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76 8. Gaseificação da madeira A gaseificação de biomassa é um processo de transformação da matéria vegetal (lenha ou carvão vegetal, por exemplo), em gás combustível, contendo CO e H2 como produtos mais importantes. Este processo de obtenção de gás combustível foi muito utilizado até a Segunda Guerra Mundial, sendo posteriormente abandonado em razão dos preços extremamente reduzidos dos derivados de petróleo. Nos processos de gaseificação a matéria orgânica é total ou parcialmente transformada em gases cujos principais componentes são: monóxidos de carbono, dióxido de carbono, hidrogênio e dependendo das condições metano, hidrocarbonetos leves, nitrogênio e vapor de água em diferentes proporções. Tipicamente, o gás de madeira é constituído de monóxido de carbono (CO – 15-5%), dióxido de carbono (CO2 – 9-11%), hidrogênio (H2 – 13-10%), nitrogênio (N2 – 42-45%, metano (CH4 – 1-4%) e água (H2O – 11-22%), e dependendo do equipamento até 5% de alcatrão. Os processos de gaseificação da biomassa são originados em decorrência das transformações de suas propriedades químicas e físicas a que é submetida. As reações químicas que ocorrem durante a gaseificação são reações de oxidação envolvendo fases sólidas, líquidas e gasosas. As reações físicas estão relacionadas aos processos de transferência de calor e de massa. A biomassa pode ser convertida em reações termoquímicas (combustão direta, gaseificação, pirólise e liquefação) ou em reações bioquímicas (fermentação, digestão anaeróbica). As conversões termoquímicas são aquelas em que a biomassa sofre alterações em sua estrutura química, causada pela elevação acentuada de sua temperatura. Essas conversões térmicas são realizadas com a finalidade de transformar a biomassa em um combustível adequado ao consumo nos equipamentos existentes ou facilitar o manuseio, transporte e armazenamento. O gás produzido em sistemas de gaseificação é utilizado como combustível diretamente, ou como matéria-prima para síntese de produtos químicos (por exemplo, metanol ou amônia). Em principio, pode-se gaseificar a lenha diretamente, ou transformá-la inicialmente em carvão vegetal e posteriormente gaseificar este carvão. As duas alternativas são viáveis, apresentando cada uma, vantagens e desvantagens, que devem ser pesadas para cada projeto individualmente. Ao produzir o carvão vegetal de forma convencional, grande parte dos voláteis se desprende e se queima, ou é simplesmente arrastado para a atmosfera, como ocorre nas caieiras ou medas que operam em larga escala no Brasil. Assim, ao se gaseificar o carvão o gás produzido contém teores muito baixos de voláteis da madeira, sendo, portanto adequado, inclusive, ao processo de síntese. 77 Como se sabe, a madeira ao gaseificar-se passa no interior do gaseificador por três fases distintas: -Secagem -Carbonização (pirólise) -Gaseificação Assim como a secagem, a carbonização e a gaseificação se fazem em único vaso (processo); a eficiência global do processo se torna maior e os custos totais de construção mais reduzidos. Daí a grande pesquisa em torno de gaseificadores de madeira em detrimento do uso de carvão vegetal. O carvão pode ser utilizado, porém, na maioria dos casos, a utilização direta da madeira parece ser mais conveniente. 8.1–Sistema de gaseificadores Gaseificadores são equipamentos utilizados para transformar a energia química presente na biomassa em energia aproveitável. As fontes de combustíveis sólidos mais usados nos gaseificadores são: a lenha, a casca de coco, o carvão vegetal, os resíduos ou restos culturais agrícolas. Em caso de utilização de madeira (lenha) na gaseificação, deve-se dar preferência a espécies com densidade elevada, o que permite a obtenção de maior quantidade de energia para o mesmo volume de madeira utilizado. Os gaseificadores que utilizam o ar como agente de gaseificação são muito comuns e, atualmente, grande número de