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CAPÍTULO 3 - AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS E AS TABELAS DE RECURSOS E USOS Professor Rodrigo Nobre Fernandez Pelotas 2015 Contabilidade Social Carmen Feijó … [et al.] – 4ª edição Introdução • Desde o fim da II Guerra Mundial, há um esforço internacional, coordenado pelas Nações Unidas, para que as nações produzam informações sistemáticas e padronizadas sobre o funcionamento das suas economias • No Brasil essas informações eram produzidas do pós-guerra até 1986 pela Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro; a partir de 1986 esta atribuição ficou de responsabilidade do IBGE • A contabilidade de um país, suas contas nacionais, registram como o produto é gerado, é usado, consumido e exportado, como é distribuído funcionalmente, qual a porção destinada para investimento e para aumentar estoques e como o investimento é financiado • Em suma, representa uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo 2 Introdução Oferecem também as referências básicas de classificação de atividades e de setores institucionais, definições sobre a fronteira econômica e conceitos para definir e classificar unidades estatísticas e suas transações As Contas Econômicas Integradas (CEI) se constituem no corpo central do Sistema e são apresentadas por setores institucionais (empresas financeiras e não financeiras, famílias, administrações pública, instituições sem fins lucrativos e serviço das famílias) O sistema também integra as Tabelas de Recursos e Usos que trazem informações de produção e de geração da rendas por setores de atividade produtiva Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 3 As Contas Econômicas Integradas Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 As contas são construídas em torno de uma sequência de contas de fluxo interrelacionados com as contas de patrimônio As contas de fluxos descrevem como ocorrem diferentes tipos de atividades econômicas num determinado período de tempo A ligação entre as diversas contas que compõem o sistema das Contas Econômicas Integradas é dada pelo saldo de uma conta que é transportado para a conta seguinte As rubricas são descritas no corpo central e os lançamentos feitos a direita e a esquerda Utiliza-se a terminologia usos e recursos, no lugar de débito e crédito, respectivamente Os saldos se constituem em agregados econômicos de interesse, como o PIB, Renda Nacional, Renda Disponível, Poupança Bruta etc. 4 Contas Correntes: Produção, Distribuição e Utilização da Renda Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Resumo das Contas Correntes Contas Correntes Saldo da Conta 1.Conta de Produção PIB* 2. Conta de Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda 2.1.1.Conta de Geração da Renda Excedente Operacional Bruto 2.1.2.Conta de Alocação da Renda Renda Nacional 2.2.Conta Distribuição Secundária da Renda Renda Nacional Disponível 2.3.Conta de uso da Renda Poupança Essas contas apresentam a atividade de produção de bens e serviços, a geração de renda na produção e a subsequente distribuição e redistribuição dos rendimentos pelas unidades institucionais e a alocação final entre consumo e poupança 5 Contas de Acumulação: Variação de Ativos e Passivos e do Patrimônio Líquido Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Esta conta abre com a Poupança e registram os “fluxos de transações” e “outros fluxos” que representam mudanças nos ativos (lado esquerdo) e mudanças nas obrigações (lado direito) Resumo das Contas de Acumulação 3. Conta de Acumulação Saldo da Conta 3.1 Conta de Capital Capacidade ou Necessidade de Financiamento 3.2 Conta Financeira Igual ao da Conta de Capital com sinal trocado 3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos e Contas de Reavaliação 3.3.1. Conta de Outras Variações nos Ativos Financeiros Mudanças no patrimônio líquido resultantes de outras variações no volume dos ativos 3.3.2. Conta de Reavaliação Mudanças no patrimônio líquido resultantes de ganhos/perdas de detenção nominais 6 Contas de Patrimônio: Estoques de Ativos e Passivos e Patrimônio Líquido Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Mostra os valores de ativos e passivos dos setores institucionais no início e no fim de um período contábil Engloba: ativos tangíveis (exclui bens duráveis das famílias), intangíveis (marcas e patentes) e financeiros (moeda, ações) e não inclui os recursos naturais como patrimônio Resumo das Contas de Patrimônio 4. Conta de Patrimônio Saldo da Conta 4.1 Conta de Patrimônio Inicial Patrimônio Líquido 4.2. Conta de variação do Patrimônio Variação do Patrimônio Líquido total. Registra saldos das contas de Capital (Variações do Patrimônio líquido resultante de poupança e transferência líquida de capital) e Conta de Outras Variações no Volume dos Ativos e Conta de Reavaliação (3.31 e 3.3.2). 