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DC V Aula 9

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Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
Professora: Maria Maria Martins Silva Stancati 
Direito Civil V 
ProfMariaMariaRegistrosPublicos 
 
Direito Civil V – Aula 9 Página 1 de 7 
 
Aula 9 – Dissolução do Casamento: 
 
Art. 226, § 6º, CF: O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia 
separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação 
de fato por mais de dois anos. (antes da EC 66/10) 
 
 Antes da EC 66/10: 
1) Separação: separação de corpos e partilha de bens (se quiser), pondo fim aos deveres de 
coabitação, fidelidade e regime de bens. Quem é religioso e nesta não permite o divórcio, utiliza 
este meio. Pode haver a reconciliação pela via judicial ou extrajudicial. 
 a) com ou sem culpa 
 b) amigável ou litigioso 
 c) judicial ou extrajudicial (L. 11.441/07 e Res. 35, CNJ) 
 
2) Divórcio: extinção do vínculo conjugal. 
 a) Direto – após 2 anos de separação de fato 
 b) Conversão – precedido na separação judicial ou extrajudicial 
 c) judicial ou extrajudicial (L. 11.441/07 e Res. 35, CNJ) 
 d) amigável ou litigioso 
 
Art. 226, §6º, CF: O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada 
Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010) 
 
 Após a EC 66/10, ambos judicial ou extrajudicial: 
1) Divórcio: sem prazo mínimo – somente existe na modalidade direta. 
2) Separação: sem prazo mínimo – para os que ainda a aceitam sem precisar falar em culpa. 
Pode haver a reconciliação pela via judicial ou extrajudicial. 
 Esse duplo sistema foi criado Lei do Divórcio (6.515/ 77) como forma de preparar a 
sociedade para aceitar o divórcio. Obs: tanto a separação quanto o divórcio devem ser 
averbados no RCPN para surtirem efeitos contra terceiros. Ex.: os cônjuges já estavam 
separados de fato e ingressaram no judiciário ou no extrajudicial para requer o divórcio. Caso 
não seja averbado este, morrendo um dos cônjuges, para todos os efeitos perante terceiros, ele 
era casado. Esta atitude pode levar a receber benefício previdenciário indevidamente 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
 
 
Direito Civil V – Aula 9 Página 2 de 7 
 
prejudicando atual companheiro(a) do beneficiário, fazer levantamentos de valores como FGTS 
ou valores monetários em conta corrente e outras fraudes. 
Assim, há as causas terminativas que punham fim à sociedade conjugal sem atacar o 
vínculo nupcial (regime de bens e deveres do casamento) – separação, nulidade e anulabilidade 
de casamento porque o vínculo conjugal é desconstituído ou declarado inválido, retornando ao 
estado civil anterior; e as causas dissolutivas que atingem a sociedade conjugal e o vínculo 
matrimonial libertando um do outro – morte e divórcio. 
 Também dissolvem o casamento a morte encefálica, a morte presumida sem ausência 
depois de justificada a morte e a declaração de ausência judicial (presumidamente viúvo 
afastando a bigamia). 
 
1) Separação: 
Na separação com culpa, as modalidades são: 
a) Separação ruptura ou falência (art. 1.572, §1º., CC): ocorre quando qualquer dos 
cônjuges prova a ruptura da vida em comum há mais de um ano consecutivo ou não (soma de 
períodos) e a impossibilidade de sua reconstituição. 
b) Separação sanção ou culposa (art. 1.572, caput, CC): ocorre quando um dos 
cônjuges imputa ao outro conduta que importe grave violação dos deveres do casamento e 
importe insuportabilidade da vida em comum (cuja determinação é casuística). Não se fala mais 
em perder o direito de usar o nome de casado, de alimentos e do direito à guarda dos filhos, 
pelo cônjuge culpado posto que são direitos tocantes a dignidade da pessoa humana, para uma 
corrente. Para a outra, a culpa ainda ocasiona as perdas acima. 
c) Separação remédio (art. 1.572, §§2º. e 3º., CC): ocorre quando um dos cônjuges é 
acometido por grave doença mental (psicoses, paranóias, epilepsia...) de cura improvável, 
manifestada após o casamento e que torne impossível a vida em comum, desde que após uma 
duração de dois anos. 
 
