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USO DA ESCALA DE EDINBURGH PELO ENFERMEIRO NA IDENTIFICAÇÃO DA DEPRESSÃO PÓS PARTO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

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Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
USO DA ESCALA DE EDINBURGH PELO ENFERMEIRO NA IDENTIFICAÇÃO 
DA DEPRESSÃO PÓS PARTO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA 
 
Janner Richarlison de Moraes Alfaia 
Lidiane Reis Rodrigues1 
Marilena Machado Magalhães2 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo desta pesquisa foi analisar o uso da Escala de Edinburgh pelo enfermeiro na 
identificação da Depressão Pós-Parto. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, 
apresentando artigos entre 2009-2015. A DPP é considerada um problema de saúde, podendo 
ser detectado através da escala Edinburgh devido à facilidade, rapidez de aplicação e baixo 
custo, podendo ser usado por qualquer profissional de saúde. A Escala de Edinburgh pontua a 
presença ou intensidade dos sintomas, tais como: humor deprimido ou disfórico, ideação 
suicida, entre outros, são os sintomas mais comuns de depressão. O interesse por este estudo se 
deu a partir das pesquisas realizadas na biblioteca virtual da saúde sobre estudos que relatavam 
o rastreamento da Depressão Pós-Parto (DPP), sendo que a maioria dos estudos enfatiza a 
utilização da Escala de Edinburgh. No âmbito profissional o enfermeiro prestar assistência 
desde o início do pré-natal até a consulta de puerpério, promovendo bem estar materno/Recém-
nascido, acompanhando as mudanças fisiopsicológicas da mãe, a evolução do desenvolvimento 
fetal, identificando os fatores de risco e sintomas sugestivos de Depressão, através da Escala de 
Edinburgh usada pelo enfermeiro. Foram estabelecidas as bases de dados, as palavras de 
pesquisa, assim como critérios de seleção para definir quais as fontes condizentes para a etapa 
seguinte. O levantamento bibliográfico foi realizado na internet, no sítio da Biblioteca Virtual 
SCIELO e LILACS que é um índice bibliográfico da literatura relativa ás Ciências da 
Saúde. Os artigos mostraram que a DPP afeta uma em cada oito mulheres no período pós-parto 
e pode ter consequências adversas para a mãe, bebê e sua família, pois constatou-se que a DPP 
é resultado da adaptação psicológica, social e cultural imprópria da mulher frente à 
maternidade. 
 
 
 
Palavras-chave: Depressão Pós Parto. Enfermagem. Escala de Edinburgh. 
 
ABSTRACT 
The objective of this research was to analyze the use of the Edinburgh scale by nurses in the 
identification of Postpartum Depression. This is an integrative literature review, presenting 
articles between 2009-2015, the Virtual Health Library, Lilacs and Scielo. DPP is considered a 
health problem, can be detected by Edinburgh scale due to the ease, speed of application and 
low cost can be used for any health care professional. The Edinburgh Scale scores the presence 
or intensity of symptoms, such as depressed mood or dysphoria, suicidal ideation, among 
others, are the most common symptoms of depression. 
 
Keywords: Depression After Childbirth. Nursing. Edinburgh Scale. 
 
1Acadêmicos do curso de Enfermagem da Faculdade Estácio do Amapá – Email: florzinha-lia@hotmail.com 
2
 Prof.ª Especialista em Obstetrícia. Email: mari_maga1983@hotmail.com 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
INTRODUÇÃO 
 
No Brasil, Gomes et al., (2010) a partir de seus estudos identificaram que a depressão é 
considerada problema sério de saúde pública, atingindo de 2 a 5% da população em geral, com 
predomínio no gênero feminino, que geralmente vem precedida por fatos fundamentais, como 
a gestação, o parto e o período pós-parto. 
Dentre as escalas de auto-avaliação existentes, Figueira (2009), destaca a Escala de 
Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) como sendo a mais usada para rastreamento de 
sintomas depressivos que se revelam após o parto, em que o referido instrumento é de simples 
aplicação e interpretação, com grande aceitabilidade e simplicidade na sua incorporação à 
usualidade clínica, podendo ser usada por profissionais das áreas básicas de saúde. 
A EPDS incide em instrumento de auto-registro composto de 10 enunciados, com 
alternativas pontuadas (0 a 3) segundo a presença ou a intensidade do sintoma. Seus elementos 
cobrem sintomas psíquicos como natureza depressiva (sensação de tristeza, autodesvalorização 
e sentimento de culpa, ideias de morte ou suicídio), perda do prazer em atividades antes 
consideradas agradáveis, fadiga, redução da capacidade de pensar, de concentrar-se ou de tomar 
decisões, além de sintomas fisiológicos (insônia ou hipersônia) e alterações do comportamento 
(crises de choro). A somatória dos pontos completa escore de 30, sendo analisado de 
sintomatologia depressiva valor igual ou superior a 12 (SANTOS et al., 2009). 
O interesse por este estudo se deu a partir das pesquisas realizadas na biblioteca virtual 
da saúde sobre estudos que relatavam o rastreamento da Depressão Pós-Parto (DPP), sendo que 
a maioria dos estudos enfatiza a utilização da Escala de Edinburgh. No âmbito profissional o 
enfermeiro prestar assistência desde o início do pré-natal até a consulta de puerpério, 
promovendo bem estar materno/Recém-nascido, acompanhando as mudanças fisiopsicológicas 
da mãe, a evolução do desenvolvimento fetal, identificando os fatores de risco e sintomas 
sugestivos de Depressão, através da Escala de Edinburgh usada pelo enfermeiro. 
 A partir dos estudos questionou-se como o uso da EPDS auxilia na identificação da DPP, 
já que se trata de um transtorno mental de alta prevalência, considerada um grande problema 
de saúde pública, sendo assim torna-se imprescindível seu diagnóstico precoce pelo enfermeiro, 
profissional habilitado de conhecimento técnico e científico, apto a identificar as mudanças 
fisiológicas da gravidez, dando ênfase as alterações psicológicas, com intuito de amenizar os 
agravos à saúde materna/infantil e familiar. 
 Este estudo tem como objetivo geral analisar a partir de uma revisão integrativa de 
literatura o uso da EPDS pelo enfermeiro na identificação da depressão Pós-Parto. E os 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
objetivos específicos: Discorrer sobre a DPP, enquanto manifestação biopsicossocial, durante 
o período do Pós-Parto; Descrever os sintomas, fatores de risco da Depressão Pós-Parto, com 
intuído da detecção precoce e identificar a importância do uso da Escala de Edinburgh pelo 
enfermeiro para o rastreamento da Depressão Pós Parto. 
 
