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Grupo I- Metais Alcalinos Grupo II- Metais Alcalino-terrosos Curso: Química Licenciatura Componente Curricular: Inorgânica I Docente: Ildemar Mayer Discentes: Daiane H. Mumbach, Fernanda Vorpagel, Marilei Menin Maciel, Martinho Kroetz e Natália Polanczyk Introdução 2 O metais alcalinos formam um grupo bastante homogêneo e tem a química mais simples que outro grupo da tabela periódica. As propriedades físicas e químicas desses elementos estão relacionadas com sua estrutura eletrônica e seu tamanho. São excelentes condutores de eletricidade, são moles e altamente reativos. São univalentes e formam compostos iônicos e incolores. Os metais alcalinos-terrosos são metais reativos, mas menos reativos que os metais alcalinos. São divalentes e formam compostos iônicos e incolores. 3 Grupo I - Metais Alcalinos É formado pelos metais: Litio ( Li) Sódio (Na) Potássio (K ) Rubídio ( Rb) Césio ( Cs) Frâncio ( Fr) 4 Ocorrência e Obtenção Lítio O lítio não ocorre livre na natureza e abundância natural é baixa sendo o trigésimo quinto elemento mais abundante, ou seja, 0,002%. É obtido a partir de minerais do grupo dos silicatos. Espodumênio (LiAl(SiO3)2 Lepidolita K(Li,Al)3(Si,Al)4O10(F,OH)2 Os metais alcalinos podem ser obtidos por eletrolise de um sal fundido, geralmente dos haletos fundidos. 5 Sódio O Sódio ocorre como mineral sal-gema (NaCl), nos lagos salgados e na água do mar. Compõe 2,6% da massa da biosfera. O metal é extraído pelo processo de Down, que consiste da eletrolise do cloreto de sódio fundido. 2 NaCl(l) → 2Na(l) + Cl2(g) Este processo também é usado para produção industrial do cloro. 6 Potássio O Potássio pode ser obtido eletrolicamente, mas a alta reatividade do elemento torna isso muito perigoso. O Potássio ocorre como deposito de KCl (silvita), de uma mistura de KCl e NaCl (silvinita) e do sal duplo KMgCl3· 6H2O (carnalita) Então... Aquece uma mistura de sódio e cloreto de potássio fundidos, formando assim, o potássio e o cloreto de sódio. Na(l) + KCl(l) ⇌ NaCl(l) + K(g) 7 Rubídio Ocorre como constituinte menor do mineral lepidolita (K(Li,Al)3(Si,Al)4O10(F,OH)2), a partir dos quais são obtidos como subprodutos da obtenção do lítio. É obtido a partir do cloreto fundido por redução com cálcio ou bário. Cristal de lepidolita em rocha 2 RbCl(l) + Ca(l) → CaCl2(l) + 2 Rb(l) 8 Césio Ocorre como constituinte menor do mineral lepidolita (K(Li,Al)3(Si,Al)4O10(F,OH)2), a partir dos quais são obtidos como subprodutos da obtenção do lítio. O césio também ocorre como o mineral polucita (Cs4Al4Si9O29•H2O) É obtido por eletrólise do cloreto ou cianeto de césio fundido. 9 Frâncio É extremamente raro na costa terrestre. O método de obtenção dá-se pelo bombardeio de tório com prótons; rádio ou astato com nêutrons. 10 Aplicação Pelo fato de serem moles e reativos, os metais alcalinos não podem ser utilizados para fins estruturais. O lítio é usado na fabricação de ligas, por exemplo, com o alumínio é utilizado para fabricação de peças de aviões, com magnésio para fabricar chapas de blindagens. O sódio tem sido aproveitado como trocador de calor em reatores nuclear por causa da sua alta condutividade térmica. Muitos compostos dos metais alcalinos, em particular os de sódio e potássio, são industrialmente importantes. O hidróxido de sódio (cujo nome comum é “soda cáustica”) e o hidróxido de potássio ("potassa cáustica") são usados na fabricação de um vários produtos, como sabões, tintas, pigmentos, graxas e produtos para papel. 11 95% dos compostos de potássio são usados como fertilizantes. KOH é usado na fabricação de fosfatos de potássio. KNO3 é usado em explosivos. O Rubídeo é usado como catalizador em algumas reações. Na medicina são usados como sedativos e no tratamento da epilepsia. O césio apresenta um forte efeito fotoelétrico, parcialmente por causa de sua energia de ionização muito baixa, e por isso é aplicado em fotocelas de fotocondutividade. Não há aplicações comerciais para o frâncio devido a sua vida muito curta, também não é possível obter este elemento em quantidades comerciais significativas. As propriedades físicas e químicas dos elementos estão intimamente relacionadas com sua estrutura e seu tamanho. 