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Psicofarmacoterapia e Cuidados de Enfermagem

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PSICOFARMACOTERAPIA 
Profa. VÂNIA FARIAS 
PSICOFARMACOTERAPIA 
 Qual a importância de estudar 
psicofarmacoterapia para a formação do 
ENFERMEIRO? 
 
 Como os medicamentos interferem 
na PSICOTERAPIA? 
CUIDADOS GERAIS DE 
ENFERMAGEM 
 
–Conhecer o medicamento que está sendo 
administrado, sua ação desejada e efeitos 
colaterais; 
–Observar a dose, dosagem, horário e via de 
administração; 
–Observar e anotar detalhadamente o 
comportamento do paciente; 
–Anotar reações a medicação; 
 
CUIDADOS GERAIS DE 
ENFERMAGEM 
–Verificar se o paciente está tomando a 
medicação; 
–Na suspeita de gravidez, suspender a 
medicação e procurar o médico para 
orientação; 
–Orientar os familiares quanto ao 
medicamento, efeitos colaterais e dúvidas 
que venham a ter. 
 
Como é testada a eficácia 
das psicoterapias? 
Elas precisam ser testadas? 
Psicoterapia gera efeitos 
adversos? 
Indicação de Tratamento 
 Farmacoterapia Psicoterapias 
 Associação 
 
 Tipos de intervenção 
 
 
SINTOMÁTICA PREVENTIVA: 
Ansiolíticos 
Antidepressivos Estabilizadores do humor 
GRIPE: ASPIRINA VITAMINA C 
PSICOFARMACOLOGIA VAI AGIR AONDE? 
 
• NEUROTRANSMISSORES RESPONSÁVEIS PELO 
COMPORTAMENTO HUMANO: 
 
• NORADRENALINA (NA): DIRETAMENTE ENVOLVIDA COM A 
ATENÇÃO, ESTADO DE ALERTA, SONO, MEMÓRIA, 
APRENDIZAGEM, ANSIEDADE, DOR, HUMOR, ALIMENTAÇÃO; 
 
• DOPAMINA (DA): DIRETAMENTE LIGADA AO 
AGIR,APRENDIZADO, HUMOR, ENMOÇÕES, COGNIÇÃO, 
MEMÓRIA ALCANÇAR ALGO, TERMINAR UMA DETERMINADA 
TAREFA NÃO DESEJADA; 
 
• SEROTONINA (5HT): CONSIDERADA UMA SUBSTÂNCIA 
SEDATIVA, CALMANTE, MELHORA O HUMOR, PORÉM O EXCESSO 
DA MESMA CAUSA DEPRESSÃO, TRISTEZA, CANSAÇO, APATIA. 
 O QUE É NEURÔNIO? 
 
 COMO OCORRE O IMPULSO NERVOSO ? 
 
Transmissão do impulso nervoso 
• Em um neurônio, os estímulos se propagam sempre no mesmo 
sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo celular, 
percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à 
célula seguinte (dendrito – corpo celular – axônio). O impulso 
nervoso que se propaga através do neurônio é de origem elétrica 
e resulta de alterações nas cargas elétricas das superfícies 
externa e interna da membrana celular. 
• A membrana de um neurônio em repouso apresenta-se com 
carga elétrica positiva do lado externo (voltado para fora da 
célula) e negativa do lado interno (em contato com o citoplasma 
da célula). Quando essa membrana se encontra em tal situação, 
diz-se que está polarizada. Essa diferença de cargas elétricas é 
mantida pela bomba de sódio e potássio. Assim separadas, as 
cargas elétricas estabelecem uma energia elétrica potencial 
através da membrana: o potencial de membrana ou potencial de 
repouso (diferença entre as cargas elétricas através da 
membrana). 
• Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico 
chega ao neurônio, ocorrerá alteração da 
permeabilidade da membrana, permitindo grande 
entrada de sódio na célula e pequena saída de potássio 
dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ao redor 
dessa membrana, que fica despolarizada gerando um 
potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo 
neurônio caracterizando o impulso nervoso. 
 
• Imediatamente após a passagem do impulso, a 
membrana sofre repolarização, recuperando seu estado 
de repouso, e a transmissão do impulso cessa. 
 
 
•O estímulo que gera o impulso nervoso deve ser forte o 
suficiente, acima de determinado valor crítico, que varia 
entre os diferentes tipos de neurônios, para induzir a 
despolarização que transforma o potencial de repouso 
em potencial de ação. Esse é o estímulo limiar. Abaixo 
desse valor o estímulo só provoca alterações locais na 
membrana, que logo cessam e não desencadeiam o 
impulso nervoso. 
 
• Qualquer estímulo acima do limiar gera o mesmo 
potencial de ação que é transmitido ao longo do 
neurônio. Assim, não existe variação de intensidade de 
um impulso nervoso em função do aumento do 
estímulo; o neurônio obedece à regra do “tudo ou nada”. 
• A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro ou às 
células de órgãos efetores é realizada por meio de uma região de 
ligação especializada denominada sinapse. 
 