Enunciado 100, JDC: Art. 1.572: Na separação, recomenda-se apreciação objetiva de 
fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum. 
Enunciado 254, JDC: Art. 1.573: Formulado o pedido de separação judicial com 
fundamento na culpa (art. 1.572 e/ou art. 1.573 e incisos), o juiz poderá decretar a separação do 
casal diante da constatação da insubsistência da comunhão plena de vida (art. 1.511) – que 
caracteriza hipótese de “outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em comum” – 
sem atribuir culpa a nenhum dos cônjuges. 
Enunciado 255, JDC: Art. 1.575: Não é obrigatória a partilha de bens na separação 
judicial. 
Enunciado 514, JDC: Art. 1.571: A Emenda Constitucional n. 66/2010 não extinguiu 
o instituto da separação judicial e extrajudicial. 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
 
 
Direito Civil V – Aula 9 Página 3 de 7 
 
Enunciado 515, JDC: Art. 1.574, caput: Pela interpretação teleológica da Emenda 
Constitucional n. 66/2010, não há prazo mínimo de casamento para a separação consensual. 
Enunciado 516, JDC: Art. 1.574, parágrafo único: Na separação judicial por mútuo 
consentimento, o juiz só poderá intervir no limite da preservação do interesse dos incapazes ou 
de um dos cônjuges, permitida a cindibilidade dos pedidos com a concordância das partes, 
aplicando-se esse entendimento também ao divórcio. 
 
 2) Divórcio: 
O termo divórcio vem de divortium do verbo divertere que na origem quer dizer separar. 
Foi introduzido no Brasil pela Emenda n. 9/77 (Sen. Nelson Carneiro) que alterou o art. 175, 
§1º., CF/69 e exigiu a regulamentação que veio por meio da Lei n. 6.515/77 (conhecida como 
Lei do Divórcio). 
 Enunciado 517, JDC: Art. 1.580: A Emenda Constitucional n. 66/2010 extinguiu os 
prazos previstos no art. 1.580 do Código Civil, mantido o divórcio por conversão. 
 Enunciado 571, JDC: Se comprovada a resolução prévia e judicial de todas as questões 
referentes aos filhos menores ou incapazes, o tabelião de notas poderá lavrar escrituras públicas 
de dissolução conjugal. 
Súmula 197, STJ: O divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha 
dos bens. (o mesmo vale para separação e união estável) 
 
PROCESSO: 2015-165647 
Assunto: CONSULTA SOBRE FORMA CORRETA DE INFORMAR SOBRE BENS EM 
AVERBAÇÃO DE DIVÓRCIO 
CAPITAL 08 RCPN 
DANIEL NILSON RIBEIRO 
DECISÃO 
Conquanto o instrumento (mandado judicial ou escritura) não traga de forma expressa 
a partilha dos bens do casal, a lei civil pressupõe que, no silêncio, cada ex-cônjuge permanece 
com 50% sobre os bens, a representar a meação a que eles faziam jus em razão do regime de 
casamento adotado. 
Portanto, ao ajustarem que os bens ficarão em condomínio, passando a ser condôminos, 
torna-se desnecessário inventário em relação àqueles, pois ele teria por escopo a partilha, a qual 
já restou definida no juízo de família. 
A propósito, o seguinte precedente do Superior Tribunal de Justiça: 
CIVIL. DIVÓRCIO. PARTILHA DE BENS. Se os bens do casal foram partilhados 
em regime de condomínio, a extinção deste se dá por ação de divisão, e não por nova 
partilha. Recurso especial conhecido e provido. (REsp 255.059/RS, Rel. Ministro ARI 
PARGENDLER, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/06/2000, DJ 28/08/2000, p. 
82) 
 
 
 
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Direito Civil V – Aula 9 Página 4 de 7 
 
