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INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS, A TEORIA DE HOWARD GARDNER (1)

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INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS, A TEORIA DE HOWARD GARDNER 
 
 
O trabalho de Howard Gardner em torno das inteligências múltiplas, 
publicado pela primeira vez em 1983 no livro Estruturas da Mente (Frames 
of Mind), teve e continua tendo um impacto muito grande na prática 
educacional de escolas do mundo todo. 
Dada a sua importância, esse artigo irá abordar essa revolucionária teoria, 
seus conceitos, aplicações práticas e outros aspectos que possam 
influenciar no aprendizado de cada um de nós. 
Você vai conhecer mais sobre cada um dos 7 tipos de inteligências — mais 
2 tipos foram conceituados em Inteligência, um conceito reformulado 
(Intelligente Reframed), de 1999 — propostos pelo pesquisador da 
universidade de Harvard no início da década de 80, além de aprender como 
desenvolver cada um deles através de exercícios de diversos tipos. 
O que é a teoria das inteligências múltiplas? 
Gardner afirma que todo ser humano possui múltiplos tipos de inteligência. 
Cada um deles pode ser desenvolvido ou enfraquecido. Em 1983 foram 
definidos os primeiros sete tipos, posteriormente complementados com 
mais dois, em 1999: 
1. Inteligência verbal ou linguística: habilidade verbal bem 
desenvolvida, sensibilidade aos sons, significados e ritmos das 
palavras; 
2. Inteligência lógico-matemática: habilidade de pensar de forma 
conceitual e abstrata, além da capacidade de discernir padrões 
lógicos ou numéricos; 
3. Inteligência musical: habilidade de produzir e apreciar ritmos, tons 
e timbres; 
4. Inteligência visual ou espacial: capacidade de pensar em forma de 
imagens, “visualizar” conceitos abstratos; 
5. Inteligência corporal ou cinestésica: capacidade de controlar o 
próprio corpo e lidar fisicamente com objetos variados; 
6. Inteligência interpessoal: capacidade de detectar e responder 
adequadamente aos humores, motivações e desejos dos outros; 
7. Inteligência intrapessoal: capacidade de ser auto-consciente e em 
sintonia com seus sentimentos interiores, valores, crenças e 
processos de pensamento; 
8. Inteligência naturalista: habilidade para reconhecer e categorizar 
plantas, animais e outros elementos da natureza; 
9. Inteligência existencialista: sensibilidade e capacidade para lidar 
com questões profundas em torno da existência humana, como o 
significado da vida, por que morremos, ou como chegamos até 
aqui. 
Gardner desenvolveu sua teoria baseando-se no estudo de diversas 
pessoas, com diferentes trajetórias de vida, profissões e aspirações. Ele 
realizou entrevistas e pesquisas cerebrais com vítimas de derrame, 
prodígios, crianças autistas e os chamados “idiotas-prodígios“. 
De acordo com Gardner, 
 Todos ser humano possui as nove inteligências em níveis variados; 
 Cada pessoa tem uma composição intelectual diferente; 
 Podemos melhorar o ensino se considerarmos os diferentes tipos 
de inteligência de cada aluno; 
 Essas inteligências estão localizadas em diferentes áreas do 
cérebro e podem trabalhar tanto isoladas quanto juntas; 
Você, que já deve estar curioso para saber em quais tipos de inteligência se 
sai melhor, pode fazer o teste abaixo, que encontrei no Guia da Carreira. É 
interessante destacar, no entanto, que o próprio Gardner, no livro 
Inteligências Múltiplas: A teoria na prática, afirma não endossar (mas nem 
dissociar-se) das organizações que se esforçam por criar testes, 
experimentos e publicações, no sentido comercial, em torno de sua teoria 
(GARDNER, 1995, p. 5). 
 
EM QUE SENTIDO A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DIFERE DA 
DEFINIÇÃO TRADICIONAL DE INTELIGÊNCIA? 
 
