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RESUMO ECA Estatuto da Criança e do Adolescente

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Estatuto da Criança e do Adolescente – 9º período
RESUMO ECA ECA
(caderno outrem – início)
Direito da Criança, do Adolescente e do Idoso
Paulo Tadeu Righetti Barcelos
08/08/2017
1a Prova: 26/09
2a Prova: 24/10
3a Prova: XX
Livro: Katia Maciel
ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069 / 1990. Lei 12.010/2009
Conceito do Direito da Criança e do Adolescente
É o ramo do direito público com caracteristicas de direito privado que estuda a proteção integral de todas as criança e adolescentes.
O destinatario é o poder público, o estado. As normas tem carater cogente, obrigatorio. Sao normas que vinculam o poder público.
Objeto do Direto da Crianca e do Adolescente:
– Proteção integral: proteção que nao sofre qualquer limitação. Nao significa que o menor de idade pode fazer qualquer coisa. Nao sofrer limitação é a proteção.
– Aplica o ECA aos menores de 18 anos.
– Aplica-se o ECA aos menores até os 21 anos.
– Menor de idade emancipado, o ECO incide sobre ele? Sim.
Fontes do Direito da Criança e do Adolescente:
Fontes internas:
– CR, art. 227
– ECA
– Código Civil
– Código de Processo
– CLT
Fontes externas:
– Declaração de Genebra, de 1924
– Declaração Universal dos Direitos da Criança e do Adolescente, adotado pela ONU em 1959.
– Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente, 1989.
História do Direito da Criança e do Adolescente:
Poder familiar é de pai para filho.
Poder familiar encerra com a maioridade.
A emancipação também encerra o poder familiar.
Brasil Colonia:
Era excluída a ilucitude do fato do pai que lecionasse o filho sobre o pretexto de educá-lo.
Brasil Império:
Idade Penal: 7 anos
Código penal de 1830: de 7 anos passou para 14 anos e também criou o instituto exame do dissernimento (entender, ter o conhecimento). De 7 a 14 recebia o exame do dissernimento, iria verificar se a pessoa tinha ou nao a capacidade de responder pelo ato.
CP 1890: mudou de 14 para 9 anos.
Traços Protetivos/ Controles:
– Casa dos Jesuitas: criada com o intuito de afastar os filhos indigenas, dos costumes barbarous dos pais.
– Sec. XVIII: roda dos expostos ou enjeitados. Um dispositivo instalado nos conventos onde a pessoa que fosse abandonar a crianca iria colocar a criança nesse dispositivo e alguém o receberia. Essa roda hoje é compativel com o ordenamento juridico atual? Nao, porque é vedada a entrega anonima de uma crianca para adoção e tamem porque a crianca ter direito de saber da sua origem.
No Brasil a primeira legislação que tratou do menor de idade foi o Código de Menores (CM) de 1926. Esse código abordava o abandono.
A segunda legislação foi o Código de Menores de 1927. Código Mello Mattos. Que tratava do abandono.
A terceira legislação foi o Código de Menores de 1979. Foi consolidada uma doutrina da situação irregular (DSI). Cuidava de menores em situação irregular: menor de idade for a da escola, que sofre abuso ou maus tratos dos pais, abandonado.
Até aqui a legislacao nao entrega direitos aos menores de idade. Se preocupava com eles, mas nao era efitivamente com eles e sim o que esse abanonado, fora da escola, ou com abuso dos pais irá se tornar? O que ele fará para a sociedade?
Até a CF de 1988 nao se tinha direitos.
A partir da CF de 1988, art 227, tudo mudou. Mudou a ideia sobre criança e adolescente. Tenho que garantir direitos.
A doutrina atual é a Doutrina da Proteção Integral. A DPI é o tripe da coresponsabilidade, ou seja, todos tem o dever de assegurar a efetivacão dos direitos da crianca e do adolescente: familia, sociedade e estado.
22/08/2017
Princípios do Direito da Criança e do Adolescente
Princípios Mestres:
– Princípio da Prioridade Absoluta (Princípio da Primazia):preferencialmente, prioridade. Estabelece que os menores de idade tem uma preferência de direitos em relação aos demais. Tem uma prioridade que é absoluta.
Art. 227. CF. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à Liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada pela EC n. 65/2010)
Art. 4 ECA É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Art. 3 Estatuto do Idoso Lei 10.741/0: É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Entre construir uma creche para criança ou casa para idoso, quem tem preferência? No âmbito constitucional somente o menor tem prioridade. No infraconstitucional os dois tem prioridade.
– Princípio do Superior Interesse ou Maior interesse: qualquer decisão judicial ou administrativa deve ter por fundamento (como base) o que for melhor para o menor de idade em detrimento dos demais envolvidos.
Crítica: não basta informar o principio de maior interesse, tem que informar o motivo, ex. Não tem convívio com os pais biológicos, etc.
– Princípio da Municipalização: é a descentralização das políticas públicas em favor do município. A política de atendimento é prioritariamente realizada pelos municípios. O municipio tem que prestar a política pública de atendimento aos menores de idade, mas não tem competência legtislativa (criação de normas).
Estatuto da Criança e do Adolescente 13 Julho 1990.
Criança: 0 a 12 anos incompletos. Nasceu até 12 anos incompletos é criança.
Adolescente: entre 12 anos e 18 anos.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Lei da Primeira Infância, 13.257 / 2016 estabelece o que é Primeira Infância: é o período compreendido até 06 anos completos (não pode ter 7 anos) ou 72 meses.
Ex. Nasceu dia 02 de Janeiro de 2000 às 15:00.
No dia 02 de Janeiro de 2018 às 09:00 a pessoa explode caixa eletrônico.
17 anos
Existem 3 correntes:
– 1a corrente: considerada errada. Pois considera o horário de Nascimento.
– 2a corrente: considerada errada. Teria que transcorrer o dia todo, teria que terminar o dia 02 e iniciar o dia 03 para completar o ano civil.
– 3a corrente: correta: A partir do primeiro instante da virada do dia 01 para o dia 02 já vale. Essa pessoa responderia como adulto.
O ECA se aplica no adulto (18 a 21 anos) em 2 situações. Já e maior de idade e se aplica o ECA quando:
– Ato infracional:
Ex. 17 anos, 11 meses e 29 dias. Resolve explodir o caixa eletrônico. Foi preso uma semana depois já com 18 anos. Ele responde pelo ato como maior ou menor? Menor, pois considera a data do fato. Ele responderá nos termos do ECA, processo infracional e não criminal. E se ele for condenado somente com 18 anos? Aplica o ECO, medida sócio educativo.
21 anos de idade prescreve o ato infracional.
Se cometi furto com 17 anos estou sendo processado por isso. É um ato infracional, procedimento especial previsto no ECA. Respondo a esse fato como menor de idade. Mesmo completando 18 anos com o tempo considera a data do fato e é um procedimento infracional. Nao pode ser preso, pois considera a data do fato (nao pode ir para a justiça comum). Se condenado mesmo sendo adulto, o ECO nao preve privsao, embora tenha 19 anos, quando cometeu era menor tem que ser aplicada a regra do ECA.
– Adoção: adolescente de17 anos, no curso da adoção faz 18 anos, irá continuar adoção na vara da infância e juventude.
Loucuras do ECO: em 88 nao existia direitos, por isso o art. 3 e 5.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Método de interpretação do ECO
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
O ECA deve ser interpretado de forma teleológica.