• O tipo mais comum de sinapse é a química, em que as 
membranas de duas células ficam separadas por um espaço 
chamado fenda sináptica. 
 
• Na porção terminal do axônio, o impulso nervoso proporciona a 
liberação das vesículas que contêm mediadores químicos, 
denominados neurotransmissores. 
 
• Esses neurotransmissores caem na fenda sináptica e dão origem 
aos impulsos nervosos na célula seguinte. Logo a seguir, os 
neurotransmissores que estão na fenda sináptica são degradados 
por enzimas específicas, cessando seus efeitos. 
Ação dos medicamentos no SNC 
 
 
 
• Interferem na síntese, armazenamento e 
metabolização intracelular; 
• Atuam na liberação sináptica de 
neurotransmissores: 
- Sensibilizando ou bloqueando receptores 
pré e pós sinápticos; 
- Ocupando os receptores e diminuindo os 
efeitos dos neurotransmissores. 
 
Efeitos colaterais 
 
 
• Ação em diversos pontos do SNC e do 
organismo; 
• Começar com monoterapia para melhor 
avaliação; 
• Avaliação das Interações com outros 
medicamentos. 
Efeitos pré-sinápticos 
 
• Afetam a recaptação de um neurotransmissor; 
 
• Reduz a disponibilidade do precursor 
(matéria-prima) de um neurotransmissor; 
 
• Inibir a síntese do neurotransmissor; 
 
• Estimular ou inibir a liberação sináptica do 
neurotransmissor. 
Efeitos pós-sinápticos 
 
 
• Ativar ou inibir os receptores pós-sinápticos 
a) Antagonistas: inibem a transmissão do 
neurotransmissor pelo bloqueio do 
neurotransmissor; 
b) Agonistas: aumentam a neurotransmissão por 
produzir efeitos semelhantes ao ligante natural; 
c) Agonistas parciais: em baixa concentração, 
ligam-se aos neurotransmissores e atuam como 
agonista, mas em altas concentrações, bloqueiam 
os receptores, tornando-se antagonistas. 
Efeitos de longo prazo 
 
 
• Adaptação dos receptores; 
 
• Modificações sutis na função dos 
receptores ao longo do tempo de 
exposição à droga; 
 
• Sensibilização ou dessensibilização. 
Medicamentos 
Antidepressivos 
Humor 
• Tônus afetivo do indivíduo; 
 
Estado subjetivo, mas que pode ser avaliado 
objetivamente através de suas manifestações 
externas, pois é maleável, ou seja, se modifica 
de acordo com o que acontece na nossa vida e 
como encaramos as situações. 
ANTIDEPRESSIVOS 
Antidepressivos 
Imipramina 
Fluvoxamina 
Venlafaxina 
Maprotilina 
Nefazodona 
Tranilcipromina 
Tianeptina 
Amineptina 
Mirtazapina 
Sertralina 
Citalopram 
Nortriptilina 
Clomipramina 
Milnaciprano Paroxetina 
Amitriptilina 
Mianserina 
Fluoxetina 
Bupropiona 
Reboxetina 
Hypericum 
Trazodona 
Escitalopram 
Selegilina 
Escitalopram 
Apesar do grande 
número de 
antidepressivos, não há 
uma diferença 
significativa de eficácia 
entre eles. 
 
 Transtornos do Humor 
 
 Transtornos de Ansiedade 
 
 Transtornos Alimentares 
 
 Dor crônica 
Antidepressivos - Indicações 
Agentes antidepressivos 
 Antidepressivos tricíclicos 
 Inibidores da monoamina oxidase 
(IMAO) 
 Inibidores da captação da 5HT 
(serotonina) 
Antidepressivos “atípicos” 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS OU 
TIMOLÉPTICOS 
 Como o próprio nome diz, tricíclicos por terem 
três anéis de átomos, atuam como 
antidepressivos. Agem sobre o humor, 
bloqueando os neurotrasmissores danoradrenalina, dopamina e serotonina. 
Foram os primeiros utilizados mundialmente. 
 
 
Antidepressivos Tricíclicos 
Vantagens: 
 
 dose única diária; 
 Antidepressivo genéricos 
disponíveis 
 bem conhecidos 
 
 
Desvantagens: 
 
 início de ação 
retardado; 
 aumento inicial da 
ansiedade; 
 ganho de peso 
 tóxicos em superdose 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 Hipotensão postural; 
 Obstipação; 
 Retenção urinária; 
 Visão com acuidade diminuída; 
 Hipertensão arterial; 
 Sonolência, principalmente no início do tratamento; 
 Secura de mucosas; 
 Dificuldade de concentração e aprendizagem; 
 Tremores de extremidades; 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 Insônia (superdosagem); 
 Alterações menstruais; 
 Alterações no desempenho sexual; 
 Sinais de intoxicação: palpitação, agitação, 
confusão mental, alterações de consciência, 
que podem levar a convulsões, coma e morte. 
 