A teoria de Gardner desafiou diversas crenças nos campos da 
educação e da ciência cognitiva. 
De acordo com a definição tradicional, a inteligência é uma 
capacidade cognitiva uniforme com a qual as pessoas nascem. Tal 
capacidade pode ser facilmente mensurada através dos chamados testes 
de respostas curtas. 
De acordo com Howar Gardner, a inteligência é: 
 A habilidade de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou 
mais ambientes culturais ou comunitários; 
 Um conjunto de habilidades que permitem que uma pessoa resolva 
problemas; 
 O potencial de encontrar ou criar soluções para problemas, o que 
envolve adquirir novos conhecimentos. 
De acordo com o conceito tradicional de inteligência, um sistema 
educacional eficiente deve basear-se em testes de múltipla escolha para 
avaliação dos alunos. Na prática, então, resultados de testes de QI, ENEM, 
Prova Brasil, etc. seriam a melhor forma de identificar os pontos fortes e 
fracos dos alunos. 
O problema é que esse tipo de avaliação serve apenas para (des)qualificar 
alunos especiais, sejam os superdotados ou aqueles com problemas de 
aprendizado. 
O ainda frequente uso de testes de Q.I. nas escolas, por exemplo, tem 
contribuído muito mais para enquadrar estudantes em categorias que a 
auxiliar pais e professores a identificar características cognitivas que 
precisem ser desenvolvidas ou estimuladas no jovem. 
Muitos educadores, pesquisadores, estudantes e pais já perceberam a 
ineficácia de testes padronizados como forma de mensurar a inteligência. 
Porém, apesar de ser uma teoria levada muito em conta em escolas dos 
Estados Unidos, no Brasil ainda não tem sido dada a devida atenção às I.M. 
O artigo que você está lendo visa, pelo menos, alertar a todos envolvidos 
com a educação sobre a necessidade de mudança de paradigmas em nosso 
sistema de ensino. 
Como as inteligências múltiplas interferem em minha 
sala de aula? 
Da mesma forma que existem numerosas maneiras de expressar-se, 
provavelmente há ainda mais maneiras de adquirir conhecimento e 
entender o universo. Indivíduos são capazes, segundo Gardner, de 
entender e dominar as áreas mais profundas do conhecimento humano. 
Muito antes da teoria das I.M. surgir, em 1983, vários professores já 
buscavam promover formas diferentes de inteligência em seus alunos. 
Imagine você em sua sala de aula com os seguintes alunos: J.K. Rowling, 
Sheldon Cooper, Elis Regina, Pablo Picasso, Ronaldinho Gaúcho, Getúlio 
Vargas, Chico Xavier, Charles Darwin, e Jean Paul Sartre. 
 
 J.K. está escrevendo a próxima aventura de Harry Potter em pedaços 
de papel amassado. 
 Sheldon está sonhando com equações que um dia possibilitarão a 
construção de um computador quântico. 
 Elis está cantando baixinho uma música incompreensível da qual 
você apenas distingue “É pau, é pedra, é o fim do caminho”. 
 Pablo, ao seu descuido, está pintando a parede do fundo da sala. 
 Ronaldinho não pára quieto pois no próximo período tem aula de 
Educação Física. 
 Getúlio está preocupado em montar sua chapa para o grêmio 
estudantil e não prestou atenção em nenhuma palavra sua. 
 Chico, apesar de muito introspectivo, está sempre conversando 
baixinho, preocupado com os problemas dos colegas. 
 Charles, diariamente, traz um inseto novo para impressionar os 
rapazes e assustar as meninas. 
 Jean está rabiscando coisas absurdas à margem do caderno. 
Não fossem os nomes conhecidos, certamente a maioria dos professores 
descreveria essa turma como caótica e indisciplinada. Que tal se, na 
próxima vez que você tiver a chance de refletir sobre suas turmas, imaginar cada 
aluno como alguém que conseguiu potencializar ao máximo suas inteligências? 
 
QUAIS OS BENEFÍCIOS DO USO DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS NA MINHA 
ESCOLA? 
 
