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Aula 10 - Filosofia, Ética e Cidadania

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Filosofia, Ética e Cidadania
Clara Brum
Aula 10
Nunca estamos sozinhos! 
Os direitos humanos como fenômeno histórico-cultural 
A concepção de inalterabilidade dos direitos humanos no tempo e no espaço é teórico-filosófica.
Os direitos humanos representam princípios historicamente produzidos.
Nunca estamos sozinhos! 
Os direitos humanos afiguram-se como um referencial simbólico de grande força para que humanistas continuem suas lutas incessantes a fim de que:
 a) por um lado, alargue-se a quantidade de pessoas que possam usufruir desses direitos e; 
b) por outro lado, criem-se novos direitos que possibilitem às próximas gerações viver uma vida digna.
Nunca estamos sozinhos! 
Norberto Bobbio (2004) afirma que tais direitos, nascidos das lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, surgiram de forma gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas. 
Nunca estamos sozinhos! 
Com o advento da Modernidade que as teorias do direito natural, pouco a pouco, vão deixando de se submeter a uma ordem divina e se submetendo a uma ordem racional. Aliás, é esta visão que acabou inspirando o atual sistema internacional de proteção dos direitos do homem. 
Nunca estamos sozinhos! 
Magna Carta inglesa (1215);
Petição de Direitos (1628); 
Ato Habeas Corpus (1679); 
Declaração de Direitos (1689);
A Declaração Americana da Independência (4/07/1776);
Declaração de Virgínia (12/06/1776);
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789); 
Nunca estamos sozinhos! 
Esses documentos formaram o que se considera a primeira leva de direitos que, mais recentemente foi denominado de “primeira geração de direitos humanos” (“primeira dimensão de direitos humanos”).
Nunca estamos sozinhos! 
Atualmente, acrescentam-se novos direitos, tais como: 
a) direito à vida; 
b) direito à liberdade física; 
c) direito à segurança pessoal; 
d) direito à integridade pessoal; 
e) direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;
f) direito à liberdade de opinião e expressão; 
Nunca estamos sozinhos! 
Atualmente, acrescentam-se novos direitos, tais como: 
g) direito à liberdade de convivência e associação pacífica; 
h) direito ao casamento e à constituição de família; 
i) direito ao julgamento justo e público; 
j) direito à deslocação; 
k) direito à cidadania; 
l) direito à propriedade de bens; 
Nunca estamos sozinhos! 
Atualmente, acrescentam-se novos direitos, tais como: 
m) direito à participação na administração do próprio país; 
n) direito a ser tratado sem distinção segundo raça, cor de pele, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, propriedades, nascimento em outra condição.
Nunca estamos sozinhos! 
A primeira geração objetivou afirmar direitos políticos e civis individuais - liberdades públicas - contra abusos do Estado.
A segunda geração, inspirada no valor da igualdade - buscou a conquista de direitos substanciais capazes de garantir o exercício efetivo das liberdades públicas pelas classes sociais menos favorecidas.
Nunca estamos sozinhos! 
O segundo rol de direitos viria a ser considerados pertencentes à chamada “segunda geração de direitos humanos”. São eles: 
a) direito ao trabalho; b) direito à segurança social; c) direito à proteção contra o desemprego; d) direito ao repouso e ao tempo livre; e) direito ao nível de vida apropriado para a saúde e bem-estar; f) direito das mães e crianças a cuidados especiais e ajuda e g) direito à educação.
 
Nunca estamos sozinhos! 
O segundo rol de direitos viria a ser considerados pertencentes à chamada “segunda geração de direitos humanos”. São eles: 
a) direito ao trabalho; b) direito à segurança social; c) direito à proteção contra o desemprego; d) direito ao repouso e ao tempo livre; e) direito ao nível de vida apropriado para a saúde e bem-estar; f) direito das mães e crianças a cuidados especiais e ajuda e g) direito à educação.
 