 
CUIDADOS ESPECÍFICOS 
 
 
 Estes medicamentos demoram até 15 dias para 
começar a fazer o efeito desejado; portanto, 
deve-se orientar paciente e família a respeito; 
 Vigilância constante, porém discreta. Os 
medicamentos atuam inicialmente na parte 
motora, só depois melhorando os sintomas 
depressivos. O risco de suicídio nesta fase é 
grande; 
 Estar atento para sinais de intoxicação; 
 Observar e anotar diurese. 
 
INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE (IMAO) 
(TIMERÉTICOS) 
 Os fármacos inibidores da MAO inibem a 
enzima monoamina oxidase (MAO), 
responsável por metabolizar monoaminas 
como a noradrenalina, dopamina e 
serotonina, aumentando assim a concentração 
sináptica destas e condicionando maior 
excitação dos neurónios que possuem 
receptores para estes mediadores. 
 
 
 
27 
27 
Antidepressivos IMAOs 
 
Vantagens 
 
 dose única diária; 
 
 Antidepressivo eficazes 
em casos de algumas 
comorbidades. 
 
 
 
 
 
Desvantagens: 
 
 início de ação retardado; 
 
 dieta/crises 
hipertensivas; 
 
 tóxicos em superdose. 
 
Antidepressivos ISRSs 
 
 
 Os fármacos inibidores seletivos da 
recaptação da serotonina, são administrados 
em dose única diária, não causam 
dependência, porém o início da ação é 
retardado, o preço é elevado, e há pouca 
interação com o álcool. 
 
 
ANTIDEPRESSIVOS ATIPICOS 
Remissão 
 A manutenção do tratamento por longo prazo (12 
meses a 5 anos) protege o paciente de recaídas e de 
recorrências 
 
 O risco maior está associado a ter tido 3 ou mais 
episódios depressivos no passado, persistência de 
sintomas residuais, ou não ter tido uma remissão 
completa depois de um tratamento agudo, sintomas 
graves, ter depressão e distimia ou depressão crônica 
(episódio depressivo com mais de dois anos, falta de 
prazer pela vida, constante sentimento de 
negatividade) 
Tratamento da depressão 
 Psicofármacos; 
 Psicoterapia; 
 Atividades físicas regulares; 
 Manter um tempo mínimo de sono diário (6 a 8 horas 
por noite); 
 Boa alimentação; 
 Expor-se ao sol em horários apropriados; 
 Evitar o uso de substâncias como anorexígenos, álcool 
e tabaco. 
Depressão grave 
 A resposta aos antidepressivos isolados, 
quando existem sintomas psicóticos associados 
é pobre, sendo necessário o acréscimo de 
antipsicóticos, que devem ser suspensos assim 
que os sintomas desaparecerem. 
 
 Apresentam também boa resposta à 
eletroconvulsoterapia (ECT). 
Psicofarmacoterapia 
 Os antidepressivos atuam de forma 
semelhante 
 Eficácia x efetividade 
 Aumentar, potencializar, associar, trocar 
 Quando usar ECT 
ELETROCONVULSOTERAPIA 
 A eletroconvulsoterapia (popularmente conhecida 
como eletrochoque) apesar do grande estigma que 
carrega, continua sendo um tratamento utilizado nos 
principais centros psiquiátricos do mundo. 
 
 O tratamento por eletroconvulsoterapia é hoje feito 
sob anestesia e com monitoramento cárdio e 
eletroencefalográfico. 
 
 A resposta à eletroconvulsoterapia dos pacientes com 
depressão grave está entre 80 a 90% dos casos, algo 
que nenhum outro tratamento é capaz de oferecer. 
ECT 
A eletroconvulsoterapia continua sendo 
um tratamento atual e seguro,sendo o 
recurso mais eficaz no tratamento da 
depressão grave tipo melancólica*. 
*King Han Kho et al. A Meta-Analysis of Electroconvulsive Therapy Efficacy in 
Depression. Journal of ECT 19(3):139–147, 2003 
ECT: antigo aparelho 
Aparelho de onda sinusoidal 
ECT: Aplicação da ECT 
Aparelho de pulso breve / onda quadrada 
ECT: Aplicação da ECT 
Equipamento de pulso breve / onda 
quadrada 
ECT: Aplicação da ECT 
Sala de ECT 
 
Condições Clínicas nas quais a ECT deve ser 
Considerada como Primeira Escolha 
 Depressão: 
– com sintomas psicóticos; 
– com sintomas de estupor; 
 Pacientes: 
– com risco grave de suicídio; 
– que recusam alimentação na qual o estado nutricional 
esteja seriamente debilitado; 
– grávidas que necessitam de resposta terapêutica rápida; 
– com boa resposta prévia à ECT; 
BOTEGA, N.; FURLANETTO, L.; FRÁGUAS, R Jr. Depressão no Paciente Clínico. IN: N. BOTEGA. 
Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre, Artmed, 2005. 
 MEDICAMENTOS 
ANTIPSICÓTICOS 
ANTIPSICÓTICOS OU NEUROLÉPTICOS 
• Se caracterizam por sua ação psicotrópica, com efeitos 
sedativos e psicomotores. Por isso, além de se 
constituírem como os fármacos preferencialmente 
usados no tratamento sintomático das psicoses, 
principalmente a esquizofrenia, também são utilizados 
como anestésicos e em outros distúrbios psíquicos; 
 
• Não são curativos, apenas aliviam sintomas; 
 
• Ao contrário dos hipnóticos e sedativos, não deprimem 
centros vitais e não prejudicam a consciência. 
- Agem sobre os receptores neuronais da 
dopamina (excitante), diminuindo sua ação. 
- São usados para diminuir a agitação, as 
alucinações, os delírios, ou seja, agem no 
sentido de reduzir ou fazer desaparecer os 
sintomas, além de sedar o cliente. 
- Podem ser administrados por via oral ou por via 
intramuscular. 
 