 Você passa a considerar o conceito de habilidade intelectual como 
algo mais amplo. Desenhar, compor ou ouvir música, assistir a uma 
apresentação — atividades assim podem ser vitais para o 
aprendizado; tão importantes quanto escrever ou calcular. Estudos 
mostram que muitos alunos que costumam ir mal em testes 
tradicionais passam a aprenderrapidamente quando atividades 
artísticas, atléticas ou musicais são incorporadas a sua rotina. 
 Você vai oportunizar um aprendizado autêntico, baseado nas 
necessidades, interesses e talentos de seus alunos. Uma sala de aula 
de múltiplas inteligências funciona como no mundo real: o autor e o 
ilustrador de um livro são valorizados da mesma forma. Os alunos 
tornam-se mais ativos e envolvidos. 
 O envolvimento dos pais e da comunidade em geral com a escola 
aumentará. Isso acontece, pois, os alunos terão a oportunidade de 
mostrar o próprio trabalho através de painéis e audiências. Essas 
atividades envolvendo o aprendizado traz os membros da 
comunidade para dentro do processo. 
 Os alunos poderão demonstrar e compartilhar as habilidades que 
dominam melhor, aumentando, além de tudo, sua autoestima. 
Desenvolver seus pontos fortes costuma dar ao aluno a motivação 
para, um dia, tornar-se um especialista na área. 
 Quando você está ensinando para o entendimento, e não para as 
notas, seus alunos acumulam experiências educacionais positivas e a 
capacidade de criar soluções para problemas do dia-a-dia. 
 
 
 
 
DE QUE FORMA ISSO AJUDA OS ALUNOS APRENDEREM MELHOR? 
 
Eles começam a entender o quanto são inteligentes. Na visão de Gardner, 
o aprendizado é um processo social e psicológico. Quando os alunos 
começam a entender o equilíbrio entre suas próprias inteligências, passam 
a: 
 Responsabilizar-se pelo próprio aprendizado 
 Valorizar suas características pessoais 
 
 Da mesma forma, os professores passam a entender as inteligências dos 
alunos e de si mesmos. Sabendo quais alunos possuem uma inteligência 
interpessoal mais forte, por exemplo, facilitará na criação de oportunidades 
em que tal habilidade possa ser demonstrada aos demais colegas. É 
importante lembrar, no entanto, que a teoria das inteligências múltiplas não 
tem por objetivo fornecer novas formas de categorizar alunos, como fazem 
os testes de Q.I. 
A própria palavra entendimento, a partir das inteligências múltiplas, passa a 
ser vista de diferentes ângulos. O problema “O que é areia”, pode receber 
contribuições científicas, poéticas, artísticas, geográficas e até mesmo 
musicais. 
Todo esse processo permite que o aluno sinta-se membro atuante dentro de 
sua cultura, pois atividades baseadas nas I. M. também se aterão a questões 
essenciais sobre a existência humana, tais como: de onde viemos? Do que o 
mundo é feito? O que a humanidade já alcançou? O que ainda pode alcançar? 
Como se pode ter uma vida satisfatória? 
 
A INTELIGÊNCIA LINGUÍSTICA 
Pessoas com inteligência linguística bem desenvolvida têm facilidade em 
usar a fala e a escrita. Se você é uma dessas pessoas, uma de suas principais 
características é a facilidade de expressar-se, tanto verbalmente quanto em 
forma de texto. 
Você adora brincar com o significado e com o som das palavras, seja em 
forma de rimas, trava-línguas, métricas ou combinações novas. 
As pessoas o admiram pelo número de palavras cujo significado você sabe 
e pela facilidade que tem de falar em público. Além disso, sua facilidade em 
aprender outras línguas — ou mesmo novas estruturas em sua língua 
materna — sempre foram um fator que lhe ajudou em diversas situações. 
 
Pessoas com inteligência linguística devem explorar suas capacidades de 
fala e escrita. 
 
FRASES E CARREIRAS COMUNS 
Profissões que usam a inteligência linguística incluem as carreiras de escritor, 
político, jornalista e professor. Porém, qualquer profissão que tire proveito de 
habilidades de oratória ou escrita são uma ótima escolha para quem se dá 
bem com a língua. 
Frases comuns proferidas por essas pessoas incluem: 
 Diga-me palavra por palavra. 
 Nos falamos mais tarde. 
 A palavra que você está procurando é… 
 Em outras palavras… 
 Deixe-me soletrar para você. 
 
4 TÉCNICAS DE APRENDIZADO PARA ALUNOS TEXTUAIS 
 
PRIORIZE TUDO QUE ENVOLVER A ESCRITA OU A FALA. 
Repita a matéria em voz alta para si mesmo, use gravações com explicações 
de determinado conteúdo, escreva resumos, simule a apresentação de um 
telejornal em que aquele conceito é explorado em uma reportagem — use a 
imaginação. 
UTILIZE RIMAS E RITMO SEMPRE QUE PUDER. 
Essas duas propriedades da língua vão lhe ajudar a lembrar da matéria. 
Pegue uma música conhecida e escreva uma paródia que utilize o conteúdo 
que você precisa estudar. 
QUANDO LER ALGO EM VOZ ALTA, VARIE A ENTONAÇÃO E CRIE FORMAS 
DRAMÁTICAS DIFERENTE. 
Ao invés de usar uma voz monótona para ler aquele capítulo chato, torne o 
texto inspirado e vibrante imaginando que ele seja o discurso de posse de um 
político, ou o monólogo de um personagem moribundo em uma cena de 
teatro. Isso não apenas ajudará sua memória, mas também sua técnica de 
oratória melhorará significativamente. 
 
A INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA 
Você que possui a inteligência lógico-matemática bem desenvolvida gosta de 
usar a razão para tarefas complexas, reconhece padrões facilmente, bem 
como conexões entre conteúdos aparentemente não relacionados. 
Isso tudo o torna capaz de agrupar informações de modo a aprendê-las e 
compreendê-las melhor. 
Sua característica principal é trabalhar bem com números e outras atividades 
que exijam a lógica. Você sabe usar o básico de trigonometria e matemática 
mesmo sem ter sido orientado formalmente quanto a isso e impressiona as 
pessoas com sua capacidade de fazer cálculos de cabeça. 
Normalmente, pessoas com inteligência lógico-matemática apurada 
trabalham em torno de problemas de modo sistemático. Elas gostam de criar 
procedimentos para uso futuro e também de estabelecer metas numéricas, 
avaliando seu progresso tendo em vista esses números. 
Criar agendas, itinerários e listas de tarefas são formas típicas de organização 
dessas pessoas. 
Seu modo científico de pensar o leva a, frequentemente, usar argumentos do 
tipo lógico ou estatístico para defender seus pontos de vista, percebendo 
facilmente incoerências lógicas nas palavras ou ações de outras pessoas, 
apontando-as sempre que puder — o que nem sempre é bem recebido. 
Você gosta de imaginar estratégias e fazer simulações. Jogos como xadrez, 
gamão e damas, ou os eletrônicos Dune II, Star Craft e Age of Empires são os 
seus passatempos prediletos. 
 
O gosto por jogos como xadrez e damas caracterizam quem possui inteligência lógico-
matemática bem desenvolvida 
 
INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA: FRASES E CARREIRAS COMUNS 
Pessoas com fortes características lógicas normalmente buscam carreiras na 
ciência, matemática, engenharia, direito ou programação de computadores. 
Frases típicas pronunciadas por essas pessoas refletem, além de sua 
característica principal, o seu sentido de aprendizado mais desenvolvido – 
visual, auditivo ou cinestésico. Ainda assim, é típico ouvirmos: 
 Isso é lógico. 
 Siga o passo-a-passo. 
 Siga as regras. 
 Não existe padrão nisso. 
 Vamos dividir em tópicos. 
 Que estatísticas comprovam isso? 
 
TÉCNICAS DE APRENDIZADO ACELERADO PARA OS AMANTES DA 
LÓGICA 
Faça relações 
Tenha como objetivo entender as conexões entre o conteúdo que está 
estudando com outros já estudados. Entenda as razões, os motivos, as 
relações. Aprender não é o suficiente. Compreenda os detalhes de cada 
matéria para que sua busca compulsória por novas informações permita 
que você memorize e aprenda efetivamente determinada matéria. 
Listas e Estatísticas 
Enquanto estuda, crie listas com os tópicos principais do conteúdo. Você 
pode, além disso, querer usar estatísticas para ajudá-lo a identificar áreas 
em que precisa focar-se mais: o número de páginas lidas de cada assunto, 
o tempo que passou estudando cada capítulo e assim por diante. 
Dê atenção a sua saúde físicaPreste atenção a sua forma física, pois você tem uma tendência enorme de 
supervalorizar sua mente, em detrimento do corpo. Lembre-se que você 
também é um “sistema”, como todos os demais equipamentos com os 
quais você lida o tempo todo. 
Busque entender o conteúdo como um todo 
Faça o máximo que puder para entender as relações entre diversas partes 
de um sistema de modo a entender aquele conteúdo como um todo — 
lembre-se da máxima de que o todo é normalmente maior que a soma das 
partes. Por exemplo, você pode ter um ótimo entendimento sobre sistemas 
de navegação e interfaces de voo em aviões, mas pode não compreender 
como isso influencia no equilíbrio da aeronave. Desenhe diagramas e faça 
conexões para ajudá-lo na tarefa. 
Rotina é sua palavra de ordem 
Você acha difícil mudar determinados comportamentos ou hábitos, por 
mais que racionalmente saiba dos benefícios que isso poderia trazer. Para 
amenizar tal situação, você pode tentar a técnica de mudar hábitos ruins 
(que você identificou em si mesmo) por outros bons. A matéria de capa da 
revista Galileu de junho de 2012 é um ótimo guia. 
Menos planejamento e mais ação 
Em certos momentos é possível que você analise em excesso certos 
aspectos de seu aprendizado ou treinamento. Isso pode levar a uma espécie 
de estagnação — você estará ocupado, mas não com algo que o ajude a 
alcançar seu objetivo. 
Quando perceber que já gastou muito tempo escolhendo, avaliando ou 
planejando, pare e tente focar-se em atividades que lhe permitam avançar 
em outra área. Tenha em mente que planejar exatamente quanto tempo 
deverá gastar com cada capítulo do livro só faz você perder tempo de leitura 
Se você costuma sofrer com o tipo de paralisia analítica citado acima, 
escreva lembretes em letras maiúsculas com “FAÇA AGORA” em torno de 
seu ambiente de trabalho ou estudo, em locais estratégicos. 
 
