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TRJ Slide 12 Pessoa Jurídica Histórico Conceito Personificação Classificação Diferenças entre termos

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TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA
SLIDE 12
PESSOA JURÍDICA
CONCEITO
São entidades criadas para realização de um fim e reconhecidas pela ordem jurídica como pessoas, sujeitos de direitos e deveres. São conhecidas como pessoas morais, no Direito Francês, e como pessoas coletivas, no Direito Português.
 
É o conjunto de pessoas ou bens dotado de personalidade jurídica. 
CONCEITO
É todo ente formado pela coletividade de pessoas ou de bens que adquiri personalidade jurídica própria por força do que determina o ordenamento pátrio.
COLETIVIDADE DE PESSOAS (PJ intersubjetiva)
X
COLETIVIDADE DE BENS (PJ patrimonial)
CONCEITO
Pessoa Jurídica são entes reconhecidos pelo ordenamento jurídico como sujeitos de direitos dotados de estrutura, patrimônio e personalidade jurídica independentemente dos seus membros, com finalidades previstas em lei e/ou nos instrumentos de constituição devidamente registrados.
Fabrício Matiello
HISTÓRICO
O estudo das pessoas jurídicas começa pelo Direito Romano, embora a noção nele havida de pessoa jurídica seja bastante embrionária.
O Direito Romano pré-clássico, que se estende até meados do século II a.C., ignorava por completo o conceito de pessoa jurídica. Mesmo o Estado Romano, a Civitas, não detinha o status de pessoa. Não tinha patrimônio, uma vez que os bens públicos eram res extra commercium, e quando contratava, legislava. As convenções celebradas entre os magistrados romanos e os cidadãos, principalmente com os publicanos, tinham muito mais caráter de lei do que de contrato.
A ideia de pessoa jurídica começou a se desenvolver com a expansão territorial romana, o que, mais ou menos, coincide com o início da época clássica e do chamado Direito Clássico. Isso ocorre por volta do século II a.C. e se estende até, mais ou menos, 300 d.C.
Quando Roma iniciou a conquista das cidades italianas, passou a lhes outorgar estatutos e certa autonomia. De outra parte, porém, retirava-lhes toda a soberania, anulando sua existência política, na medida em que passavam a integrar o Estado Romano. Com a perda da soberania, do imperium, a cidade passava a receber o mesmo tratamento dispensado aos cidadãos, em relação aos atos que praticava, como, por exemplo, os contratos que celebrava.
Para que alguém detivesse capacidade jurídica e, portanto, em termos de hoje, o status de pessoa, era necessário que tivesse patrimônio próprio e que pudesse agir em juízo, ainda que representado por um actor ou um syndicus. Tal era o caso dos municípios. Daí, então, tem início a elaboração dos juristas.
A prática de se tratar os municípios como se tratavam os cidadãos privados, uma vez instalada, expandiu-se rapidamente, e outros entes coletivos começaram a receber o mesmo tratamento. Os entes colegiados se constituíam à moda dos municípios e adquiriam capacidade, passando a receber tratamento igual ao que se dispensaria aos cidadãos, em suas relações patrimoniais.
Finalmente, o próprio Estado Romano adquire esta capacidade, começando também a receber tratamento igual ao que se dispensaria aos cidadãos, em suas relações patrimoniais.
Esse processo de dar tratamento igual ao dispensado aos cidadãos, nas relações patrimoniais dos municípios, das corporações e, finalmente, do Estado, ocorreu paulatinamente, por etapas, primeiro em algumas relações patrimoniais, depois em outras, até se chegar à totalidade.
O termo pessoa jurídica, contudo, não foi empregado no Direito Romano. Nem mesmo o termo pessoa, para designar as pessoas jurídicas. Os textos da época, que utilizam a palavra persona, para designar os colégios e as corporações, são nitidamente interpolações, isto é, foram reescritos em época posterior, com interferências de quem os reescreveu.
Saliente-se que a própria ideia de pessoa, no Direito Romano, ainda não estava bem desenvolvida, mesmo em relação às pessoas físicas. 
A palavra persona era destinada a designar qualquer ser humano, livre ou escravo, enquanto relacionado a uma função, fosse a de cidadão, a de pater-familias, a de filius-familiae etc. Vê-se, pois, que a palavra pessoa não se referia ao indivíduo em si. Ademais, a noção de pessoa estava ligada à de capacidade.