Note-se que o artigo 1.320 do Código Civil determina que, a todo tempo, será lícito ao 
condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte 
nas despesas da divisão. 
Assim, pretendendo o desfazimento do condomínio, pode o condômino ajuizar ação de 
extinção de condomínio, uma vez que a matéria versa sobre direito das coisas, porquanto, neste 
caso, não subsiste mais a comunhão regida pelo regime de bens. 
Desse modo, quando a coisa for indivisível, o condômino tem o direito de pretender a 
extinção do condomínio quando não mais conveniente a propriedade comum, devendo ser 
promovida alienação judicial caso não haja acordo entre os condôminos quanto à sua 
adjudicação (art. 1.322 do Código Civil), repartindo-se o produto da venda apurado na 
proporção da quota parte de cada um. 
Nesse sentido, destaca-se a jurisprudência deste Tribunal de Justiça: 
AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL. IMÓVEL ADQUIRIDO NA 
CONSTÂNCIA DO CASAMENTO. EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO. DIREITO 
POTESTATIVO. Agravo Interno interposto contra a decisão monocrática desta Des. 
Relatora que, com base no art. 557, caput, do CPC negou seguimento ao recurso da 
Ré, ora Agravante, mantendo a sentença que julgou procedente o pedido para 
determinar a alienação judicial do imóvel adquirido na constância do casamento. 
Sentença que decretou o divórcio reconhece que os bens cabem, a cada cônjuge, na 
proporção de 50% de seus valores. Interesse do Autor, ora Agravado, em alienar o 
imóvel. Extinção de condomínio que é direito potestativo do condômino. Tencionou 
o legislador aperfeiçoar o exercício da atividade jurisdicional, evitando-se o 
prolongamento do procedimento em evidentes insucessos, bastando que o recurso 
interposto seja manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em 
confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ou de TRIBUNAL SUPERIOR. No caso, é 
notória a improcedência do recurso interposto, inexistindo mínima afronta ao artigo 
557, caput, do CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECURSO DESPROVIDO. 
(0023060-35.2012.8.19.0209 - APELAÇÃO - DES. ELISABETE FILIZZOLA - 
Julgamento: 26/02/2015 - SEGUNDA CÂMARA CÍVEL). 
Pelo exposto, ACOLHO, nesse aspecto, o Parecer nº. 856 (fls. 18/29), a fim de que seja 
esclarecido que, quando as sentenças judiciais ou as escrituras públicas informarem apenas que 
“o bem imóvel do casal ficou em condomínio”, pressupõe-se ter havido a partilha e, por 
conseguinte, a existência, a partir de então, do condomínio regido pelo Código Civil (art. 504). 
Oficie-se ao requerente, com cópia desta decisão, para lhe informar que os bens 
permanecidos em condomínio, após a dissolução do casamento, devem ser anotados na razão 
de 50% para cada ex-cônjuge, se outra proporção não tiver sido indicada no mandado ou 
escritura pública apresentada para averbação. 
À DIPAJ para verificar a pertinência de publicação de aviso sobre o tema. 
Rio de Janeiro, 07 de abril de 2017. 
Afonso Henrique Ferreira Barbosa 
Juiz Auxiliar da Corregedoria 
 
3) Procedimentalização – NCPC: 
 Todas as ações relativas à família, tais como divórcio, separação, reconhecimento e 
extinção de União Estável, guarda, visitação e filiação, utilizando a forma contenciosa, serão 
regidos pelos arts. 693 e ss, NCPC. A intervenção do Ministério Público ocorrerá quando há 
 
 
 
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Direito Civil V – Aula 9 Página 5 de 7 
 
interesse de incapaz, e obrigatoriamente haverá a mediação e conciliação antes de qualquer ato 
de saneamento e instrução do processo. 
 Caso as partes estejam de comum acordo, utilizando a forma consensual, é tratado como 
um procedimento de Jurisdição Voluntária, podendo haver o pedido de homologação do 
divórcio e da separação pela Jurisdição Voluntária Judicial ou realizado por escritura pública 
na Jurisdição Voluntária Extrajudicial. 
Art. 733, NCPC - O divórcio consensual, a separação consensual e a 
extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e 
observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual 
constarão as disposições de que trata o art. 731. 
§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título 
hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância 
depositada em instituições financeiras. 
§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem 
assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura 
constarão do ato notarial. 
 
