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Primeiro Vt de Direito Administrativo LUISAAMARAL

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Primeiro Vt de Direito Administrativo
Aluna: Luísa Seldeira Amaral
Matrícula: 600787808
Data: 02/05/18
O deputado fulano contratou como assessor o filho da senadora beltrana. No ato da contratação, com justificativa o deputado aduziu a mesma base eleitoral de ambos. Tendo em vista que tal ato inseriu-se na gestão do legislativo.
Se a senadora tiver como assessora a esposa do deputado, haverá violação de princípios administrativos? (Justifique com jurisprudências e doutrinas).
R: Sim, ocorrerá violação dos princípios administrativos elencados no Art. 37, caput, da CF. Que são eles, o princípio da moralidade (boa fé objetiva, honestidade e lealdade), que deve ter no exercício administrativo dos gestores públicos obrigatoriamente, para não haver corrupção; e o princípio da impessoalidade (onde o agente público deve agir de forma a não favorecer nenhum indivíduo, nem para o mal e nem para o bem, sem favoritismos ou perseguições, configurando assim o ``NEPOTISMO CRUZADO``, que é vedado pela CF, ferindo os princípios já citados, sendo assim sua aplicabilidade é imediata, não necessitando de alguma lei que expresse a vedação do nepotismo. 
Contudo, o STF entendeu melhor e redigiu a súmula vinculante N13, que diz em seu texto: ``A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição.``
Para asseverar a explicação dada acima, foi retirado uma nota de rodapé Marcelo Alexandrino (pg. 352) do Direito Administrativo Descomplicado, que transcreve um trecho de um acórdão do STF que representa nossa questão. ``No mérito, configurada a prática de nepotismo cruzado, tendo em vista que a assessora nomeada pelo impretante para exercer o cargo em comissão no Tribunal Regional do Trabalho da 17 região, sediado em Vitória-ES, é nora do magistrado que nomeou a esposa do impetrante para cargo de comissão no Tribunal Regional do Trabalho da 1 região, sediado no RJ. A nomeação para o cargo de assessor do impetrante é ato formalmente ilícito. Contudo, no momento em que é apurada a finalidade contrária ao interesse público, qual seja, uma troca de favores entre membros do judiciário, o ato deve ser invalidado, por violação ao princípio da moralidade administrativa e por estar caracterizada a sua ilegalidade, por desvio de finalidade``. SO RE 570.392/RS (repercussão geral), rei. Min. Cármen Lúcia, 11.12.2014 (Informativo 771 do STF).
O vício no ato, caso ele tenha sido emanado do chefe de gabinete é passível de convalidação?
R: Sim, seria passível de convalidação por se tratar de vício sanável de competência, que pode ser ratificado pelo superior do chefe do gabinete, que no caso apresentado seria o deputado fulano.
Para Celso Antônio Bandeira de Melo(2003, pág 363) deve se estudar a capacidade da pessoa jurídica que praticou o ato, a quantidade de atribuições que do órgão que o produziu, a competência do agente emanador do ato e a existência ou inexistência de óbices a sua atuação no caso concreto, como situações em que haja impedimento.
<<, Luiz Felipe dos Anjos de Melo (limites à convalidação dos atos administrativos no processo administrativo brasileiro).
Site Conteúdo Jurídico, Brasília-DF, 24 julho de 2010.

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