empresas produz esses equipamentos, com destaque para os gasogênios, pelo fato de se tratarem de equipamentos mais simples e de pequeno porte, especialmente adequados para fornecimento de calor em pequenas agroindústrias, para acionamento de grupos geradores e motobombas, no meio rural. Embora por este processo o gás produzido seja de baixo poder calorífico, devido à grande porcentagem de nirogênio e vapor d’água presente no ar atmosférico, entre outros inertes, o gaseificador é extremamente viável. São quatro as etapas básicas do processo de gaseificação da biomassa: secagem, pirólise ou destilação; redução e oxidação ou combustão da biomassa. Cada uma dessas etapas ocorre em zonas relativamente separadas dentro do gaseificador, e em seqüência determinada pelas características de projeto. A zona de oxidação é determinada pela entrada do comburente, cujo oxigênio é o responsável pela queima de parte da matéria-prima, liberando energia térmica. 78 8.1.1–Tipos de Gaseificadores A eficiência energética global do processo de conversão de biomassa em gás depende essencialmente do desempenho do gaseificador, constituindo-se no equipamento chave de todo o sistema. É muito difícil estabelecer uma classificação padrão que englobe todos os equipamentos utilizados na gaseificação, pois existem nuanças a serem consideradas quando se pretende estabelecer uma rotulagem adequada a todos os setores envolvidos no assunto. De maneira geral, sugere-se a seguinte classificação: a) Quanto à fonte de energia: - alotérmico: a energia para manutenção do processo provém de outra fonte que não o próprio combustível; - autotérmico: a energia provém da combustão parcial do próprio combustível. b) Quanto ao tipo de leito: - leito fixo ou móvel: na verdade, todos os gaseificadores possuem leito móvel, porém alguns autores fazem discriminação da zona de reação como sendo leito fixo; - em suspensão: as reações de oxidação são realizadas em leito fluidizado ou de corrente fluida. c) Quanto à pressão de operação: - baixa pressão: os gaseificadores funcionam com pressões próximas à atmosférica, podendo operar com pressão positiva ou negativa, esta última utilizada para operar motores; - alta pressão: os gaseificadores funcionam com pressões acima da atmosférica (10 a 100 atm) produzindo gás, que pode ser transportado por tubulações par ser utilizado em turbinas ou como matéria prima para síntese química. d) Quanto ao movimento do combustível: - gaseificador contracorrente; - gaseificador concorrente; - gaseificador transversal; - gaseificador de leito fluidizado. Internamente, os gaseificadores poder ser divididos em duas regiões: a região de reação que compreende as zonas de redução e de oxidação; e a região de destilação compreendendo as zonas de pirólise e de secagem. Gaseificador contracorrente: é caracterizado pelo fluxo contracorrente entre a biomassa e o gás produzido no interior do reator, isto é, a biomassa flui no sentido descendente e o gás no sentido ascendente. O gaseificador contracorrente apresenta como desvantagem a passagem do gás 79 pela zona de destilação, arrastando consigo os alcatrões e outros condensáveis formados no processo e, assim, impossibilitando o uso direto desses gases em motores de combustão interna. Em contrapartida, apresenta menor consumo de oxigênio nas reações de gaseificação, podendo utilizar combustíveis com maior teor de umidade devido a sua secagem na zona superior e, consequentemente, produzir um gás mais frio em virtude da troca de calor nas zonas de pirólise e de secagem. O gás produzido sai pela frente superior do gaseificador após atravessar a carga de biomassa, que desce por força da gravidade para a zona de reação. Com a passagem desse gás quente, a biomassa (madeira) é submetida às fases de secagem e pirólise, com desprendimentode alcatrões e outros condensáveis. Posteriormente, a biomassa já transformada em carvão vegetal entra na zona de redução, onde é gaseificada