Segundo alguns, somente no período pós-clássico, que se estendeu de, mais ou menos, 300 d.C. até 565, é que o termo pessoa adquiriu um significado mais semelhante ao moderno, mas, de todo modo, restrito ao ser humano livre.
Por fim, é de se acrescentar que a ideia de pessoa jurídica não englobava as fundações (universitates rerum); apenas as corporações (universitates personarum) e, mesmo assim, as de interesse público. 
As fundações consistiam em patrimônio que se transferia a alguém, que ficava obrigado a geri-lo de acordo com os fins determinados pelo instituidor. Não tinha autonomia ou capacidade como os homens.
Se o Direito Romano esboçou os primeiros delineamentos do que viria a ser a moderna pessoa jurídica, o Direito Germânico não a concebeu de modo algum. Apesar disso, hão de ser destacados agrupamentos de pessoas para a busca de fins comuns, tais como as comunas. De todo modo, embora fossem colégios, cada indivíduo é que era considerado para efeitos de relações patrimoniais, não o grupo em si.
Coube mesmo ao Direito Canônico traçar os contornos espirituais, abstratos do instituto.
A própria Igreja não foi concebida como o conjunto de fiéis. Era o corpo místico de Cristo, organismo vivo, com forma abstrata, alegórica. Os cristãos estavam sob a proteção da Igreja; não compunham sua estrutura.
Assim como a Igreja universal era um ente personalizado, também as igrejas paroquiais, singulares, detinham essa característica, possuindo personalidade própria, embora fossem membros do corpo universal.
A partir do século XII, intensifica-se o amálgama entre Direito Romano (lus Commune), Direito Germânico (lus Proprium) e Direito Canônico (lus Canonicum). Esse encontro favoreceu o desenvolvimento da ideia de pessoa jurídica. Foi nesse período que as fundações passam a receber o mesmo tratamento das corporações.
Finalizando, deve ser dito que a expressão mesma, pessoa jurídica, só veio a ser utilizada no início do século XIX, pelo alemão Heise, em substituição a outras, tais como pessoa moral, pessoa mística etc. 
Ganhou popularidade pela obra de Savigny. Apesar disso, alguns ordenamentos continuam a não empregar o termo pessoa jurídica. Neste rol, podemos citar Portugal e França.
FIUZA, César. Direito civil: curso completo, 11. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, p. 142-144.
PERSONIFICAÇÃO 
E 
SEUS EFEITOS
“CARACTERÍSTICAS”
AMARAL, Francisco. Direito civil: introdução. 6. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2006, p. 284-285.
PERSONIFICAÇÃO
A personificação é um dos processos da técnica jurídica utilizado para a realização de fins preconizados pela política do direito. Consiste no reconhecimento da personalidade jurídica de um gru­po de pessoas (associações e sociedades), ou de um conjunto de bens (fundações), observados os requisitos da lei, tendo em vista os objetivos comuns a realizar.
Esse processo técnico, reconhecendo individualidade própria a um grupo, distinto de seus elementos componentes, evita que tal conjunto se considere a simples soma dos indivíduos nas relações jurídicas de que participa. Com efeito, se a sociedade S não tivesse personalidade jurídica, as dívidas que contraísse não seriam dela mas de seus sócios. Além disso, todos esses grupos personificados precisam de um elemento indispensável à sua vida jurídica, que é uma organização própria, órgãos com funções específicas para a realização dos fins propostos.
PERSONIFICAÇÃO
Foi precisamente para justificar esse processo que surgiram as várias teorias explicativas da pessoa jurídica: a da ficção, a da realidade objetiva, a da realidade técnica, entre outras. 
Para o direito, todavia, essa justifica­ção teórica tem importância menor; a pessoa jurídica existe no mun­do e para o mundo das relações jurídicas. É, portanto, uma realida­de, qualquer que seja a fundamentaçãoteórica.
Do processo de personificação surgem vários efeitos, de grande importância prática: 
a) com a constituição da pessoa jurídica forma-se um novo centro de direitos e deveres, dotado de capacidade de direito e de fato, e de capacidade judicial; 
 
