 24 S, a qual corresponde ao estado do Minas Gerais, área de realização deste estudo. 
3. Classificação das imagens
A classificação é o processo de extração de informação em imagens para reconhecer padrões e objetos homogêneos, sendo utilizados em sensoriamento remoto para mapear áreas da superfície terrestre que correspondem aos temas de interesse (DGI/INPE, 2006).
Ao se classificar uma imagem, assume-se que objetos/alvos diferentes apresentam propriedades espectrais diferentes e que cada ponto pertence a uma única classe. Além disso, os pontos representativos de uma certa classe devem possuir padrões próximos de tonalidade, de cor e de textura. A classificação pode ser dividida em supervisionada e não supervisionada. A supervisionada é utilizada quando se tem algum conhecimento prévio sobre as classes na imagem, de modo a permitir, ao analista, definir sobre a mesma, áreas amostrais das classes. Estas áreas amostrais são utilizadas pelos algoritmos de classificação para identificar na imagem os pontos representativos das classes. A fase preliminar onde o analista define as áreas amostrais é denominada de treinamento (FIGUEIREDO, 2005).
Neste trabalho, utilizou-se o método da Máxima Verossimilhança (Maxver) para executar a classificação supervisionada, que de acordo com Leite et al. (2012), aplica-se quando se tem um conhecimento prévio sobre as classes na imagem.
Em concordância com Izippato et al. (2012), o método de Maxver determina que o usuário identifique alguns dos pixels pertencentes às classes desejadas, neste caso área impermeabilizada e área não impermeabilizada, e o próprio software executa a tarefa de localizar os demais pixels pertencentes a essas classes, baseado na regra estatística pré-estabelecida, a qual avalia a ponderação das distâncias entre as médias dos níveis digitais das classes.
De acordo com Previdelli (2004), a eficácia do método de Maxver depende, principalmente, de uma precisão razoável da estimativa do vetor médio e da matriz de covariância de toda classe espectral. Isso depende da quantidade de pixels incluídos nas amostras de treinamento. O resultado do Maxver é tanto melhor quanto maior o número de pixels numa amostra de treinamento para implementá-los na matriz de covariância.
Para interpretação visual da área de estudo utilizou-se definições propostas no estudo de Silva et al. (2013), o qual dissociou a área de interesse em classes, obtendo-se assim a classe impermeabilizada, a qual se caracteriza pelas áreas com solo desnudo e desprovido de qualquer tipo de vegetação ou cobertura artificial, e da classe permeabilizada, na qual considerou-se as áreas com predominância de vegetação nativa e remanescente, estruturalmente mais densa e desenvolvida, com indivíduos arbóreos de grande porte, áreas com predominância de vegetação no estágio inicial de regeneração, vegetação mais rasteira com cobertura herbáceo arbustiva aberta, e também áreas de vegetação secundária em estágio médio de regeneração e vegetação em estágio inicial com cobertura herbáceo-arbustiva fechada com presença predominante de formação arbustiva à arbórea.
Utilizando o software ArcGIS 10.0 para o tratamento do banco de dados, foi feita a identificação das áreas amostrais para cada uma das duas classes definidas, através da seleção de polígonos com dez (10) ou mais pontos de interesse, considerando amostras distribuídas em toda a área de estudo, a fim de se obter uma classificação confiável. Utilizando estas amostras, deu-se seguimento a execução do método de Maxver neste mesmo software, obtendo-se assim mapas temáticos da mancha urbana para os anos trabalhados.
Resultados e discussões
Obteve-se como resultado os mapas temáticos da área impermeabilizada, que pode ser traduzida como a mancha urbana de Teófilo Otoni (MG) para os anos de 1986, 1996, 2006 e 2016 (Figura 2).
Observa-se através da Figura 2 que no ano de 1986 o tecido urbano da área investigada era formado por células desconexas, evidenciando núcleos ocupacionais muito afastados, todavia, entre os anos de 1986 e 1996 houve uma intensa ocupação do solo, eliminando a característica de segregação existente até então e caracterizando um adensamento urbano da área investigada, exclusivamente nas áreas internas da cidade. Somente após tal data houve a extrapolação de seus limites para as áreas marginais, que pode ser verificado nos anos de corridos entre 1996 e 2016.
Figura 2: Mapa de crescimento da área impermeabilizada da cidade de Teófilo Otoni - MG.
Através da sobreposição dos mapas elaborados, obteve-se como resultado final um único mapa temático (Figura 3), o qual representa claramente o crescimento urbano da cidade de Teófilo Otoni – MG, evidenciando vetores de expansão na direção norte, leste e oeste, principalmente no entorno dos loteamentos já existentes em 1986.
Por meio dos mapas apresentados na Figura 2 foi possível quantificar o crescimento da área urbana (Tabela 1), que ao longo de 30 anos teve um crescimento populacional de aproximadamente 13.000 habitantes ou 8,96% (Tabela 2).
Os dados da Tabela 1 foram extraídos do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e da Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni. Os anos que não foram realizados censos demográficos, os dados obtidos foram das estimativas e contagens populacionais. 
Figura 3: Crescimento territorial da cidade de Teófilo Otoni - MG.
Tabela 1: Crescimento territorial da cidade de Teófilo Otoni - MG.
	Ano
	Área Impermeabilizada (m²)
	1986
	8.415.000
	1996
	8.735.400
	2006
	10.399.500
	2016
	19.620.000
Tabela 2: Crescimento populacional da cidade de Teófilo Otoni - MG.
	Ano
	População
	1986
	128.826
	1996
	135.157
	2006
	126.895
	2016
	141.502
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Informações Estatísticas.