12 13 Propriedades Físicas dos metais alcalinos São moles e poucos densos. São sólidos à temperatura ambiente, à exceção do césio e do frâncio que se encontram no estado líquido. Apresentam pontos de fusão e ebulição baixos. Têm brilho metálico quando a superfície esta recentemente cortada. São bons condutores de corrente elétrica. Ardem com uma chama característica ESTRUTURA ELETRÔNICA 14 Têm um elétron de valência no orbital mais externo e esse se encontra bem afastado do núcleo. É fracamente ligado pelo núcleo e pode ser removido com facilidade. 15 TAMANHO DOS ÁTOMOS E ÍONS Os átomos são maiores nos seus respectivos períodos. TAMANHO DOS ÁTOMOS E ÍONS 16 Quando os elétrons externos são removidos para formar os correspondentes íons positivos, o tamanho diminui consideravelmente, pois a camada eletrônica mais externa foi totalmente removida. Os íons positivos são sempre menores que os átomos correspondentes. Os íons são muito grandes e seu tamanho aumenta do Li+ até Fr+, a medida que camadas adicionais de elétrons são acrescentadas. 17 DENSIDADE Como os átomos são grandes, eles apresentam densidades muito baixas. A densidade do lítio metálico é cerca da metade da densidade da água. PRIMEIRA ENERGIA DE IONIZAÇÃO 18 ENERGIA DE IONIZAÇÃO São menores que dos elementos de qualquer outro grupo da tabela periódica. Os átomos são muito grandes e os elétrons mais externos são fracamente atraídos pelo núcleo. O tamanho dos átomos aumenta na sequência Li, Na, K, Rb e Cs. Os elétrons mais externos são ligados mais fracamente, fazendo com que as energias de ionização diminuam ao se descer pelo grupo. 19 SEGUNDA ENERGIA DE IONIZAÇÃO É extremamente elevada, sempre maior que a primeira. Ela envolve a remoção de um elétron de um íon positivo menor, e não de um átomo neutro maior. A diferença entre a primeira e a segunda energias de ionização é mais acentuada pois ela implica na remoção de um elétron de um nível eletrônico totalmente preenchido. O segundo elétron nunca é removido, porque a energia necessária é maior que aquela necessária para ionizar os gases nobres. 20 Eletronegatividade do Na → 0,9 Eletronegatividade do Cl→ 3,0 Diferença de eletronegatividade→ 2,1 ● Esse valor de 2,1 implica que a ligação do NaCl é predominantemente iônica. ● A diferença de eletronegatividade no LiF é 3,0 e no KBr é 2,0 e ambos são compostos iônicos. 21 ELETRONEGATIVIDADE Os valores de eletronegatividade desse grupo são relativamente muito pequenos, menores do que qualquer outro elemento. Quando eles reagem com outros elementos para formarem compostos, geralmente existe uma grande eletronegatividade entre eles. 22 ESTRUTURA CRISTALINA DOS METAIS, DUREZA E ENERGIA DE COESÃO A energia de coesão é a força que mantém unidos os átomos ou íons no sólido. A magnitude das energias de coesão determina a dureza. Ela depende do número de elétrons que podem participar das ligações. Associado ao grande tamanho dos átomos e á natureza difusa do elétron externo, é responsável pela baixa energia de coesão, pequena força de ligação. Os átomos se tornam maiores descendo o grupo, Portanto, existe uma tendência das ligações se tornarem mais fracas, as energias de coesão diminuírem e os metais se tornarem mais moles. 23 As baixas energias de coesão se refletem nos valores muito baixos das temperaturas de fusão e ebulição dos elementos. Os pontos de fusão variam de 181°C para o lítio, a 28,5°C para o césio. PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO Os pontos de fusão e ebulição decrescem de cima para baixo. São valores extremamente baixos de pontos de fusão para metais. PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO 24 As energias de coesão decrescem de cima para baixo bem como os pontos de fusão e ebulição. As baixas energias de coesão se refletem nos valores muito baixos das temperaturas de fusão e de ebulição dos elementos do grupo. 25 Propriedades Químicas metais alcalinos Não se encontram livres na natureza devido à sua extrema reatividade Expostos ao ar oxidam-se rapidamente; Apresentam brilho metálico; Guardam-se ao abrigo do ar (em petróleo ou tolueno, numa atmosfera inerte); Formação de ligações metálicas e iônicas; Formam íons monopositivos; 26 Reação com Água Todos os metais alcalinos reagem com água, liberando H2 e formando hidróxidos; A reação se torna cada vez mais vigorosa descendo o grupo. Li: reage a uma velocidade moderada; Na: funde na superfície da água e o metal fundido desliza vigorosamente, podendo inflamar-se; K: funde e sempre se inflama. 