A INTELIGÊNCIA ESPACIAL OU VISUAL 
Pessoas com inteligência espacial ou visual aprendem, entendem e retêm 
novas informações quando apresentadas com o auxílio de ilustrações, 
diagramas, gráficos, mapas e vídeos. 
Esse é o tipo de inteligência mais presente nas salas de aula repletas de 
membros da geração Y. 
Alunos visuais precisam escrever a matéria, visualizá-la em gráficos ou 
diagramas, destacá-la com cores e estudar individualmente através de todos 
aparatos visuais de que dispuserem. 
Quem possui esse tipo de inteligência tenta visualizar e conceitualizar novas 
ideias mentalmente. Seu método de estudo preferido consiste em ler o 
material novamente e, frequentemente, reescrevê-lo em um ambiente 
silencioso e sem a menor perturbação. 
 
A inteligência espacial é a mais encontrada em alunos de escolas, atualmente. 
 
FRASES E CARREIRAS COMUNS AOS APRENDIZES VISUAIS 
Entre as atividades que melhor aproveitam a inteligência visual estão a 
arquitetura, a fotografia, o cinema, o design, a navegação e, obviamente, as 
artes visuais. 
Para um professor, pode ser interessante prestar atenção na fala de seus 
alunos. De acordo com o estilo de aprendizagem de cada um, sua estrutura de 
raciocínio tende a manifestar-se oralmente. Veja como isso acontece com a 
inteligência espacial ou visual: 
 
 Vejamos de um modo diferente. 
 Veja se isso funciona para você. 
 Eu não estou conseguindo visualizar essa ideia. 
 Vamos fazer em forma de gráfico? 
 Eu gostaria de tentar uma perspectiva diferente. 
 Tenho facilidade para lembrar o rosto das pessoas. 
 
 
 
INTELIGÊNCIA ESPACIAL: DESAFIOS E DIFICULDADES NO APRENDIZADO 
 
Como dizia o velho ditado: uma imagem vale mil palavras. 
Os desafios e problemas de quem tem um estilo de aprendizagem visual 
aparecem quando a informação é apresentada de maneira que não leve em 
conta sua necessidade básica: o uso de elementos visuais. 
As maiores dificuldades dos alunos ocorrem quando: 
 
 A informação é apresentada oralmente, seja através de aulas 
expositivas ou discussões que não se utilizem de ilustrações para 
apresentar as ideias básicas. 
 Há barulho excessivo, como conversas paralelas, música ou ruídos 
externos. 
 Uma tarefa é solicitada sem instruções que possam ser visualizadas. 
 
Portanto, palestras, atividades e instruções orais que não incluam um 
elemento visual podem causar sérios problemas de aprendizagem a quem 
dispõe de inteligência espacial melhor desenvolvida. O barulho é outro fator 
que influenciará negativamente esse processo. 
 
 
A INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL 
Pessoas com inteligência interpessoal bem desenvolvida caracterizam-se por 
comunicar-se com facilidade, seja verbalmente ou não. 
 