utilizando a energia gerada na zona de oxidação, localizada imediatamente abaixo. Figura 09 – Esquema do gaseificador contracorrente. Gaseificador concorrente: é caracterizado pelo fluxo concorrente entre a biomassa e o gás, ou seja, ambos fluem no mesmo sentido dentro do reator. Nos gaseificadores concorrentes os condensáveis e alcatrões formados na zona de destilação são forçados a passar pela zona de oxidação, onde, em altas temperaturas, são destruídos termicamente dentro do reator, produzindo um gás limpo. A energia necessária para a gaseificação é fornecida pelas reações que ocorrem na zona de oxidação. 80 Figura 10 – Esquema do gaseificador concorrente. Gaseificador transversal: o ar e o material a ser gaseificado escoam perpendicularmente, sendo alimentados exclusivamente por carvão vegetal e fornecendo um gás limp, isento de alcatrões e condensáveis. São fabricados no Brasil apenas para fins automotivos, não estando disponíveis em escala industrial. Figura 11 – Esquema do gaseificador transversal. 81 Gaseificadores de leito fluidizado: caracterizado pela formação de um leito de biomassa em suspensão, por efeito de um fluxo de ar vertical ascendente na direção da biomassa. Nestas condições, não se distinguem no gaseificador as zonas de destilação, redução e oxidação. Há distribuição praticamente uniforme de temperatura ao longo do reator, que opera a uma temperatura de aproximadamente 900°C, devido ao contato íntimo entre a biomassa e o ar. Devido a suas características, os gaseificadores fuidizados fornecem um gás limpo, sendo indicado principalmente para processar resíduos agrícolas. Figura 12 – Gaseificador de leito fluidizado 9. Hidrólise da madeira A madeira é material orgânico, e os seus constituintes químicos estão diretamente relacionados com as suas propriedades. A madeira, segundo LEPAGE (1986), é um biopolímero tridimensional, composto, principalmente de celulose, hemicelulose e lignina, responsáveis pela formação da parede celular e pela maioria de suas propriedades. Os extrativos, também de reconhecida importância em várias situações, atuam como componentes complementares e apresentam grande variabilidade em sua quantidade e constituição. O conhecimento da natureza química da madeira possibilita o entendimento de seu comportamento como matéria-prima para diversos usos. 82 9.1- Processos de hidrólise Os processos de hidrólise mais pesquisados e que podem ser utilizados industrialmente são: 9.1.1-Hidrólise do Estado Crítico O processo de Hidrólise utilizando fluído no estado crítico, em geral água, está em fase de pesquisas de laboratório, sendo que o tempo para passarmos para a fase de desenvolvimento piloto ou semi-industrial, deverá levar no mínimo 2 a 3 anos. Este processo irá requerer uma otimização energética, assim como soluções complexas de engenharia. Como resultado final, este tipo de hidrólise deverá apresentar altos valores de conversão, baixa quantidade de subprodutos e tempo de reação insignificante, se comparado com os demais processos. 9.1.2-Hidrólise Enzimática O processo de Hidrólise Enzimática procura utilizar a mesma via dos processos naturais de hidrólise, e apresenta uma alta taxa de conversão, sendo esperados valores acima de 90% de conversão. Este processo está recebendo altos volumes de recursos na área de pesquisas de laboratório e já existem unidades operando em fase piloto. Apesar dos grandes avanços obtidos nos últimos anos, os processos de hidrólise enzimática ainda estão limitados por fatores ligados ao custo das enzimas, alto tempo requerido para ocorrer à conversão e provável alto custo energético devido aos grandes volumes que terão de ser mantidos aquecidos e agitados por longo tempo. Outra questão fundamental para a hidrólise ácida, no estado atual da arte, é o tipo de pré-tratamento que será necessário efetuar para adequar a matéria prima, como disponível, aos requisitos da enzima. 