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Direito Grego

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Direito Grego
Os gregos não foram juristas no sentido da construção de uma ciência do direito, pois continuaram as tradições estipuladas pelos direitos cuneiformes. No entanto, foram os primeiros a elaborarem uma ciência política.
1.0 - Formas Governo 1.1 - Formas de Governo Puras e Impuras
Com intuito de completo ao artigo, citamos uma passagem para tornar mais clara a classificação das formas de governo, mas cabe ressaltar que por não ser este tópico o objeto geral deste artigo, o mesmo será abreviado
Noutra célebre passagem, herdada da clássica obra “República” de Platão[...]elege a aristocracia como sistema de governo perfeito, sendo a suaforma degenerada identificada em três versões de escala progressiva. A primeiradenominada timocracia, a segunda de oligarquia e a terceira de democracia, naqual a todo cidadão é lícito fazer o que quer.
A doutrina jurídica contemporânea, inspirada nessas belas páginas do pensamentogrego, formata a seguinte lição: são considerados regimes políticos puros amonarquia, a aristocracia e a democracia; a degeneração desses regimes purostraduz-se nos regimes impuros denominados, respectivamente, tirania, oligarquia, demagogia.¹
1.1.0 - FORMAS PURAS
MONARQUIA: governo de um sóARISTOCRACIA: governo de váriosDEMOCRACIA: governo do povo 1.1.1 - FORMAS IMPURAS
OLIGARQUIA: corrupção da aristocraciaDEMAGOGIA: corrupção da democraciaTIRANIA: corrupção da monarquia
1.2 - Formas de Governos anteriores à Democracia
Inicialmente, por volta do sec. VI a. C., Atenas era administrada por um regime monárquico. Com diversos conflitos e o consequente enfraquecimento do governo, o poder é tomado pelo latifundiários, estabelecendo então o regime Aristocrático ( governo de poucos, mas em prol dos muitos); logo este governo, devido ao poder por eles exercidos, tornou-se numa oligarquia(governo de poucos, em prol destes mesmos poucos). Este governo, por sua vez, também foi de grande instabilidade, despertando enorme fúria na população. Revoltados pelo poder oligárquico, os demais detentores de riquezas usurparam o poder, concedendo à alguém de forma a estabelecer um governo tirânico; o governo mantinha-se tão instável e sujo quanto antes, enquanto a população estava ainda insatisfeita.
1.3 - Surgimento da Democracia Ateniense
Por volta de 621 a. C., Dracón recebeu o a competência da formulação de códigos escritos; Dracón não conseguiu por fim as lutas e instabilidades sociais e econômicas, foi então que convocaram como novo legislador, Sólon (638 a. C. – 558 a. C.), que iniciou reformas nas estruturas econômica, social e política da cidade ateniense, mas não obteve grande êxito.
Em 508 a. C., Clístenes (565 a. C. - 492 a. C.) realizou uma plausível transformação política que propiciava o voto, a ocupação de diversos cargos e a participação na Eclésia (Assembleia Popular), por qualquer grego (cidadão), independentemente de renda.
Mas somente há a concretização da democracia Ateniense no período de Péricles (495/492 a. C. - 429 a. C), após elaborar as condições que permitiam a integração dos cidadãos no governo, e contribuir para a melhoria da qualidade de vida de todos os moradores; tanto os que viviam nos campos quantos aqueles que residiam na polis.
1.4 - A evolução dos sistemas de governo
Até auferir a Democracia ocorreu a passagem de uma forma de governo para outra, conforme tabela abaixo:
Havia certo GOVERNO composto por INTEGRANTES DO GOVERNO, até surgir uma revolta, e estabelecer-se um NOVO GOVERNO, com novos INTEGRANTES DO NOVO GOVERNO.
2.0 - Fontes Históricas do Direito Grego
São esparsas e não plenamente conhecidas, trata-se muito mais daquela ideia de justiça presente na consciência coletiva. P. Ex:
Grandes epopeias de Homero (no período arcaico);
Alguns discursos do fim da época clássica do direito ateniense, chamado os de Demóstenes e de Iseu;
Documentos filosóficos e literários, os escritos de Platão, Aristóteles e Plutarco;
Inscrições jurídicas;
Dois documentos descobertos recentemente: a Lei de Gortina (longa inscrição descoberta em Creta em 1884, difícil de datas, porque contém disposições que parecem ser de épocas diferentes) e a Lei de Dura(descoberta em 1922 no Eufrates, que seria uma cópia tardia (século I) duma lei do século IV AC).