Outras pessoas tendem a ouvi-las e procurá-las em busca de conselhos, pois 
são bastante sensitivas em relação aos sentimentos e emoções dos outros, 
sendo capazes de ouvir e entender seus pontos de vista. 
 
Você que possui esse tipo de inteligência em nível elevado tem o aprendizado 
potencializado através do trabalho em grupo ou, por outro lado, em aulas 
particulares — momento perfeito para interagir de perto com a pessoa do 
professor. 
 
Além disso, uma ótima forma de aprendizado a seu dispor é a comparação de 
suas ideias com as de outras pessoas — o grupo, para você, é muito 
importante. 
 
Um de seus costumes é ficar na sala após as aulas para conversar com o 
professor ou colegas sobre os temas recém debatidos — novamente a atitude 
social como prioridade. 
 
Entre seus interesses estão os jogos que envolvem outras pessoas, é claro, 
como cartas ou jogos de tabuleiro. Nos esportes, todos os jogos em equipe, 
como futebol, vôlei e basquete lhe atraem. 
 
 
Trabalhar em grupo é uma necessidade para quem possui inteligência interpessoal bem 
desenvolvida. 
 
 
 
FRASES E CARREIRAS COMUNS AOS MESTRES DOS RELACIONAMENTOS 
 
Carreiras comuns a quem possui fortes habilidades interpessoais incluem 
psicologia, pedagogia, vendas, política e recursos humanos. 
Um termo que tem sido bastante usado no meio empresarial é o coaching, 
atividade que se refere ao ato de encorajar, apoiar, manter a motivação e 
acompanhar o plano de ação de seu coachee — uma carreira perfeita para 
quem possui forte inteligência interpessoal. 
Assim como as pessoas com inteligência lógico-matemática, suas frases 
comuns refletem seu estilo de aprendizado preferido — auditivo, visual ou 
cinestésico. Ainda assim, há afirmações muito características a quem ama as 
relações interpessoais: 
 Vamos trabalhar juntos nisso. 
 Nós podemos resolver. 
 Conte-me o que você está pensando. 
 Ajude-me entender isso. 
 Que tal reunirmos um grupo para discutir essa questão? 
 Vamos explorar nossas opções. 
 
TÉCNICAS DE ESTUDO E APRENDIZADO 
Trabalhe em grupos sempre que possível. 
Seja engajado com sua turma e utilize sua habilidade de fazer amizades 
para motivar colegas a estudar com você. Caso isso não seja possível, 
monte um grupo de estudos próprio, com amigos de outras turmas ou 
até mesmo outras escolas que tenham um nível semelhante ao seu. 
 
Ensine outras pessoas 
Teste seu entendimento e as associações que fez entre os conteúdos 
falando-as para outras pessoas. O simples fato de proferir oralmente seu 
conhecimento pode ser uma forma de expandi-lo e compreendê-lo de 
um modo novo. Além disso, outras pessoas podem alertá-lo sobre 
pontos que nem lhe haviam passado pela cabeça. 
O uso de mapas mentais (também chamados de esquemas) em sala de 
aula, criados em grupo, pode ser um recurso de aprendizado fantástico. 
Aponte alguém que vá para o quadro elaborar o mapa conforme as 
ideias de outras pessoas vão surgindo. Dessa forma, uma boa discussão 
pode acontecer quando vocês perceberem que uma ideia pode 
contradizer ou complementar outra. 
Aotrabalhar em grupos, preste atenção nos erros e acertos de cada um. 
Para não parecer impertinente, em casa faça uma lista de erros e acertos 
de cada integrante (incluindo você) e tenha essa lista em mente para um 
trabalho futuro. 
Lembre-se de que num grupo há diversas pessoas que, possivelmente, 
possuem inteligências diferentes e estilos de aprendizagem diferentes. 
Vale a pena tirar um tempo para que cada um faça um teste das 
inteligências múltiplas. Baseando-se nisso, fica mais fácil fazer uma 
divisão de tarefas conforme a aptidão de cada integrante. 
 
 
Referências 
 
GARDNER, Howard. Inteligência: um conceito reformulado. Rio de 
Janeiro: Objetiva, 1999. 
_______. Estruturas da Mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto 
Alegre: ArtMed, 1994. 
_______. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1995. 
 
http://www.lendo.org/teoria-inteligencias-multiplas-gardner/

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