4.3. Conta de Patrimônio Final Patrimônio Líquido 7 As Tabelas de Recursos e Usos Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 As Tabelas de Recursos e Usos (TRUs) se vinculam as CEIs através dos resultados de oferta e demanda e renda agregados por setores institucionais por setores de atividade As TRUs são divididas em: TRUs que apresenta a oferta total de bens e serviços da economia (produção e importação) TRUs que apresenta o consumo intermediário e a demanda final (exportação, consumo final, formação bruta de capital fixo) totalizando a demanda da economia Componentes do valor adicionado por setores de atividade 8 Conta de Operações de Bens e Serviços Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Esta conta é apresentada em separado das demais CEIs e é identificada no Sistema de Contas Nacionais como conta 0 É considerada a base de todo o sistema, pois retrata a atividade de produção e o destino da produção pelas categorias de demanda final Como o saldo dos recursos e usos se equilibram esta conta deve ser interpretada como um resumo dos resultados obtidos nas tabelas de recursos e usos O objetivo desta conta é apresentar o total da oferta de bens e serviços (produção doméstica + importações) no ano, e o destino desta oferta pelas categorias de demanda: consumo intermediário, consumo final, formação bruta de capital fixo, variações de estoques e exportações de bens e serviços 9 Conta de Operações de Bens e Serviços Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Recursos Operações Usos 3 786 683 Produção 247 362 Importação de bens e serviços 306 545 Impostos sobre produtos (-) 1 559 Subsídios aos produtos Consumo intermediário 1 944 430 Despesa de consumo final 1 721 783 Formação bruta de capital fixo 342 237 Variação de estoque 5 739 Exportação de bens e serviços 324 842 4 339 031 Total 4 339 031 Fonte: IBGE, Sistema de Contas Nacionais Brasil, 2008. Brasil: economia Nacional – Conta de Bens e Serviços – 2005 – (R$ 1.000.000) 10 Conta de Operações de Bens e Serviços Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Esta conta é gerada a partir da identidade entre o valor do PIB obtido pela ótica da produção e do consumo (despesa), logo podemos escrever Igualando (1) e (2) )1(IpCIVPPIB pcpb )2(ciffobpcpc MXVEFBCFCPIB ciffobpcpcpcpb MXVEFBCFCIpCIVP Vpb valor de produção a preços básicos Mcif importação de bens e serviços de não fatores Ip impostos sobre produtos líquidos dos subsídios CIpc consumo intermediário a preços do consumidor Cpc despesa de consumo final a preços do consumidor FBCFpc formação bruta de capital fixo a preços do consumidor VE variação de estoques Xfob exportação de bens e serviços de não fatores, valoradas a preços FOB 11 Conta de Operações de Bens e Serviços Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Rearranjando chegamos a igualdade entre recursos e usos, ou seja, o equilíbrio entre oferta e demanda de bens e serviços fobpcpcpccifpb XVEFBCFCCIIpMVP Oferta de Bens e Serviços Demanda de Bens e Serviços 12 Conta de Operações de Bens e Serviços Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Como valor de produção (VPpb) considera-se a produção de bens e serviços. No caso de bens a produção voltada para o mercado, ou seja, produção mercantil. Já os serviços estão divididos em mercantis (vendidos no mercado) e não mercantis Como consumo intermediário (CIpc) considera-se o consumo de bens e serviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços, mercantis ou não Como consumo final (Cpc) consideram os bens e serviços de uso privado (consumo das famílias) ou coletivo (administrações públicas) destinados a satisfação das necessidades da população A ampliação de capacidade produtiva são representados pela formação bruta de capital fixo (FBCFpc). O IBGE considera os bens duráveis e os serviços a eles incorporados adquiridos através de compra, troca, formação de capital para uso próprio e ajudas recebidas em espécie 13 Conta de Operações de Bens e Serviços Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Exemplos de FBCF: edifícios e construções, equipamentos, máquinas e instalações industriais, veículos, móveis, utensílios, e instalações comerciais, recursos minerais, florestamento e reflorestamento, direitos contratuais de exploração de florestas e outras imobilizações Despesas com formação