2 METODOLOGIA 
 
A pesquisa na área da enfermagem apresenta uma relação de interdependência com a 
prática clínica. Nesse sentido a Prática Baseada em Evidências (PBE) visa sumarizar a pesquisa 
junto à assistência de enfermagem prestada nos vários níveis de atenção à saúde. A revisão 
integrativa da literatura também se apresenta como um dos métodos de pesquisa usados na PBE 
que aceita a incorporação das evidências na prática clínica (ERCOLE; MELO, 
ALCOFORADO, 2014). 
A revisão integrativa compõe fundamentalmente um instrumento da PBE, cuja origem 
atrelou-se ao trabalho do epidemiologista Archie Cochrane, diferencia-se como uma abordagem 
inclinada ao cuidado clínico e da educação baseada no conhecimento e na qualidade da 
evidência. A mencionada revisão abrange a definição do problema clínico, a identificação das 
informações indispensáveis, a condução da busca de amostras na literatura e sua avaliação 
crítica, a identificação da aplicabilidade dos dados procedentes das publicações e a 
determinação de seu uso para o paciente (CROSSETTI, 2012). 
Sendo assim para o alcance dos objetivos, optou-se pelo método da revisão integrativa, 
que permite examinar estudos científicos de forma sistemática e abrangente, oferecendo a 
possibilidade de realizar a identificação e análise da questão de pesquisa sob o prisma de 
diferentes especialistas e a identificação de seus múltiplos determinantes, fornecendo subsídios 
aosprofissionais de enfermagem sobre o uso da Escala de Edinburgh pelo enfermeiro na 
identificação da depressão pós-parto (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). 
Para elaboração da pesquisa de revisão integrativa utilizando as seis etapas propostas 
por Pessoa Júnior et al., (2014), descritas a seguir: 
Primeira Etapa: Seleção de hipóteses ou questões para a revisão 
 
A fase de identificação do tema ou do questionamento da revisão integrativa envolve o 
desenvolvimento da questão norteadora, assim como a identificação das palavras-chave que 
servirão como estratégia para busca de material sobre o assunto a ser pesquisado. A questão 
norteadora deve ser elaborada a partir de uma ligação já existente com o conhecimento teórico-
científico do pesquisador (PESSOA JÚNIOR et al., 2014). 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
 
Segunda Etapa: exemplificação dos critérios de seleção da amostra 
 
Esta fase compreende a determinação de quais critérios de seleção que foram usados 
para triar o material de pesquisa. Os critérios de seleção da amostra devem estabelecer uma 
relação de nexo com a questão norteadora (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). 
A amostragem triada deve conter respostas para a questão norteadora e dessa forma 
responder aos objetivos da pesquisa, para isso é indispensável uma leitura que analise na íntegra 
o material coletado, para realizar uma pesquisa o mais completa possível (PESSOA JÚNIOR 
et al., 2014). 
 
Terceira Etapa: definição das características da pesquisa 
 
O objetivo de uma revisão integrativa constitui-se em definir as características da 
pesquisa, sendo essa representação análoga a coleta dos dados. A maneira mais simplificada de 
representar essas características compõe-se através da elaboração de tabelas, que proporcionam 
ao leitor visualizar uma grande quantidade de dados, analisá-los, sumarizá-los, discutir 
sistematicamente os resultados e as conclusões mais importantes (PESSOA JÚNIOR et al., 
2014). 
 
Quarta Etapa: análise dos achados 
 
Nesta fase realiza-se a análise dos dados primários de forma sistemática. A maneira 
como ocorreu o processo de análise dos dados dever estar clara para o leitor, através da 
exposição das regras utilizadas no exame dos dados (PESSOA JÚNIOR et al., 2014). 
 
Quinta Etapa: interpretação dos resultados 
 
Esta fase é comparável a discussão dos resultados e a apresentação das evidências 
obtidas, através dos estudos, pelo pesquisador. Logo, realizam-se sugestões para futuras 
revisões, pesquisas, contribuições para a prática e políticas e enfermagem (PESSOA JÚNIOR 
et al., 2014). 
 