- OBS: Algumas drogas selecionadas podem ser usadas 
como antieméticos ou no tratamento de soluços 
intratáveis (Clorpromazina - amplictil). 
 
 
Antipsicóticos 
 Também utilizados nos tratamentos de distúrbios de 
ansiedade: habilidade de compreender a realidade, 
porém com alterações de: 
– humor: ansiedade, pânico, disforia (mudança 
repentina do humor); 
– pensamentos: obsessão, medo irracional; 
– comportamento: rituais, compulsão, repulsão. 
 
 ANTIPSICÓTICOS 
 
 São medicamentos inibidores das funções 
psicomotoras Excitação e agitação. 
 
 Atenuam distúrbios psicóticos 
 
 
 delírios alucinações 
/ 
Antipsicótcos 
 Classificação: 
 
• Antipsicóticos típicos 
mecanismo de ação - bloqueio de receptores 
da dopamina 
• Antipsicóticos atípicos 
mecanismo de ação - bloqueio dos receptores 
dopaminérgicos e serotonérgicos (5HT) 
 
Antipsicóticos 
 Classificação 
 
• Antipsicóticos típicos 
- principal efeito sedação. 
Indicação: agitação psicomotora 
 
-incisivos principal efeito remoção de delírios e 
alucinações, mais tem capacidade de sedação. 
 Antipsicóticos típicos 
 
1. INCISIVOS: HALOPERIDOL,PENFLURIDOL, 
FLUFENAZINA, FENOTIAZINA; 
2.SEDATIVOS : 
CLORPROMAZINA(AMPLICTIL),LEVOMEPROMAZINA(NE
OZINE), SULPIRIDA, TIORIDAZINA, TRIFLUOPERAZINA; Antipsicóticos Atípicos(menos efeitos 
colaterais) 
- AMISULPIRIDA, CLOZAPINA, OLANZAPINA(ZYPREXA), 
QUETIAPINA(SEROQUEL),RISPERIDONA, 
ZIPRAZIDONA,ARIPIPRAZOL,TIORIDAZINA(MELLERIL) 
EFEITOS COLATERAIS DAS ANTIPSIÓTICOS INCISIVOS 
SEDATIVOS - Sonolência, boca seca, visão turva, 
obstipação intestinal, retenção urinária, retardo ejaculatório, 
hipotensão ortostática, crises hipotensivas, alterações 
dermatológicas, acatisia(impossibilidade de ficar parado), 
espasmos dos músculos do pescoço, dificuldades de 
deglutição, náuseas, vômitos, sialorréia, ansiedade, 
distonia(distúrbio de movimento neurológico, em que as 
contrações musculares sustentadas causar torção e 
movimentos repetitivos ou posturas anormais), falta de 
apetite, impotência, movimentos involuntários da boca, 
língua, face, pescoço ou membros. 
 
• Pode ocorrer ginecomastia e galactorréia (nível de 
prolactina) e pseudoparkinsonismo. 
 
 
 
Distúrbios Motores Induzidos por 
Antipsicóticos 
 Distonias agudas e reversíveis e sintomas semelhantes 
ao parkinsonismo. 
 Discinesia tardia mov. Involuntários da face, membros 
de aparecimento tardio; 
 Tratamento com pouco sucesso; 
 Sintomas agudos – mov. involuntários, tremor, rigidez. 
• Entre os efeitos colaterais provocados 
pelos neurolépticos, o mais estudado é 
o chamado de Impregnação Neuroléptica 
ou Síndrome Extrapiramidal. Os efeitos 
secundários mais graves dos 
neurolépticos são a discinesia tardia e a 
síndrome neuroléptica maligna. 
 
 
SÍNDROMES NEUROLÓGICAS TÍPICAS DOS 
ANTIPSICÓTICOS. SÃO SEIS: 
 
1) Discenesia ou distonia Tardia: síndrome extrapiramidal de 
início tardio que aparece após o uso crônico de antipsicóticos 
(meses ou anos de uso); 
 Caracterizada por movimentos involuntários, principalmente 
da musculatura oro-língua-facial, ocorrendo protusão da língua 
com movimentos de varredura látero-lateral, acompanhados 
de movimentos sincrônicos da mandíbula; 
 
 Movimentos involuntários esteriotipados como protusão da 
língua, movimentos labiais, movimentos de beijo, mastigação, 
piscar de olhos repetido e rápido, caretas, movimentos 
coreiformes dos membros e tronco, batidas com os pés; 
 O tronco, os ombros e os membros também podem 
apresentar movimentos discinéticos. 
 A Discinesia Tardia não responde a nenhum 
tratamento conhecido. 
 