3.0 - Fontes do Direito Grego
Para os Gregos da Grécia Antiga, a fonte do direito é o NOMOS, que designa LEI, regra, norma. A noção aparece em Hesíodo (século VII AC) e Píndaro (século V AC) defendendo: “a lei é a rainha de todas as coisas”. Porém, devemos lembrar que para esse povo, NOMOS também se refere aos costumes.
Para os Gregos o nomos é lei justa que busca o belo e bom, justo e o certo, o ideal, regra igual para todos, norma que regula e limita o poder do soberano, que permite direito, mas impõe deveres.
LEGISLADORES GREGOS
Drácon, fornece a Atenas seu primeiro código de leis, que ficou conhecido por sua severidade e cuja lei relativa ao homicídio foi mantida pela reforma de Sólon, sobrevivendo até nossos dias graças a urna inscrição em pedra.6 Acabar com arbítrio e com as lutas entre as famílias mais poderosas de Atenas ;
Passagem para escrita jurídica - Fazer as leis por escrito ( 621 a.C.) – As oligarquias interpretavam a sua maneira as legislação oral , Dracón foi designado para fixar as leis por escrito, associando a ideia do direito como mediação dos conflitos por um texto que limitava as interpretações possíveis A legislação de Drácon prevê processo perante os Tribunais de Areópagos ou Éfetas;
Billier, Jean Cassien. História da Filosofia do Direito, 2005,
As leis de Drácon, põe fim a solidariedade entre as famílias e tornam obrigatório o recurso aos Tribunais para os conflitos entre os Clãs. A categoria denominada por crimes e tort, que aproximadamente corresponderia ao nosso direito penal, inclui o homicídio que os gregos, já com Drácon (620 a.C.), diferenciavam entre voluntário, involuntário e em legítima defesa. A lei de homicídio de Drácon manteve-se em vigor até, pelo menos, o quarto século a.C. e uma inscrição fragmentada, datada de 409 a.C., sobreviveu até os dias de hoje. Na tradição linguística portuguesa (colonizador) a expressão “draconiano” faz alusão a severidade das leis de Drácon. A proverbial severidade das leis de Drácon é questionada por Michael Gagarin em seu livro Drakon and early athenian homicide law (Drácon e antiga lei ateniense de homicídio), p, 116-118. Um dos argumentos de Gagarin é baseado no fato de que uma das leis de Drácon sobreviveu até nossos dias, em uma inscrição em pedra datada de 409 a.C., e pune o homicídio involuntário com o exílio.
Difusão da técnica da escritura, somada à compilação de costumes tradicionais, proporcionam os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de Sólon e a Lei das XII Tábuas.
A lei das XII Tábuas foi elaborada por uma comissão de três magistrados, encarregados de pesquisar, na Magna Grécia, as leis de Sólon, propiciando a criação de um código escrito de leis Sólon (594-593 a.C.) não só cria um código de leis, que alterou o código criado por Drácon, como também procede a urna reforma institucional, social e econômica. No campo econômico, Sólon reorganiza a agricultura, incentivando a cultura da oliveira e da vinha e ainda a exportação do azeite. No aspecto social, entre as várias medidas, são de particular interesse aquelas que obrigavam os pais a ensinarem um ofício aos filhos; caso contrário, estes ficariam desobrigados de os tratarem na velhice; a eliminação de hipotecas por dívidas e a libertação dos escravos pelas mesmas e a divisão da sociedade em classes.
Acredita-se que a Boulê (Conselho) tenha sido uma criação de Sólon, mas formada inicialmente por 400 pessoas e sendo um conselho paralelo ao Areópago. Uma criação importante e de grande repercussão no direito ateniense foi o tribunal da Heliaia. José Ribeiro Ferreira observa que esse tribunal, ao qual qualquer pessoa podia apelar das decisões dos tribunais, assegurava a idéia “de que a lei se enco FERREIRA, José Ribeiro. Devem-se a Sólon (594a.C.) as primeiras iniciativas de democratização das leis.