Sexta Etapa: apresentação da revisão 
 
A apresentação da revisão deve informar o leitor a ponto do mesmo poder realizar uma 
análise das evidências. A finalidade de uma revisão integrativa é proporcionar o resumo de 
evidências das pesquisas primárias de formar clara e objetiva (PESSOA JÚNIOR et al., 2014).
 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
 
3 PROCEDIMENTOS PARA A SELEÇÃO DOS ARTIGOS 
 
3.1 Questão norteadora 
 
Para o desenvolvimento desta revisão de literatura integrativa elaborou-se a seguinte 
questão norteadora: Como o uso da escala de Edinburgh (EPDS) auxilia o enfermeiro no 
rastreamento da Depressão Pós-Parto? 
 
3.2 Processo de seleção dos artigos 
 
 Foram estabelecidas as bases de dados, as palavras de pesquisa, assim como critérios de 
seleção para definir quais as fontes condizentes para a etapa seguinte. O levantamento 
bibliográfico foi realizado na internet, no sítio da Biblioteca Virtual SCIELO e LILACS que 
é um índice bibliográfico da literatura relativa ás Ciências da Saúde, publicada nos países da 
América Latina e Caribe, a partir de 1982. É um produto cooperativo da Rede BVS. A LILACS 
também indexa outros tipos de literatura científica e técnica como teses, monografias, livros e 
capítulos de livros, trabalhos apresentados em congressos ou conferências, relatórios, 
publicação governamentais e de organismos internacionais regionais. 
 Para a busca nas bases de dados utilizou-se as palavras-chave: Depressão Pós-Parto, 
Enfermagem e Escala de Edinburgh, cruzadas respectivamente. A quantidade de fontes 
encontradas foi explanada no QUADRO 1, abaixo. 
QUADRO1- Artigos obtidos através das palavras-chave nas bases de dados. 
BASES DE 
DADOS 
PALAVRAS-CHAVE UTILIZADAS REFERÊNCIAS 
ENCONTRADAS 
SCIELO Depressão Pós Parto AND Enfermagem AND Escala de Edinburgh. 138 
LILACS Depressão Pós Parto AND Enfermagem AND Escala de Edinburgh. 87 
 
 
3.3 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DA AMOSTRA 
 
 Para a realização da triagem das fontes encontradas utilizou-se os critérios de seleção 
da amostra, a partir de: Artigos que abordam sobre a Depressão Pós-Parto; Artigos que abordam 
sobre a Escala de Edinburgh; Artigos publicados no idioma português; Artigos indexados nos 
bancos de dados; Artigos publicados entre os anos de 2009 e 2015. 
 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
 
3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 
 
 Os critérios de exclusão foram: Artigos que não abordam as temáticas dos critérios de 
inclusão; Artigos não disponíveis na íntegra; Artigos em Língua Estrangeira; Monografias e 
Artigos elaborados fora da data proposta. 
O levantamento dos dados realizado na base SCIELO e LILACS ocorreu no primeiro 
semestre de 2016. 
 
3.5 PRÉ-SELEÇÃO DOS ESTUDOS 
 
Foi efetuado uma leitura dos títulos e resumos de cada fonte encontrada, incluindo-os 
ou excluindo-os, de acordo com os critérios de seleção. 
 Na base de dados SCIELO foi a primeira em número de fontes encontradas 138, a qual 
foram incluídos 08 artigos e excluídos 130, pois não preenchiam os critérios de seleção. Já na 
base de dados LILACS foi a segunda em número de fontes encontradas, totalizando 87, sendo 
que apenas 02 foram incluídos e 85 foram excluídos. O QUADRO 2 apresenta a quantidade de 
fontes encontradas, incluídas e excluídas em cada base de dados da pesquisa. 
QUADRO 2 – Artigos incluídos e excluídos de acordo com os critérios de seleção. 
BASE DE 
DADOS 
REFERÊNCIAS 
ENCONTRADAS 
ARTIGOS 
INCLUÍDOS 
ARTIGOS 
EXCLUÍDOS 
SCIELO 138 08 130 
LILACS 87 02 85 
 
 
3.6 DESCRIÇÃO DOS ARTIGOS EXCLUÍDOS NAS BASES DE DADOS 
 
No banco de dados do SCIELO e LILACS foram encontrados 10 fontes. No banco de 
dados SCIELO, 08 artigos corresponderam aos critérios estabelecidos e 130 artigos foram 
excluídos por possuírem data de publicação anterior a 2009; não estavam de acordo com o tema 
e os não teriam textos disponíveis na íntegra. Já no banco de dados LILACS foram encontrados 
02 artigos, sendo que 85 foram excluídos pelos mesmos motivos. 
 
3.7 SELEÇÃO E ANÁLISE DOS ARTIGOS INCLUÍDOS 
 
Para seleção e análise dos artigos, as autoras elaboraram um instrumento contendo 
informações dos estudos, na forma de fichas catalográficas baseadas no estudo de Toledo 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
(2008), as quais contém os seguintes dados: número do artigo; título do artigo; autor; 
identificação do autor; ano de publicação; objetivos do estudo; metodologia; resultados; relação 
dos resultados com os objetivos da revisão integrativa (sim ou não) (APÊNDICE 1). 
Para facilitar a identificação dos artigos incluídos na revisão, os mesmos receberam um 
código alfa-numérico de acordo com a ordem alfabética de cada título (A1 a A10). A partir 
desta triagem foi elaborado um fluxograma de coleta de dados e seleção dos estudos 
encontrados em cada base de dados, com o objetivo de apresentar esse processo de maneira 
clara e objetiva. 
 