 Tem sido menos freqüente depois do advento dos 
Antipsicóticos Atípicos ou de última geração. 
 
 Ocorre em todas as idades, também em crianças. 
Curiosamente esses sintomas pioram com a retirada 
do antipsicótico e melhoram com o aumento de sua 
dose. 
 
 Melhoram também com o sono e pioram com o 
nervosismo, exarcerbada pelo estresse podendo sua 
intensidade variar durante o decorrer do dia e até 
desaparecer em certos períodos. 
 
 
 
2) Síndrome Neuroléptica Maligna: Trata-se de uma forma 
raríssima de toxicidade provocada pelo antipsicótico devido a 
bloqueio dos receptores de dopamina levando a desregulação da 
temperatura. 
 É uma reação adversa, tal como uma espécie de 
hipersensibilidade à droga. 
 Clinicamente se observa um grave distúrbio extrapiramidal 
acompanhado por intensa hipertermia (de origem central -
que varia de 38,3°C a 42°C) e distúrbios autonômicos. 
 Leva ao óbito numa proporção de 20 a 30% dos casos. 
Potencialmente fatal: febre alta (hiperpirexia), taquicardia, 
sudorese, rigidez muscular intensa, catatonia, tremor rude, 
estupor, tônus muscular e movimentos involuntários, 
incontinência, estupor (estado mental alterado), insuficiência 
renal. 
 Ocorre, geralmente, até 2 semanas após início ou aumento da 
dose de antipsicótico, progride rapidamente levando a uma taxa 
de mortalidade de 21% quando não tratada. 
3) Reações Distônicas Agudas: Sintoma extrapiramidal que 
ocorre com freqüência nas primeiras 48 horas de uso de 
antipsicóticos, portanto, é uma das primeiras manifestações de 
impregnação pelo neuroléptico. 
 
 Clinicamente se observam movimentos espasmódicos da 
musculatura do pescoço, boca, língua e, às vezes um tipo crise 
oculógira, quando os olhos são forçadamente desviados para 
cima, blefaroespasmo (aperta a pálpebra). 
 
 Ocorre subitamente e dolorosamente e podem causar 
deslocamento de mandíbula. 
 O tratamento desse efeito colateral é feito à base de anti-
histamínico (Prometazina – Fenergan) ou anticolinérgicos 
injetáveis intramusculares (Biperideno - Akineton), e são sempre 
eficazes em poucos minutos. 
 Os sintomas ocorrem dentro dos cinco dias iniciais do 
tratamento ou do aumento da dose. 
 
 
4) Acatisia: ocorre geralmente, após o terceiro dia de 
medicação. 
 
 Clinicamente é caracterizada por sentimentos subjetivos de 
ansiedade, perda da calma interna, incapacidade de relaxar, 
acompanhada por inquietação, tal como ficar andando, 
balançar o corpo para frente e para trás enquanto sentado ou 
em pé, levantar o pé como se marchasse no lugar, cruzar e 
descruzar as pernas quando sentado ou outras ações 
repetitivas e sem sentido. 
 
 O paciente assume uma postura típica de levantar-se a cada 
instante, andar de um lado para outro e, quando compelido a 
permanecer sentado, não para de mexer suas pernas. 
 
 A Acatisia não responde bem aos anticolinérgicos 
 
 
 
 Com freqüência é necessária a diminuição da dose ou 
mudança para outro tipo de antipsicótico. 
 
Quando isso acontece, normalmente deve-se recorrer aos 
antipsicóticos atípicos ou de última geração 
. 
 Inquietação motora e mental. Não consegue permanecer 
imóvel, anda a esmo, sente inquietação interna. Não pode 
ser controlada. Dor nas pernas é aliviada pelo movimento. 
 
5) Tremor perioral: síndrome do coelho – movimentos 
rítmicos, finos, rápidos dos lábios. 
Sintomas extrapiramidias induzidos por medicamentos. 
 
 
 
6) Parkinsonismo Medicamentoso: parkinsonismo é idêntico à 
doença de Parkinson, com a tríade clássica de tremor, rigidez, 
bradicinesia (lentidão dos movimentos). 
 
 Outros sinais psicomotores característicos são a diminuição 
dos reflexos posturais e salivação excessiva. 
 
 O parkinsonismo pode se desenvolver a partir de poucos dias a 
poucas semanas do início do tratamento. 
 
 Quando aparece parkinsonismo, deve-se reduzir a dose do 
antipsicótico e, se essa medida não for possível e/ou suficiente, 
deve-se iniciar o uso de anticolinérgicos imediatamente. 
 
 Esse tipo de impregnação geralmente acontece após a 
primeira semana de uso dos antipsicóticos. 
 
