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Teoria Geral da Administração Aula 1: Abordagem Clássica da Administração No início do século XX, dois engenheiros desenvolveram e publicaram seus trabalhos a respeito da Administração. • Henri Fayol, nascido em 29 de julho de 1841, em Istambul, e veio a desenvolver a chamada Teoria Clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio da sua organização e da aplicação de princípios gerais de administração. Foi um dos primeiros a analisar a natureza da atividade empresarial e a definir as principais atividades do gestor: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Fez a ligação entre a estratégia e a teoria empresarial e sublinhou a necessidade de aprofundar a gestão e cultivar qualidades de liderança. • Frederick Winslow Taylor nasceu em 20 de março de 1856 na Filadélfia, no Estado da Pensilvânia – EUA. Ele desenvolveu a chamada Escola da Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio, inicialmente, da racionalização do trabalho operário. Sendo assim, a chamada Abordagem Clássica da Administração está dividida em duas escolas principais: • Primeiro período de Taylor: Ocorre com o lançamento do seu estudo experimental denominado “Notas sobre as correias”. Mais tarde, publicou outro de seus estudos, denominado “Um sistema de gratificação por peça”, apresentando um sistema de gratificação e administração dos operários. Em 1903, publicou seu livro “Administração de oficinas”, no qual se preocupava com as técnicas de racionalização do trabalho por meio do estudo de tempos e movimentos. • Segundo período de Taylor: Este período corresponde à publicação do seu Livro Princípios de Administração Científica (1911), quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três problemas básicos: 1. Ociosidade sistemática dos operários. 2. Desconhecimento dos gerentes sobre o fluxo de operações das atividades que eram desenvolvidas e do tempo gasto necessário para sua execução. 3. Métodos e técnicas de trabalho não uniforme. Taylor definiu como princípios básicos da administração científica: → Planejamento: aplicar os métodos científicos no desenvolvimento do trabalho, em vez da improvisação e escolha individual; → Preparo: as empresas podem selecionar os trabalhadores de acordo com suas aptidões; → Controle: controle do que foi planejado e o que estava sendo executado; → Execução: assegurar a distribuição das atribuições e das responsabilidades de forma disciplinada. Segundo Taylor a Administração Científica é uma evolução e não uma teoria, tendo como ingrediente 75% de análise e 25% de bom-senso. Taylor argumentava que os trabalhadores procuravam, naturalmente, executar suas tarefas de maneira a consumir o maior tempo possível A Administração Científica consiste no planejamento e execução de tarefas, considerando alguns aspectos: • Cuidadosa seleção do trabalhador – trabalhador deverá ser selecionado para tarefas condizentes com sua aptidão; • padronização do tempo – os gerentes deverão indicar os tempos de execução de cada tarefa; • incentivo salarial – quando o desempenho especificado for atingido; • divisão do trabalho – operação dividida em tarefas simples (realizáveis de maneira repetitiva); • gerentes planejam e operários executam – os gerentes planejam a realização das tarefas e os operários executam o que foi planejado. A organização Racional do Trabalho – ORT Taylor, ao analisar o trabalho desenvolvido pelos trabalhadores, chegou a conclusão de que eles aprendiam por meio de observação do que os outros estavam fazendo. Foi a partir das conclusões de Taylor que se considerou mais oportuno separar as atividades de planejamento e de execução. Os administradores deveriam planejar para os operários executarem. → A ORT consistia nos seguintes aspectos; Análise do trabalho e estudo de tempos e movimentos O trabalho consistia em decompor cada tarefa em séries ordenadas de movimentos simples. Com isso, padronizava o método de trabalho e o tempo destinado à sua operação. 1 - Estudo da Fadiga Humana A administração Científica procurou eliminar os movimentos desnecessários para o desenvolvimento de uma determinada atividade, visando à diminuição dos esforços musculares. 2 - Divisão do trabalho e especialização O trabalhador tornou-se um especialista na realização de uma única tarefa ou de tarefas simples e elementares. Desta forma, o trabalhador passou a se especializar nas tarefas simples que executava, buscando um ajuste aos padrões descritos e às normas de desempenho estabelecidas pelo método. 3 - Desenho de cargos e tarefas O desenho de cargos compreende a definição clara de seu conteúdo em termos de tarefas, suas atividades, bem como os métodos necessários para a sua execução e seu relacionamento com outros membros da organização. O desenho de cargos favorece a compreensão dos que estão na organização e também o entendimento daqueles que são recém-contratados na organização. Tarefa → menor unidade possível da divisão do trabalho Cargo → conjunto de tarefas 4 - Incentivos salariais e prêmios de produção Taylor partiu do pressuposto de que os trabalhadores deveriam desenvolver os seus trabalhos dentro de padrões de tempo determinados. Relacionou remuneração com a quantidade produzida. 5 - Condições de trabalho a eficiência não está atrelada só à aplicação dos métodos científicos e ao incentivo salarial, mas também às condições adequadas de trabalho. 6- Padronização A padronização tinha como objetivo eliminar os desperdícios e incrementar os níveis da eficiência. Mudanças realizadas – Máquinas para equipamentos, processos, insumos. 7 - Supervisão funcional A supervisão funcional demonstra que cada supervisor deve cuidar de determinada área ou especialidade. 