4) Jurisprudência: 
PROCESSO REsp 1.431.370-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, por unanimidade, 
julgado em 15/8/2017, DJe 22/8/2017. 3ª Turma. 
RAMO DO 
DIREITO 
DIREITO CIVIL 
TEMA 
Direito de Família. Emenda Constitucional n. 66/2010. Divórcio Direto. 
Requisito Temporal. Extinção. Separação Judicial ou extrajudicial. 
Coexistência. Institutos distintos. Princípio da autonomia da vontade. 
Preservação. Legislação infraconstitucional. Observância. 
 
DESTAQUE 
A Emenda Constitucional n. 66/2010 não revogou, expressa ou tacitamente, a legislação 
ordinária que trata da separação judicial. 
 
INFORMAÇÕES DO INTEIRO TEOR 
O ponto nodal do debate consiste em analisar se o instituto da separação judicial foi ab-rogado 
após o advento da Emenda à Constituição n. 66/2010. O texto constitucional originário 
condicionava como requisito para o divórcio a prévia separação judicial ou de fato. Por sua 
vez, a EC n. 66/2010 promulgada em 13 de julho de 2010 conferiu nova redação ao § 6º do 
art. 206 da Constituição Federal de 1988, a saber: "o casamento civil pode ser dissolvido pelo 
divórcio". A alteração constitucional não revogou, expressa ou tacitamente, a legislação 
ordinária que regula o procedimento da separação, consoante exegese do art. 2º, §§ 1° e 2°, da 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942). Como se afere 
da sua redação, a Emenda apenas facultou às partes dissolver direta e definitivamente o 
 
 
 
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Direito Civil V – Aula 9 Página 6 de 7 
 
casamento civil, por meio do divórcio – objeto de nova disciplina, tendo em vista a supressão 
do requisito temporal até então existente. A supressão dos requisitos para o divórcio pela 
Emenda Constitucional não afasta categoricamente a existência de um procedimento judicial 
ou extrajudicial de separação conjugal, que passou a ser opcional a partir da sua promulgação. 
Essa orientação, aliás, foi ratificada: (i) pelos Enunciados n.s 514, 515, 516 e 517 da V Jornada 
de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal (CJF), ocorrida em 2010; (ii) pela nova 
codificação processual civil (Lei n. 13.102/2015), que manteve, em diversos dispositivos, 
referências ao instituto da separação judicial (Capítulo X – Das Ações de Família – art. 693 e 
Capítulo XV – dos Procedimentos de Jurisdição Voluntária – arts. 731, 732 e 733); (iii) pela 
Quarta Turma desta Corte Superior, por ocasião do julgamento do REsp 1.247.098-MS, Rel. 
Min. Maria Isabel Gallotti, DJe 16/5/2017 – o que denota a pacificação da matéria pelos órgãos 
julgadores responsáveis pela uniformização da jurisprudência do STJ no âmbito do direito 
privado. Portanto, atéque surja uma nova normatização, não se pode dizer que o instituto da 
separação foi revogado pela Emenda n. 66/2010. 
5) Normas na escritura de Divórcio e Separação Extrajudicial da Consolidação 
Normativa Extrajudicial do Estado do Rio de Janeiro: 
Seção III - Disposições comuns à separação e ao divórcio consensuais 
Art. 309. Para a lavratura da escritura pública de separação e de divórcio 
consensuais, deverão ser apresentados: 
I - certidão de casamento; 
II - documento de identidade oficial e CPF, se houver; 
III - certidão de nascimento ou outro documento de identidade oficial dos 
filhos absolutamente capazes, se houver; 
IV - certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a eles relativos, se 
houver, e 
V - documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens móveis 
e direitos, se houver. 
 