 Clinicamente há tremor de extremidades, marcha arrastada, 
hipertonia e rigidez muscular, hipercinesia e fácies inexpressiva. 
CUIDADOS ESPECÍFICOS 
 –Observar, anotar e tomar medidas cabíveis 
quando surgirem efeitos colaterais; 
–Auxiliar o paciente nos cuidados de higiene e 
alimentação, pois as alterações motoras 
podem dificultar a movimentação. Evitar que 
se tornem muito dependentes; 
–Ocupá-los durante o dia; 
–Orientar para evitar mudanças bruscas de 
decúbito; 
–Observação rigorosa de sinais vitais. 
 
Medicamentos 
Ansiolíticos 
 
• Ansio + lise 
 
 
 Ansiedade quebra 
 
• Antigamente eram chamados de “calmantes” 
ou “tranquilizantes” 
• Principal efeito terapêutico destes 
medicamentos: diminuir ou abolir a ansiedade 
das pessoas, sem afetar 
ANSIOLÍTICOS 
 São drogas, sintéticas ou não, usadas para 
diminuir a ansiedade e a tensão. Em pequenas 
doses recomendadas por médicos, não causam 
danos físicos ou mentais. Afetam áreas do 
cérebro que controlam a ansiedade e o estado 
de alerta relaxando os músculos. 
 
 EX.: Bromazepam; Diazepam;Alprazolam; Clonazepam. 
 
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS 
ANSIOLÍTICOS 
 INSÔNIA: 
 
 triazolam ( halcion ) 
 midazolam ( dormonid ) 
 flurazepam ( dalmadorm ) 
CLASSIFICAÇÃO FARMACOLÓGICA 
DOS ANSIOLITICOS 
 BENZODIAZEPÍNICOS- Grupo principal 
 
 AGONISTAS SEROTONÉRGICOS 
 
 BARBITÚRICOS 
BENZODIAZEPÍNICOS 
 São um grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como 
sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares, para 
amnésia anterógrada e atividade anticonvulsionante. 
 A capacidade de causar depressão no SNC deste 
grupo de fármacos é limitada, todavia, em doses altas 
podem levar ao coma. Não possuem capacidade de 
induzir anestesia, caso utilizados isoladamente. 
 EX.: Diazepam: (Valium); Triazolam (Halcion0; 
Lorazepam (Lorium, Lorax); Nitrazepam (Sonebom, 
Sonetrat); Midazolam (Dormonid); Alprazolam 
(Frontal, Apraz); Clonazepam (Rivotril, Clonotril). 
 
 A síndrome de retirada ou de descontinuação é 
muito semelhante a um quadro de ansiedade e 
caracteriza-se por: Inquietude, Nervosismo, 
Taquicardia, Insônia, Agitação psicomotora, 
Ataque de pânico, Fraqueza, Cefaléia, 
Tonturas, Fadiga, Dores musculares, Tremores, 
Náuseas e vômitos, Diarréia, Cãibras, 
Hipotensão, Palpitações. 
EFEITOS FARMACOTERAPÊUTICOS 
 Redução da ansiedade 
 Redução da agressividade 
 Sedação 
 Indução do sono (manutenção) 
 Redução do tonus muscular 
 Efeito anticonvulsivante 
Outros efeitos 
 RESPIRAÇÃO: doses hipnóticas s/efeito; 
 
 Cuidados em crianças e hepatopatias; 
 
 CARDIOVASCULAR: doses pré-anestésicas 
diminuem PA e aumentam débito cardíaco; 
 
 TRATO DIGESTIVO: diminuem secreção. 
CUIDADOS ESPECÍFICOS 
– Em caso de medicação parenteral, orientar o 
paciente para permanecer sentado ou deitado de 
30 a 60 min. 
 
– Orientá-lo para retornar apenas a medicação 
prescrita (nas licenças ou altas), pois existe o 
problema de dependência; 
 
– Oferecer apoio, pois são pacientes muito ansiosos. 
 
Benzodiazepínicos – Efeitos Adversos: 
 
 Sedação; descordenação motora e diminuição 
dos reflexos; diminuição da capacidade de 
raciocínio; diminuição da concentração; 
Redução das atividades físicas e mentais; boca 
seca e gosto amargo; perdas de memória; 
sonolência; aumento do risco para acidentes de 
carro ou no trabalho; aumento do risco de 
quedas e fraturas (idosos). 
BARBITURATOS 
 Até 1960 eram os sedativos-hipnóticos mais 
utilizados, profundos depressores do SNC 
inclusive do Centro Respiratório; 
 Pentobarbital meia vida de aprox. 6hs. 
raramente utilizado como hipnótico. 
 Tiopental meia vida de aprox. 3hs utilizado 
como anestésico. 
 
PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS 
BARBITÚRICOS: 
 
 
 Tolerância e dependência, depressão 
respiratória; sedação, ressaca, privação de 
sono. 
 
 
 
Buspirona 
 
 Segundo medicamento de escolha para 
tratamento da ansiedade; 
 É um agonista de receptores de serotonina; 
 Criada para ser usada quando os efeitos 
colaterais dos BDZ não são desejados; 
 Não induz sedação, prejuízo cognitivo ou 
psicomotor, dependência física ou tolerância e 
não interage com o álcool. 
 