9.1.3-Hidrólise Ácida Concentrada O processo de hidrólise com ácido concentrado é um processo químico, que realiza a conversão em curto tempo, em geral da ordem de 60 a 240 minutos, possibilitando o emprego de reatores contínuos que poderiam operar com alto rendimento, em um ou dois estágios. A limitação deste processo está essencialmente ligada ao custo de recuperação e reciclagem do ácido, ou de sua aquisição e neutralização. Plantas utilizando este processo foram construídas durante a segunda 83 guerra mundial, sendo que atualmente, existem plantas operando em escala piloto ou semi- industrial, mas a tecnologia não atingiu o estágio comercial efetivo. 9.1.4-Hidrólise Ácida Diluída. O processo de hidrólise com ácido diluído é um processo químico que requer a utilização de condições severas de reação, porém exigem tempos reduzidos de reação, em geral, inferiores há 45 minutos, possibilitando o emprego de reatores contínuos que podem operar em um ou dois estágios. As dificuldades deste processo estão relacionadas com a otimização do processo e a sua integração com as soluções de engenharia que irão resultar em taxas de conversão economicamente viáveis. Várias plantas utilizando reatores em batelada operaram e foram desativadas devido ao seu alto custo operacional. 9.2- Etanol da madeira O processo tecnológico de produção de etanol a partir de matéria celulósica pode ser esquematicamente dividido em três fases: Extração de açúcares a partir da matéria prima; fermentação alcoólica dos açúcares; destilação e retificação do álcool contido na cerveja resultante da fermentação. A matéria prima utilizada pela COALBRA é a madeira (inicialmente eucalipto), cuja estrutura molecular complexa requer a transformação de seus polissacarídeos (celulose e hemicelulose) em açúcares mais simples que são fermentados posteriormente pelas leveduras. O processo adotado para a obtenção de açúcares a partir da madeira é a hidrólise ácida que consiste na aplicação de solução de ácido sulfúrico ao cavaco de madeira sob condições de alta pressão e temperatura. Em função da presença de produtos tóxicos a levedura, o hidrolisado é submetido a uma seqüência de tratamentos que o transforma em um padrão adequado para a atividade de levedura de fermentação alcoólica. Em resumo, pode-se dividir em quatro fases a etapa de transformação do hidrolisado em mosto para a fermentação: 84 Vaporização: em que ocorre o desprendimento da fração rica em furfural e um resfriamento inicial do hidrolisado. Neutralização: em que o pH do hidrolisado que é da ordem de 1,5, é levado a níveis mais adequados a atividade da levedura, mediante a adição de leite e cal. Filtração: em que o sulfato de cálcio que se formou na fase anterior e a matéria orgânica em suspensão é removida para evitar incrustações em fases posteriores do processo. Resfriamento: Em que o hidrolisado filtrado a cerca de 95°C é resfriado até 30 a 32°C, que é a temperatura adequada à fermentação alcoólica. A fabricação do etanol com base nessas fontes é possível, mas exigirá o domínio de processos e tecnologias ainda não completamente dominados e desenvolvidos no mundo, no nível comercial. A conversão da celulose e da hemicelulose em etanol é possível, mas os processos são caros e complexos. Essas (tecnologias correspondem aos processos de hidrólise ácida (processo químico) ou enzimática (processo biotecnológico), para chegar aos açúcares e, depois, por fermentação, produzir o etanol propriamente dito (Figura 13). Figura 13 – Esquema de extração deetanol na madeira. 