Feto anencéfalo: antigamente não poderia interromper a gravidez, sendo necessário uma autorização judicial.
ADPF 54 de 2012: 8 votos a 2, dos Ministros, ficou decido pela possibilidade de interrupção da gravidez sem necessidade da ordem judicial. Princípio da dignidade da pessoa humana.
Menção a interrupção terapeutica da gravidez, estupro ou risco de morte para a genitora.
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade.
Lei Estadual de MG 22.439 de 2016
O direito à amamentação em público está garantido por lei em Minas Gerais. O governador Fernando Pimentel sancionou a Lei nº 22.439, de 2016. A partir de agora, a lactante tem o direito garantido de escolher qualquer local para amamentar, seja de uso coletivo, públicos ou privados, ainda que, nesses estabelecimentos, os espaços próprios para o aleitamento estejam disponíveis.
Com a sanção da lei, o estabelecimento, sendo ele de uso coletivo, público ou privado, no âmbito estadual, que proibir ou constranger o ato da amamentação em suas instalações, está sujeito à multa de R$ R$ 975,42, no exercício de 2017. No caso de reincidência, o valor será dobrado, ou seja, R$ 1.950,84. 
29/08/2017
Lei 11.804 / 2008 Alimentos Gravídicos
O direito para requerer é da gestante visando a proteção do nascituro.
Quem tem a legitimidade processual para requerer é a gestante e não o nascituro porque ela é a titular do direito da lei.
Todas as despesas recorrentes da gestação: exames medicos, consultas, alimentação, tratamento psicológico.
Polo ativo: gestante
Polo passivo: suposto pai
Ação teve como objeto alimentos gravídicos. Quando a criança nasce então converte automaticamente em pensão alimentícia em favor da criança até que alguém revisione ou peça exoneração. O prazo para defesa (contestação) é previsto na lei especial: 5 dias úteis.
A lei indica que o devedor é o suposto pai e se ele era só suposto e não era o pai? Não posso pedir de volta. Os alimentos são irrepetíveis. 2 hipóteses: responsabilidade civil, danos morais contra a gestante ou genitora (indenizacao para atenuar a angustia, sofrimento, e nao o valor que já foi pago) e o reembolso nos termos do art 305 do CC (entendimento do professor).
Direito a Liberdade Art. 15 e 16 ECA
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
O art. 15 é válido e tem que ser enfatizado isso!
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI – participar da vida política, na forma da lei;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
Para privar alguém da liberdade deve ser por 2 motivos (tanto adulto quanto criança):
– Apreensão em flagrante e delito,
– Ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Isso está no art. 106 do ECA
Art. 106 ECA
Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado acerca de seus direitos.
Esse artigo trata de adolescente porque a criança não pode ser privada da sua liberdade nunca. Criança não é responsabilizada. Entao a responsabilização pelos atos no pais começa aos 12 anos. Criminal aos 18 anos.
A condicao para privação está no art. 106.
Já o artigo 230 do ECA diz que se alguém privar a Liberdade do menor de idade sem observar flagrante de ato ou ordem escrita a pessoa cometerá um crime porque a criança não pode ser privada de forma alguma. Pena: detenção de 6 meses a 2 anos.
Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais.
Ex. Criança decide ir morar na praca pode ser retirada de lá contra a vontade dela? Pode, a retirada dela nao é privando da Liberdade e sim por vulnerabilidade.
Art. 98 ECA. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III – em razão de sua conduta.
Art. 16 ECA. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI – participar da vida política, na forma da lei;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
I. Ex.:
– Toque de recolher pode restringir o direito de ir e vir.
– Não pode entrar em balada desacompanhado dos pais ou se o local não tiver autorização da – vara e da infância.
– Classificação indicativa para assitir filme. Pode entrar se não tiver a idade limite desde que autorizado pelos pais.
– Hospedagem em motel.
– Fliperama tem que ter autorizacao da justice.
– Sinuca não pode nem com autorização dos pais.
– Viagem nacional e internacional: nao pode sair sem autorização dos pais.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
Juiz vai fixar dentro do famoso binômio necessidade/
Alimentos Gravídicos
Lei 11.804/08 : tratamento psicológico, exames pré-natais,
É muito comum ter problema de dente durante a gestação.
A ação é ajuizada contra o pai.
www.comprova.com.br  (Certifica que a mensagem foi lida, e certifica conteúdo, horário, etc)
Depois que nasceu os alimentos gravídicos convertem automaticamente em pensão alimentícia.
O prazo pra defesa é um prazo previsto na lei especial. Alimentos gravídicos, existe um prazo específico, são de 5 dias úteis ou corridos.
A lei indica que o devedor é o suposto pai. E se o suposto pai, de fato, era só suposto?
‘’Os alimentos são irrepetíveis, ou seja, não posso pedir de volta’’.
Reembolso nos termos do art. 305 do CC.
_____________________
Início meu caderno
Direito à liberdade:
Capítulo II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processode desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão;
III – crença e culto religioso;
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se;
V – participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI – participar da vida política, na forma da lei;
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação.
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Viagem nacional: art 83 do ECA:
Seção III
Da Autorização para Viajar
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.
§ 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;
b) a criança estiver acompanhada:
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos.
Viagem internacional: arts. 84 e 85 do ECA
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
I – estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
II – viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida.
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
Resolução 131 do CNJ :
RESOLVE:
Das Autorizações de Viagem Internacional para Crianças ou Adolescentes
Brasileiros Residentes no Brasil
Art. 1o É dispensável autorização judicial para que crianças ou
adolescentes brasileiros residentes no Brasil viajem ao exterior, nas seguintes situações:
I) em companhia de ambos os genitores;
II) em companhia de um dos genitores, desde que haja
autorização do outro, com firma reconhecida;
III) desacompanhado ou em companhia de terceiros maiores e
capazes, designados pelos genitores, desde que haja autorização de ambos os pais, com firma reconhecida.
Das Autorizações de Viagem Internacional para Crianças ou Adolescentes
Brasileiros Residentes no Exterior
Art. 2o É dispensável autorização judicial para que crianças ou
adolescentes brasileiros residentes fora do Brasil, detentores ou não de outra nacionalidade, viajem de volta ao país de residência, nas seguintes situações:
I) em companhia de um dos genitores, independentemente de
qualquer autorização escrita;
II) desacompanhado ou acompanhado de terceiro maior e capaz
designado pelos genitores, desde que haja autorização escrita dos pais, com firma reconhecida.
§ 1o A comprovação da residência da criança ou adolescente no
exterior far-se-á mediante Atestado de Residência emitido por repartição consular brasileira há menos de dois anos.
§ 2o Na ausência de comprovação da residência no exterior,
aplica-se o disposto no art. 1o.
Das Disposições Gerais
Art. 3o Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma
criança ou adolescente brasileiro poderá sair do país em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput deste artigo,
aplicando-se o disposto no art. 1oou 2o:
I) se o estrangeiro for genitor da criança ou adolescente;
II) se a criança ou adolescente, nascido no Brasil, não tiver
nacionalidade brasileira.
Art. 4o A autorização dos pais poderá também ocorrer por
escritura pública.
Art. 5o O falecimento de um ou ambos os genitores deve ser
comprovado pelo interessado mediante a apresentação de certidão de óbito do(s) genitor(es).