8 - Conceito de "Homo Economicus" O operário é um homem simples, com desejos e valores orientados para a vida material. Ele valoriza tudo que pode levar-lhe mais salário e tem comportamento previsível. Assim, qualquer incentivo financeiro que a empresa lhe ofereça será o suficiente para motivá-lo no seu trabalho. O principal objetivo da Administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e ao empregado. É preciso dar o que ambos desejam: Ao trabalhador, os altos salários, Ao empregador, baixo custo de produção. Princípios: → Planejamento: substituir no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírico- prática pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento do método. → Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão de obra, prepara-se também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. → Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível. → Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada. Consequências da Teoria Científica O Taylorismo tornou-se desumano em sua estrutura. Porém, como resultado os empregados tornaram-se especializados e muito dependentes do patrão. A pouca atençãodada ao homem é o fato mais marcante da Teoria Científica. Ao propor a divisão do trabalho, a especialização, os movimentos uniformes e repetitivos na realização das tarefas, transforma o empregado num mecânico e desprovido de desejos, o homem econômico. A preocupação é facilitar o trabalho ao máximo para que o empregado não se canse. Entretanto, a falta de incentivo psicológico causa fadiga mental no empregado tanto quanto o trabalho braçal causa fadiga física. Historicamente, foi graças ao Taylorismo Fordismo que o automóvel se tornou um produto de consumo em massa, ao alcance da classe média, inclusive dos operários que o fabricavam, em razão do seu baixo preço, dos salários elevados e das próprias facilidades de crédito introduzidas pela administração da Ford Motor Company. Três aspectos suportam o sistema: • O processo produtivo deve ser planejado, ordenado e contínuo; • O trabalhador deve receber pelo trabalho que deve ser feito; • Os fluxos de operações devem ser avaliados de forma contínua para evitar desperdícios e incrementar os níveis de eficiência. Aula 2: Abordagem Humanística da Administração A escola das Relações humanas surgiu nos Estados Unidos devido à onda de desemprego resultante da crise de 29. Foi impulsionada pelos resultados da pesquisa desenvolvida na Western Electric no bairro de Hawthorne. A partir daí, os estudiosos passaram a se preocupar com o fator humano no trabalho, contrariando os pressupostos defendidos por Taylor. Nota TRH: Uma nova concepção para o trabalhador, ele passa a ser considerado como ser humano, ser social, com objetivos e inserção própria, orientado pelas regras e valores do grupo informal “Homem social”. A origem das relações humanas são: As conclusões da Experiência em Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo. A preocupação em humanizar e democratizar a administração, libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica buscando nos novos padrões de vida para os trabalhadores. Pesquisa realizada na Western Electric Hawthorne - Elton George Mayo A Western Electric era uma organização norte-americana que fabricava equipamentos para empresas telefônicas. A organização sempre se destacava pela preocupação com o bem-estar de seus funcionários, o que favorecia ter um clima mais motivado do que outras da mesma época. Ao longo de 20 anos não se teve notícias de greve ou outras situações do gênero. Em 1927, iniciou-se uma pesquisa em uma das fábricas com o objetivo de detectar de que modo os fatores ambientais, como a iluminação do ambiente de trabalho, influenciavam a produtividade dos trabalhadores. As experiências na fábrica foram realizadas por comitê de três membros da empresa pesquisada e quatro representantes da Escola de Administração de Empresas de Harvard. • Primeira Fase (1927) – Estudos da Iluminação Em 1924, com a colaboração do Conselho Nacional de Pesquisas, iniciara na fábrica de Hawthorne uma série de estudos para determinar uma possível relação entre a intensidade da iluminação do ambiente de trabalho e a eficiência dos trabalhadores, medida pelos níveis de produção alcançados. Esta experiência tornou-se famosa, foi coordenada por Elton Mayo, e logo em seguida, estendeu seus estudos com a fadiga e a relação com os acidentes na fábrica, da rotatividade de pessoal e dos efeitos das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados. Os resultados não foram satisfatórios, os pesquisadores não conseguiram provar a existência de qualquer relação simples entre a intensidade de iluminação e o ritmo de produção. Reduziu-se a iluminação na sala experimental. Esperava-se uma queda na produção, mas o resultado foi o oposto, a produção na verdade aumentou. Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica. Tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico, então estranho e impertinente, razão pela qual a experiência prolongou-se até 1932, quando foi suspensa em razão da crise econômica de 1929. • Segunda fase (Abril 1927): Sala de montagem dos Relés Foi realizada com seis operárias de nível médio, constituindo um grupo experimental, separadas apenas por uma divisória de madeira. O restante do departamento era constituído de um grupo de controle que continuava trabalhando com as mesmas condições. A pesquisa foi dividida em doze períodos experimentais, nos quais foram observadas as variações de rendimento de correntes das inovações a que eram submetidas nos grupos de referência. Nos doze períodos experimentais, a produção apresentou pequenas mudanças, levando os pesquisadores a concluírem que a mudança no rendimento do trabalho não era resultante das condições de trabalho. As principais conclusões foram as seguintes: 1 - Desenvolvimento social gerado pelo trabalho em equipe. 2 - Desenvolvimento da liderança e do exercício de liderança proporcionado pelos objetivos comuns. 3 - O ambiente de trabalho passou a ser mais amistoso. • Terceira fase (Set. 1928): Programa de Entrevistas Com base nas conclusões da fase anterior, Mayo e seus colaboradores foram se afastando dos estudos de melhores condições, e redirecionando para relações humanas, pois a empresa apesar de sua política mais aberta de pessoal, pouco sabia sobre os fatores determinantes das atitudes das operárias em relação à supervisão, aos equipamentos de trabalho e à própria empresa. A partir de setembro, iniciou-se o programa de entrevistas no setor de inspeção, seguindo-se no de operações e, mais tarde, nos demais setores da organização. Em 1931 se adotou a entrevista “não diretiva” mediante a qual o operário expressava-se livremente. Revelou-se a existência de grupos informais com o objetivo de proteger os operários contra as ameaças da administração superior e seu bem-estar. • Quarta fase (Nov. 1931): Sala de montagem de terminais A quarta fase iniciou-se em novembro de 1931 e durou até 1932, tendo como objetivo principal analisar a organização informal dos operários. Foi formado um grupo experimental. Mayo e seus colaboradores observavam que os operários após atingirem uma produção que julgavam ser ideal, reduziram o ritmo de seu trabalho, informando sua produção como forma de deixar o excesso de um dia para outro. Esta experiência foi suspensa em 1932, devido a recessão nos Estados Unidos em 1929. Todavia, a quarta fase permitiu um estudo entre a relação formal da organização e a informal dos operários. Nota: “Embora haja algumas restrições metodológicas, os estudos de Hawthorne são a fundamentação histórica mais importante quanto ao conhecimento do comportamento humano nas organizações”. (Chiavenato) A pesquisa realizada