A Grécia antiga. Lisboa: Edições 70, 1992, p. 71. ntrava acima do magistrado que tinha a cargo sua aplicação.”
Gagarin acrescenta que mesmo as leis de Sólon, mais democráticas que as anteriores, aumentaram o controle da cidade sobre a vida dos habitantes. Como exemplos, tem-se o controle das atividades econômicas e a idéia de serviço político como obrigação de todo cidadão. Dessa forma, a promulgação de uma legislação escrita estabelecia a autoridade da cidade sobre seus habitantes. Evidentemente, a legislação escrita não era o único meio de fazer isso: temos o exemplo de Esparta que, de forma consciente, rejeitou o uso de leis escritas e aumentou o seu grau de controle sobre o sistema educacional para atingir similarmente uma autoridade forte sobre os cidadãos. Atenas e outras cidades optaram pelo uso da nova tecnologia, a escrita. GAGARIN, Michael. Early greek law. Berkeley: University of California Press, 1989, p. 121-141
LEGISLADORES GREGOS as leis de Sólon, que previam uma multa para estupro, penalidades específicas para roubo, dependendo dos bens roubados, e penalidades para difamação e calúnia. Classificadas como família, encontramos leis sobre casamento, sucessão, herança, adoção, legitimidade de filhos, escravos, cidadania, comportamento das mulheres em público, etc., e nesse caso a informação é mais abundante do que no caso das leis da categoria crimes e tort. Como leis públicas temos as que regulam as atividades e deveres políticos dos cidadãos, as atividades religiosas, a economia (regulamentando as práticas de comércio), finanças, vendas, aluguéis, o processo legislativo, relação entre cidades, construção de navios, dívidas, etc.
Os gregos antigos não só tiveram um direito evoluído, como influenciaram o direito romano e alguns de nossos modernos conceitos e práticas jurídicas: o júri popular, a figura do advogado na forma embrionária do logógrafo, a diferenciação de homicídio voluntário, involuntário e legítima defesa, a mediação e a arbitragem, a gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos e, finalmente, a retórica e eloqüência forense. Essa influência não foi resultado de um acaso, mas fruto da atividade, do envolvimento e da genialidade de um povo que, além de se haver destacado na filosofia, nas artes e na literatura, destacou-se também no direito. Na história de uma civilização, a diferença muitas vezes reside naquilo que as gerações seguintes, atuando como filtro, preservaram e transmitiram, ou deixaram de fazê-lo.68 (WOLKEMER p.76)
DIREITO GREGO
História Grega Período arcaico; Perído Clássico; Período Helenístico Aparecimento das cidades, cidades (Tebas, Espartas, Corintos e Atenas Colonização
Escrita surge como nova tecnologia ; Codificação das Leis, que era divulgadas nos muros da cidade; Primeiro Legislador (Zaleuco de Locros, por volta de 650 a.C. Tradição jurídica
 PERCEPÇÃO DO FENÔMENO JURÍDICO ENTRE OS GREGOS
a) A princípio, trata-se de um direito essencialmente consuetudinário, ritualístico, fundado no culto aos antepassados e desenvolvido no seio da própria família.
b) os gregos desenvolveram também a consciência da existência de uma lei eterna, imutável, a reger o homem indistintamente. Ora, trata-se de uma ideia embrionária do que convencionamos chamar hoje de direito natural.
c) igualmente, é creditado aos gregos o mérito de terem contribuído para o florescimento de uma noção preliminar de constitucionalismo, especialmente em Atenas, onde os cidadãos, por serem mais politizados, acabavam possuindo uma experiência mais apurada da condução da vida pública.
d) Deste modo, quando se trata de estudar o “direito grego”, não se pode jamais perder de vista o fato de que inúmeras cidades-estado helênicas eram regidas por um ordenamento jurídico próprio, uma vez que as mesmas gozavam de plena soberania.