Buspirona – efeitos colaterais 
 
 Tonturas 
 Cefaléia 
 Náusea 
 Fadiga 
 Inquietude 
 Sudorese 
SINAIS E SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO POR 
DEPRESSORES 
 Sonolento: ainda responde a perguntas; 
 
 Semi-comatoso: responde a estímulos: dor; 
 
 Comatoso: não responde a estímulos, mas ainda 
não apresenta depressão respiratória, ou Comatoso 
com depressão respiratória com cianose e 
deficiência circulatória : choque 
 
Manter dose da fase aguda; 
Período presumido do episódio 
 6 a 8 meses do início do episódio 
Psicoterapia 
MANUTENÇÃO 
MEDICAMENTOS 
ESTABILIZADORES DO 
HUMOR 
 Estabilizadores do Humor: são 
substâncias utilizadas para a 
manutenção da estabilidade do humor. 
 Não são antidepressivas nem sedativas; 
 Internacionalmente reconhecem-se três 
substâncias capazes de desempenhar tal 
papel: 
1. Lítio; 
2. Carbamazepina; 
3. Àcido Valpróico ou Divalproato Sódio. 
. 
Estabilizadores do Humor 
 
 Estabilizantes do humor são medicamentos 
usados com o objetivo de manterem o humor 
estável em pacientes portadores de 
Transtornos Afetivos do Humor. 
 Previnem das oscilações entre a euforia e 
depressão, comuns no transtorno 
 No transtorno bipolar, tanto o Carbonato de 
lítio, quanto a Carbamazepina são utilizados 
como parte indispensáveis do tratamento, 
normalmente aliado a outros medicamentos 
Indicação 
 A indicação para uso estabilizadores do humor 
são os Transtornos Afetivos Bipolares e os 
Episódios de Mania (euforia) ou de hipomania. 
 
 O tratamento de transtornos afetivos bipolares 
sem os estabilizadores do humor se complica 
devido ao fato do anti-depressivos estarem 
sujeitos a desencadear crises de euforia, assim 
como os ansioliticos terem probabilidade de 
desencadear a depressão. 
 
 
Fármacos Antipsicóticos 
 As medicações antipsicóticas também são amplamente 
utilizadas, tais como o haloperidol (antipsicótico de 
primeira geração) e alonzapina (o único antipsicótico 
de segunda geração aprovado para tratamento do 
episódio de mania no transtorno bipolar). 
 Além disso, antidepressivos também podem ser 
usados no episódio depressivo, como fluoxetina, 
paroxetina, sertralina. 
 Sempre em combinação com os estabilizadores 
de humor. 
Sais de Lítio: Apresenta ação antimaníaca. Droga 
efetiva no tratamento dos episódios agudos de mania e 
hipomania e prevenção do Transtorno Afetivo Bipolar 
(TAB). 
- Em média leva de 7 a 10 dias para responder ao 
tratamento. É um sal e o equilíbrio hidroeletrolítico do 
corpo afeta sua regulagem. Em razão do baixo índice 
terapêutico do lítio, níveis tóxicos podem ser alcançados 
rapidamente. 
 
• Não se conhece ao certo o mecanismo de ação. 
Acredita-se que altere os níveis de neurotransmissores 
(aumenta serotonina e diminui noradrenalina). Alteraria 
também os níveis de dopamina, GABA e acetilcolina. 
 
* Li+ bloqueia a reabsorção de água: causando 
poliúria(aumento da diurese) e polidipsia 
(aumento da sede); 
• Li+ modifica a excitabilidade do sistema de 
condução causando arritmias. 
* Após a administração oral, o lítio se absorve 
em 4 - 6 horas e é eliminado em 95% por via 
renal, 5% pelo suor, saliva e fezes. 
* Investigação Pré-Lítio: renal, diabetes, 
tireóide, hipertensão, uso de diuréticos. 
Efeitos Colaterais: sonolência, boca seca, desconforto 
gastrointestinal, náuseas, vômitos, hipotensão, poliúria, ganho 
de peso, sonolência, constipação intestinal. 
 
SINAIS DE INTOXICAÇÃO: 
• Disartria, cólicas abdominais, diarréia persistente, náuseas e 
vômitos persistentes, espasmos musculares, visão turva, 
tontura forte, dificuldade de marcha, ataxia (falta de 
coordenação dos movimentos), zumbido nos ouvidos, fala 
pastosa, arritmia cardíaca, dispnéia de esforço, edema MMII, 
confusão mental, oligúria (diminuição) ou anúria (ausência), 
aumento da sede, tremor fino das mãos, coma, arritmias, IAM, 
colapso cardiovascular. 
 