85 O processo de hidrólise destina-se a quebrar as (macro) moléculas de celulose ou hemicelulose, por meio da adição de ácido sulfúrico aos resíduos, no caso da hidrólise ácida, ou pela ação de enzimas (catalisadores orgânicos), no caso da hidrólise enzimática. Essa última reproduz o processo existente na natureza, em que a quebra das longas cadeias das moléculas de celulose em açúcares é feita por enzimas (chamadas celulases, secretadas por fungos ou bactérias, microrganismos que se alimentam de matéria orgânica, alterando-a e formando substâncias químicas) e a fermentação, por leveduras, dos açúcares em etanol. O processo de hidrólise enzimática requer o desenvolvimento de microrganismos capazes de quebrar a celulose, fermentar o açúcar, tolerar altas concentrações de etanol e produzir exclusivamente o etanol (sem subprodutos indesejáveis). Os esforços de criação de tal microrganismo concentram-se em modificar geneticamente um determinado microrganismo existente, com a remoção de características genéticas indesejadas e o acréscimo de genes (de outro microrganismo), incorporando características que permitam redução do número de etapas do processo de conversão, redução de custos e aumento da competitividade do produto. Existem esforços também no sentido de desenvolver um microrganismo sintético pela construção quase integral de um genoma [INOVAÇÃO UNICAMP (2006c), TECHNOLOGY REVIEW (2006)]. Diversos resultados já foram alcançados por grupos de pesquisas no exterior, que esbarram ainda no obstáculo do custo ainda elevado de enzimas. Segundo especialistas, há vantagens e desvantagens em cada uma das duas rotas tecnológicas de hidrólise. O processo químico, de hidrólise ácida, tem a vantagem de envolver uma tecnologia mais conhecida, mas apresenta a desvantagem de (por usar um ácido como “catalisador”) ser muito rápida e envolver dificuldades de controle de modo a evitar reações paralelas indesejáveis. Na hidrólise enzimática, um processo que contempla subsídios da biotecnologia moderna, a quebra da molécula de celulose/hemicelulose é feita por enzimas; ou seja, por uma molécula biológica, que promove reações “em meio específico, com a máxima eficiência, mas de forma mais lenta e mais propensa a bloqueios e inibições”. INOVAÇÃO UNICAMP (2006), citado por GALLO et al. 2007. Essa última envolve maior complexidade por requerer conhecimentos de áreas pertinentes à biotecnologia moderna, engenharia genética e pesquisa biológica fundamental, construídas sobre os avanços da chamada revolução da biologia molecular, para o desenvolvimento da enzima. Mas essas novas técnicas abrem perspectivas e potencialidades para a química do etanol, da mesma forma como vêm revolucionando indústrias como a farmacêutica. 86 Embora nenhuma iniciativa tenha ainda alcançado estágio de viabilidade comercial as barreiras são os elevados custos do complexo enzimático, a baixa taxa de conversão da celulose em açúcares, a necessidade de pré-tratamento para conseguir conversões eficientes, a tecnologia de hidrólise enzimática apresenta grande potencial em virtude de características como a especificidade da reação, ausência de reações secundárias (que levariam à perda de rendimento), ausência da formação de produtos secundários (inibidores da fermentação alcoólica) e reação em condições suaves que não requerem altas pressões e temperaturas ou ambientes corrosivos para os equipamentos [CGEE (2005)]. PEREIRA JR. (2006), citado por GALLO et al. 2007, observa que a decisão de usar um ou outro processo de hidrólise depende também do tipo de material lignocelulósico empregado. Na hidrólise da hemicelulose (que ocorre em condições mais brandas do que no caso da celulose), a estratégia tem sido a utilização de ácido sulfúrico diluído. No caso da celulose, como a hidrólise química requer condições de alta severidade (elevadas temperaturas, grandes tempos de exposição e altas concentrações de ácido), pela maior resistência ao ataque hidrolítico, o uso da hidrólise enzimática seria mais indicado (pela ausência de condições severas). Segundo o autor, tal estratégia tecnológica difere da concepção de processos antigos em que se buscava a hidrólise química conjunta da celulose e da hemicelulose, pois são polissacarídeos com diferentes suscetibilidades ao ataque hidrolítico. 