com os funcionários em Hawthorne permitiu esboçar os princípios básicos da Escola das Relações Humanas, que veio a se formar logo em seguida. Vamos a seguir analisar as principais conclusões. a) O nível de produção não é determinado pela capacidade física do trabalhador, mas sim pela integração social. A experiência demonstrou que o homem não pode ser visto como máquina. Não adianta a empresa usar de métodos para isolar o homem. O homem precisa conviver com outras pessoas para se sentir útil. b) O comportamento do indivíduo está apoiado no grupo: Os indivíduos não agem de forma isolada por pertencerem a um grupo de pessoas. O grupo passou conforme experiência Hawthorne, a determinar o que deveria ser feito. c) O comportamento do indivíduo está condicionado a normas e padrões sociais: A experiência demonstrou que as pessoas preferiram ganhar menos para manter as relações amistosas com os colegas de trabalho. d) Grupos informais: Os grupos informaissão aqueles que surgem naturalmente nas organizações por questões de amizades, identificação e objetivos comuns. Na experiência Hawthorne, o surgimento dos Grupos informais foi um fator determinante do estabelecimento de relações de confiança entre companheiros de trabalho. e) Interação social: As pessoas precisam interagir umas com as outras, porque são serem humanos com sentimentos e emoções. f) Conteúdo e natureza do trabalho: A natureza do conteúdo do trabalho deve estar de acordo com as aptidões dos trabalhadores para que eles não se sintam desmotivados ou frustrados. g) Emoção: Todo gestor deve se preocupar com as emoções do trabalhador. No momento em que o trabalhador manifesta sua emoção e sentimentos é importante para todos: Organização, companheiros de trabalho e mercados. A escola de Relações Humanas, preocupada com a relação entre moral e produtividade, colocou motivação a grande possibilidade de levar o indivíduo a trabalhar para atingir os objetivos da organização formal. O homem não podia desenvolver a tarefa sem antes ter participado da discussão sobre o modo como ela deveria ser desenvolvida. A motivação na Administração Científica e na teoria Clássica estava centrada no ”homo economicus”, ou seja, no homem que trabalhava em busca de recompensas salariais e materiais. O homem não é mais motivado por recompensas econômicas, mas sim, por recompensas sociais, simbólicas e não materiais. A experiência de Hawthorne veio demonstrar que o trabalhador não é só motivado pelas recompensas materiais e econômicas, mas a integração social entra como um fator de motivação relevante. O comportamento humano não depende só do passado, ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o “espaço de vida que contém a pessoa com seu ambiente psicológico”. Foi Lewin que instituiu o termo ambiente psicológico (ou ambiente comportamental) como sendo o ambiente tal como é percebido e interpretado pela pessoa e relacionado com as atuais necessidades do indivíduo (CHIAVENATO, 1998). Lewin seguiu a Teoria das relações Humanas, que estuda a influência da motivação no comportamento das pessoas. O surgimento dessa teoria provocou uma nova concepção sobre a natureza do homem, o homem social. Teoria dos dois fatores Herzberg , nascido em 1923, foi psicólogo clínico e professor de Gestão na University of Utah. Herzberg é conhecido pelos estudos sobre motivação humana e a teoria dos dois fatores: os de higiene (como as condições de trabalho, salário, status e segurança), cuja ausência cria insatisfação; e os de motivação (realização, reconhecimento, satisfação no trabalho, responsabilidade e desenvolvimento pessoal), que são necessários à satisfação. Criou também o conceito de enriquecimento do trabalho (job enrichment). A Teoria de Herzberg foi elaborada com base em pesquisas feitas para estudar a relação entre a produtividade e a moral, questionavam os aspectos agradáveis de seu trabalho. Chegaram à uma conclusão de que os aspectos satisfatórios estavam mais relacionados ao conteúdo do trabalho (denominados fatores intrínsecos ou de motivação), enquanto os aspectos insatisfatórios diziam respeito às condições dentro das quais o trabalho era executado (fatores extrínsecos ou higiênicos). Herzberg e seus colaboradores afirmam que as pessoas são motivadas apenas pelos fatores intrínsecos, ou seja, apenas o trabalho em si e os fatores que lhe são diretamente inter-relacionados podem motivar as pessoas (CHIAVENATO, 1998). Liderança A palavra liderança define como um processo de influência se exerce sobre as pessoas, motivando e incentivando de forma a trabalharem por um objetivo comum afim de alcançar o resultado da organização. Podemos afirmar que existem diversos tipos de líderes. Em 1939 surgiu a principal teoria que explica a liderança por meio de comportamentos denominados autoritário, liberal (laissez-faire) e democrático. Líder é a combinação de muitos fatores que interagem para formar o processo de liderança. As necessidades, os padrões de comportamento e as metas de seguidores se combinam com as características da situação e formam um conjunto de variáveis dentro do qual o líder tem que agir. Importância da comunicação A comunicação é o estímulo positivo que leva os trabalhadores à automotivação e à motivação dos outros na busca da realização de sua atividades com eficiência, eficácia e efetividade. No processo de comunicação humana, intervêm dois elementos: Emissor e Receptor. Para que exista comunicação é imprescindível a presença desses dois elementos, uma vez que um indivíduo não poderia se comunicar consigo mesmo. • O emissor é a fonte da mensagem. No ambiente da organização, é a pessoa que tem a informação, necessidade ou desejo e o propósito de comunicá-la a uma ou mais pessoas. • A mensagem é a informação, uma necessidade ou desejo de forma codificada que o emissor envia ao receptor. Seu entendimento pelo receptor é o objetivo do processo de comunicação. • O canal é o meio de comunicação entre o emissor e o receptor. É através dele que a mensagem alcançará seu destino. De acordo com a complexidade da mensagem, podem ser utilizados diversos canais de comunicação. • O receptor é a pessoa que recebe e codifica a mensagem emitida pelo emissor. • O feedback é o reverso do processo de comunicação e ocorre quando o receptor reage à mensagem transmitida pelo emissor. A comunicação pode ser realizada por intermédio dos seguintes fluxos: • Horizontal, realizado entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível hierárquico. • Diagonal ou transversal, realizado entre unidades organizacionais e níveis diferentes. • Vertical, realizado entre níveis diferentes, mas de mesma área de atuação. Douglas McGregor apresenta duas teorias, conhecidas como teorias X e Y, teorias