27 28 Reação com Ar Metais alcalinos são quimicamente muito reativos; Perdem o brilho quando expostos ao ar; Na, K, Rb e Cs: formam óxidos de vários tipos; Li: forma uma mistura de óxido e nitreto Li3N (cor vermelho-rubi). 29 Os metais alcalinos são fortes agentes redutores A capacidade que uma espécie tem de tirar elétrons de outra espécie é medida pelo potencial de redução, E°. Reação com nitrogênio 30 O lítio é o único elemento do grupo que reage diretamente com o nitrogênio,formando o nitreto. Duas das reações são importantes: Reage com água formando amônia. Ele se decompõe gerando os elementos constituintes, quando aquecidos a altas temperaturas. 31 Reatividade A reatividade de um elemento está relacionada com a perda ou o ganho de elétrons. Quanto maior a eletropositividade, maior a reatividade, isso no caso dos metais, como por exemplo, césio (Cs) e frâncio (Fr), considerados os mais reativos. 32 Todos esses elementos são metais; são excelentes condutores de eletricidade, moles e altamente reativos. Os metais desse grupo são reativos demais para serem encontrados livres na natureza. Seus compostos estão entre os mais estáveis ao calor, de modo que sua decomposição térmica é praticamente impossível. Como esses metais se situam no topo da serie eletroquímica eles reagem com água. 33 Os metais alcalinos são os agentes redutores mais fortes, pois não e possível obter por redução de seus óxidos. O deslocamento de um dos elementos por outro situado acima dele na serie eletroquímica, seja impraticável em solução aquosa. 34 Todos os elementos devem ser guardados submersos em um solvente hidrocarboneto para evitar a reação com o oxigênio atmosférico, embora lítio, sódio e potássio possam ser manuseados ao ar por pequenos períodos. Rubídio e césio devem ser sempre manuseados sob atmosfera inerte. Os metais puros são obtidos por eletrólise de seus respectivos sais. 35 Grupo II - Metais Alcalino-Terrosos É formado pelos metais: Berílio (Be) Magnésio (Mg) Cálcio (Ca) Estrôncio (Sr) Bário (Ba) Rádio (Ra) 36 Ocorrência e Obtenção Ocorre naturalmente como mineral semiprecioso berílo Be3Al2(SiO3)6. O berilo é a base da pedra preciosa esmeralda, na qual uma pequena fração de Al3+ é substituída por Cr3+. O berílio é obtido por aquecimento do berilo com hexafluorossilicato de sódio Na2SiF6, para produzir BeF2, o qual é então reduzido ao elemento pelo magnésio. ESMERALDAS. Mola para relógios, ferramentas antifaiscantes, tubos de raio-X 37 Magnésio Ocorre na natureza sob a forma de vários minerais, como a dolomita e a magesita. É o terceiro elemento mais abundante na água do mar de onde ele é obtido comercialmente. É obtido por eletrólise do cloreto de magnésio fundido. Também a partir da dolomita por aquecimento ao ar para formar os óxidos de cálcio e magnésio. RODA DE LIGA LEVE. Fogos de sinalização, flash, tijolo refratário. 38 Cálcio É o quinto elemento mais abundante na crosta terrestre e ocorre principalmente como calcário. É obtido por eletrolise do cloreto fundido. DENTES. Adubo químico, gesso, cimento, concreto e revestimento para cabo. 39 Estrôncio Bário São menos abundantes, mas bem conhecidos, porque ocorrem na forma de minérios concentrados. O estrôncio é obtido pela eletrólise do SrCl2 fundido ou pela redução do SrO com o aluminio. O bário é obtido por eletrólise do cloreto fundido ou por redução do BaO com alumínio. Fogos de artifício. Tinta fosforescente VELA PARA MOTOR. Pigmento para papel 40 Rádio É extremamente raro e radioativo. Isolado pela 1ª vez por Pierre e Marie Curie Já foi usado no tratamento radioterápico do câncer 41 Propriedades Físicas metais alcalinos terrosos Têm brilho metálico quando recentemente polidos. Geralmente são divalentes e formam compostos iônicos incolores O Berílio se difere no grupo II, porque é extremamente pequeno, sendo o aumento do Be para o Mg quatro vezes maior do que do Li para o Na no grupo I. São mais duros e mais densos que os metais alcalinos. Conduzem bem o calor e a eletricidade. São menos reativos que os metais do grupo I. 42 ESTRUTURA ELETRÔNICA Todos os elementos possuem dois elétrons s no nível eletrônico mais externo. 