9.3- Extrativos na madeira Os extrativos, que incluem uma grande gama de compostos orgânicos, sendo os principais: o terpeno, os ácidos graxos, os compostos aromáticos e os óleos vegetais; os extrativos geralmente, têm maior ocorrência na casca e menor no cerne, sendo desprezível no alburno. Apesar do baixo teor de extrativos em relação aos demais componentes, sua presença pode influir na escolha da madeira para determinados fins, como os extrativos de cor ou voláteis que dão valor estético ou os compostos aromáticos que impedem o ataque da madeira por fungos e insetos, ou os taninos e resinas que interferem negativamente no processo de hidrólise da madeira ou de produção de poupa. O isolamento dos extrativos é realizado por extração com solventes neutros e/ou misturas destes, em sucessão. De acordo com as diferentes solubilidades dos extrativos, muitos esquemas e seqüências podem ser realizadas. 87 Frações voláteis contendo, por exemplo, terpenos, como no caso de coníferas, são isolados principalmente por destilação a vapor. As extrações com solventes podem ser realizadas com diferentes solventes tais como: éter, acetona, benzeno, etanol, diclorometano, ou misturas destes. Ácidos graxos, ácidos resinosos, ceras, taninos e pigmentos coloridos, são as substâncias mais importantes extraíveis por solventes. Os principais componentes da fração solúvel em água consistem em carboidratos, proteínas e sais inorgânicos. A distinção entre os componentes extraíveis, derivados de etapas individuais de extração não é precisa em nenhum caso. Por exemplo, os taninos são principalmente solúveis em água quente, mas também são encontrados em extratos alcoólicos, conforme apresenta o Quadro 10. Quadro 10 – Solubilidade dos extrativos EXTRAÇÃO GRUPOS PRINCIPAIS SUBGRUPOS SUBSTÂNCIAS INDIVIDUAIS Destilação a Vácuo Terpenos - fenóis -hidrocarbonos -ligninas Monoterpenos - sesquiterpenos -di, tri, tetraterpenos - politerpenos Conifeno Careno Limoneno Pineno Borneol Éter Ácidos graxos -óleos, gorduras -ceras, resinas -ácido resinoso -esteróis. Ácidos graxos não saturados, Ácidos graxos saturados. Ácido oleico Ácido linoleico Extração Alcoólica Pigmentos coloridos -flobafenos -taninos -estilbenos Flavonóides Antociaminas. Taxifolin Quercetin Extração com H2O Carbohidratos - proteínas - alcalóides Matéria inorgânica Monossacarídeos - Amidos -material péctico. Cátions e ânions. Arabinose Galactose Rafinose Ca, K, Mg, Na, Fe. 88 10.BRIQUETES 10. 1. Introdução Quando pequenas partículas de material sólido são prensados para formar blocos de forma definidos e tamanhos maior, o processo é chamado de briquetagem. Através deste processo, os finos de materiais diversos, subprodutos do beneficiamento industrial, são convertidos em produtos de maior valor comercial. Nos países em desenvolvimento os resíduos agrícolas e florestais têm um grande potencial de ser utilizado para a geração de energia, devido principalmente aos grandes volumes disponíveis. Estes produtos não são utilizados para este fim devido principalmente é que na sua forma natural apresentam muitas características que fazem deles produtos não desejáveis. Apresentam um alto teor de umidade, além de um baixoconteúdo calorífico. Assim, a briquetagem de biomassa é uma tecnologia para superar estes problemas. A tecnologia de briquetagem não é recente, há muito tempo vem sendo utilizada, a primeira patente para uma máquina de briquetagem foi feita nos Estados Unidos no ano de 1880. No princípio a tecnologia foi desenvolvida para produção de alimento de animais. Na Europa existem instalações completamente automatizadas para a produção de briquetes de resíduos de madeira. Este processo permite aumentar o teor energético dos resíduos, de forma que os briquetes possam ter uma densidade calorífica por unidade de volume até quatro vezes superior à do material do qual foi feito e ser de 20-30% mais densos que a madeira em estado natural. Além disso, os briquetes queimam por mais tempo e mantêm uma temperatura mais constante. Ao estudar o processo de briquetagem, este apresenta as seguintes vantagens e desvantagens: 89 Vantagens: -Aumento do conteúdo calorífico dos materiais por unidade de volume; -O combustível produzido é uniforme; -O processo ajuda com o manejo dos resíduos sólidos; Desvantagens: -O processo requer um alto investimento de energia e recursos; -O combustível apresenta algumas características indesejáveis, como pobre ignição, produz muita fumaça, entre outras; -O briquete não é muito resistente às condições de intempéries. 