Art. 6o Não é exigível a autorização de genitores suspensos ou
destituídos do poder familiar, devendo o interessado comprovar a circunstância por meio de certidão de nascimento da criança ou adolescente, devidamente averbada.
Art. 7o O guardião por prazo indeterminado (anteriormente
nominado guardião definitivo) ou o tutor, ambos judicialmente nomeados em termo de compromisso, que não sejam os genitores, poderão autorizar a
viagem da criança ou adolescente sob seus cuidados, para todos os fins desta resolução, como se pais fossem.
3
Art. 8o As autorizações exaradas pelos pais ou responsáveis
deverão ser apresentadas em duas vias originais, uma das quais permanecerá retida pela Polícia Federal.
§ 1o O reconhecimento de firma poderá ser por autenticidade ou
semelhança.
§ 2o Ainda que não haja reconhecimento de firma, serão válidas
as autorizações de pais ou responsáveis que forem exaradas na presença de autoridade consular brasileira, devendo, nesta hipótese, constar a assinatura
da autoridade consular no documento de autorização.
Art. 9o Os documentos mencionados nos arts. 2o, § 1o, 4o, 5°, 6o e
7o deverão ser apresentados no original ou cópia autenticada no Brasil ou por repartição consular brasileira, permanecendo retida com a fiscalização da
Polícia Federal cópia (simples ou autenticada) a ser providenciada pelo interessado.
Art. 10. Os documentos de autorizações dadas pelos genitores,
tutores ou guardiões definitivos deverão fazer constar o prazo de validade, compreendendo-se, em caso de omissão, que a autorização é válida por dois
anos.
Art. 11. Salvo se expressamente consignado, as autorizações de
viagem internacional expressas nesta resolução não se constituem em autorizações para fixação de residência permanente no exterior.
Parágrafo único. Eventuais modelos ou formulários produzidos,
divulgados e distribuídos pelo Poder Judiciário ou órgãos governamentais, deverão conter a advertência consignada no caput
Art. 12. Os documentos e cópias retidos pelas autoridades
migratórias por força desta resolução poderão, a seu critério, ser destruídos após o decurso do prazo de dois anos.
Art. 13. O Ministério das Relações Exteriores e a Polícia Federal
poderão instituir procedimentos, conforme as normas desta resolução, para que pais ou responsáveis autorizem viagens de crianças e adolescentes ao exterior quando do requerimento da expedição de passaporte, para que deste conste a autorização.
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, a Presidência
do Conselho Nacional de Justiça poderá indicar representante para fazer parte
de eventual Grupo de Trabalho a ser instituído pelo Ministério das Relações
Exteriores e/ou Polícia Federal.
Art. 14. Fica expressamente revogada a Resolução CNJ n°
74/2009, assim como as disposições em contrário.
Art. 15. A presente Resolução entra em vigor na data de sua
publicação
Há grande aplicabilidade prática dessas regras relativas à viagem do menor.
Tudo está positivado, mas é preciso se atentar para alguns detalhes.
Insta consignar, inicialmente, que o meio de transporte para realização da viagem(nacional ou internacional) não vai interferir na regra: não interessa, portanto, se o menor vai viajar de vai viajar de ônibus, de carro, de trem, de avião ou a pé, a regra de viagem é A MESMA.
Tudo que se disser agora diz respeito ao art. 83, viagem nacional:
art. 83: (analisando as pegadinhas) – ler o art. muitas vezes
– no caput aqui não menciona adolescente. Só diz respeito à CRIANÇA, que é até 12 anos.
Assim, ,o adolescente viaja dentro do território nacional sozinho e sem qualquer autorização. Ex: 13 anos pode viajar no território nacional sem autorização dos pais ou do juiz/
a restrição de viagem diz respeito à COMARCA e não à CIDADE. O que isso pode implicar? Comarca de BH é só BH, mas Nova Lima pega Nova Lima, Raposos e Rio Acima. Se está em Rio Acima e vai para Raposos tudo bem, porque está dentro da comarca de residência.
”Desacompanhada dos pais’’: parece que é os dois pais. Mas não é.Basta estar acompanhada de um dos  pais. Pai ou mãe. Se vai de BH para RJ, basta estar acompanhado OU do PAI OU da mãe.
”OU responsável”: aqui, não se pode confundir a pessoa que tem o PODER DE VIGILÂNCIA com o RESPONSÁVEL. Responsável aqui é o RESPONSÁVEL LEGAL, que é somente TUTOR, CURADOR OU GUARDIÃO. Avô, PODEM SER ESSAS FIGURAS, mas em regra não são. Professora e babá tem DEVER DE VIGILÂNCIA.
”Autorização judicial”: aquela emanada do Poder Judiciário
Na ordem que o texto da lei está formulado, o conceito é proibitivo.
A criança só poderá viajar para viajar para fora da comarca onde reside se estiver acompanhada de pelo menos dos pais, ou do responsável legal. Caso contrário, com autorização judicial.
”§1º: a autorização não será exigida” (ou seja, a criança não estará acompanhada de um dos pais nem do responsável legal) mas mesmo assim consegue viajar sem autorização judicial:
tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana.  Comarca contígua é aquela que é LIMITE uma da outra. Ex: BH/Nova Lima. Tem que ser comarca limite e mesmo assim tem que estar dentro da mesma unidade da Federação.
novamente, a criança não está com os pais nem os responsáveis mas pode viajar com essas pessoas:
ascendentes (avós, bisavós, tetravós, tataravós) ; colateral maior até terceiro grau: irmão, tio, sobrinhos. Não basta ser irmão, tio, sobrinho. Tem que ser isso tudo MAIOR DE IDADE. E tem que comprovar DOCUMENTALMENTE o parentesco. Ex: neto e avó portando IDENTIDADE DE NASCIMENTO não COMPROVA o parentesco. Pra isso precisa de CERTIDÃO DE NASCIMENTO E IDENTIDADE. Ou identidade dos pais.
se a criança tiver acompanhada de pessoa maior(QUALQUER PESSOA) autorizada pelo pais, mãe ou responsável. Se é excursão do Colégio. Os pais tem autonomia de autorizar qualquer pessoa. Avô, tio e irmão maior podem viajar, se autorizados por um dos pais, mas não podem AUTORIZAR viagem. ‘’Quem pode mais pode menos’’ . Nesse caso não vale: eles conseguem realizar a viagem mas não podem autorizar a viagem.
OBS: Quanto à autorização dos pais, a lei não estabelece forma, mas por provimento do TJ tem que ter firma reconhecida.
E se o menino vai viajar sozinho de BH para RJ? Como não tá na exceção, precisa de autorização judicial. Se a hipótese não tá contemplada, precisa de autorização judicial.
O agente da Vara de Infância conceder uma autorização válida por até 30 dias.
A autoridade judiciária(E não autoridade POLICIAL) poderá, a pedido dos pais(qualquer um dos pais) ou responsável, conceder autorização válida por DOIS anos.
Viagem nacional basta apenas 1.
Refletir:
1)Pai e mãe tem um menino de 7 anos. Rompeu vínculo conjugal pelo divórcio. A guarda ficou unilateral e exclusiva para mãe. Ambos moram em BH. No período de férias escolar, ele pretende viajar para com o filho para o Rio.
Guarda é o dever primário, de cuidar, suprir e zelar imediatamente pelo menor de idade. O pai, após o divórcio, nada acontece com o poder familiar. A guarda, por algum motivo, continuou com a mãe.