QUADRO 3- Fluxograma de coleta de dados e a seleção dos estudos. Macapá, 2016.Fontes de pesquisa: 
SCIELO - LILACS 
Total de estudos localizados: 
225 
Reunião de 
consenso com a 
orientadora 
Leitura dos 
resumos 
Estudos pré-selecionados de 
acordo com os critérios de 
seleção: 100 
Estudos excluídos Leitura na íntegra 
Instrumentos para 
coleta de dados 
(Apêndice A) Artigos incluídos: 10 
Evidências da revisão 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
3.8 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS 
 
Este estudo foi realizado de acordo com o que preconiza a legislação vigente, dessa forma, 
de acordo com as orientações da resolução 466/12 que trata das questões relacionadas a pesquisa 
científica envolvendo seres humanos não foi necessária a aprovação da Comissão do Comitê de 
Ética em pesquisa devido a não utilização e manuseio de dados sigilosos e de seres humanos. 
Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica que se valeu apenas de dados secundários, ou 
seja, realizou análise em resultados de pesquisas de outras pessoas não foi necessário autorização 
de terceiros, uma vez que todos os autores e pesquisadores citados foram devidamente 
referenciados de acordo com o que preconiza a Associação Brasileira de Normas Técnicas - 
ABNT. 
 
3.9 APRESENTAÇÃO DA REVISÃO INTEGRATIVA 
 
 A análise dos artigos se deu de maneira descritiva, possibilitando ao leitor visualizar 
informações específicas de cada artigo, tais como: tipo de pesquisa, local de estudo, ano e 
periódico de publicação, formação acadêmica dos autores, delineamento metodológico, país, 
idioma e, resultados evidenciados e recomendações apresentadas, serão descritos nas categorias 
temáticas em que cada artigo se incluiu. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDOS 
 
 Através de busca no sítio da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, nos bancos de dados 
da LILACS (02) e SCIELO (08) obteve-se um total de 10 artigos, após a leitura dos resultados 
selecionados, realizou-se o preenchimento do instrumento de coleta de dados de todos os 
artigos, visando extrair evidências científicas que tragam as respostas aos objetivos da pesquisa. 
 Posteriormente a realização da leitura na íntegra e de acordo com o primeiro critério de 
seleção, foram excluídos 215 artigos por não abordarem a temática proposta. Ao final desta 
análise, obtivemos um total de 10 artigos para a composição desta revisão integrativa de 
literatura. Abaixo, o Quadro 4 explana quais foram os artigos incluídos. 
 
 
 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
QUADRO 4 – Artigos incluídos na revisão integrativa 
CÓDIGO TÍTULO BASE DE 
DADOS 
A1 Identificação dos fatores de risco para Depressão Pós-
Parto: Importância do diagnóstico precoce 
SCIELO 
A2 Depressão com inicio após o parto: estudo de corte 
prospectivo em mulheres submetidas à cesárea eletiva 
em Brasília, Brasil. 
LILACS 
A3 Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo 
interações entre mãe, filho e família 
SCIELO 
A4 Frequência da depressão puerperal na maternidade de 
um hospital universitário da Região Sul 
SCIELO 
A5 Depressão pós-parto: incidência e fatores de risco 
associados 
SCIELO 
A6 Prevalência de depressão e fatores associados em 
comunidade de baixa renda de Porto Alegre, Rio 
Grande do Sul 
SCIELO 
A7 Prevenindo a depressão puerperal na estratégia saúde 
da família: ações do enfermeiro no pré-natal 
LILACS 
A8 Assistência de Enfermagem na detecção da depressão 
pós-parto 
LILACS 
A9 Escala de Depressão pós-natal de Edimburgo para 
triagem no sistema público de saúde 
SCIELO 
A10 Investigação dos fatores indicativos de Depressão pós-
parto em dois grupos de puérperas 
SCIELO 
 
Após a análise efetuou-se a disposição dos artigos analisados conforme delineamento 
da pesquisa, instituição onde foi realizado, revista, país de origem, ano e idioma de publicação. 
QUADRO 5 – Delineamento de pesquisa de acordo com os artigos. 
CÓDIGO DELINEAMENTO DE PESQUISA 
A1 Pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa 
A2 Estudo de coorte prospectivo 
A3 Estudo qualitativo de caráter exploratório 
A4 Estudo quantitativo, exploratório descritivo 
A5 Estudo Descritivo transversal 
A6 Estudo transversal 
A7 Estudo Descritivo-exploratório qualitativo 
A8 Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa 
A9 Amostra de dados de registro de internação 
A10 Estudo descritivo, observacional e prospectivo 
 
Em relação ao delineamento do estudo, constatou-se que dos artigos selecionados: 06 
artigos envolveram uma pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa e 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
quantitativa, os demais, observacional e prospectivo, além de estudo transversal. Logo, 
percebe-se que os tipos de pesquisa variaram bastante, como mostra o quadro acima. 
 