essas que refletem fenômenos históricos, culturais, econômicos, tecnológicos e sociais. Essas teorias são ainda largamente consideradas no corpo de orientação da administração de pessoas em muitas organizações. Teoria X - Os indivíduos não gostam de trabalhar e evitarão o trabalho sempre que possível; - Os empregados precisam ser coagidos, ameaçados, manipulados, dirigidos e controlados; - A pessoa normal deseja segurança, tem pouca ambição e evitará assumir responsabiliddes; - Trabalhadores precisam ser direcionados e preferem que se diga o que deve ser feito; - São poucas as pessoas realmente criativas. Teoria Y Baseada nos conceitos trazidos por Mayo coloca em destaque a possibilidade de desenvolvimento dos recursos humanos, trazendo o conceito de que, em ambiente favorável: - Os trabalhadores nao têm um desconforto inerente ao trabalho e, sim, reagirão positivamente a boas condições e atitudes no trabalho; - O trabalho pode ser algo natural e que promova o prazer; - As pessoas são automotivadas; - As pessoas normalmente podem aceitar responsabilidades; - A maioria das pessoas é capaz de ser criativa engenhosa e imaginativa; - O indivíduo, movido pela auto-orientação e pelo autocontrole, passa a ser um protagonista do processo, responsável pelos resultados, alinhando seu comportamento com os objetivos da organização. Nessa perspectiva, sempre que houver possibilidade de obter alguma recompensa (nem sempre financeira), o funcionário se empenhará mais na satisfatória realização de seu trabalho. Importante destacar que essa nova visão na administração não significa ausência de controles, mas sim a admissão de um novo conceito, em que a motivação exerce papel importante na administração dos recursos humanos nas organizações. Considerada por Peter Drucker a "profetado gerenciamento", Mary Parker Follet foi pioneira ao introduzir o conceito de circularidade na interação entre seres humanos. Ela explicava que no comportamento circular existem, em uma discussão aberta, a confrontação e o jogo livre na exposição de ideias. Há a integração das diferenças, ao invés de haver dominação de uma ideia sobre as outras ou a concessão das partes na busca por uma ideia comum a todos. Ou seja, surgindo um conflito em um grupo, as soluções devem ser encontradas somente com a participação de todas as partes, não por meio de uma “psicologia de adaptação”, mas de uma “psicologia de invenção”. No entanto, a dinâmica circular, que pode sugerir um círculo virtuoso e positivo, que leva à criatividade e ao desenvolvimento, também pode criar um círculo vicioso e negativo, levando à esterilidade e à desagregação. I. Para a estudiosa, era preciso obter a integração das pessoas e a coordenação das suas atividades para que os objetivos e as metas fossem alcançados dentro da organização. II. Para ela, os conflitos eram inevitáveis, e surgiam em uma empresa em função da divergência de opiniões ou interesses entre pessoas. III. Segundo ela, há métodos de solução de conflitos: o método da força, o da barganha e o da integração. Aula 3 A Teoria da Burocracia de Max Weber teria se popularizado por volta do ano de 1940, já após a morte do autor. Max Weber, juntamente com Taylor e Fayol, está entre os principais pensadores da teoria administrativa. A teoria burocrática surgiu em clara oposição a suas antecessoras, ou seja, à Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas. A primeira era criticada pelo seu excesso de mecanicismos e a segunda pelo seu ingênuo romantismo. A teoria burocrática de Max Weber é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos. Dessa forma, na teoria burocrática há grande ênfase na eficiência. O grande crescimento pelo qual passaram as organizações do período de Weber fez com que a Teoria Clássica e a das Relações Humanas não fossem mais capazes de suprir suas necessidades. Era imperioso que algo fornecesse mais formalidade, impessoalidade e eficiência ao processo. • Burocracia e Autoridade A relações burocráticas são tipicamente autoritárias. Os subordinados aceitam as ordens de seus superiores por admitirem a ideia de que tais ordens estão amparadas por normas e preceitos legais. Dessa maneira, a obediência não deriva de nenhuma pessoa em si, mas sim do conjunto de normas e regulamentos estabelecidos e aceitos como legítimos por todos. Concluindo, toda organização administrativa de um sistema burocrata é feita de maneira a refletir a vontade política de um grupo de pessoas, nunca é totalmente impessoal. • Conceito comum de burocracia e o de Weber Na Teoria da burocracia de Max Weber, a burocracia prima pela total eficiência da organização e, para que se alcance a eficiência, todos os detalhes formais devem ser vistos com antecedência, a fim de que não existam interferências pessoais que acabem por atrapalhar o processo. • Formalidade nas comunicações Nas organizações burocráticas as comunicações devem ser essencialmente escritas. Todas as regras e decisões devem constar em algum documento para que possam ter validade formal. Em razão disso, quando nos deparamos com procedimentos tidos como burocráticos são cobrados vários tipos de documentos e várias vias de papéis assinados. Se não estiver documentado, não há validade! • Burocracia e divisão do trabalho Uma organização burocrática é essencialmente autoritária e hierarquizada. Há divisão sistêmica do trabalho de forma que cada um possui cargos e funções específicas, de competências e responsabilidades distintas. Cada membro do processo deve saber exatamente qual posição ocupa e que trabalho realiza. Dessa maneira, as atribuições administrativas são altamente especializadas e distribuídas de acordo com os fins que se pretende alcançar. Principais características do sistema burocrático • Autoridade • Hierarquia e divisão do trabalho • Formalidade no atos e comunicações • Especialização dos funcionários • Impessoalidade nas relações Em sua obra "Economia e Sociedade", Weber classifica a Autoridade em três tipos, dependendo principalmente das bases da Sociedade em questão, ou seja, das bases de sua legitimidade: → Racional-Legal: origina-se de regras, estatutos e leis sancionadas pela Sociedade ou Organização. Tais regras definem a quem obedecer e até quando obedecer, tornando possível a aceitação, por parte dos subordinados, de um superior devido uma consciência de que este tem direito de dar ordens, reconhecem que a Autoridade está no cargo ocupado e não na pessoa que o ocupa, que só pode exercer a Dominação dentro dos limites estabelecidos pelo cargo ocupado. Sendo assim, a associação dominante é eleita ou nomeada pelas leis e regras definidas por todos, com a idéia básica de que qualquer direito pode ser criado ou modificado mediante um estatuto