Mas exercendo a paternidade, ele poderá viajar sem problema nenhum e pode inclusive autorizar viajar na companhia de outra pessoa.
Assim, a guarda exclusiva unilateral pra um do genitores não impede o outro de viajar nem de autorizar.
2) Vamos supor que o pai abusou sexualmente do filho. Isso pode levar à suspensão ou destituição do poder familiar. Continua sendo pai, mas perdeu as prerrogativas do poder familiar. Assim não consegue viajar nem autorizar.
Problematização de ordem prática: juridicamente não pode, mas saí uma sentença que vai ser averbada ao registro da certidão de nascimento, mas a identidade continua constando como pai.
3) Camila, 15 anos, é irmã de João, de 8 anos. Pretendem viajar de BH para o rio de Janeiro. O pai e a mãe autorizou expressamente a realização de ambos. Camila poderá ir, porque é adolescente. E João, por que não pode? Ele quase PODE: por que estava acompanhado da colateral, mas ela não é maior; e os pais autorizaram, mas não houve acompanhamento devido.
Viagem internacional: aqui, por um momento precisamos esquecer as regras da nacional. Ela é regulamentada por uma resolução, 131 do CNJ. A regra geral, comporta exceções, é a seguinte: nenhum menor de 18(dezoito) anos viajará para o exterior desacompanhado de ambos os pais.
A viagem para o exterior não importa se é criança ou adolescente(qualquer menor), e para viajar para fora a resolução prefere a companhia dos DOIS pais.
1º exceção: vamos supor que vai viajar só na companhia do pai:
se for apenas com um genitor, precisa da autorização do outro. Não existe um formulário próprio. Mas há diferença entre reconhecimento de firma por semelhança e por autenticidade. O reconhecimento de firma por semelhança: cadastro de firma em cartório – ‘’parece a assinatura”
autenticidade: levo o documento do carro, vou no cartório, mostro a identidade e ele certifica.  A autenticidade é mais CONFIÁVEL.
Hoje pode ser tanto por semelhança quanto por autenticidade.
OBS: Se vai viajar com a mãe e o pai é falecido, basta levar certidão de óbito original ou cópia autenticada.
Se o menino for viajar sozinho para o exterior, basta ambos os pais autorizarem.
Se o menino vai viajar de 17 anos com avô paterno(ou qualquer 3º pessoa), precisa de ambos os pais autorizarem.
Se vai viajar com a mãe e o pai nega autorizar. Pode viajar desde que requeira pro juiz : suprimento de consentimento, ação judicial.
A mesma coisa se o pai tiver em local incerto e não sabido.
Pai suspenso ou destituído do poder familiar NÃO precisa de autorizar, e aí comprova isso, via de regra, pela sentença.
Pergunta-se: vamos supor que eu tenho um filho de 5 anos e vou viajar de BH para Buenos Aires, mas a mãe do meu filho encontra-se presa por tráfico de drogas. Não precisa, porque suspende o poder familiar após condenação penal superior a 2 anos transitada em julgado. art. 1637, pu.
O STJ ainda não pacificou entendimento sobre se essa suspensão é automática ou não, e a tendência é que esse dispositivo não tem aplicação automática.
STJ tem falado que a sentença penal tem que declarar isso como efeito da condenação.
Corrente: automático —> condenou, acabou, tá suspenso (STJ já pensou assim antes)
Corrente: suspensão precisa ser DECLARADA expressamente na sentença penal condenatória. Caso não seja, não ocorreu a condenação.
Se não tiver na sentença o pai ou a mãe ainda pode pedir.
7º O menor de idade tem que viajar com ambos os pais, mas existe uma exceção em que a pessoa não é pai ou mãe e mesmo assim a criança poderá viajar: o tutor e o guardião(definitivos)DESDE QUE NÃO SEJA PAI OU MÃE pode autorizar a viajem e viajar sem qualquer autorização.
Por que isso? No exemplo que deu que o pai divorciou da mãe e a mãe ficou com a guarda exclusiva, na nacional ambos podem viajar. Aqui, não obstante a mãe ter ficado com a guarda exclusiva, ela continua sendo mãe e a, despeito de ser mãe, o pai tem que autorizar.
Diferentemente se fosse a guarda deferida pra avô, tio ou 3º pessoa. Não sendo um dos pais, pode viajar e pode autorizar como se pai fosse. Tem que ser um guardião definitivo desde que não seja os pais.
Ex: se a guarda ficou com um dos pais, o outro necessariamente tem que autorizar. Já que foi definida pra uma terceira pessoa, pressupõe que essa terceira pessoa poderá viajar ou autorizar a viagem.
perdi a última a aula, terça-feira, 12 de setembro de 2017
DIREITO AO RESPEITO: “Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”
Art. 7º Resolução 131 CNJ: O guardião por prazo indeterminado (anteriormente nominado guardião definitivo) ou o tutor, ambos judicialmente nomeados em termo de compromisso, que não sejam os genitores, poderão autorizar a viagem da criança ou adolescente sob seus cuidados, para todosos fins desta resolução, como se pais fossem.
CPC Art. 72.  O juiz nomeará curador especial ao:
I – incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
II – réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado.
Parágrafo único.  A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.
CPC Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.
Integridade física violada já é protegida
Lei da palmada (13.010/14): alterou o ECA criando os arts. 18-A e 18-B.
“Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Parágrafo único.  Para os fins desta Lei, considera-se:
I – castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
II – tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.”
“Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso:
I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;             
II – encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
III – encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV – obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;             
V – advertência.
Parágrafo único.  As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.”
Lei do Bullying (13.815/15): intimidação sistemática (reiteradamente). Cria um programa de combate ao bullying (atua na prevenção, não como sanção). Os pais respondem civilmente pelos atos praticados pelos filhos.
“Art. 241.  Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.”  Trata dos “nudes” de crianças e adolescentes.
Integridade psíquica e moral:
Lei da Alienação Parental (12.318): não é só pai e mãe que cometem alienação parental, avós, responsáveis, e qualquer pessoa que tenha um poder de vigilância sobre o menor de idade podem cometer. Mas para caracterizar a alienação, a interferência negativa tem que ser contra o pai ou a mãe.
“Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos
Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a alienação parental. 
Art. 3o  A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 
Art. 4o  Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. 
Parágrafo único.  Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 
Art. 5o  Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 
§ 1o  O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. 
§ 2o  A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.  
§ 3o  O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. 
Art. 7o  A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada. 
Art. 8o  A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. 
     Art. 11.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Obs: por genitores leia-se pais biológicos ou adotivos, ambos podem ser vítimas da alienação.
Síndrome de alienação parental: estudo dos reflexos que acontecem na criança que passa por uma alienação (Richard Ghardner).
A alienação pode advir de imputação de mentiras ou verdades, dependendo do modo como forem ditas.
O juiz pode de ofício apurar a alienação, inclusive em processo acidental.
A alienação parental por si só não é crime, mas pode gerar reflexos de natureza criminal, como crimes contra a honra (ex: “seu pai é usuário de drogas”).
Sanções: “Art. 6º  Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso:
I – declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;
II – ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
III – estipular multa ao alienador;
IV – determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
V – determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão;
VI – determinar a fixação cautelardo domicílio da criança ou adolescente;
VII – declarar a suspensão da autoridade parental.”