QUADRO 6 – Listagem dos artigos de acordo com ano de publicação, idioma e país de origem. 
CÓDIGO ANO DE PUBLICAÇÃO IDIOMA PAÍS DE ORIGEM 
A1, A3 e A7 2010 Português Brasil 
A2 2013 Português Brasil 
A4, A6 e A8 2012 Português Brasil 
A5 2011 Português Brasil 
A9 e A10 2009 Português Brasil 
 
 
Dentre os artigos incluídos descritivos e de coleta de dados, encontrou-se um maior 
número de publicações nos anos de 2010 e 2012, com 06 artigos, sendo 03 de cada ano. Nos 
anos de 2009, com 02 artigos cada ano e nos anos de 2011 e 2013 com 01 artigo para cada ano. 
Observou-se um maior número de publicações nos anos de 2009 e 2010, o que denota um 
crescente interesse dos profissionais de enfermagem sobre o uso da escala de Edinburgh pelo 
enfermeiro na identificação da depressão pós parto. Já quanto ao idioma e país de origem dos 
artigos, obteve-se todos os artigos publicados em português e de origem no Brasil, conforme os 
critérios de inclusão. 
 
QUADRO 7 – Distribuição os artigos conforme o periódico. 
REVISTAS ARTIGOS 
Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste – Rene A1 e A7 
Revista de Ginecologia Obstétrica A2 
Acta Paul. Enfermagem A3 
Revista Enfermaria Global A4 
Revista de Medicina A5 
Revista Brasileira de Epidemiologia A6 
Revista de Enfermagem Integrada A8 
Revista de Saúde Pública A9 
Ciência Cuidado da Saúde A10 
 
 
A partir da seleção dos artigos, constatou-se que 02 artigos foram publicados na Revista 
da Rede de Enfermagem do Nordeste - Rene. Os demais artigos (08) dividiram-se na: Revista 
de Ginecologia Obstétrica; Acta Paul. Enfermagem; Revista Enfermaria Global, Revista de 
Medicina, Revista Brasileira de Epidemiologia, Revista de Enfermagem Integrada, Revista de 
Saúde Pública e Ciência Cuidado da Saúde. 
 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
 
 
QUADRO 8 – Profissão dos autores e local de realização do estudo. 
CÓDIGO PROFISSÃO DOS AUTORES LOCAL DE REALIZAÇÃO DO 
ESTUDO 
A1 05 Enfermeiros 
01 Médico sanitarista 
Fortaleza 
A2 04 Médicos Brasília 
A3 01 Especialista 
03 Pós graduando em Enfermagem 
01 Doutora em Enfermagem 
Município de Quixadá CE 
A4 01 Enfermeira 
01 Doutora em Enfermagem 
01 Professor 
01 Doutoranda 
Região Sul 
A5 05 Acadêmicos de Medicina 
01 Doutora em Medicina Interna 
Curitiba 
A6 03 Médicos Porto Alegre 
A7 02 Enfermeiras Natal 
A8 01 Enfermeira 
01 Professora 
Município do Vale Aço – MG 
A9 04 Acadêmicos Belo Horizonte 
A10 03 Enfermeiras Município de Uberaba – MG 
 
 
4.2 CATEGORIZAÇÃO DOS ESTUDOS 
 
 
A categorização foi constituída a partir do uso da Escala de Edinburgh, trazendo 
informações sobre os estudos quanto a prevalência e aspectos, durante o período do pós parto; 
assim como os sintomas, fatores de risco da DPP, detecção precoce e o uso da Escala de 
Edinburgh pelo enfermeiro. 
 