A PERCEPÇÃO DO FENÔMENO JURÍDICO ENTRE OS GREGOS 
Direito Ateniense Modelo de organização judiciária de Atenas, onde já havia tribunais com competências jurisdicionais completamente distintas. Abandono da Oralidade e as leis passam a ser registradas em pedra, as comunidades ganham automática estabilidade e, naturalmente, se afastam da prática de julgamentos arbitrários e de decisões inconsistentes. É o que se vê quando os atenienses aprimoram seu ordenamento jurídico, definindo as condições para a validade das leis e o rechaço ao direito ancestral de caráter consuetudinário: “As autoridades não têm permissão para usar uma lei não escrita, em caso algum. Nenhum decreto do Conselho ou da assembleia deve prevalecer sobre uma lei. Não é permitido fazer uma lei para um indivíduo se ela não se estender a todos os cidadãos atenienses e se não for votada por seis mil pessoas, por voto secreto”13. É exatamente nesse sentido a opinião expressada por THOMAS, Rosalind. "Written in Stone? Liberty, Equality, Orality and Codification of Law", p. 9-31. 13 ARNOUTOUGLOU, Ilias. Leis da Grécia Antiga, p. 104.
DIREITO GREGO O adultério era considerado crime em Atenas. A disposição abaixo remonta, provavelmente, ao século V antes de Cristo: Veja-se a mesma na íntegra:
“E àquele que pega em flagrante o adúltero, não lhe é lícito continuar vivendo com sua mulher; se o fizer, será privado de seus direitos civis. E à mulher que cometeu adultério não é dado assistir ao sacrifício público; se o fizer, poderá sofrer qualquer castigo, com exceção da morte, e quem lhe aplicar o castigo não sofrerá qualquer punição”23.
23 ARNOUTOUGLOU, Ilias. Leis da Grécia Antiga, p. 25.
Havia também em Atenas uma interessante lei restringindo os direitos civis a todos aqueles que se prostituíam: 22
“Se qualquer ateniense se prostituir, não terá permissão para se tornar um dos nove arcontes, para exercer qualquer sacerdócio, para atuar como advogado do povo ou exercer qualquer ofício, em Atenas ou outro lugar, por sorteio ou votação; não terá permissão para ser enviado como arauto, para fazer qualquer proposta na assembleia dos cidadãos e em sacrifícios públicos, para usar florão, quando todos usarem, para entrar em local de reunião purificado para a assembleia. Qualquer pessoa que, tendo sido condenada por prostituição, desobedecer a qualquer dessas proibições, será condenada à morte”24.
Da mesma forma, também algumas questões sobre o Direito Civil Ateniense já podem ser descortinadas. Eis duas regras do direito sucessório: “Com exceção daqueles que foram adotados quando Sólon assumiu sua magistratura, e, que, portanto, ficaram inaptos para reclamar uma herança ou renunciar a ela, qualquer homem terá direito de dispor de sua propriedade por via testamento e de acordo com seu desejos, se não tiver filhos legítimos do sexo masculino, a menos que sua mente tenha sido incapacitada por loucura, velhice, drogas ou doença, ou a menos que ele esteja sob a influência de uma mulher, ou sob coação, ou tenha sido privado de sua liberdade”25. ARNOUTOUGLOU, Ilias. Leis da Grécia Antiga, p. 76.
 “Se alguém morre sem testar, e se tiver deixado filhas, vai para elas sua propriedade; se não, farão jus à propriedade os que se seguem: irmãos que sejam filhos do mesmo pai e filhos legítimos de irmãos terão a parte correspondente a seu pai. Se não há quaisquer irmãos ou filhos de irmãos..., seus descendentes herdarão do mesmo jeito. Os (parentes) de sexo masculino e seus descendentes masculinos terão a precedência, quer sejam da mesma parentela, quer o parentesco seja mais remoto. E se não há consangüíneos do lado do pai, até o grau de filhos de primos, os parentes do lado materno herdarão igual modo. E se não houver parente nesse grau mencionado, herdará o mais próximo aparentado do lado paterno. Nenhum filho ilegítimo, de um ou outro sexo, terá direitos sagrados ou seculares de parentesco, a contar do arcontado de Euclides (403-2 a.C.)”26. 26 ARNOUTOUGLOU, Ilias. Leis da Grécia Antiga, p. 3.