profissional feitas pelas firmas (P&D) apesar de aumetarem a produtividade e a capacidade de produção são consideradas como consumo intermediário, pois não implicam aquisição de ativos que possam ser contabilizados nas Contas de Patrimônio A variação de estoque (VE) corresponde à variação líquida nos estoques de bens acabados ou em elaboração ou de matérias-primas utilizadas no processo de produção 14 Conta de Operações de Bens e Serviços Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Frete FOB (Free on board): A sigla FOB significa free on board e em português pode ser traduzida por “Livre a bordo”. Neste tipo de frete, o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria, assim que ela é colocada a bordo do navio. Por conta e risco do fornecedor fica a obrigação de colocar a mercadoria a bordo, no porto de embarque designado pelo importador. Frete CIF (Cost, Insurance and Freight): CIF é a sigla para Cost, Insurance and Freight, que em português, significa “Custo, Seguros e Frete”. Neste tipo de frete, o fornecedor é responsável por todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete. Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destino designado pelo comprador. 15 Conta de Operações de Bens e Serviços As importações de mercadorias são valoradas a preço CIF (cost, insurance and freight), significando que inclui além do seu preço de produção no resto do mundo, os custos de seguros e fretes até o porto nacional, representando o preço de entrada no país A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para o comprador no momento da transposição da amurada do navio no porto de embarque; O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do frete necessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado; O comprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para a frente se responsabilizar por todas as despesas; Os impostos sobre produtos (Ip) recaem sobre o valor dos bens e serviços mercantis, sendo compostos por: impostos sobre valor adicionado, impostos sobre importação e outros impostos sobre produto. 16 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Produção (Conta 1) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 O objetivo da conta de produção é deduzir o valor adicionado bruto (PIB) e pode ser descrita como a atividade pela qual um agente econômico consome bens e serviços, e na qual toda a renda é gerada Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$) 2005 Conta 1 - Conta de produção Produção 3 786 683 1 944 430 Consumo intermediário Impostos sobre produtos 306 545 Subsídios aos produtos (-) 1 559 2 147 239 Produto Interno Bruto PIBCIIpVP pcpb )( 17 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Renda (Conta 2) 2. Conta da Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda 2.1.1. Conta de Geração da Renda - EOB 2.1.2. Conta de Alocação da Renda - RNB 2.2. Conta de Distribuição Secundária da Renda - RND 2.3. Conta de Uso da Renda - SD Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 18 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1) Na conta de geração de renda descrimina-se os componentes do PIB na ótica da remuneração dos fatores Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$) 2005 Conta 2 - Conta da renda 2.1 - Conta de distribuição primária da renda 2.1.1 - Conta de geração da renda Produto interno bruto 2 147 239 860 886 Remuneração dos empregados 860 624 Residentes 262 Não-residentes 334 521 Impostos sobre a produção e a importação (-) 4 109 Subsídios à produção 955 941 Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto (EOB) 200 859 Rendimento misto bruto 755 082 Excedente operacional bruto Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 19 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Na conta de geração de renda discriminam-se os componentes do PIB na ótica da remuneração dos fatores; é explicitado o uso dos fatores trabalho e capital na geração do Produto. O PIB é lançado como um recurso, cujo uso resulta no pagamento das remunerações aos residentes e não residentes e dos impostos sobre produção e importação, líquido de subsídios O excedente operacional bruto (EOB) é obtido por diferença Podemos escrever a identidade para esta conta como: EOBWWPIB nr Im])[( 20 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Temos que: W remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes Wnr remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a não-residentes. (W + Wnr) total das remunerações dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos no país Im impostos sobre produção e importação, que