 
4.2.1 Depressão Pós Parto (DPP): Prevalência e aspecto biopsicossocial, duranteo período do 
pós parto 
 
 Zaconeta et al., (2013) no Artigo 02 ressaltaram que a DPP afeta uma em cada oito 
mulheres no período pós-parto e pode ter consequências adversas para a mãe, bebê e sua 
família. Os autores acrescentaram que a taxa de depressão durante a gravidez foi de 24%, e a 
taxa após o parto foi de 11%. 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
 No artigo 03, Silva et al., (2010) relataram que a DPP ocorre em todo o mundo, 
conforme a região e o instrumento de mensuração, sua incidência varia de 10% a 20%, na 
proporção de um caso para 1.000 mães. No Brasil, a última publicação, de base populacional 
sobre o tema, realizada em Pelotas-RS, com 410 mulheres, divulgada em 2006, destacou uma 
prevalência de 19,1%. Outra publicação anterior, desenvolvida em São Paulo-SP, em 2005, 
identificou uma prevalência de 37,1% em uma amostra de 70 puérperas. 
 Segundo Silva et al., (2010) a DPP é fruto da adaptação psicológica, social e cultural 
inadequada da mulher frente à maternidade, pois as mulheres apresentam mais eventos 
estressantes de vida durante a gestação e no início do puerpério possuem níveis maiores de 
sintomas depressivos. 
 No Artigo 04, Lopes Menezes et al., (2012) apresentaram as estatísticas mundiais, 
indicando, cerca de 15% das puérperas têm DPP. No entanto, na população de baixa renda, esse 
valor pode transpor os 25%. Em contrapartida, No artigo 05, Guedes et al., (2011) relataram 
que a prevalência de DPP é de 10-15%. Em que, o risco de recorrência é de 50% e aproxima-
se dos 100% em mulheres com histórico de transtorno de humor e DPP prévios, pois sua 
etiologia é multifatorial e inclui fatores biológicos, psicológicos e sociais, podendo ocorrer até 
um ano após o parto. 
Guedes et al., (2011) narram que o infanticídio e o suicídio estão entre as complicações 
mais graves decorrentes da DPP, podendo afetar não somente a mãe, mas também o bebê e até 
mesmo o pai, tendo em vista a influência desse quadro no contexto familiar. 
No Artigo 07, Valença e Germano (2010) a prevalência da DPP encontrada em um 
estudo realizado em Pelotas/RS foi de 19,1%, maior que a de outros estados brasileiros. A alta 
prevalência de DPP reforça seu significado como problema de saúde pública, exigindo 
estratégias de prevenção e tratamento. Ressalta-se que o acompanhamento cuidadoso de 
gestantes, em especial as de baixa renda, por meio de ação integrada que leve em conta as 
variáveis associadas à depressão, pode prevenir graves problemas pessoais e familiares que 
decorrem da DPP. 
Segundo Valença e Germano (2010) a depressão puerperal incide numa expressão do 
sofrimento e da dor humana, atinge um significativo número de mulheres mundialmente. Este 
transtorno é acompanhado de manifestações biopsicossociais associadas à ocorrência de 
eventos estressantes, possui sintomas multivariados e é investigado como um tipo de depressão. 
Por se tratar de uma reação a estímulos externos ao indivíduo, esse tipo de transtorno 
psicoafetivo enquadra-se como uma forma não patológica de sofrimento psíquico. 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
No Artigo 10, Fonseca, Tavares e Rodrigues (2009) relataram que a DPP é uma 
síndrome caracterizada por um transtorno no funcionamento emocional, comportamental, 
físico e cognitivo da mulher. Existem evidências de que ela não só afeta a puérpera e sua relação 
com o bebê, mas também se reflete em distúrbios cognitivos, comportamentais, sociais e 
psicológicos na criança e pode, a longo prazo, trazer impacto negativo sobre o desenvolvimento 
familiar. 
A DPP, segundo Fonseca, Tavares e Rodrigues (2009) atinge entre 10 e 15% das 
mulheres em geral, podendo ser o primeiro episódio de depressão para 60% delas, pois sua 
etiologia ainda não está bem definida, entretanto, nesse período ocorrem modificações 
neuroendócrinas e psicossociais. A interação dos fatores biológicos, obstétricos, sociais e 
psicológicos, possivelmente, responde pela patogênese da doença. 
 