 
 
SITUAÇÕES DE RISCO NAS QUAIS NÃO SE DEVE 
EMPREGAR O LÍTIO: 
 
Gravidez, Cardiopatia (lentifica a condução cardíaca), 
Insuficiência renal, Alterações do equilíbrio hidroeletrolítico 
(estimula função de hormônio antidiurético) - sudorese, 
diarréia, desidratação, Diabete. 
CUIDADO: Na ausência de recursos para se estabelecer os 
níveis plasmáticos de lítio é melhor não empregá-lo e substituí-lo 
por antidepressivos na fase depressiva e antipsicóticosna fase 
de mania. 
Danos renais, toxicidade cardíaca e desequilíbrio da tireóide 
(suprime níveis circulantes de T3 e T4) são conseqüências do 
uso prolongado do lítio. 
*Monitorar estado cardíaco: ECG. 
*Iniciar hidratação venosa: equilíbrio hidroeletrolítico. 
*Manter cateter urinário. 
*Em casos mais graves, com diminuição da produção urinária e 
depressão do SNC: iniciar diálise peritoneal ou hemodiálise. 
Na alta: determinar razões da intoxicação, orientar o paciente no 
controle da litemia, avaliar para depressão e ideação suicida. 
MANEJO NA TOXICIDADE GRAVE POR LÍTIO 
 
*Avaliar rapidamente, identificar a dosagem, oferecer apoio e 
orientações ao paciente. 
*Suspender o lítio. 
*Verificar sinais vitais e nível de consciência. Se necessário, 
iniciar procedimento de estabilização: proteção de VAS e 
oxigenoterapia. 
*Obter litemia imediatamente. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NOS EFEITOS COLATERAIS: 
 
Boca seca: promover higiene oral, oferecer balas sem açúcar, 
gelo e água; 
Sedação: solicitar prescrição médica da droga ao deitar, ou 
prescrição de doses menos sedativas, orientar a não exercer 
atividades que exijam atenção quando se sentir sedado.; 
Náuseas: oferecer alimentação junto com a medicação; 
Visão turva: orientar o cliente de que este sintoma deve remitir 
após algumas semanas; orientar a não dirigir, promover 
segurança ao cliente.; 
Constipação intestinal: aumentar ingestão de líquidos, encorajar 
exercícios físicos, orientar dieta rica em fibra; 
Retenção urinária: orientar o cliente a relatar a dificuldade de 
urinar, monitorar a ingestão e excreção, tentar métodos de 
estímulos à micção; 
Hipotensão ortostática, taquicardia: instruir o cliente a levantar-se 
lentamente, monitorar sinais vitais; 
Insônia, agitação: evitar alimentos com cafeína, ensinar técnicas 
de relaxamento; 
Ganho ou perda de peso: orientar para dieta; 
Cefaléia: administração de analgésicos; 
Disfunção sexual: orientar a mudança do antidepressivo. 
Ácido Valpróico 
 É tão eficaz quanto o lítio no tratamento da 
mania e mais eficaz em cicladores rápidos e 
mania disfórica; 
 Não se conhece exatamente o mecanismo do 
ácido Valpróico, porem acredita-se que esteja 
relacionada com um aumento direto ou 
secundário das concentrações do 
neurotransmissor inibidor GABA (ácido gama 
aminobutírico), possivelmente causado pela 
redução de seu metabolismo ou sua recaptação 
nos tecidos cerebrais. 
 
Precaução 
  Os efeitos colaterais mais comuns são: ataxia 
(incoordenação dos movimentos), aumento do 
apetite, ganho de peso, desatenção, fadiga, 
náuseas, sonolência, sedação, diminuição dos 
reflexos, tremores, tonturas; 
 A administração do ácido requer cuidados, 
especialmente nas crianças (maior risco de 
desenvolver hepatotoxicidade grave); 
 Não se recomenda a ingestão de alcool ou 
outros depressores de SNC quando em uso de 
àcido Valpróico; 
 
 Nos casos onde se utiliza o ácido para 
substituir ou suplementar outra 
terapêutica anticonvulsiva, as doses 
devem ser aumentadas de forma gradual, 
conforme a redução do outro 
medicamento: 
 Disfunção hepática grave, gravidez (pode 
produzir anomalia no tubo neural do 
feto). 
 
Carbamazepina 
  Sua eficácia é comparável à do lítio, no 
tratamento agudo da mania; 
 É metabolizado no fígado e tem atividade 
anticonvulsiva, antidepressiva e antineurálgica; 
 Seu início de ação como anticonvulsivo varia 
entre dias e meses, o que depende de cada 
paciente devido à auto-indução do 
metabolismo; 
 É eliminado em 72% por via renal; 
 A dose não deve superar, em geral, 1g/dia. 
Sempre que for possível, a dose diária deve ser 
dividida em 3 ou 4 doses. 
CARBAMAZEPINA 
 Reações adversas: visão turva, cefaléia 
contínua, sonolência e debilidade 
 
Carbamazepina - Precauções 
 
 Deve ter cuidado ao dirigir, no manuseio de 
máquinas ou ao realizar trabalhos que exijam 
atenção e coordenação; 
 Em pacientes diabéticos poderá haver um 
aumento nas concentrações de açucar na urina; 
 Os pacientes de idade mais avançada podem 
ser mais sensíveis que os jovens à agitação e 
confusão, bloqueio cardíaco auriculoventricular; 
 É contra-indicada em pacientes com doença 
hepática, ou em pacientes que estejam usando 
clozapina (pode agravar problemas 
hematológicos).

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