Obs: o inc. III está fora de uso porque não tem previsto o destinatário da multa. O professor defende que a multa seria cabível apenas quando praticado pelo pai ou mãe, aplicando-se por analogia o art. 249 ECA.
terça-feira, 19 de setembro de 2017
Hoje versaremos sobre direito à imagem do menor. Frise-se que a imagem tem que ser protegida tanto pro adulto quanto pro adolescente. O exemplo disso é o art. 143 do ECA, que estabelece que o menor de idade que tenha cometido um ato infracional não pode ter nada divulgado a respeito. Não pode ter seu nome, sobrenome, fotografia, imagem, endereço, filiação, e tampouco elementos do processo, como inquérito, termo de audiência.
As iniciais também não podem.
O art 143 do ECA, pu, veda inclusive o uso das iniciais. Vejamos:
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:
Pena – multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente.
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação ou a suspensão da programação da emissora até por dois dias, bem como da publicação do periódico até por dois números. (Expressão declara inconstitucional pela ADIN 869-2).
Tanto que se consultar processo que corre em segredo de justiça, lá aparece as inicias, já processo de ato infracional aparece ‘’consulta restrita’’. Por isso que divulga adolescente de costas.
Norma do art. 247 é a sanção administrativa, tratando-se do menor de idade no aspecto INFRACIONAL. Quem descumprir, ou seja, quem divulgar, está sujeita a uma penalidade administrativa de multa, de 3 a 20 salários mínimos, podendo aplicar em dobro em caso de reincidência.
Comparando com um adulto: um adulto que comete um crime pode ter sua imagem divulgada? Pode. Liberdade de imprensa, acesso à informação, direito à imagem.
Aspecto cível: no aspecto cível, a imagem do menor de idade é protegida, diferentemente de um adulto que quer posar nu. O menor de idade não pode, ”de jeito nenhum’’, posar nu. Pode fazer um outdoor, por exemplo, mas tem que atender alguns requisitos.
Art 149, II do ECA. O da imagem é o inciso II. O I diz respeito à entrada(criança como frequentador: chalezinho, woods: acesso ao local) e permanência ao local;
o II, que importa pra gente, é a PARTICIPAÇÃO como protagonista.
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante alvará:
II – a participação de criança e adolescente em:
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
b) certames de beleza.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade judiciária levará em conta, dentre outros fatores:
a) os princípios desta Lei;
b) as peculiaridades locais;
c) a existência de instalações adequadas;
d) o tipo de freqüência habitual ao local;
e) a adequação do ambiente a eventual participação ou freqüência de crianças e adolescentes;
f) a natureza do espetáculo.
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as determinações de caráter geral.
‘’Compete à autoridade judiciária disciplinar a participação de criança e adolescente ‘’
Compete ao juiz, por meio de Portaria OU alvará tratar da imagem do menor de idade. São esses os instrumentos jurídicos que o juiz da comarca pode utilizar.
A portaria, segundo o ECA, serve para DISCIPLINAR. O alvará serve para AUTORIZAR.
02/2008 JIJ/BH, art. 39. (Juizado Infância e Juventude BH).
A portaria, o juiz da infância não é obrigado a criar. O juiz da infância de BH entendeu por bem disciplinar, de forma genérica, o uso da imagem. Art 39:
PORTARIA N° 002/08
Disciplina o procedimento para requerimento de autorização
judicial para entrada e permanência de crianças e
adolescentes em locais e estabelecimentos, para participação
de crianças e adolescentes em atividades esportivas,
espetáculos e certames de beleza e para veiculação de
imagem de crianças e adolescentes.
O Excelentíssimo Senhor Marcos Flávio Lucas Padula, MM.
Juiz de Direito da Vara Cível da Infância e da Juventude da
Comarca de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, no uso
de suas atribuições legais e, em especial, nos termos dos
artigos 146, 149, incisos I e II, 153 e 212, todos do Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069 de 13 de julho de
1990),
Art. 39 – É dispensada a autorização judicial para participação de crianças e/ou adolescente em espetáculos públicos e em certames de beleza, assim como para veiculação de imagem de criança e/ou adolescente, quando autorizadas por ambos os pais ou responsável, por documento escrito, com firma reconhecida, desde que as imagens não apresentem a criança ou adolescente em situação vexatória e desde que não apresentem conteúdo pornográfico, obsceno ou qualificado como impróprio para crianças e adolescentes.
Controle de legalidade da Portaria: a própria Corregedoria do Tribunal de Justiça pode questionar a portaria.
BH o juiz entendeu que basta que ambos os pais autorizem. Cabe ao juiz regulamentar da maneira que ele entender.
Sou o pai de uma filha e ela vai fazer um outdoor: se eu e o outro pai autorizar, precisa de algo ? Não. Mas se só um autorizar, tem que ir ao Judiciário.
Para o uso da imagem do menor de idade, tem que verificar a existência de eventual portaria na comarca, e se ela será atendida. Existe uma portaria, e a portaria foi atendida, o uso da imagem é permitido.
Verifica se tem portaria e se o que tá disciplinado é permitido.
2) os requisitos, não sendo atendidos, ou inexistindo portaria na comarca, cabe ao juiz autorizar caso a caso.
Quando for mais de uma comarca, precisa de autorização de juiz, e aí vai ser autorização da comarca do DOMICÍLIO do menor de idade.
Direito do trabalho do adolescente:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Capítulo V
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz.          (Vide Constituição Federal)
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:
I – garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;
II – atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
III – horário especial para o exercício das atividades.
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos trabalhistas e      previdenciários.
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:
I – noturno, realizado entre as vinte e duashoras de um dia e as cinco horas do dia seguinte;
II – perigoso, insalubre ou penoso;
III – realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
IV – realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada.
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo.
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros:
I – respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;
II – capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
A redação do art. 60 não está em CONFORMIDADE com o apregoado pelo art 7º, XXXIII da CF. Assim,a idade mínima para trabalho no Brasil é 16 anos. A partir dos 16 anos a pessoa pode assinar contrato de trabalho.
Abaixo de 16 anos o menor pode EXERCER A FUNÇÃO DE APRENDIZ(eufemismo para ‘trabalho aprendiz’).
O art 7º da CF já tratou das vedações: o que os menores não podem realizar: trabalho 1)noturno, 2)perigoso e 3)insalubre. Importante apontar o trabalho noturno (urbano compreendido entre 22 às 5hs). OBS: Menor de idade pode trabalhar à noite, mas não noturno.
4)Trabalho penoso: tem uma decisão do TST que entende trabalho do adolescente na colheita de cana de açúcar é considerado trabalho penoso.
A última vedação é a prevista no art. 413 da CLT. Ao menor de idade é vedado a realização de hora extra, salvo se previsto no acordo ou convenção coletiva de trabalho. Aí tem que fazer compensação: no máximo 2hs a serem compensadas. E além dessa possibilidade existe possibilidade de hora extra no caso de força maior, desde que o desempenho seja indispensável ao funcionamento do estabelecimento.
Art. 413 – É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo:                         (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
I – até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acôrdo coletivo nos têrmos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixada;                      (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II – excepcionalmente, por motivo de fôrça maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sôbre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.                    (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto no art. 375, no parágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384 desta Consolidação.                    (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Naturalmente, o menor de idade para assinar contrato de trabalho precisa de estar acompanhado do responsável legal para assisti-lo. (16 anos, relativamente incapaz).
A carga horária do adolescente trabalhador é a mesma carga horária do adulto: 8hs no máximo diárias e 44 semanais.