sancionado corretamente, ou seja, que leve em consideração as necessidades de todos os envolvidos, e os subordinados são membros da associação. Aqui o poder é impessoal, obedecendo-se à regra estatuída e não à pessoa, a administração é extremamente profissional e também está subordinada ao estatuto que a nomeou, não possui influência pessoal e/ou sentimental e seu funcionamento tem por base a disciplina do serviço. Esta forma de Autoridade nos remete diretamente às instituições burocráticas, onde quem ordena é dito superior e os que obedecem são os profissionais, e que tal Dominação só foi possível com a consolidação do Sistema Capitalista de Produção, que realizou a transição de uma Sociedade baseada em valores (tradicional) para uma orientada para objetivos, com regras e controle racional dos meios para atingir os fins. Exemplos: empresas capitalistas privadas, a estrutura moderna do Estado, forças armadas, etc. → Tradicional: tem como base de legitimação, e de escolha de quem a exercerá, as tradições e costumes de uma dada sociedade, personificando as instituições enraizadas no seio desta sociedade na figura do líder. Acredita na santidade das ordenações e dos poderes senhoriais, em um "estatuto" existente desde o princípio, com o poder emanando da dignidade própria, santificada pela tradição, do líder, de forma fiel. Neste tipo, quem ordena é o senhor e quem obedece são os súditos, as regras são determinadas pela tradição, é regida pela honra e a boa vontade do senhor, que é considerado justo, e há uma prevalência dos princípios de equidade material em detrimento dos formais na atividade administrativa. Exemplos: a dominação patriarcal (tipo mais puro dessa dominação), uma aldeia indígena, a monarquia, os despotismos, o Estado Feudal, etc. → Carismática: etimologicamente, é aquela apoiada na devoção a um senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma). A influência só é possível devido qualidades pessoais, tais como faculdades mágicas, revelações, heroísmo e poder intelectual ou de oratória, com depósito de confiança em alguém que é visto como um herói, santo, salvador ou exemplo de vida, extinguindo- se quando há perda de credibilidade ou quando as virtudes que geravam tal influência sofrem desgaste, em outras palavras, a Dominação só dura enquanto há carisma. Nesta,quem ordena é visto como líder e os dominados são considerados apóstolos, discípulos, pupilos, seguidores, fãs, etc. O poder é pessoal, ou seja, obedece-se a pessoa por suas qualidades excepcionais enão por uma posição ocupada por ela formalmente ou por uma dignidade advinda das tradições. Desconhece o conceito de competência ao nomear seu quadro administrativo sem considerar qualificações profissionais e também o de privilégio ao desconsiderar os costumes. Aqui o dominador é visto pelo dominado como alguém que possui uma missão a ser executada na Terra e, portanto, não necessita de regras e pode ser considerado como acima de toda lei imposta, pois necessitaria apenas de suas qualificações carismáticas para cumprir seus desígnios. Desprende-se da tradição devido à revolução ou renovação que o líder anuncia e a aceitação de suas ordens é de caráter obrigatório, desde que outra, também de origem carismática, não se oponha, quando há uma disputa entre líderes, onde somente a comunidade e a força do carisma de ambos, que será comparada e mensurada, irão decidir de qual lado está a "verdade". Este tipo de Autoridade é um dos maiores impulsores das revoluções pela qual a humanidade passa, entretanto, por ser extremamente pessoal, tende a ser autoritário em sua forma mais pura. Exemplos: grandes demagogos, heróis guerreiros, profetas, Fidel Castro (na época da Revolução Cubana), Antônio Conselheiro, Gandhi, Jesus Cristo, Adolf Hitler, etc. Aula 4- Escola Estruturalista ORIGENS DO ESTRUTURALISMO Surge como desdobramento da Burocracia, buscando resolver os conflitos existentes entre a Teoria Clássica (com sua abordagem mecanicista do homem econômico), a Teoria das Relações Humanas (com uma visão ingênua do homem social) e a própria Teoria Burocrática (que propunha a aplicação de um modelo organizacional ideal e universal, inviável na prática)”. [Ferreira, Reis e Pereira, 2002, p. 52] Sua ideia básica é a de considerar a organização em todos os seus aspectos, como uma só estrutura integrada. Consiste em identificar e analisar aspectos externos e internos, seus impactos sobre a organização e as múltiplas relações que se estabelecem entre eles. Para lidar com seu ambiente e alcançar objetivos, a organização desenvolve estratégias. Para os estruturalistas existem estratégias de competição e de cooperação: • Competição. É uma forma de rivalidade entre duas ou mais organizações frente à mediação de terceiro grupo, que pode ser o cliente, o fornecedor ou outros. A competição é um complexo sistema de relações e envolve a disputa por recursos (como clientes ou compradores). É um processo pelo qual a escolha do objetivo pela organização é controlada, em parte, pelo ambiente. Daí a necessidade de disputa devido à rivalidade pelos mesmos recursos. A competição nem sempre envolve interação direta entre as partes rivais. • Ajuste ou negociação. É uma estratégia que busca negociações para um acordo quanto à troca de bens ou serviços entre duas ou mais organizações. O ajuste é a negociação quanto a uma decisão sobre o comportamento futuro que seja satisfatório para os envolvidos. O ajustamento periódico de relações ocorre nos acordos coletivos sindicais, negociações com fornecedores ou com compradores etc. Ao contrário da competição, o ajuste envolve interação direta com outras organizações e não com um terceiro partido. • Cooptação ou coopção. É o processo de absorver novos elementos estranhos na liderança ou na tomada de decisão de uma organização como meio para impedir ameaças externas à sua estabilidade ou existência. A organização traz para dentro de si elementos vindos de outras organizações potencialmente ameaçadoras para compartilhar seu processo político de tomada de decisões e afastar possíveis retaliações. A cooptação é a aceitação de representantes de outras organizações (bancos credores ou instituições financeiras) pelo grupo dirigente, o que limita a arbitrariedade da organização na escolha de objetivos. • Coalizão. É a combinação de duas ou mais organizações para alcançar um objetivo comum. Trata-se de uma forma extrema de condicionamento ambiental dos objetivos de uma organização. Duas ou mais organizações agem como uma só com relação a certos objetivos, quando há necessidade de mais apoio ou recursos que não são possíveis para cada organização isoladamente. A coalizão exige a decisão conjunta de atividades futuras e limita decisões arbitrárias