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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Isenção e formas de isenção
A isenção é um instituto muito mais complexo do que aparenta à primeira vista, destacando-se diversas teorias para explicá-lo, em função das divergências interpretativas. Dentre as dificuldades que surgem para a sua compreensão, serão destacadas algumas para efeitos dessa reflexão sobre a matéria. A primeira versa sobre a isenção como forma de imunidade, impedindo a constituição do crédito tributário; uma segunda dispõe sobre o seu enquadramento como hipótese de não incidência da norma tributária; e, uma terceira, mas talvez não a última, seria aquela que trata a isenção como uma forma de remissão (perdão) do crédito tributário regularmente constituído, a qual, segundo o nosso entendimento, é a que foi recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Pode ser entendida das seguintes formas:
De caráter geral: (quando beneficia todos os contribuintes do território diretamente)
De caráter individual: (quando atinge determinados contribuintes, dependendo de despacho mediante o requerimento do interessado);
Objetiva ou real: (quando se referir a um produto ou mercadoria),
Subjetiva ou pessoal: (quando tocar o caráter pessoal do beneficiário); 
Pode ser ainda: onerosa ou simples, por prazo indeterminado ou por prazo certo, ampla ou restrita; 
Em regra pode ser modificada ou revogada por lei a qualquer tempo, equivalendo á criação de um novo tributo, que deverá respeitar o princípio da anualidade.
A isenção pode ser concedida em caráter geral ou específico. É o que preceitua o art. 179 do CTN. Em qualquer caso, em decorrência do princípio da legalidade, somente pode se dar por meio de lei.
 	Caso a isenção seja geral, todos os destinatários serão beneficiados sem que necessite fazer qualquer procedimento. A Administração praticará todos os atos administrativos necessários. Todavia, no caso específico, o beneficiário haverá de requerer e a administração deverá analisar, caso a caso, e despachar, comprovando se ele preencheu todos os requisitos para fazer jus ao benefício.
 	O § 1º do art. 179 dispõe sobre a necessidade do beneficiário da isenção específica renovar o seu pedido de tempo em tempo, quando o tributo for lançado por período certo de tempo. Se não fizer o pedido de renovação antes que se expire sua validade, pode perder o benefício. Aliás, conforme o § 2º desse artigo, o despacho da autoridade não gera direito adquirido. Logo, o contribuinte beneficiário terá que demonstrar que continua preenchendo os requisitos, sem prejuízo de que a própria administração também faça isso para continuar a recebê-lo. Um dos requisitos da isenção é que o isento demonstre preencher as condições estabelecidas. Se não demonstrar isso, perde o direito e a Administração declarará esse fato.
É de destacar que os atos da Administração no que se referem à isenção são meramente declaratórios. Quem concede a isenção é a lei. A autoridade administrativa apenas verifica e declara que o contribuinte faz jus à isenção.
Anistia 
	É o perdão da penalidade de índole tributária. Isso não quer significar o perdão do débito tributário, mas da multa que recai sobre o sujeito passivo inadimplente da relação jurídica. Entretanto, não se aplica aos atos qualificados como crimes ou contravenções. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede. Resumindo: anistia no direito tributário, é a exclusão de penalidade pecuniária e se alcança as infrações cometidas, não implicando dispensa de pagamento de tributo, nem da correção monetária. Mesmo que a lei concessiva da anistia seja omissa a respeito, se a penalidade fora aplicada em decorrência de ilícito relativo a dolo, fraude ou simulação, a mesma não é alcançada pelo benefício. 
A anistia, como a isenção, incumbe ao legislador ordinário, que, assim, como tem o poder de tributar, tem também a possibilidade de renunciar ao recebimento da penalidade, excluindo o crédito contra o sujeito passivo. Reporta-se ao passado e aplica-se aos créditos lançados ou em processo de lançamento. Em caráter geral - quando concedida incondicionalmente. Não há necessidade de o sujeito passivo requerê-la; limitadamente-quando concedida quanto à multa aplicada em conjunto com determinado tributo, até determinado montante, ou a determinadas regiões territoriais; condicionalmente - quando o contribuinte tiver que cumprir determinada condição, como pagar o tributo respectivo. A anistia se divide em duas espécies: incondicional: onde o sujeito não deve preencher qualquer requisito; e individual: onde o sujeito deve requerer os benefícios comprometendo-se a preencher os requisitos necessários.
Renuncia fiscal: não incidência
O conceito de não incidência pode ser aqui revelado como “a situação em que a regra jurídica de tributação não incide porque não se realiza a sua hipótese de incidência, ou, em outras palavras, não se configura o seu suporte fático (...)”
Não-incidência - fatos não previstos pelo legislador como necessários e suficientes à ocorrência do fato gerador; NÃO-INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA pode ser: I - Juridicamente qualificada (quando há caso de imunidade); 
II - Pura e simples ou natural: a) quando o fato ou a situação estiver fora do campo da norma legal; b) quando não ocorrer o fato gerador, embora sendo possível.