PERSONIFICAÇÃO
b) esse novo centro uni­tário passa a ter direitos, deveres e interesses totalmente distintos dos direitos, deveres e interesses das pessoas que dele participam individualmente; 
c) o destino econômico e jurídico do novo centro é totalmente diverso do de seus membros participantes; 
d) a auto­nomia patrimonial da pessoa jurídica é completa em face de seus membros, implicando no fato de que o patrimônio da pessoa jurídi­ca é totalmente independente do patrimônio das pessoas que a constituem; 
 
PERSONIFICAÇÃO
f) a responsabilidade civil da pessoa jurídicas é independente da das pessoas que a formam, de modo que os bens da pessoa jurídica não respondem pelas obrigações de seus membros, e vice-versa; 
g) a pessoa jurídica não tem responsabilidade penal, embora a Lei n0 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condu­tas e atividades lesivas ao meio ambiente, estabeleça, no art. 3°, que as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nessa lei. A questão é controversa.
 
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO À ESTRUTURA
a) PESSOAS JURÍDICAS COLEGIADAS são grupos de pessoas aos quais a Lei confere personalidade, como as sociedades e as associações.
b) PESSOAS JURÍDICAS NÃO COLEGIADAS não são grupos de pessoas, mas acervos patrimoniais aos quais a Lei atribui personalidade, como fundações, autarquias e empresas públicas.
QUANTO À NACIONALIDADE
a) PESSOAS JURÍDICAS NACIONAIS.
b) PESSOAS JURÍDICAS ESTRANGEIRAS.
*A Emenda Constitucional n. 6 de 1995 revogou o art. 171, por considerá-lo prejudicial à política de abertura neoliberal implantada no país. Assim, não há mais distinção entre pessoa jurídica nacional e estrangeira.
QUANTO AO REGIME
a) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO, que são a União, os Estados-Membros, o Distrito Federal, os Municípios, além de outras entidades de caráter público criadas por lei, como as fundações públicas e as autar­quias. Além destas todas, há as associações públicas, outra categoria inserida no rol das pessoas jurídicas de Direito Público interno;
b) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO, quais sejam, os Esta­dos soberanos e todas as pessoas regidas pelo Direito Internacional Público, como, por exemplo, a ONU, a OTAN, o Mercosul, a União Europeia, a Co­munidade de Estados Independentes etc.;
QUANTO AO REGIME
c) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO, que são as sociedades, as as­sociações, as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada.
DIFERENÇAS ENTRE TERMOS
SOCIEDADE é todo grupo de pessoas que se reúnem, conjugando esfor­ços e recursos para lograr fins comuns. São pessoas jurídicas.
ASSOCIAÇÃO é o mesmo que sociedade, só que sem fins lucrativos.
COMPANHIA é o mesmo que sociedade anônima. É aquela sociedade cujo capital é dividido em ações, que são distribuídas entre os sócios, chama­dos de acionistas. A palavra companhia pode também ser empregada como sinônimo de pessoa jurídica, principalmente as colegiadas. E também utili­zada como parte do nome de certas sociedades, como, por exemplo, "Silva, Souza e Companhia Limitada (Cia. Ltda.)".
DIFERENÇAS ENTRE TERMOS
CORPORAÇÃO é palavra genérica, sinônima de pessoa jurídica colegiada. Pode ser empregada também no sentido de grupo de sociedades: corporação empresarial.
INCORPORAÇÃO é também palavra polissêmica, ou seja, tem vários sen­tidos. No Direito Americano é sinônima de pessoa jurídica e de sociedade anônima. Aliás, a palavra faz parte do nome das sociedades anônimas ameri­canas: "General Motors Incorporation (Inc.)". 
No Brasil, incorporação é termo empregado para significar o ato de uma sociedade in­corporar outra. Fala-se, então, em incorporação empresarial.
DIFERENÇAS ENTRE TERMOS
EMPRESA é, no sentido mais técnico, sinônimo de atividade. Será, assim, substituível pela palavra atividade ou empreendimento. Na prática, porém, tem natureza polissêmica, ora sendo usada no sentido de atividade, ora como sinônimo de empresário, ora como estabelecimento empresarial. 
FIRMA é sinônimo de nome. Tanto as pessoas naturais quanto as pessoas jurídicas possuem firma, ou seja, nome. Daí a expressão "reconhecer firma".

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