ou unilaterais. É uma forma de controle social. • Amitai Etzioni : Etzioni nasceu na Alemanha em 1929. Foi para os EUA em 1950 onde vive até hoje. Ocupou- se em analisar os fundamentos das escolas de administração até então conhecidas. Julgou que eram insatisfatórias para explicar e compreender as organizações. “Formulou uma síntese do que considerava válido, ao que denominou de estruturalismo". Etzioni afirmou que a participação dos empregados nas decisões seria, de fato, uma maneira de obter conformidade e consentimento, delegando autoridade ao trabalhador para resolver questões sem importância. → Tipologia de Etzioni: características das organizações; A) Divisão de trabalho e atribuição de poder e responsabilidades na busca dos objetivos organizacionais. B) Centros de poder controlam os esforços organizacionais e os combina e dirige na busca dos objetivos. C) A substituição de pessoal consiste em recombinar seu pessoal, demitindo, transferindo ou promovendo-os. O homem organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade: • Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna e da diversidade de papéis desempenhados nas organizações. • Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas. • Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro na organização em detrimento de preferências pessoais. • Permanente desejo de realização para garantir cooperação e conformidade com as normas organizacionais para obter recompensas sociais e materiais. Nas organizações utilitárias o tipo de poder é remunerativo → Tipologia de poder: Baseia-se exclusivamente nos tipos de controle, desconsiderando outros aspectos como a tecnologia e o ambiente externo. Os meios de controle, ou de poder: A) Físico, com a utilização de sanções ou ameaças físicas. Procura a obediência por meio de motivação negativa baseada em punições. Poder coercitivo. B) Material: aplicação de meio de recompensas mate-riais. A concessão de símbolos (dinheiro ou salário) que permitam adquirir bens. Baseado no interesse, nas vantagens desejadas e nos incentivos econômicos. Poder utilitário. C) Normativo: baseia-se em símbolos normativos (prestígio, estima) e sociais (afeição, pertencimento). Controle moral e ético com base em fé, crença, religião, etc. Poder normativo. Tipologia de Blau e Scott: Apresentaram uma classificação de estrutura organizacional baseada em características e considerações dos seus beneficiários principais, montadas para atender às necessidades dos seus beneficiários. Para os autores, existem quatro categorias de beneficiários: > Os participantes: os próprios membros da organização. Os empregados. > Os mandatários: proprietários, dirigentes, acionistas. > Os clientes > O público em geral Para cada tipo de beneficiário, um tipo básico de estrutura: > Associação de benefícios mútuos: os beneficiários são os próprios membros da organização. > Organizações de interesse comercial, cujos beneficiários são > os acionistas, proprietários, investidores, etc.Organizações de serviços: grupos de clientes e a sociedade. > Organizações de Estado: os cidadãos e o público em geral são os beneficiários. Principais aspectosdo estruturalismo: •Organizações são sistemas sociais abertos e deliberadamente constituídas; • Conflitos são inevitáveis e até desejáveis; • Incentivos mistos são recomendados como forma de motivação ao invés de apenas recompensas financeiras; • Visa resultados máximos, assim como na Escola Clássica e em oposição ao Behaviorismo que visava o resultado possível, satisfatório Comentários ao estruturalismo: • Não é propriamente uma corrente individualizada das teorias da administração; • É muito mais uma teoria de transição entre as Escolas Clássicas, de Relações Humanas e a Behaviorista e a Teoria Sistêmica; • Contribuiu fortemente para a Teoria Sistêmica por ser um conceito estrutural que considera a globalidade (ou totalidade). • A estrutura, portanto, é agregadora de áreas, departamentos, pessoas e ações com vistas ao melhor resultado na busca dos objetivos. Conflito Processo social fundamental. Elemento propulsor do desenvolvimento. Não só é inevitável como também é desejado. Pode ser provocador da mudança. Aula 5 – Teoria neoclássica Principais Características •Ênfase na prática administrativa: busca resultados concretos e palpáveis. A teoria precisa ser aplica-da na prática •Reafirmação relativa dos postulados clássicos: critica o excesso da influência das ciências do comportamento na gestão sobrepondo os aspectos econômicos e concretos •Ênfase nos princípios gerais da administração: considera que os fundamentos da administração, entendidos como ‘leis’ pelos clássicos, são critérios flexíveis •Ênfase nos objetivos e resultados: todas as organizações existem para um fim, i.e, para alcançar objetivos e produzir resultados. •Ecletismo da teoria clássica: ainda que fundamentados na teoria clássica, os autores neoclássicos aceitam e aproveitam conteúdos de outras teorias administrativas mais recentes. Três Funções do Administrador •Tornar economicamente produtivos os recursos organizacionais, minimizando riscos e maximizando oportunidades •Tornar produtivos os recursos humanos fazendo as pessoas trabalharem juntas. •Desempenhar uma função pública: exercer sua função na sociedade, pois constitui o elemento de liderança na comunidade Conceito de Eficiência para Herrington Emerson •Voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou executadas. •Eficiência preocupa-se com os meios, com os métodos e procedimentos. •Voltada para o resultado esperado de um processo. •Eficácia é fazer a coisa bem-feita, i.e, fazer certo as coisas que devem ser feitas. Conceito de Autoridade •É alocada em alguma posição, ou cargo, da organização, e não a uma pessoa. •É aceita pelos subordinados, pois acreditam que os seus superiores possuem o direito de dar ordens. •Flui de cima para baixo (top-down) por meio da hierarquia. Conceito de Responsabilidade •Dever de desempenhar a tarefa para a qual foi designado. •É delegada ao subordinado de modo que este responda pelo resultado daquilo que realizou. Deve ser delegada junto com a autoridade Conceito de Delegação •Processo de transferir autoridade e responsabilidade ao subordinado. •Delegar reduz a concentração de atividades em um só indivíduo, além de promover a descentralização. •Permite atender mais rapidamente às demandas do cliente e adaptar-se ao ambiente externo CONCEITO DE CENTRALIZAÇÃO •As ordens são emanadas de um só lugar ou de uma só pessoa; • Decisões são do tipo top-down; • Os níveis intermediário e operacional são meros repetidores de ordens; • Os níveis inferiores não possuem autonomia para decisões, tampouco inovação CONCEITO DE DESCENTRALIZAÇÃO • O processo decisório