E os aprendizes? No art 62 define-se o que é considerado aprendizagem. (Ver acima)
Qual o requisito do aprendiz? Ter no mínimo 14 anos e a função deve ser técnico profissionalizante nos termos das normas educacionais em vigor. Qual que é a norma educacional em vigor? LDB é a lei do Brasil que regulamenta educação em todos os níveis: lei 9394/96.
O que é considerado hoje formação técnico profissionalizando? Geralmente associa-se ao sistema S: sesc, senac, senai. Quais são as funções? Mecânica, eletrônica, manutenção de micro-computadores, técnico de administração, contabilidade.
Se contrato adolescente 15 anos e 6 meses, o que vai acontecer ? Nada. Apesar de ser 15 anos e 6 meses, ao completar 16 meses não acontece nada. 14 anos e 16 anos é idade MÍNIMA. Contrato de aprendizagem vai da idade MÍNIMA 14 até , no máximo, 24. E não ocorre conversão ao completar 16 anos.
Contrato de aprendizagem é por prazo determinado, salvo se a pessoa for deficiente. Nada impede que a pessoa comece como deficiência , e aí não há limite de idade.
Reflexão:
Imaginemos que tenho um supermercado, contrato um aprendiz com seus 15 anos para ficar ensacando as compras no caixa. Esse trabalho tá irregular porque não tá ligado à formação técnico-profissionalizante. Ensacar compra não é técnico-profissionalizante.
O que iria acontecer com isso? Primazia da realidade sobre a forma. Seria um contrato irregular, seria desfeito, mas garantindo os créditos.
Serviço de Assprom: tem adolescente trabalhador e tem aprendiz.
Para o adolescente trabalhar nas ruas- guardador de carros, por ex-, como faz? Em regra, o trabalho nas ruas é vedado. Todavia, excepcionalmente o juiz pode autorizar.
Assim, ninguém pode contratar para trabalhar nas ruas, e para fazê-lo precisa de autorização juiz da infância e da juventude.
Quem fiscaliza o trabalho e aprendizagem do menor de idade? Os mesmos : MPT, MT, JT.
E a Vara de Infância e Conselho Tutelar? Eles não fiscalizam diretamente. Eles podem fiscalizar via oblígua. Pode se deparar com uma situação de irregularidade e oficiar aos órgãos competentes, solicitando-lhes sejam tomadas as funções.
Maísa(atriz-mirim Sílvio Santos): não existe regulamentação no Brasil sobre trabalho artístico infantil. ‘‘Jeitinho brasileiro’’ foi por não entender trabalho artístico como trabalho, pois falta a subordinação. E encaixam artistas mirins como contrato de natureza civil de cessão de imagem. Quem precisa de autorizar? Juiz da infância.
Modelo : cessão de imagem.
E o que acontece com a remuneração disso? Os pais que usam isso.
Problematização prática: estamos no Brasil. É óbvio que 16 pra trabalhar, 14 anos pra ser aprendiz, isso é no mundo perfeito. Mas tem gente com 13, 12 anos, vendendo bala no sinal sustenta a casa toda.
Alvará é procedimento de jurisdição voluntária(não precisa julgar estritamente de acordo com a lei), e a tendência do STJ é que o judiciário tem flexibilizado a idade mínima do trabalho, com base no princípio da proteção integral e do melhor interesse.  Abaixo de 14 o prof nunca viu autorizar.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Cheguei um pouco atrasado.
Art 19 ECA
Art. 19.  É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.          (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
        § 1o  Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.      (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)       Vigência
        § 2o  A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.       (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)      Vigência
        § 3o  A manutenção ou a reintegraçãode criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.          (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
        § 4o  Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.       (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
Art 227, §6º da CF
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Reflexão: eu cuido de um menino há 6 anos, chamo ele de filhinho e ele me chama de papai. Só que eu nunca ingressei em juízo pedindo esse reconhecimento. Posso considerar em razão do tempo e do fato que acontece, ele ser o meu filho socioafetivo?
Considero ele filho antes mesmo do Judiciário reconhecer. Ele só vai tornar meu filho efetivamente depois que o Judiciário reconhecer. Antes do reconhecimento judicial ele é meu filho de fato, não de direito. Famoso “filho de criação”.
Socioafetivo é filho de criação DEPOIS QUE RECONHECIDO JURIDICAMENTE.
Essa decisão é CONSTITUTIVA, porque cria um vínculo na relação jurídica. Tem caráter DECLARATÓRIO  mas é, na sua essência, constitutiva.
Portanto, o socioafetivo sempre depende de reconhecimento judicial.
Princípio da prevalência da família. Art 100, Púnico, item X do ECA.
Igualdade entre os gêneros: havendo divergência entre o pai e a mãe leva sempre para o Juiz.
Mas pode ser pai e pai e uma mãe aqui e o filho. O poder do homem e da mulher no exercício da direção do filho é igual.
2 pais e uma mãe.
Todos tem poder familiar: se tiver divergência, leva para o Juiz.
Último princípio: prevalência da família.
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
        Parágrafo único.  São também princípios que regem a aplicação das medidas: 
  X – prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do adolescente deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isto não for possível, que promovam a sua integração em família substituta;
A família PREVALECE como medida protetiva se comparada às demais. Sempre que possível, o menor de idade fica com sua família de origem, sua família natural.
Esse inciso X traz conceito de família natural, família extenso ampliada e família substituta. Além disso, estabelece uma preferência, que na promoção e na proteção dos menores a família deve ser privilegiada. Ou seja, se o menor está em uma situação de risco, o abrigamento é a última opção. Se tiver outra família que aceite acolher, o legislador prefere isso a ficar, por exemplo, num abrigo, que deve, repita-se, ser a última opção.
O legislador privilegia família e conceitua três tipos de família na seguinte ordem, na seguinte preferência: a primeira família, família natural. O conceito de família natural é um conceito da lei. 1) FAMÍLIA NATURAL:
Família natural está previsto no art. 25. Entende-se por família natural aquela formada pelos pais, qualquer deles ou seus descendentes.
É natural aquela formada pelo pai, pela mãe e pelos filhos ou qualquer um deles: só o pai, só a mãe ou só o filho.
Pai, outro pai e filho: isso é considerado família natural. Não pode confundir o conceito de família natural com origem natural. Pai, pai e filho precisa ou de adoção ou de reconhecimento sócioafetivo. A partir desse momento se tornou pai e filho, tratando-se de uma família natural.
Pode ser casal, 1 só e um filho. O nome é família natural, mas não precisa ser por meios naturais.
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
2) FAMÍLIA EXTENSA/AMPLIADA
Segundo tipo de família: família extensa ou ampliada. Art 25, Parágrafo único do ECA.
Parágrafo único.  Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
Família natural é a dos pais e dos filhos, já a extensa ou ampliada, pelo próprio nome, é a seguinte: considera-se família extensa aquela que se estende para além da unidade pais e filhos. Vai além da unidade pais e filhos, formada por parentes próximos que a criança ou adolescente conviva com afinidade e afetividade.
A jurisprudência tem desconsiderado a palavra próximo, de modo que basta ser parente. O mais importante é a convivência com afetividade e afinidade. Não há de se falar em grau, limite de parentesco. Extensa ou ampliada é aquela formada por parentes que a criança tenha afinidade.