4.2.2 Sintomas, fatores de risco da Depressão Pós Parto: Detecção precoce pelo enfermeiro 
 
 No Artigo 01, Gomes et al., (2010) descreveu que são vários os fatores de risco da 
Depressão Pós Parto, dentre os principais destaca-se: idade inferior a 16 anos, história de 
transtorno psiquiátrico prévio, eventos estressantes experimentados nos últimos 12 meses, 
conflitos conjugais, estado civil de solteira ou divorciada, desemprego (puérpera ou seu 
cônjuge) e ausência ou pouco suporte social. Os autores incluíram ainda a personalidade 
desorganizada, a espera de um bebê do sexo oposto ao desejado, relações afetivas 
insatisfatórias, suporte emocional deficiente e abortamentos espontâneos ou de repetição. 
 Ressalta-se que a partir do conhecimento dos fatores de risco da depressão pós-parto, o 
enfermeiro poderá planejar e executar ações preventivas, tais como: favorecer o apoio 
emocional da família, amigos e companheiro, proporcionando segurança à puérpera. Gomes et 
al., (2010) ressaltaram que a identificação precoce possibilitará o encaminhamento da mãe com 
risco elevado para depressão pós-parto para aconselhamento ou psicoterapia, possibilitando, 
assim, formar um importante instrumento de prevenção destes transtornos. 
Sendo assim, os sintomas da depressão pós-parto apresentadas no Artigo 01 foram: 
humor deprimido ou disfórico, distúrbio do sono, perda do prazer, ideias de morte e suicídio, 
diminuição do desempenho e culpa. Diante disso, para prevenir complicações e construir um 
prognóstico satisfatório, cabe destacar a importância da identificação dos sintomas iniciais que 
desencadeiam o quadro patológico no puerpério. 
No Artigo 03, Silva et al., (2010) destacaram os fatores de risco da DPP: estado civil 
tem sido associado principalmente no caso de mães solteiras sem o apoio social; também o 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
encontro entre mãe-filho após o nascimento pode induzir a uma doença específica, ou seja, 
os riscos de adoecimento, visto que ela vivencia uma série de emoções conjuntas em tempo 
real. Logo, se pode afirmar, os transtornos depressivos puerperais determinam-se mais pela 
interação do que propriamente por uma doença preexistente da mulher. 
 No Artigo 05, Guedes et al., (2011) disseram que os fatores de risco associados à DPP 
incluem gestação não planejada, pouca idade materna, baixo nível sócio-econômico, grande 
número de filhos, o fato de a mãe não estar casada, relacionamento conjugal prejudicado, ajuda 
insatisfatória nos cuidados com a criança, desemprego, baixo peso ao nascer, alimentação do 
recém-nascido direto da mamadeira e doenças psiquiátricas anteriores ou durante a gestação. 
Os autores ressaltaram ainda que os estudos prévios encontraram que qualquer história prévia 
de depressão é o maior fator de risco para o desenvolvimento da DPP. 
 No Artigo 08, Sobreira e Pessoa (2012) disseram que os fatores, tais como menor 
escolaridade, baixo nível socioeconômico, baixo apoio social, história de doença psiquiátrica, 
baixa autoestima, ansiedade no pré-natal, estresse, gravidez não planejada, tentativa de obstruir 
a gravidez, insatisfação na relação do casal, a solidão, o grande número de filhos, a história de 
partos problemáticos anteriores, o baixo apoio emocional e a menoridade são condições que 
mais influenciam na manifestação da DPP. 
Silva et al., (2010) relataram no Artigo 03, que a DPP apresenta o mesmo quadro clínico 
característico da depressão em outros momentos da vida feminina, acrescido de particularidades 
relativas à maternidade em si e ao desempenho do papel de mãe, envolvendo sentimentos 
negativos, desinteresse pelo bebê e culpabilidade por não conseguir cuidar dele são frequentes 
e podem resultar em um desenvolvimento insatisfatório da interação mãe-bebê. 
Nesta fase, Silva et al., (2010) elucidamque o enfermeiro pode prestar decisiva 
colaboração, pois ao conhecer a situação vivenciada, este profissional pode auxiliar a puerpéra 
a superá-la e a se readaptar melhor às suas dificuldades, contribuindo para um exercício 
saudável da maternidade com impactos, tanto no binômio mãe-filho como na família. 
No Artigo 03, Silva et al., (2010) narraram que o enfermeiro deve munir-se de 
conhecimento sobre DPP, em especial, por constituir o serviço de saúde onde se encontra 
inserido uma porta de entrada para o acolhimento e direcionamento adequado da puérpera no 
que se relaciona à terapêutica e prevenção deste transtorno mental. Embora os enfermeiros 
reconheçam sua importância e função de cuidar dessas clientes na atenção primária, reiteram 
ter pouco conhecimento e experiência com o problema. Face a esta limitação, delegam para 
outros profissionais todas as ações terapêuticas na reabilitação dessas mulheres. 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
Nesta situação, o cuidado de enfermagem integral deve começar no pré-natal com a 
avaliação da autoestima, da rede de suporte social e da satisfação das futuras mães. Além disso, 
o enfermeiro deve possuir habilidades, como perspicácia, observação e empatia ao direcionar 
seu cuidado na superação das dificuldades inerentes à DPP. 
No Artigo 04, Lopes Menezes et al., (2012) descreveram que o desempenho dos 
enfermeiros tem um papel fundamental mediante a detecção precoce da DPP, em função do 
vínculo que estabelecem com as puérperas, entende-se que o relacionamento terapêutico facilita 
a verbalização dos pensamentos e sentimentos vivenciados pela mulher, nesta fase do ciclo 
vital, proporcionando a promoção da saúde mental, através da ajuda que este e outros 
profissionais da saúde podem proporcionar a estas. 
 No Artigo 05, Guedes et al., (2011) informaram que o manejo da DPP inclui programas 
psicoeducacionais, psicoterapia e medicamentos. A análise do risco-benefício quanto às 
diversas opções terapêuticas no pós-parto deve ser discutida com a mãe. A maioria das mulheres 
com DPP é tratada na atenção primária à saúde, com apenas alguns casos mais severos sendo 
referidos a um serviço de atenção secundária. 
Guedes et al., (2011) em suas pesquisas ressaltaram que o conhecimento da DPP é 
indispensável aos enfermeiros, que atuam na área obstétrica, ao prestarem cuidados diretos às 
puérperas e seus familiares, é imprescindível que saibam identificar a instabilidade e/ou 
labilidade emocional destas e direcionem as ações de enfermagem, no sentido de ajudarem essas 
pessoas a enfrentarem e superarem as dificuldades encontradas neste momento de transição do 
ciclo vital. 
 