é delegado aos níveis intermediários e operacional, dentro de suas áreas de atuação; • O empowerment é um exemplo de descentralização; • Estimula a iniciativa dos participantes nos níveis inferiores; • É um meio de treinar e avaliar gestores por dar-lhes espaço para atuar e decidir. Aula 06: TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO • Contribuições para o entendimento mais profundo do comportamento humano • Ênfase: pessoas • Perspectiva mais ampla • PROCESSO DECISÓRIO Forças propulsoras: Oposição às escolas anteriores. (Preocupação com o fator humano na óptica da organização formal). Os comportamentalistas não aceitam a visão romântica dos estudiosos da Escola de Relações Humanas. A escola é mais crítica no que se refere ao “modelo de máquina” adotado pela burocrática para representar a organização. A publicação do livro O comportamento administrativo de Herbert Simon. MOTIVAÇÃO SE REFERE À AÇÃO E ÀS FORÇAS INTERNAS E EXTERNAS QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA DE AÇÃO DE UM INDIVÍDUO • A MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA ESTÁ RELACIONADA A RECOMPENSAS PSICOLÓGICAS (desafio, realização e reconhecimento) • A MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA ESTÁ LIGADA A RECOMPENSAS TANGÍVEIS OU MATERIAIS (SALÁRIOS, BENEFÍCIOS...) Hierarquia das necessidades: Teorias motivacionais: → Teoria Z: Modelo de administração participativa em que as decisões organizacionais devem ser tomadas por meio do consenso, com ampla participação das pessoas e orientadas para longo prazo. Princípios : Emprego estável para as pessoas; Pouca especialização; Avaliação do desempenho e promoção lenta; Igualitarismo no tratamento das pessoas; Democracia e participação; Valorização das pessoas A fim de descobrir o padrão geral de administração, Likert fez pesquisas amplas em diversas organizações e, a partir dos resultados, propôs uma classificação de sistemas administrativos, conhecidos hoje como PERFIS ORGANIZACIONAIS DE LIKERT SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇA. > Autoritário > Autoritário Benevolente > Consultivo > Participativo OS SISTEMAS ADMINISTRATIVOS (ESTILOS DE LIDERANÇA) SÃO CARACTERIZADOS POR QUATRO DIMENÇÕES SEGUNDO LIKERT: > Processo de tomada de decisão > Sistema de comunicação > Relacionamento interpessoal > Sistema de recompensas e punições Fatores que afetam o processo de tomada de decisão: Conhecimento, percepção. Informação. Tempo, recursos, autonomia e ética. SIGNIFICADO DA TOMADA DE DECISÃO •É um processo contínuo que permeia toda atividade empresarial. •Em qualquer empresa, toda pessoa é virtualmente um decisor. •A tomada de decisão é de tal forma básica que nenhuma função de administração pode ser executada sem ela. As decisões são necessárias para o planejamento, a organização, a atuação e o controle. 'Homem administrativo’, que é aquele que procura a ‘maneira satisfatória’, e não a ‘ótima’ ou a melhor maneira para fazer algo. A decisão do homem administrativo é tomada da seguinte forma: > O tomador de decisões evita incerteza e segue as regras padronizadas da organização para tomar suas decisões; > Ele redefine as regras padronizadas apenas nos momentos de crise; > A organização é lenta para efetuar ajustes perante os atos determinísticos dos quais não possui controle. Problema na resolução de problema: 1. Incapacidade de reconhecer o problema; 2. Interpretação diferente segundo o observador; 3. Excesso de confiança na experiência; 4. Ênfase em apenas uma solução; 5. Avaliação subestimada da implementação; 6. Incapacidade de definir prioridades; 7. Falta de tempo; 8. Falta de competência ou de capacidade de decisão. A teoria de Herzberg é composta por dois fatores: externos e internos. Esses fatores também são chamados, respectivamente, de: Higiênicos e motivacionais O salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionáriosetc, são considerados que tipos de fatores, segundo Herzberg, higiênicos. Fatores que levam à insatisfação(Higiênicos) Fatores que levam à satisfação(Motivadores) Política da Empresa Crescimento Condições do ambiente de Trabalho Desenvolvimento Relacionamento com outros funcionários Responsabilidade Segurança Reconhecimento Salário Realização. AULA 8- TEORIA (OU, ABORDAGEM) SISTÊMICA O que é a abordagem sistêmica? Trata-se de uma teoria interdisciplinar que permitiu a compreensão dos fenômenos naturais de forma integrada. Segundo Chiavenato, a TGS mostrou que as ciências não são estanques, mas sim, parte de uma mesma estrutura. As teorias administrativas procuraram explicar ou mode-lar as organizações. Contudo, todas acabaram por “sim-plificar” alguns dos seus aspectos sem considerar outros tantos. Caracterizaram-se pelo reducionismo, pelo pensamento analítico e pelo mecanicismo. O que é a abordagem sistemica? Sistemas não podem ser compreendidos em separado; Se baseia na compreensão da dependência recíproca de suas disciplinas e da necessidade de integração; Os vários ramos da ciência passaram a ser estudados de forma integrada, i.e, de forma sistêmica; Este conceito passou a ser utilizado para o entendimento das organizações. Fundamentos da teoria dos sistemas: Tem origem no estudo do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy (1950). Sistemas são conjuntos de partes interdependentes e interagentes que combinadas formam um todo unitário e, muitas vezes, indivisível; Sistemas existem dentro de sistemas, isto é, existem em ambientes de outros sistemas e se relacionam com seus elementos; Daí decorre o conceito de sistema aberto. Características dos sistemas: Propósito: todo sistema tem um objetivo, uma finalidade que lhe dá sentido. Globalismo ou totalidade: sistemas possuem natureza orgânica, i.e, é um conjunto complexo e interdependente. Uma ação que produza mudança em qualquer de suas partes poderá produzir mudanças e/ou perturbações no próprio sistema. Entropia (gap): perda de energia; exaustão, falha no sistema que pode ou não causar prejuízos ou parada do processo. Entropia negativa (ou negentropia): processo ou ação reativa que devolve a energia, a normalidade ao sistema. Homeostase (estado firme/equilíbrio dinâmico): manutenção da situação; equilíbrio de atividades; preservação das características do sistema. Equifinalidade: possibilidade de se atingir o mesmo resultado por vários meios, ou caminhos, partindo de diferentes condições iniciais e utilizando diferentes métodos. Morfogênese: capacidade que um sistema possui de se modificar, de alterar sua forma, ou estrutura, original. Pensamentos da abordagem clássica: •Reducionismo: crença de que todas as coisas podem ser reduzidas até os elementos fundamentais que as constituem. Leva as pessoas a raciocinarem de forma