Nunca estamos sozinhos! 
Em 1945 surge a Carta das Nações Unidas, na qual os povos expressam sua determinação “em preservar as gerações futuras do flagelo da guerra; proclamar a fé nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e valor da pessoa humana, na igualdade de direitos entre homens e mulheres, assim como das nações, grande e pequenas; em promover o progresso social e instaurar melhores condições de vida numa maior liberdade.” 
Nunca estamos sozinhos! 
Em 1948, surge a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). 
Considerado o mais relevante documento de proteção aos direitos humanos, pois estabelece a proteção universal dos direitos humanos tendo sido elaborada por representantes de diferentes origens culturais, de todas as regiões do mundo.
Nunca estamos sozinhos! 
A DUDH, em conjunto com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e seus dois Protocolos Opcionais (sobre procedimento de queixa e sobre pena de morte) e com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e seu Protocolo Opcional, formam a chamada Carta Internacional dos Direitos Humanos. 
Nunca estamos sozinhos! 
Os direitos humanos continuam se expandindo, seguindo a lógica de que as novas configurações sociais exigem novas proteções aos seres humanos. 
O impacto tecnológico, o estado crônico de beligerância, bem como o veloz processo de descolonização ocorrido no Pós-guerra levaram ao surgimento de novos valores.
Nunca estamos sozinhos! 
Os direitos fundamentais da terceira dimensão, os seguintes: 
a) os direitos à paz; b) o direito à autodeterminação dos povos; c) o direito ao desenvolvimento; d) o direito ao meio ambiente e qualidade de vida; e) o direito à conservação e utilização do patrimônio histórico e cultural e; f) o direito à vida das gerações futuras; g) o direito de comunicação. 
Nunca estamos sozinhos! 
Atualmente temos outros direitos surgindo, tais como:
a) do direito a estabelecer limites à ciência; b) o direito à democracia; c) direitos à comunicação virtual; d) os direitos de grupos sociais vulneráveis (mulheres, crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, etc.), dentre outros.
Nunca estamos sozinhos! 
Se os direitos são históricos, e, portanto, passíveis de diferentes percepções no tempo e no espaço, como reconhecê-los e justificá-los em cada momento histórico? 
Nunca estamos sozinhos! 
Se os direitos são históricos, e, portanto, passíveis de diferentes percepções no tempo e no espaço, como reconhecê-los e justificá-los em cada momento histórico? 
As mudanças históricas, sociais, políticas, econômicas e mentais que vão ocorrendo no decorrer do tempo, acabam por gerar novas necessidades para a afirmação da dignidade. 
Nunca estamos sozinhos! 
Vivemos um processo de cumulação e de expansão do rol de direitos humanos e os novos direitos enriquecem os direitos anteriores.
Nunca estamos sozinhos! 
Como pensar os direitos humanos diante do multiculturalismo?
O multiculturalismo é uma visão filosófica que defende que as diferenças entre culturas devem ser mais do que respeitadas, devem ser encorajadas e reconhecidas. 
Nunca estamos sozinhos! 
Temos duas correntes do multiculturalismo: uma relativista e outra universalista. O que defendem?
Nunca estamos sozinhos! 
Uma abordagem multicultural é relativista quando não são estabelecidos critérios mínimos para o diálogo entre culturas, isto é, deve-se aceitar tudo, já que não é possível questionar a validade das práticas de uma dada cultura. 
Nunca estamos sozinhos! 
Enfim, nos dias atuais, não faltam “bons combates” a serem travados, ou seja, lutar: por um meio ambiente sadio; por uma democracia verdadeiramente participativa, capaz de conceder governos honestos; pela diminuição das cruéis desigualdades sociais; pela extirpação da escravidão contemporânea; dentre outros.
Nunca estamos sozinhos! 
A corrente multiculturalista de viés universalista permite a propagação e convívio de diferentes ideias, contanto que se estabeleça um conteúdo mínimo que viabilizeo diálogo entre as partes. Esse mínimo a ser considerado seriam os direitos humanos. 
28
Estudo dirigido: reflexões 
 
1. O que significa dizer que os direitos humanos são históricos?
2. Quais as características dos direitos humanos da primeira geração?
3. Quais as características dos direitos humanos da segunda geração?
Como é ser um Filósofo?
29
Estudo dirigido: reflexões 
 
4. Qual a finalidade da Carta das Nações Unidas por ocasião de seu surgimento?
5. Qual a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos?
6. O que é multiculturalismo?
 
Como é ser um Filósofo?
Referências:
DUPRÉ, Ben. 50 ideias de filosofia que você precisa conhecer. São Paulo: Planeta, 2015.
 
CANTO-SPERBER, Monique (Org.). Dicionário de ética e filosofia moral. São Leopoldo/RS: Unisinos, 2013.
 
BAUMAN, Z.; DONSKIS, L. Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
 
CANTO-SPERBER, Monique (Org.). Dicionário de ética e filosofia moral. São Leopoldo/RS: Unisinos, 2013.
 
 
 GUERRA, Sidney. Direitos humanos & cidadania. São Paulo: Atlas, 2012.
 
PINSKY, Jaime. Cidadania e educação. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2011.
OLIVEIRA, Clara Maria C. B. de; MACHADO, Marcelo L. Filosofia, ética e cidadania. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
 ALLAND, Denis; RIALS, Stéphane. Dicionário de Cultura Jurídica. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
DIAS, Maria Clara. Direitos humanos. In: Dicionário de Filosofia do Direito. BARRETO, Vicente de Paulo (Org.). Rio de Janeiro: Renovar, 2006.

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