Reflexão: A família extensa ou ampliada tem que ser consaguínea? Não. Tem que ser PARENTE. Ex: professor adotou uma criança. O pai dele tornou avô dessa criança. Se o avô convive com ele, é família extensa/ampliada.
3) FAMÍLIA SUBSTITUTA: não possui um conceito legal, não está na lei. É um conceito por exceção: é a família que não é natural e não é extensa nem ampliada. Pode ser um vizinho, um amigo, pode ser inclusive um desconhecido. É uma família que veio para substituir a natural ou ampliá-la. Ou seja, o ECA privilegia isso aqui: família natural, família extensa ou ampliada e família substituta.
Óbvio que a família natural é privilegiada antes. Sempre o legislador vai, ao máximo, tentar que a criança/adolescente fique junto aos pais. O legislador prefere uma possível reintegração a essa família , se possível.
Mas sendo uma tortura, abuso sexual, caso grave, por exemplo, o legislador passa para a família ampliada: parentes próximos.
Mas existes casos em que o menor não tem ninguém, e nesses casos, por último vai para a família substituta.
IMPORNTATE: O abrigo(medida protetiva) é família substituta? NÃO! O legislador prefere qualquer uma dessas FAMÍLIAS a um ABRIGO, que por sua própria natureza provisória se diferencia de uma família.
PODER FAMILIAR: art 1630 a 1638 do Código Civil. O ECA fala de poder familiar de forma muito tímida.
CAPÍTULO V
Do Poder FAMILIAR
Seção I
Disposições Gerais
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.
Art. 1.633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da mãe; se a mãe não for conhecida ou capaz de exercê-lo, dar-se-á tutor ao menor.
Seção II
Do Exercício do Poder Familiar
Art. 1.634.  Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
I – dirigir-lhes a criação e a educação;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
II – exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
III – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
IV – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)V – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
VI – nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
VII – representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;     (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
VIII – reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;     (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)
IX – exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.     (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)
Seção III
Da Suspensão e Extinção do Poder Familiar
Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:
I – pela morte dos pais ou do filho;
II – pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único;
III – pela maioridade;
IV – pela adoção;
V – por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.
Pergunta: Que que é poder familiar?  Eu posso afirmar que o poder familiar é exclusivo dos pais?
Poder familiar realmente é exclusivo de pais para filho. Avô não tem, tio não tem, vizinho não tem. Claro, no entanto, que as pessoas podem ADQUIRIR poder familiar.
Ex: o professor só tem um cacto, não tem cachorro, gato, criança, nada ! Mas ele pode adotar um filho e, com isso, adquirir poder familiar.
Poder familiar se relaciona com a guarda: posso ter poder familiar e não ter a guarda. Ex: pais separados, guarda de 1 só. Ou: vou viajar, deixo com o tio.
O poder familiar é muito mais que a GUARDA e permite o pai autorizar uma emancipação ou não, casamento ou não, autorizar inclusive mudança de sexo. A guarda não permite.
O que vou saber que a guarda permite ou não? Para o que precisa do poder familiar e do que precisa da guarda? Tá espalhado no Código Civil e no ECA. Mas podemos afirmar seguramente que o poder familiar pode muito mais do que a guarda.
O poder familiar é irrenunciável(deve necessariamente ser exercido)e intransferível(não se pode delegar uma obrigação exclusiva do pai ou da mãe para outra pessoa.). Ser irrenunciável, quer dizer que não posso deixar de exercer: a partir do momento que tenho um filho, sou obrigado a exercer esse poder familiar. Se eu abrir mão do poder familiar posso ser processado criminalmente pode abandono de incapaz.
Não posso transferir esse ônus, o poder-dever. É uma obrigação de ser exercida.
Pergunta-se: Mas e no caso de adoção? Se eu tenho um filho e outra pessoa adota meu filho, eu não taria transferindo o poder familiar?
NÃO! Se meu filho foi adotado eu DEIXEI de ter poder familiar.
Mas tecnicamente NÃO OCORRE A TRANSFERÊNCIA, nem no caso de adoção. Porque quando tem alguém adotando meu filho, o juiz tem que, primeiro, julgar a DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR e conceder a adoção.
Em outras palavras: é a extinção de um vínculo e criação de um vínculo novo!
Poder familiar era conhecido antigamente como pátrio poder(patrio vem de paterno, homem). Mas mais moderno é AUTORIDADE PARENTAL. Tratando de poder familiar/autoridade parental, vamos entrar num assunto interessante: poder familiar X assistência imaterial X dever de afeto.
A sociedade é convencionada a achar que o certinho é pai, mãe, tudo ‘’bonitinho”, cuidando de um filho. Mas não é realidade de todos: tem gente que conviveu só com 1 dos genitores, seja porque faleceu, … ou não teve contato com nenhum.
Nesse sentido, urge a reflexão: tem como forçar alguém a dar carinho? Naturalmente que não.
Dar carinho/afeto é a mesma coisa. Carinho não tem preço. E aí tem um problema: danos morais e ausência de afeto.
É muito melhor uma AUSÊNCIA DE AFETO do que um afeto forçado. Imagina que coisa banal: ser obrigado a dar amor/carinho por uma ordme judicial. Perde o sentido do carinho.
É inviável a responsabilização civil do pai ou da mãe que não deu amor/carinho. As decisões decidem pela improcedência da indenização por 2 argumentos:
não tem como quantificar o amor. De fato não tem como quantificar o amor, mas quando perde 1 membro, uma perna, isso também não tem como quantificar, mas é quantificado mesmo assim, por estimativa. Imagina começar a condenar por danos morais para prevenir que outros pais deixem de dar amor, isso atrapalharia ..
em 2012, Nancy Andrighy resolveu condenar o pai em 200.000 por abandono efetivo da família. O prof discorda disso: o carinho e afeto pode ser exigido moralmente, mas não juridicamente. Essa decisão não foi vinculativa.
Solução mais adequada por abandono afetivo: tenho filho de 10 (Dez) anos. Só vi o parto, mas sempre transferi a pensão. Nunca fiz um telefonema de aniversário, de natal. Qual a melhor solução jurídica? A melhor solução, acredita o professor, é destituir esse pai do poder familiar. É muito melhor pro menor de idade, mesmo sendo isso que o pai quer: o dever de prestar alimentos decorre do poder familiar OU DO PARENTESCO.
Mas o melhor dessa saída jurídica é que o pai ausente para de dar pitaco nos cuidados do filho: se o filho quer casar, a mãe não precisaria da anuência do pai.Assim, o pai continuaria dando pensão mas deixa de dar as diretrizes em relação ao filho.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do (PÁTRIO PODER) poder familiar.      (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)      Vigência
§ 1o  Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e promoção.          (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 2o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.       (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)
Reflexão: A FALTA DE RECURSO MATERIAL DE FATO NÃO PERMITE, mas na maioria das vezes a falta de recursos materiais leva a outras situações como exploração do trabalho infantil, alcoolismo, prostituição. Mesmo que essas outras situações sejam decorrentes da falta de recurso material, pode levar à destituição do poder familiar.
E O §1º : ‘NÀO EXISTINDO OUTRO MOTIVO POR SI SÓ’.
‘’POR SI SÓ’’.
ECA
(caderno outrem – início)
Direito da Criança, do Adolescente e do Idoso
Paulo Tadeu Righetti Barcelos
08/08/2017
1a Prova: 26/09
2a Prova: 24/10
3a Prova: XX
Livro: Katia Maciel
ECA: Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069 / 1990. Lei 12.010/2009
Conceito do Direito da Criança e do Adolescente
É o ramo do direito público com caracteristicas de direito privado que estuda a proteção integral de todas as criança e adolescentes.