DIREITO GREGO O DIREITO ESPARTANO O homem espartano, desde os sete anos de idade, ingressava no período de treinamento das forças armadas. Na juventude já eraum exímio e perigoso guerreiro. As leis da cidade autorizavam o rechaço paterno às crianças portadoras de deficiências. O pai poderia também lançar o bebê de qualquer penhasco se imaginasse que a compleição física do mesmo fosse um eventual empecilho à carreira militar.
DIREITO GREGO Os espartanos eram mestres no cultivo das tradições cívicas e amavam com fervor a sua pátria. Dedicavam-se até à morte no combate e tinham repugnância dos covardes e desertores. Eram xenófobos por excelência, pois se julgavam “iguais entre si”, mas “superiores a qualquer outro povo da Hélade”. Usavam uma longa cabeleira e bem forjados apetrechos de guerra. Uma longa capa vermelha tocava-lhes o calcanhar. Um escudo e um elmo que protegia, além da cabeça, também os maxilares, trazia pavor aos adversários.
DIREITO GREGO Ensina Aristóteles que os bens eram transmitidos por testamento ou doação. A lei. Assim, havia contribuído para gerar o incremento da pobreza do país cujas riquezas se concentravam nas mãos de alguns poucos. Tradição oral válida
DIREITO GREGO Construção Social e Jurídica da família baseia-se no culto aos mortos; Punia-se os grandes culpados com castigo considerado terrível : a privação de sepultura; Acreditavam que os mortos precisavam se alimentar; Os mortos eram criaturas sagradas; Culto ao fogo, dessa forma toda casa do grego deveria ter altar de culto ao fogo acesso que so se transmitia em linha masculina.
DIREITO GREGO A origem da família no poder paterno (relação de dependência e subordinação) – sujeição ao mesmo culto aos deuses domésticos. A religião que determinava o parentesco, o princípio de parentesco não era o ato material do nascimento, porém o culto. O direito de ofertar sacrifício ao fogo sagrado so se transmitia de homem para homem. Proibição do direito de herdar; Casamento era abandono do lar paterno para invocar dali em diante os deuses do esposo;
DIREITO GREGO Não admitia a poligamia e o divórcio em poucas circunstancias; ( caso de esterilidade e que substituía parente nos casos de impotência e morte prematura e o direito de adoção par A desgraça tão temida extinção. O Instituto da emancipação e o direito de propriedade com mesmo objetivo de perpetuar o culto e a religião
DIREITO ROMANO
DIREITO ROMANO Num segundo sentido, Conjunto de regras que designa o Direito Privado. Ressalta-se que Roma não alcançou o mesmo desenvolvimento no direito público. Há ponto de haver um romanista que afirmava: Os romanos foram gigantes no direito privado e pigmeus no direito público.
DIREITO ROMANO
DIREITO ROMANO
Ubis Societas Ibi Jus
DIREITO ROMANO Ubis Societas Ibi Jus: Onde há sociedade há direito. Legado jurídico Romano Sistema Complexo Por exemplo no campo das Obrigações ainda hoje vários Institutos fazem parte do nosso ordenamento
DIREITO ROMANO
Patrícios: São os fundadores de Roma. Somente eles eram considerados iguais;
Plebeus: Foram os imigrantes, os escravos, os estrangeiros – Não tinham direitos;
Cônsules: Eram os patrícios escolhidos pelos mesmos para exercerem a função de governantes;
Magistrados de Direito: Eram as pessoas que conheciam os conflitos que existiam entre os indivíduos da sociedade romana. O magistrado dava uma solução ao conflito, julgando-o. Também conhecidos como pontífices;
Pretor: Era classificação / espécie dos magistrados romanos. Tinha como função principal cuidar da primeira fase do processo entre particulares. Verificava a procedência das alegações diante das provas apresentadas, julgando a demanda. Dividiam-se em:
PRETOR URBANO: Cuidava dos conflitos entre patrícios;
PRETOR PEREGRINO: Cuidava dos conflitos entre a plebe e os patrícios.