incluem impostos sobre produtos (Ip) e outros impostos ligados à produção (imposto sobre folha de pagamento e demais impostos e taxas incidentes sobre atividade produtiva), líquido de subsídios EOB excedente operacional bruto EOBWWPIB nr Im])[( 21 Rendimento Misto Ganhos recebidos pelos proprietários de empresas não constituídas em sociedade, pertencentes às famílias, sejam eles trabalhadores por conta- própria (autônomos) ou empregadores informais. É obtido através de entrevistas à população. Excedente Operacional Bruto É uma proxy do lucro bruto da renda gerada pelas empresas. Lucro líquido do exercício, antes do IR; doações e contribuições; resultadoem participações societárias; despesas com royalties, distribuições no exercício. Produção Ilegal Produção realizada em mútuo acordo entre as partes (drogas, contrabando, prostituição). Não deve incluir extorsão ou roubo, pois apenas há transferência de ativos de um agente a outro. É obtida através de entrevista à população. As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 22 Produção oculta Refere-se a execução de atividades legais mas que não são declaradas (ou apenas parcialmente declaradas) às autoridades com o objetivo principal de sonegar o pagamento de impostos. Pode ser estimada pela oferta e demanda por bens e serviços. Produção Informal Consiste na produção do setor institucional famílias. Baixo nível de organização produtiva e não possuem uma clara divisão entre trabalho e capital enquanto fatores de produção. Obtida através de pesquisas domiciliares que captam os ganhos da produção e pelas características da atividade estima-se o valor da produção e do consumo dos bens intermediários. As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 23 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Alocação da Renda (Conta 2.1.2) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 A conta de alocação da renda apresenta como saldo a Renda Nacional Bruta que é o conceito de valor adicionado pela ótica da renda O SCN distingue dois tipos de transferências no processo de distribuição da renda: as transferências de capital e as transferências correntes. A conta de alocação da renda explicita as transferências de capital Assim, para chegar a RNB devemos considerar a remuneração dos fatores de produção e as operações de redistribuição da renda associadas à remuneração do capital (RLP, que equivale aos rendimentos de propriedade, juros, dividendos) A conta registra as mesmas rubricas da Conta de Geração da Renda, porém do ponto de vista do recebedor, ou seja, os lançamentos são feitos do lado dos recursos 24 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Alocação da Renda (Conta 2.1.2) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$) 2.1.2 - Conta de alocação da renda Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto 955 941 Rendimento misto bruto 200 859 Excedente operacional bruto 755 082 Remuneração dos empregados 861 418 Residentes 860 624 Não-residentes 794 Impostos sobre a produção e a importação 334 521 Subsídios à produção (-) 4 109 70 435 Rendas de propriedade enviadas e recebidas do resto do mundo 8 317 2 085 653 Renda nacional bruta 25 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Alocação da Renda (Conta 2.1.2) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Temos que: Wr remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, recebidas por residentes, por serviços prestados a não residentes (W + Wr) total das remunerações dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a residentes or serviços prestados a residentes e não residentes RLP remuneração líquida (recuros menos usos) dos fatores de produção de propriedade, constituída por rendas de capitais – juros, lucros e dividendos – e outros serviços de fatores constituído por royalties, patentes e direitos autorais RNB renda nacional bruta RNBRLPWWEOB r Im)( 26 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Distribuição Secundária da Renda (Conta 2.2) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 A conta de distribuição secundária da renda mostra como os rendimentos primários pagos a residentes podem ser usados para pagamentos de transferências para unidades não residentes O saldo desta conta é a Renda Nacional Disponível (RND), diferencia-se da RNB por incluir o saldo líquido das transferências correntes recebidas do exterior Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$) 2.2 - Conta de distribuição secundária da renda Renda nacional bruta 2 085 653 1 184 Outras transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo 9 819 2 094 288 