Nota-se que a expansão territorial do município é crescente e não uniforme, como ocorre com a população. No entanto, observa-se que a expansão territorial se apresenta extremamente maior se comparada ao crescimento populacional, conforme mostra a Tabela 3. Essa aparente incoerência se dá pelo fato de se ter, em termos de proporção, grandes áreas disponíveis para a expansão urbana, que consequentemente favorece a criação de loteamentos, condomínios ou novas tipologias do mercado, transformando assim, em área urbana, terrenos antes definidos como rurais.
Outro fator relevante que também justifica a discrepância entre o crescimento populacional e territorial, compreende a aplicação de políticas habitacionais no Brasil, favorecendo o aumento do número de domicílios. 
Tabela 3: Comparação do crescimento populacional e territorial da cidade de Teófilo Otoni (MG).
	Ano
	População 
	Área (m²)
	1986
	128.826
	8415000
	2016
	141.502
	19620000
	Crescimento
	10%
	133%
Tal mapa (Figura 3) reflete ainda aspectos referentes à ordem ocupacional, permitindo relacioná-lo com o crescimento demográfico, e ainda com as áreas impermeabilizadas, que podem remeter a áreas de riscos, nas quais tem-se grande ocorrência de alagamentos e/ou movimentos de massa.
	Segundo Ferraz et al. (2016), a malha urbana de Teófilo Otoni (MG) começou a se desenvolver ao longo das margens dos principais canais fluviais que cortam a cidade e, uma vez ocupadas estas áreas, o crescimento passou para encostas de morros que, ainda que não sejam os mais elevados e mais declivosos do município, apresentam considerável inclinação das vertentes (Figura 4). 
Figura 4: Mapa de unidades de relevo da área investigada.
Fonte: Ferraz et al. (2016).
	
Com relação às principais linhas do crescimento urbano de Teófilo Otoni, de acordo com Ferraz et al. (2016), tem-se que estas concentraram-se nas unidades de relevo 2 e 3 da Figura 4, e configuram respectivamente, o relevo mais dissecado do município (Unidade2) e zonas de maiores amplitudes topográficas e vertentes de elevada declividade (Unidade 3), fato que confirma o crescimento desordenado e dissociado das diretrizes do município.
Adaptando o mapa de unidades de relevo de Ferraz et al. (2016), no qual sobrepôs-se a mancha urbana atual da cidade de Teófilo Otoni (Figura 5), constata-se que grande parte do território ocupado pela malha urbana encontra-se na área de morfologias moderadamente planas e alongadas, correspondentes às áreas de menor altitude (Unidade 1).
Figura 5: Município de Teófilo Otoni no mapa de unidades de relevo da área investigada.
Fonte: Adaptado de Ferraz et al. (2016).
De acordo com Ferraz et al. (2016), o tecido urbano de Teófilo Otoni apresenta, do ponto de vista fisiográfico, características que, embora não únicas, são extremamente peculiares, especialmente no que diz respeito à morfologia e clima, respectivamente: planaltos de profunda dissecação fluvial estruturalmente direcionada e pluviosidade concentrada em uma curta estação chuvosa. O quadro estrutural condiciona a drenagem que disseca o relevo, sendo comuns longos trechos retilíneos dos cursos d’água, bem como cotovelos e anomalias de drenagem que se alinham nesta direção.
A partir da análise da Figura 5, verifica-se que as restrições geomorfológicas citadas por Ferraz et al. (2016), as quais foram impostas naturalmente, não impediram a expansão territorial do município, sendo inicialmente ocupadas áreas mais simples geomoforlogicamente, entre os anos de 1986 e 1996 e posteriormente, ao esgotar os terrenos de planícies, observa-se a expansão para áreas com obstáculos naturais à ocupação, que não obstante as condições geomorfológicas, se apresentaram como potenciais para expansão urbana.
É possível ainda observar através deste mapa as transformações ocorridas na mancha urbana ao longo dos 30 anos estudados, verificando que as habitações ocorreram para áreas marginais, tradicionalmente ocupadas por vegetação nativa ou pastagem. 
Considerações Finais 
Após análise e interpretação dos dados, principalmente nas informações obtidas no mapa produzido, percebe-se que o crescimento da população após o ano de 1996, foi direcionado justamente para locais mais suscetíveis a risco, especialmente para zonas de elevada declividade, confirmando uma falta de planejamento prévio para ocupação urbana que pode alcançar catástrofes incalculáveis. 
	Resultando também da urbanização desordenada são os problemas ambientais como poluição de recursos hídricos, presente no munícipio que registra grandes enchentes no período chuvoso, causadas pelo excesso de lixo nos cursos dos córregos e ribeirões da cidade. 
	O mapeamento e identificação das regiões de risco possibilitam a minimização da vulnerabilidade da população, determinando as condições e magnitudes de deslizamentos e enchentes nesses locais. 
	 É necessário que a segurança da população presente em áreas ocupadas irregularmente seja definida como prioridade, e que medidas mitigadoras para que se tenha um planejamento público sejam elaboradas e executadas. 
	Outra medida importante destacada por Barbosa et al (2011), que reduziria estes problemas seria a não urbanização de áreas que não dispõem de sistema sanitário, de drenagem, de contenção de encostas, como é o caso das favelas. Uma vez que, um projeto urbanístico deve incluir a análise das áreas de risco e retirada dos ocupantes de áreas críticas. Deve haver também uma regularidade de análises para manter atualizados os projetos e obras nessas regiões, além de uma política de ininterrupção entre os líderes políticos. 
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