43 Propriedades Químicas metais alcalinos terrosos Formam facilmente iões, por terem configuração eletrônica de valência ns2. Quando reagem com a água formam compostos alcalinos e libertam hidrogênio (apenas o berílio não reage com a água). Nunca aparecem livres na natureza; surgem, quase sempre, sob a forma molecular. Quando isolados são muito reativos, embora menos que os do grupo anterior. Reagem com o oxigênio, originando óxidos. Reagem com ácidos, dando origem a hidrogênio gasoso. Possuem energias de ionização mais elevadas do que os do grupo anterior. TAMANHO DOS ÁTOMOS E DOS ÍONS 44 Os átomos são grandes, mas menores que os do grupo 1, pois a carga adicional no núcleo faz com que esta atraia mais fortemente os elétrons aumentando a carga nuclear efetiva. 45 São mais duros, suas energias de ligação são maiores e seus pontos de fusão e de ebulição são muito mais elevados que o dos metais do grupo I. PONTOS DE FUSÃO E EBULIÇÃO ENERGIAS DE IONIZAÇÃO 46 Os elétrons estão mais fortemente ligados e a energia necessária para remover o primeiro elétron é maior que dos elementos do grupo1. A energia para remover o segundo elétron é quase o dobro daquela para remover o primeiro. Porque depois da remoção do primeiro elétron, a relação entre cargas do núcleo e dos elétrons circundantes aumenta, de modo que agora estão mais firmemente ligados. A terceira energia de ionização é tão elevada que os íons M3+ nunca são formados. ELETRONEGATIVIDADE 47 Mg, Ca, Sr, Ba Diferença de eletronegatividade grande. Formação de compostos iônicos Os valores de eletronegatividade dos elementos do grupo 2 são baixos, mas maiores que os do grupo 1. A eletronegatividade do Be é maior que dos demais elementos. Reagem com Halogênios e O. SOLUBILIDADE E ENERGIA RETICULAR 48 A solubilidade da maioria dos sais diminui com o aumento do peso atômico. Observa-se a tendênciainversa no caso dos fluoretos e hidróxidos deste grupo. A solubilidade depende da energia reticular do sólido e da energia de hidratação dos íons. 49 Considerando-se um íon negativo qualquer, a energia reticular decresce à medida que aumenta o tamanho do metal. A energia de hidratação também diminui à medida que os íons metálicos se tornam maiores. A solubilidade depende da energia reticular do sólido e da energia de hidratação dos íons. SOLUBILIDADE E ENERGIA RETICULAR 50 Descendo pelo grupo os íons se tornam maiores, de modo que tanto a energia de hidratação como a energia reticular se tornam cada vez menores. Na maioria dos casos, a energia de hidratação decresce mais rapidamente que a energia de reticular: logo os compostos se tornam menos solúveis à medida que o metal aumenta de tamanho. No caso dos fluoretos e dos hidróxidos, a energia reticular diminui mais rapidamente que a energia de hidratação, de modo que a solubilidade desses compostos aumenta de cima para baixo dentro do grupo. 51 Reatividade dos metais alcalino-terrosos 52 2M + O2→ 2MO M + H2→ MH2 3M + N2→ M3N2 M= Be; Mg; Ca; Sr; Ba; Ra. 54 fonte:LEE, J.D. Química Inorgânica Não Tão Concisa 55 Diferença entre o Berílio e os demais elementos do Grupo II 56 É muito pequeno e tem uma densidade de carga elevada, apresentando uma grande tendência à covalência. O Be é anfótero, liberando H2 quando reage com NaOH formando berilatos. O hidreto de berílio é deficiente em elétrons e polimérico, e formam ligações multicentradas, tal como o hidreto de alumínio. Os sais de berílio sofrem hidrólise acentuada. Os sais de berílio se incluem entre os mais solúveis que se conhecem. 57 O Be forma muitos complexos. 58 59 Reação de saponificação para fabricação de sabão Óleo ou gordura + base (NaOH) → sabão + glicerina https://www.youtube.com/watch?v=VcZmntmWrFg60 61 REFERÊNCIAS 62 ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. GONICK, Larry; CRDDLE, Craig. Química geral em quadrinhos. tradução de Henrique Heisi Toma. São Paulo: Blucher, 2013. LEE, J. D. Química orgânica não tão concisa. tradução da 5º ed. inglesa: São Paulo: Blucher, 1999. SHRIVER, S.; ATKINS, P. Química inorgânica. Tradução Roberto de Barros Faria. 4º ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. http://www.manualdaquimica.com/quimica-organica/reacao-saponificacao.htm http://site.ufvjm.edu.br/flavianatavares/files/2013/04/Metais-Alcalinos-Terrosos-2014.pdf http://www.alunosonline.com.br/quimica/radio-um-elemento-quimico-radioativo.html
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