Incentivos fiscais
Os tributos são instituídos para serem arrecadados. Entretanto, para atingir outros fins de interesse do Estado, este pode abrir mão de parte da arrecadação deles, a fim de incentivar determinadas atividades (ex. cultura, programas especiais: alimentação do trabalhador, desenvolvimento tecnológico industrial ou agrícola etc.) ou desenvolvimento de determinadas regiões. Essa renúncia tem o nome técnico de EXTRAFISCALIDADE, que significa o uso do tributo para fins outros que não o da arrecadação. Segundo Antoninho Marmo Trevisan, no artigo “Mais Isenções, Mais impostos”, publicado na Revista Trevisan (nº 117, nov/97), para mais de 50 tributos que são recolhidos, existem 65 modalidades diferentes “de exóticas isenções ou renúncias fiscais” apenas na esfera federal. É evidente que para bancar cada perda de arrecadação representada pelas isenções ou renúncia fiscal, a Receita Federal tem que cobrar mais de quem não goza desses benefícios fiscais. Ao longo do tempo, o volume desses benefícios fiscais – apenas na esfera federal – agigantou-se que atingiu a cifra de 17 bilhões e 200 milhões de reais por ano, que somam mais de 14% de toda a receita do governo federal. (Fonte: SRF/MF – citada na Revista Trevisan nº 117). Assim, é natural que uma das principais medidas do ajuste fiscal fosse a de eliminar ou reduzir as renúncias fiscais e as isenções. Entretanto, o que se construiu ao longo de 30 anos não pode ser demolido de uma só vez, sem grave prejuízo para os ex-beneficiários e sem provocar recessão e mais desemprego. Por essa razão, após debatido o assunto no Congresso Nacional, ficou estabelecido que as isenções serão reduzidas gradativamente até sua extinção. As principais alterações são comentadas a seguir. Nos exemplos, para maior facilidade, os valores estão expressos em R$ 1.000, sem centavos, portanto, e sem o R$, para maior facilidade.
INCENTIVOS FISCAIS consistem no fato do Executivo, mediante lei, abrir mão de parte da arrecadação de determinado imposto para incentivar certas atividades ou regiões. Em contrapartida, a renúncia fiscal do Executivo constitui um benefício fiscal para o contribuinte, desde que este observe com rigor os requisitos que a lei exige para o direito de utilizá-lo. 
- Por dedução do Imposto devido 
Os incentivos fiscais são uma das modalidades de renúncia fiscal. Consistem na permissão legal de deduzir do valor do imposto a pagar determinada importância apurada na forma prevista em lei. Portanto, sua base de cálculo é o valor do imposto. A alíquota do incentivo é determinado porcentual aplicável sobre o total do imposto, porcentual este fixado em lei. Ex. 4% do IR devido. O imposto, no caso doIRPJ, deve ser apurado pela alíquota normal, ou seja, 15%. O valor do adicional deve ser recolhido integralmente, não sendo permitida qualquer espécie de deduções (art. 543 do RIR). O RIR (art. 542) também determinou que os incentivos fiscais só podem ser deduzidos desde que o imposto seja apurado pelo lucro real. Portanto, do imposto apurado pelos regimes do lucro presumido ou arbitrado não pode ser deduzido nenhum incentivo. 
 - Método de cálculo 
O método básico de cálculo dos incentivos fiscais é o seguinte: o valor líquido investido no programa (despesas menos valor descontado dos trabalhadores) é dedutível como despesa operacional. O incentivo consiste na autorização legal de aplicar a alíquota normal do IRPJ devido. Exemplo: Despesa Líquida 100.000 Alíquota do IRPJ 15% Incentivo = 15% de 100.000 = 15.000
Imunidade
A imunidade é uma não-incidência qualificada pelo fato de ser constitucional. A não-incidência retira certas atividades, pessoas ou coisas do campo da incidência de determinado imposto. Só pode ser concedida por lei do ente federado competente para instituí-lo e cobrá-lo. 
Já a imunidade é estabelecida pelo legislador constituinte, visando proteger direitos e garantias fundamentais contra seu eventual cerceamento, mediante tributação que possa vir a inviabilizá-los. A própria Constituição, em seu art. 60, § estabelece as cláusulas pétreas, dispondo: § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
 I – a forma federativa do Estado;
 II – o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III – a separação dos poderes;
 IV – os direitos e garantidas individuais.
Imunidade – limitação do exercício do poder de tributar prevista na CF, ou seja, é a exclusão constitucional do poder de tributar, dirigida ao legislador que impede o exercício da competência tributária dos entes nos casos que especifica, cabendo somente a impostos. Imunidade consiste na exclusão de competência da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para instituir tributos (atinge somente os impostos) relativamente a determinados atos, fatos e pessoas, expressamente previstas na Constituição Federal. Objetiva preservar da tributação valores considerados como de superior interesse nacional. O legislador não usa a palavra “Imunidade Tributária”, mas determinações como: “é vedado instituir impostos...”, “não incidirá...”, “são isentas...”.
Casos de Imunidade
- Imunidade Recíproca (art. 150, VI, “a”)
- Imunidade dos Templos (art. 150, VI, “b”)
- Imunidade dos Partidos Políticos, suas Fundações, Sindicatos, Instituição de Educação e de Assistência Social sem fins lucrativos (art. 150, VI, “c”)
- Imunidade dos Livros, Jornais, Periódicos e Papel respectivo (art. 150, VI, “d”)
- Imunidade da seguridade social – (art. 195 § 7º CF)

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