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Alegações Finais em Processo Criminal

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FORTALEZA-CE
Processo: 0108372-71.2018.8.06.0001
			LUIS FELIPE ORTA ORONO, devidamente qualificado nos autos por intermédio de seu procurador abaixo subscrito, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar suas 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
na forma do art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, contestando de forma veemente a denúncia; bem como as alegações finais da Ilustre Representante do Ministério Público, pelos fatos e fundamentos que passa a explanar:
I- DOS FATOS DESCRITOS NA DENÚNCIA:
Narram os autos que o Acusado foi denunciado por suposta infração ao art. 157, § 2º, inciso I e II do Código Penal, pois teria atuado em conjunto com terceira pessoa subtraindo um aparelho celular de marca apple, modelo Iphone 8, na cor preta, de imei nº 356766083944393, no dia 05/02/2018 em via pública no bairro de Varjota, da Cidade de Fortaleza-CE. Na sua residência, no ato da prisão, policias militares entraram em contato com a vítima e mandaram sua foto para que o acusado fizesse o reconhecimento do acusado. O inquérito policial de n.109-53/2018 foi recebido por Vossa Excelência, momento em que foi homologada a prisão em flagrante e convertida em prisão preventiva do Acusado, com fundamento da garantia de assegurar a ordem pública. O mandado foi cumprido e o Réu encontra-se detido na DELEGACIA DO 9º DISTRITO POLICIAL.
Dessa forma, o denunciado LUIS praticou em conjunto com terceira pessoa, conduta que encontra adequação típica no artigo 157, § 2º, incisos I e II, do Código Penal, razão pela qual oferecida a presente DENÚNCIA, com a citação dos denunciados para apresentarem defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias, na forma do artigo 396 do Código de Processo Penal, e, após, determinando seu processamento e designação de Audiência de Instrução e Julgamento, na forma do artigo 399 e seguintes do Código de Processo Penal, bem como a inquirição das testemunhas cujo rol foi devidamente descrito.
II – PRELIMINAR
PEDIDO LIBERDADE PROVISÓRIA
Consoante se denota dos autos, o Acusado foi preso no dia 05/02/2018, pela pretensa prática do delito de roubo majorado. Essa prisão fora convertida de ofício por Vossa Excelência, portanto, ilegalmente, em preventiva. 
Urge asseverar que a gravidade abstrata do delito, evidenciada nas razões da convolação em prisão preventiva, não é fundamento hábil para manter preso o acusado Luis.
O ora Defendente não ostenta quaisquer das hipóteses previstas no art. 312 do Código de Processo Penal, portanto, inescusável o deferimento do pedido de liberdade provisória que aqui se faz.
Como se percebe, ao revés disso, o pleiteante de tal medida nega a prática do delito que lhe restou imputado nos termos da denúncia.
Comprova possuir residência fixa, emprego fixo como jornalista e sempre prestou em comparecer à todos os atos requisitados pela Justiça, o qual demonstra hábil a ter-lhe concedido outra medida cautelar diversa da prisão preventiva.
III- DOS FATOS SEGUNDO AS ALEGAÇÕES DOS ACUSADOS:
Colhe-se dos autos que os acusados afirmam não terem praticado o crime imputado, alegando que estava em sua casa no momento do delito, e sua casa estava com a porta aberta, por motivo de calor, e que sua companheira, que estava deitada em uma rede na sala, viu quando um homem moreno passou e jogou algo por debaixo da porta. Ela imediatamente fechou a porta assustada.
O depoimento pessoal dos acusados, prestados em audiência de instrução e julgamento são no sentido de que não praticaram tal delito, estavam ambos em casa quando a polícia adentrou ao local, efetuando a prisão de ambos.
IV - DA ATIPICIDADE DA CONDUTA
Analisando os fatos a partir das provas acostadas nos autos, especialmente com base no depoimento pessoal dos acusados, vê-se que no caso ora em tela não houve a pratica da conduta delitiva descrita na denúncia, pois em nenhum momento houve a pratica do crime previsto no artigo 157, § 2º, incisos I e II do Código Penal.
Nesse importe, imperando dúvida, o princípio constitucional IN DUBIO PRO REU impõe a absolvição.
Nos moldes do artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal , o juiz deve absolver o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça : não existir prova suficiente para a condenação.
Então o alegado pelo representante do Ministério público não passam de indícios, deixando dúvidas sobre a autoria e a materialidade do delito, não está claro que os acusados praticaram o crime, motivo pelo qual uma sentença condenatória não deve ser imposta, pois esta deve se embasar em certezas, não em meras suposições, ou em versões contraditórias, dúbias e inseguras fornecidas pela a vítima.
V - AUSÊNCIA DA QUALIFICADORA PREVISTA NO ART. 157 § 2ºINCISO I E II DO CÓDIGO PENAL
Analisando as provas acostadas aos autos, em especial os depoimentos obtidos pelos acusados, é um equívoco atribuir ao caso a agravante prevista no artigo 157, § 2º, inciso I e II, do Código Penal.
Os depoimentos são claros, e em nenhum momento a arma que a vítima alega que os acusados usaram, foi encontrada na residência deles ou em posse dos mesmos.
Portanto é errôneo qualificar o presente caso com a agravante prevista no artigo 157, § 2º, inciso I e II, do Código Penal, pois em nenhum momento houve violência ou ameaça exercida com emprego de arma, conforme narra o ilustre representante do Ministério Público.
VI - DA DOSIMETRIA DA PENA
Luis não é portador de maus antecedentes, sua conduta social e personalidade são boas, pois não há qualquer indicio contrário no processo que possa demonstrar que ele tenha menos percepção de cunho social, ético e moral, sendo assim devem ser analisadas nos moldes do princípio in dubio pro reo.
Quanto ao comportamento da vítima não há qualquer justificativa para que ela possa ser usada como circunstância desfavorável ao acusado.
Portanto não há qualquer circunstância desfavorável ao acusado prevista ao artigo 59 do Código Penal, devendo a pena base ser fixada no mínimo legal.
VII - DO PEDIDO
Ex positis, espera-se o recebimento desta ALEGAÇÕES FINAIS por MEMORIAIS, na qual requer-se, nos termos do art. 386, V, do Código de Processo Penal, a ABSOLVIÇÃO do acusado LUIS, nos fundamentos acima expostos e após a determinação de expedição de Alvará de soltura, liberando imediatamente o réu, que se encontra detido. Alternativamente, requer-se:
A fixação da pena base no mínimo legal;
A desqualificação do emprego de arma de fogo;
A desqualificação do concurso de pessoas;
A dispensa do pagamento das custas do processo, pois o acusado não possui condição financeira;
A dispensa ou a fixação da pena de multa com base no mínimo que a lei estabelece;
O regime inicial da pena fixado no regime aberto.
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento
Fortaleza, 11 de maio de 2018
ADVOGADO
OAB-UF

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