DIREITO ROMANO
Se o direito, é uma constante na história dos povos, se todos os povos da Antiguidade foram governados por um sistema de leis (direito babilônico, direito egípcio, direito hebreu, direito chinês, direito grego), por que motivo, nos cursos básicos de direito, se estuda, em nossos dias, apenas o direito romano?
DIREITO ROMANO
Em primeiro lugar, povo algum da Antiguidade construiu monumento tão completo, tão sistemático e penetrante, como o legado jurídico romano. O direito romano que floresceu por mais de mil anos é como que um vasto
campo de observação, verdadeiro laboratório do direito. Permite, por isso, surpreender o instante exato em que um instituto nasce, as vicissitudes várias por que passa até que se transforma em decorrência de causas políticas, religiosas, sociais e morais, a época em que, depois de haver atingido sua total plenitude, declina, e, finalmente, a hora em que, perdendo sua razão de existir desaparece por completo do cenário jurídico, extinguindo-se para sempre.
Em segundo lugar, numerosos institutos do direito romano não morreram: estão vivos, ou exatamente como foram, ou com alterações tão pequenas que se reconhecem, ainda, nos modernos institutos de nossos dias que lhes correspondem. Para dar exemplos, apenas no campo das obrigações, podemos citar diversos tipos de contratos (a compra e venda, o mútuo, o comodato, o depósito, o penhor, a hipoteca), ainda existentes nos sistemas jurídicos de hoje. O direito de Justiniano, estudado em toda a Europa, desde o século XII, e aceito oficialmente na Alemanha em fins do século XV, teve grande influência na formação do direito atual, refletindo-se na redação dos modernos códigos e, em especial no Código Civil francês de 2 de março de 1804 e no Código Civil alemão de 1900,
DIREITO ROMANO
Métodos empregados em seu estudo
exegético.
Métodos
dogmático.
histórico.
moderno.
DIREITO ROMANO
Diversos métodos ou processos foram empregados através dos séculos, até hoje, para o estudo do direito romano, citando-se, entre os mais conhecidos, o exegético, o dogmático, o histórico e o moderno.
O método exegético (do grego exégesis = explicação, comentários, de ex =para fora, egésis = orientação) foi seguido pelos glosadores, que explicavam ou comentavam (glosae) o Corpus Juris Civilis, na famosa Escola de Bolonha, inaugurada por Imério, o notável jurista da época, a lucerna juris.
Os glosadores tomavam como ponto de referência o texto legal, o Corpus Juris,e iam glosando as passagens. As explicações eram depois resumidas em sínteses,as sumas (summae).
DIREITO ROMANO
O método dogmático ou escolástico era utilizado por Bártolo, jurisconsulto italiano do século XIV, e por seus seguidores, os bartolistas; que consideravam o direito romano de Justiniano a própria “razão escrita”, motivo por que o utilizavam como verdadeira fonte legislativa, aplicando-o, nos tribunais, para resolver os casos da época.
DIREITO ROMANO
O método histórico foi usado no Renascimento, Apoiando-se na história e na crítica dos textos, impôs-se pelo rigor mais científico da interpretação e pelo apoio que lhe deu Alciato, jurisconsulto italiano, nascido em Milão (1492-1550) e Cujácio, jurisconsulto francês, natural de Toulouse (1520-1590). Em vez de interpretar o direito romano, num sentido prático, adaptando-o aos novos tempos, procuram estes romanistas restituir aos textos seu valor real, dentro da própria vida romana onde os institutos se desenvolveram.
DIREITO ROMANO
O método moderno estuda o direito romano como um sistema jurídico do passado, sem procurar aplicá-lo; considera o direito em si e por si (jus grada juris).Os romanistas atuais examinam os textos de todas as épocas e não apenas os da compilação de Justiniano, interpretando-os de acordo com os rigorosos processo da moderna hermenêutica; restituem as passagens falhas segundo os princípios da crítica verbal; tentam escoimar os textos das interpelações, neles existentes, restaurando lhes a pureza originária; procuram, enfim, chegar tão próximo quanto possível das linhas romanas de cada instituto, surpreendendo-o em toda sua inteireza, dentro do espírito exato do mundo jurídico romano antigo. O estudo comparativo e o sociológico acabam por completar o exame integral das instituições romanas que nasceram e evoluíram sob a ordem jurídica.

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