O destinatario é o poder público, o estado. As normas tem carater cogente, obrigatorio. Sao normas que vinculam o poder público.
Objeto do Direto da Crianca e do Adolescente:
– Proteção integral: proteção que nao sofre qualquer limitação. Nao significa que o menor de idade pode fazer qualquer coisa. Nao sofrer limitação é a proteção.
– Aplica o ECA aos menores de 18 anos.
– Aplica-se o ECA aos menores até os 21 anos.
– Menor de idade emancipado, o ECO incide sobre ele? Sim.
Fontes do Direito da Criança e do Adolescente:
Fontes internas:
– CR, art. 227
– ECA
– Código Civil
– Código de Processo
– CLT
Fontes externas:
– Declaração de Genebra, de 1924
– Declaração Universal dos Direitos da Criança e do Adolescente, adotado pela ONU em 1959.
– Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente, 1989.
História do Direito da Criança e do Adolescente:
Poder familiar é de pai para filho.
Poder familiar encerra com a maioridade.
A emancipação também encerra o poder familiar.
Brasil Colonia:
Era excluída a ilucitude do fato do pai que lecionasse o filho sobre o pretexto de educá-lo.Brasil Império:
Idade Penal: 7 anos
Código penal de 1830: de 7 anos passou para 14 anos e também criou o instituto exame do dissernimento (entender, ter o conhecimento). De 7 a 14 recebia o exame do dissernimento, iria verificar se a pessoa tinha ou nao a capacidade de responder pelo ato.
CP 1890: mudou de 14 para 9 anos.
Traços Protetivos/ Controles:
– Casa dos Jesuitas: criada com o intuito de afastar os filhos indigenas, dos costumes barbarous dos pais.
– Sec. XVIII: roda dos expostos ou enjeitados. Um dispositivo instalado nos conventos onde a pessoa que fosse abandonar a crianca iria colocar a criança nesse dispositivo e alguém o receberia. Essa roda hoje é compativel com o ordenamento juridico atual? Nao, porque é vedada a entrega anonima de uma crianca para adoção e tamem porque a crianca ter direito de saber da sua origem.
No Brasil a primeira legislação que tratou do menor de idade foi o Código de Menores (CM) de 1926. Esse código abordava o abandono.
A segunda legislação foi o Código de Menores de 1927. Código Mello Mattos. Que tratava do abandono.
A terceira legislação foi o Código de Menores de 1979. Foi consolidada uma doutrina da situação irregular (DSI). Cuidava de menores em situação irregular: menor de idade for a da escola, que sofre abuso ou maus tratos dos pais, abandonado.
Até aqui a legislacao nao entrega direitos aos menores de idade. Se preocupava com eles, mas nao era efitivamente com eles e sim o que esse abanonado, fora da escola, ou com abuso dos pais irá se tornar? O que ele fará para a sociedade?
Até a CF de 1988 nao se tinha direitos.
A partir da CF de 1988, art 227, tudo mudou. Mudou a ideia sobre criança e adolescente. Tenho que garantir direitos.
A doutrina atual é a Doutrina da Proteção Integral. A DPI é o tripe da coresponsabilidade, ou seja, todos tem o dever de assegurar a efetivacão dos direitos da crianca e do adolescente: familia, sociedade e estado.
22/08/2017
Princípios do Direito da Criança e do Adolescente
Princípios Mestres:
– Princípio da Prioridade Absoluta (Princípio da Primazia):preferencialmente, prioridade. Estabelece que os menores de idade tem uma preferência de direitos em relação aos demais. Tem uma prioridade que é absoluta.
Art. 227. CF. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à Liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada pela EC n. 65/2010)
Art. 4 ECA É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Art. 3 Estatuto do Idoso Lei 10.741/0: É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Entre construir uma creche para criança ou casa para idoso, quem tem preferência? No âmbito constitucional somente o menor tem prioridade. No infraconstitucional os dois tem prioridade.
– Princípio do Superior Interesse ou Maior interesse: qualquer decisão judicial ou administrativa deve ter por fundamento (como base) o que for melhor para o menor de idade em detrimento dos demais envolvidos.
Crítica: não basta informar o principio de maior interesse, tem que informar o motivo, ex. Não tem convívio com os pais biológicos, etc.
– Princípio da Municipalização: é a descentralização das políticas públicas em favor do município. A política de atendimento é prioritariamente realizada pelos municípios. O municipio tem que prestar a política pública de atendimento aos menores de idade, mas não tem competência legtislativa (criação de normas).
Estatuto da Criança e do Adolescente 13 Julho 1990.
Criança: 0 a 12 anos incompletos. Nasceu até 12 anos incompletos é criança.
Adolescente: entre 12 anos e 18 anos.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Lei da Primeira Infância, 13.257 / 2016 estabelece o que é Primeira Infância: é o período compreendido até 06 anos completos (não pode ter 7 anos) ou 72 meses.
Ex. Nasceu dia 02 de Janeiro de 2000 às 15:00.
No dia 02 de Janeiro de 2018 às 09:00 a pessoa explode caixa eletrônico.
17 anos
Existem 3 correntes:
– 1a corrente: considerada errada. Pois considera o horário de Nascimento.
– 2a corrente: considerada errada. Teria que transcorrer o dia todo, teria que terminar o dia 02 e iniciar o dia 03 para completar o ano civil.
– 3a corrente: correta: A partir do primeiro instante da virada do dia 01 para o dia 02 já vale. Essa pessoa responderia como adulto.
O ECA se aplica no adulto (18 a 21 anos) em 2 situações. Já e maior de idade e se aplica o ECA quando:
– Ato infracional:
Ex. 17 anos, 11 meses e 29 dias. Resolve explodir o caixa eletrônico. Foi preso uma semana depois já com 18 anos. Ele responde pelo ato como maior ou menor? Menor, pois considera a data do fato. Ele responderá nos termos do ECA, processo infracional e não criminal. E se ele for condenado somente com 18 anos? Aplica o ECO, medida sócio educativo.
21 anos de idade prescreve o ato infracional.
Se cometi furto com 17 anos estou sendo processado por isso. É um ato infracional, procedimento especial previsto no ECA. Respondo a esse fato como menor de idade. Mesmo completando 18 anos com o tempo considera a data do fato e é um procedimento infracional. Nao pode ser preso, pois considera a data do fato (nao pode ir para a justiça comum). Se condenado mesmo sendo adulto, o ECO nao preve privsao, embora tenha 19 anos, quando cometeu era menor tem que ser aplicada a regra do ECA.
– Adoção: adolescente de 17 anos, no curso da adoção faz 18 anos, irá continuar adoção na vara da infância e juventude.
Loucuras do ECO: em 88 nao existia direitos, por isso o art. 3 e 5.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Método de interpretação do ECO
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
O ECA deve ser interpretado de forma teleológica.
Feto anencéfalo: antigamente não poderia interromper a gravidez, sendo necessário uma autorização judicial.
ADPF 54 de 2012: 8 votos a 2, dos Ministros, ficou decido pela possibilidade de interrupção da gravidez sem necessidade da ordem judicial. Princípio da dignidade da pessoa humana.
Menção a interrupção terapeutica da gravidez, estupro ou risco de morte para a genitora.
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos

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