Renda Disponível Bruta 27 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Distribuição Secundária da Renda (Conta 2.2) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Temos que: TUR transferências líquidas correntes, ou seja, transferências de recursos sem contrapartida do processo produtivo, como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio, de operações de seguro, de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes RDB renda disponível bruta = RND RDBTURRNB 28 As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Uso da Renda (Conta 2.3) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Explicita a RDB como recurso, e como destino o consumo final e a poupança bruta Cpc despesa consumo final SD poupança bruta Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$) 2.3 - Conta de uso da renda Renda disponível bruta 2 094 288 1 721 783 Despesa de consumo final 372 505 Poupança bruta SDCRDB pc 29 As Contas Econômicas Integradas: Conta de Acumulação – Conta de Capital Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Nesta conta a poupança bruta deve financiar a formação bruta de capital fixo e a variação de estoque Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$) Conta 3 - Conta de acumulação 3.1 - Conta de capital Poupança bruta 372 505 342 237 Formação bruta de capital fixo 5 739 Variação de estoque 571 Transferências de capital enviadas e recebidas do resto do mundo 2 201 26 159 Capacidade ( + ) ou Necessidade ( - ) líquida de financiamento 30 As Contas Econômicas Integradas: Conta de Acumulação – Conta de Capital Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Temos que: Trc transferências líquidas de capital, que corresponde à variação de patrimônio líquido resultante de operações financeiras; Sext capacidade ou necessidade de financiamento da economia extpc STrcVEFBCFSD )( 31 Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$) 2005 Conta 1 - Conta de bens e serviços do resto do mundo com a economia nacional 324 842 Exportação de bens e serviços 287 321 Exportação de bens 37 521 Exportação de serviços Importação de bens e serviços 247 362 Importação de bens 189 561 Importação de serviços 57 801 (-) 77 480 Saldo externo de bens e serviços Conta 2 - Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia nacional Saldo externo de bens e serviços (-) 77 480 794 Remuneração dos empregados (Wnr – Wr) 262 8 317 Rendas de propriedade (RLP) 70 435 6 732 Juros 38 208 1 585 Dividendos 32 227 9819 Outras transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo (TUR) 1 184 198 Cooperação internacional 338 9 621 Transferências correntes diversas 846 (-) 24 529 Saldo externo corrente 32 Conta 3 - Conta de acumulação do resto do mundo com a economia nacional 3.1 - Conta de capital Saldo externo corrente (-) 24 529 2 201 Transferências de capital enviadas e recebidas do resto do mundo (Trc) 571 Variações do patrimônio líquido resultantes de poupança e de transferências de capital (-) 26 159 (-) 26 159 Capacidade ( + ) ou Necessidade ( - ) líquida de financiamento (+-Sext) Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Esta conta traduz em termos de contas nacionais as operações que compõem as Transações Correntes do Balanço de Pagamentos IMPORTANTE: é apresentada sob a ótica do resto do mundo, o que significa dizer que as importações de bens e serviços de não fatores são recursos do resto do mundo e as exportações de bens e serviços de não fatores são usos Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 33 Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Temos que: (Wnr – Wr) saldo das remunerações de não residentes e residentes (Wnr – Wr) + RLP = RLEE SE poupança externa (exclui as transferências líquidas de capital) Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 extrnrfobcif STrcTURRLPWWXM )()( SETURRLPWWXM rnrfobcif )()( RLEE 34 Resumo das Identidades Contábeis das Contas Econômicas Integradas Conta de bens e serviços 1. Conta de Produção (PIB pela ótica do produto) 2.1.1. Conta de Geração da Renda 2.1.2. Conta de Alocação da Renda fobpcpcpccifpb XVEFBCFCCIIpMVP PIBCIIpVP pcpb )( EOBWWPIB nr Im])[( RNBRLPWWEOB r Im)( Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 35 Resumo das Identidades Contábeis das Contas Econômicas Integradas 2.2. Conta de Distribuição Secundária da Renda 2.3. Conta de Uso da Renda 3.1 Conta Capital Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo Prof. Rodrigo Nobre Fernandez UFPel - DECON – 2015/2 RDBTURRNB SDCRDB pc extpc STrcVEFBCFSD )( extrnrfobcif STrcTURRLPWWXM )()( 36
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