Art. 310. As partes devem declarar ao Tabelião, no ato da lavratura da 
escritura, a inexistência de filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente 
capazes, indicando seus nomes e as datas de nascimento e, ainda, que o cônjuge 
virago não se encontra em estado gravídico ou ao menos, que não tenha 
conhecimento sobre essa condição. (Redação do caput do artigo alterada pelo 
Provimento CGJ n.º 36/2016, publicado no D.J.E.R.J. de 23/06/2016) 
§ 1°. Havendo filhos menores ou nascituro, será permitida a lavratura da 
escritura, desde que devidamente comprovada a prévia resolução judicial de todas 
as questões referentes aos mesmos (guarda, visitação e alimentos), o que deverá 
ficar consignado no corpo da escritura. (Parágrafo incluído pelo Provimento CGJ 
n.º 16/2014, publicado no D.J.E.R.J. de 19/03/2014, com sua redação alterada pelo 
Provimento CGJ n.º 36/2016, publicado no D.J.E.R.J. de 23/06/2016) 
§ 2°. Nas hipóteses em que o Tabelião tiver dúvida a respeito do cabimento 
da escritura de separação ou divórcio, diante da existência de filhos menores ou 
nascituro, deverá suscitá-la ao Juízo competente em matéria de registros públicos. 
(Parágrafo incluído pelo Provimento CGJ n.º 16/2014, publicado no D.J.E.R.J. de 
19/03/2014, com sua redação alterada pelo Provimento CGJ n.º 36/2016, publicado 
no D.J.E.R.J. de 23/06/2016) 
 
Art. 311. Da escritura, deve constar declaração das partes de que estão 
cientes das consequências da separação e do divórcio, firmes no propósito de pôr 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
 
 
Direito Civil V – Aula 9 Página 7 de 7 
 
fim à sociedade conjugal ou ao vínculo matrimonial, respectivamente, sem 
hesitação, com recusa de reconciliação. 
Art. 312. O comparecimento pessoal das partes é dispensável à lavratura de 
escritura pública de separação e divórcio consensuais, sendo admissível ao(s) 
separando(s) ou ao(s) divorciando(s) se fazer representar por mandatário 
constituído, desde que por instrumento público com poderes especiais e descrição 
das cláusulas essenciais. 
 
Art. 313. Havendo bens a serem partilhados na escritura, distinguir-se-á o 
que é do patrimônio individual de cada cônjuge, se houver, do que é do patrimônio 
comum do casal, conforme o regime de bens, constando isso do corpo da escritura. 
 
Art. 314. Na partilha em que houver transmissão de propriedade do 
patrimônio individual de um cônjuge ao outro, ou na partilha desigual do patrimônio 
comum, deverá ser comprovado o recolhimento do tributo devido sobre a fração 
transferida. 
 
Art. 315. A partilha em escritura pública de separação e divórcio 
consensuais far-se-á conforme as regras da partilha em inventário extrajudicial, no 
que couber. 
 
Art. 316. O traslado e/ou certidão da escritura pública de separação e 
divórcio consensuais será apresentado ao Oficial de Registro Civil do respectivo 
assento de casamento, para a averbação necessária, independente de autorização 
judicial e de audiência do Ministério Público. 
 
Art. 317. Havendo alteração do nome de algum cônjuge, em razão de 
escritura de restabelecimento da sociedade conjugal, separação ou divórcio 
consensuais, o Oficial de Registro Civil que averbar o ato no assento de casamento 
também anotará a alteração no respectivo assento de nascimento, se de sua unidade, 
ou se de outra, comunicando ao Oficial competente, para fins da necessária 
anotação. 
 
Art. 318. Não há sigilo nas escrituras públicas de separação e divórcio 
consensuais. 
 
Art. 319. Na escritura pública deve constar que as partes foram orientadas 
sobre a necessidade de apresentação de seu traslado no registro civil do assento de 
casamento, para a averbação devida. 
 
Art. 320. É admissível, por consenso das partes, escritura pública de 
retificação das cláusulas de obrigações alimentares ajustadas na separação e no 
divórcio consensuais. 
 
Art. 321. A escritura pública de separação ou divórcio consensuais, quanto 
ao ajuste do uso do nome de casado, pode ser retificada mediante declaração 
unilateral do interessado na volta ao uso do nome de solteiro, em nova escritura 
pública, com assistência de advogado. 
 
Art. 322. O Tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de separação ou 
divórcio, se houver fundados indícios de prejuízo a um dos cônjuges, ou em caso de 
dúvidas sobre a declaração de vontade, fundamentando sua recusa por escrito.

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