fechada, específica, encaixotada, enformada. • Pensamento analítico: consiste em decompor o todo em partes mais simples de modo a compreende-las. Em seguida, agregar essas soluções parciais ou totais tentando explicar o todo. Tem origem no método cartesiano de René Descartes. Abordagem sistêmica tem novo enfoque: •Teleologia: explica o comportamento pelo que ele produz, i.e, pelos resultados. Sistemas são entendidos como sendo globais e funcionais na busca de objetivos. A causa é uma condição necessária, mas nem sempre explica o fenômeno Aula 9: Abordagem contigencial Origens da abordagem continguencial: Contingência: possibilidade de que algo aconteça; imprevisível, fortuito, eventual. Sua ocorrência depende das circunstâncias. Para esta abordagem, não existe uma única forma de se atingir um objetivo, i.e, não existe um modo melhor ou absoluto de se conseguir obter os resultados desejados. Enquanto a estrutura se ocupa da integração dos recursos a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos recursos para atender às demandas do ambiente. Segundo Chandler, as grandes organizações passaram por um processo histórico que compreendeu 4 fases: • Acumulação de recursos: após a Guerra de Secessão americana (1865), com a expansão da rede ferroviária provocou fortalecimento da indústria de ferro e aço. Migração rural e início da imigração estrangeira geram rápido crescimento urbano. As empresas ampliam suas instalações e compram empresas fornecedoras de matéria-prima. Racionalização do uso dos recursos: as empresas tornam-se grandes e precisam ser organizadas. Acabam por acumular mais recursos do que o necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio de uma estrutura funcional com clara definição de autoridade e de comunicação. Os lucros agora dependem da racionalização dos recursos e atividades da empresa. • Continuação do crescimento: mercados saturados em razão da concorrência obriga as empresas a procurarem outros produtos e mercados para continuar seu crescimento. Surgem os departamentos de P&D. • Racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase se concentra na estratégia mercadológica. Os ca-nais de autoridade da estrutura funcional se mostram ineficazes para atender à crescente demanda. Inicia-se uma estrutura divisional departamentalizada que opera independentemente. Contudo, os controles administrativos permaneceram centralizados. • Mecanicista: burocrática, permanente, rígida. Baseada em hierarquia, decisões centralizadas, regras e regulamentos formalizados. Própria para ambientes estáveis. • Orgânica: flexível, mutável, adaptativa e transitória. A autoridade está baseada no conhecimento. Decisões descentralizadas e comunicação informais. Própria para ambientes mutáveis e turbulentos (inovação). A pesquisa que deu origem à Teoria da Contingência. Se preocuparam com as características necessárias às empresas para enfrentar com eficiência as diferentes condições do ambiente externo, a tecnologia e o mercado. As organizações precisam definir o ambiente no qual irão atuar, i.e, mapear o ambiente selecionado. Elencar um conjunto de elementos que deverão passar a ser monitorados. Serão esses elementos (dados) que irão compor as informações que devem permitir melhorar a qualidade das decisões. Cada organização interpreta de forma própria e peculiar os elementos do ambiente externo. Assim, o mesmo ambiente pode ser interpretado de diversas maneiras por diferentes organizações. A percepção ambiental depende daquilo que cada organização entende por ser ou não relevante em seu ambiente. • Consonância: confirmação na prática dos pressupostos que a organização faz sobre os elementos que compõem o seu ambiente específico e o comportamento deles resultante. • Dissonância: é quando seus pressupostos não se confirmam exigindo que a organização os refaça ou os reavalie de modo a se adaptar à realidade. O que é uma oportunidade ou ameaça depende dos dois Ps: Percepção e Preparo. A maneira como percebemos os fatos do ambiente e o quanto estamos preparados para eles é o que determina se estes fatos, estes acontecimentos serão oportunidades ou ameaças. Homem complexo: As concepções das teorias administrativas anteriores fragmentaram a natureza humana. Os estudiosos da abordagem contingencial entendem o homem como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades. Aula 10: Abordagem da escolha estratégica e determinismo ambiental Adotamos alguns pontos cotidianos como: Seleção natural envolvendo prática escolha e adaptação. As restrições contidas na estratégia atreladas ao determinismo durante as adaptações A escolha estratégia e determinismo ambiental são variáveis independentemente do processo de adaptaçãono meio organizacional, as escolhas são tomadas pelos indivíduos e pela instituição, a qual podem construir, eliminar, modificar, planejar recursos e ambiente. Identificar as características do meio ambiente é essencial para a empresa, pois em cada detalhe se aperfeiçoa o que a mesma oferece com excelência. O ambiente envolve as pessoas na qual, em meio a produção dá-se a capacidade de inovar tais processos que, aloca os recursos junto ao que se precisa afim de obter o que se espera com qualidade, sustentabilidade e inovação. Para o determinismo, podemos classificar pontos principais como: Inovação, Produtividade, Qualidade, Tempo, Diferencial. Aprendizagem organizacional: As cinco disciplinas • Domínio Pessoal. Significa aprender a expandir as capacidades pessoais para obter os resultados desejados e criar um ambiente empresarial que estimule todos os participantes a alcançar as metas escolhidas. • Modelos Mentais, consiste em refletir, esclarecer continuamente e melhorar a imagem que cada um tem do mundo, a fim de verificar como moldar atos e decisões. • Visão Compartilhada, é estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro que se procura criar e elaborar os princípios e as diretrizes que permitirão que esse futuro seja alcançado. • Aprendizado em Equipe, está em transformar as aptidões coletivas ligadas a pensamento e comunicação, de maneira que grupos de pessoas possam desenvolver inteligência e capacidades maiores do que a soma dos talentos individuais. • Pensamento Sistêmico, é criar uma forma de analisar e uma linguagem para descrever e compreender as forças e inter-relações que modelam o comportamento dos sistemas. É essa quinta disciplina que permite mudar os sistemas com maior eficácia e agir mais de acordo com os processos do mundo natural e econômico. Burocracia e Autoridade Conceito comum de burocracia e o de Weber Formalidade nas comunicações Burocracia e divisão do trabalho Principais características do sistema burocrático
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