4.2.3 A importância do uso da Escala de Edinburgh pelo enfermeiro para o rastreamento da 
Depressão Pós Parto 
 
No Artigo 04, Lopes Menezes et al., (2012) ressaltaram que a DPP é analisada como 
um transtorno mental que apresenta uma continuidade de respostas emocionais após o parto, 
com níveis de manifestação significantes que intervêm na qualidade de vida da mãe e do bebê. 
A psicose pós-parto é a manifestação mais grave da doença, podendo levar a mãe a agredir seu 
filho e/ou praticar o infanticídio. Diante disso, atualmente a DPP se encontra incluída como um 
grave problema de saúde pública. 
Nesse sentido, Lopes Menezes et al., (2012) enfatizam que para avaliar a saúde da 
puérpera, especificamente, no que se refere à detecção de sintomas depressivos, são usadas 
escalas que descrevem o rastreamento da DPP, como a escala Edinburgh que visa detectar 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
precocemente a depressão, através de uma intervenção efetiva e eficaz por parte dos 
profissionais, além de evitar possíveis danos da doença sobre a mãe, no relacionamento com 
seu companheiro, na formação do vínculo com o bebê e no funcionamento familiar. 
Lopes Menezes et al., (2012), no Artigo 04 ressaltaram que a Escala de Edinburgh é 
composta por dez enunciados, mostrando sensibilidade e especificidade satisfatórias para o 
possível diagnóstico. Suas opções são pontuadas de zero a três, compondo um total de no 
máximo trinta pontos e no mínimo zero, simultaneamente. A partir disso, os números são 
somados que correspondentes a cada item, obtém-se a sensibilidade da escala, com resultado 
maior ou igual a 11/12. As mulheres que atingem o escore limiar devem ter acompanhamento 
de um profissional de saúde. 
No artigo 08, Sobreira e Pessoa (2012) enfatizaram que de acordo com a presença ou a 
amplitude de sintomas psíquicos, tais como: temperamento depressivo, sentimentos de culpa, 
ideias de morte ou suicídio, perda do prazer em atividades analisadas deleitáveis, cansaço, 
redução da capacidade de raciocinar, de concentrar-se ou de tomar decisões, além de sintomas 
fisiológicos como insônia, alterações do comportamento, bem como colapsos de choro. 
No Artigo 05, Guedes et al., (2011) enfatizaram que a Escala de Edinburgh é um método 
eficaz para diagnosticar a DPP, visto que a EPDS é melhor por ser mais curto, facilmente 
utilizado, traduzido em várias línguas e possível para investigação em diferentes níveis 
socioeconômicos e etnias. 
No artigo 09, Figueiras et al., (2009) relataram que a Escala de Edinburgh compõe um 
instrumento apropriado de triagem da DPP, podendo ser praticada na rede pública de saúde 
devido a sua facilidade, rapidez de aplicação, além do baixo custo e probabilidade de aplicação 
por qualquer profissional de saúde, pois o vasto uso da escala pode ser associado a um avanço 
nos índices de diagnóstico e tratamento da doença, tornando mínimo deste modo seus prováveis 
resultados insalubres sobre mãe e filho. 
Valença e Germano (2010) descrevem que na Escala de Edinburgh são pontuadas de 
acordo com a presença ou intensidade dos sintomas, tais como: humor deprimido ou disfórico, 
distúrbio do sono, perda de apetite, perda de prazer, ideação suicida, diminuição de desempenho 
e culpa, que são encontrados entre os sintomas mais frequentes de depressão. 
 No artigo 10, Fonseca, Tavares e Rodrigues (2009) disseram que diferentes escalas 
permitem identificar, nos serviços de saúde, o indicativo de DPP, com destaque para a Escala 
de Edinburgh, considerada um instrumento confiável e de fácil aplicação, podendo trazer 
grandes benefícios para a mãe e sua relação com o bebê e sua família, pois seu uso rotineiro 
permitirá a identificação e tratamento precoces da depressão puerperal. 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
 Segundo Fonseca, Tavares e Rodrigues (2009) a Escala de Edinburgh é validada no 
Brasil e avalia, especificamente, o indicativo de DPP, podendo ser aplicada por profissionais 
de saúde, visto que sua é interpretação rápida e direta. Por isso, sugere-se o uso da escala nos 
serviços de saúde, bem como a capacitação dos profissionais de saúde, especialmente do 
enfermeiro, pois é essencial que as puérperas sejam avaliadas quanto ao indicativo de DPP, de 
maneira a se fazer a detecção e o tratamento precoce, podendo contribuir para a prevenção de 
doenças, com a consolidação dos laços afetivos da mãe e do filho e de todos os membros 
familiares. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir das pesquisas apresentadas, constatou-se que a DPP apresenta-se como um 
problema de saúde que pode ser detectado precocemente, ainda na gestação, sendo de 
fundamental importância uma assistência de pré-natal caracterizada com estratégias para 
prevenção da mesma. 
 Os artigos mostraram que a DPP afeta uma em cada oito mulheres no período pós-parto 
e pode ter consequências adversas para a mãe, bebê e sua família, pois constatou-se que a DPP 
é resultado da adaptação psicológica, social e cultural imprópria da mulher frente à 
maternidade. 
Os estudos mostraram que o infanticídio e o suicídio estão entre as complicações maisgraves decorrentes da DPP, sendo assim faz-se necessário o acompanhamento cuidadoso de 
gestantes, em especial as de baixa renda, por meio de ação integrada que leve em consideração 
as variáveis associadas à depressão, como menor escolaridade, baixo nível socioeconômico, 
baixo apoio social, história de doença psiquiátrica, baixa autoestima, ansiedade no pré-natal, 
estresse, gravidez não planejada, tentativa de obstruir a gravidez, insatisfação na relação do 
casal, a solidão, o grande número de filhos, a história de partos problemáticos anteriores, o 
baixo apoio emocional e a menoridade são condições que mais influenciam na manifestação da 
DPP. 
Sendo assim, a partir do questionamento de como o uso da escala de Edinburgh auxilia 
o enfermeiro no rastreamento da DPP, a qual é composta por dez enunciados, que são pontuadas 
de acordo com a presença ou intensidade dos sintomas, tais como: humor deprimido ou 
disfórico, distúrbio do sono, perda de apetite, perda de prazer, ideação suicida, diminuição de 
desempenho e culpa, que são encontrados entre os sintomas mais frequentes de depressão. 
Revista Ciência e Sociedade, Macapá, n.1, v.1, jan./jun. de 2016. 
Diante desses fatores, destaca-se a escala Edinburgh que é considerado um método 
eficaz para diagnosticar a DPP, visto que é facilmente utilizado, sendo possível para 
investigação em diferentes níveis socioeconômicos e etnias, que visa detectar precocemente a 
depressão, através de uma intervenção efetiva e eficaz por parte dos profissionais de 
enfermagem, que a partir do conhecimento dos fatores de risco da depressão pós-parto, poderão 
planejar e executar ações preventivas, a partir do apoio emocional da família, amigos e 
companheiro, proporcionando fortalecimento do vínculo mãe-filho. 
 
 
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