10. 2. Materiais usados para briquetagem Os resíduos agro-florestais são subprodutos de processos agro-industriais, exploração de florestas, processamento de madeira e resíduos de culturas agrícolas. 10. 2.1- Resíduos de madeira Estes podem ser classificados em dois tipos: • Folha, galho, ponteiros e cascas, que geralmente são deixados após o corte de árvores. • Resíduos do processamento da madeira, serragem e pedaços de madeira de pequenas dimensões, que resultam do processamento industrial. A compactação de resíduos de madeira produz combustíveis sólidos de excelente qualidade. Em muitos casos apresentam poder calorífico e resistência mecânica superior à lenha, além de possuírem baixa umidade. 90 10. 2.2-Carvão vegetal O Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de carvão vegetal. O carvão vegetal gera nas fases de produção, transporte, manuseio e peneiramento uma grande quantidade de finos, a produção de finos pode chegar até 25% do total de carvão vegetal produzido o que representa cerda de 2,0 milhões de toneladas/ano. 10.3. Preparação do material para briquetagem A principal preparação que se deve fazer com o material a ser briquetado é a secagem e o cortado. Este deve ser feito principalmente porque os equipamentos para a briquetagem só trabalham com certas características do material. Normalmente a umidade e o tamanho natural do material é muito alto para a briquetagem. É por isso que é muito importante a redução do tamanho da partícula e a secagem. A secagem térmica é viável se a matéria-prima tiver menos de 55% de umidade. Matéria-prima com um maior teor de umidade deve ser submetida à pré-secagem. A temperatura de secagem é geralmente acima de 260ºC, e o tempo de secagem é muito curto, e não deve ser mais que alguns segundos. 10. 4. Mecanismos da briquetagem Apesar da briquetagem ser uma tecnologia bem conhecida,os processos pelos quais ocorre não são muito conhecidos. Durante a produção de briquetes deve ser destruída a consistência da madeira, seja por alta pressão, por tratamento térmico ou por uma combinação de ambas. A lignina plastifica-se em temperaturas entre 130-190 ºC. Segundo Köser, Schmalstieg e Siemers com a presença de água, a 100ºC a lignina se plastifica, podendo atuar como uma cola durante o processo de briquetagem. O processo de briquetagem pode ser dividido em duas fases, a fase de inércia e a fase de elasticidade. As duas fases demarcam a chamada “Densidade crítica”. A 91 compressão do material desde o início até o ponto da densidade crítica envolve a expulsão dos gases voláteis presentes. Esta formação se da pela resistência elástica do material. 10. 5. Fatores que afetam a briquetagem Existem muitos fatores que afetam o processo de briquetagem, afetando também a qualidade e propriedades do produto final. Estes fatores podem se dever às características próprias do material a ser briquetado, como o tamanho da partícula, teor de umidade e densidade do material. O outro grupo inclui as variáveis do processo de briquetagem, como sendo pressão, temperatura, aglutinante e tempo do processo. 10.5.1. Efeito da Temperatura Este é um dos mais importantes fatores no processo de briquetagem. Durante o aquecimento do material, principalmente do material lignocelulósico ocorrem complexos fenômenos físico-químicos. Ocorre a plastificação da lignina e ainda, hidrólise e produção de açucares anidros. A termoplasticidade pode ser atribuída a mudanças físicas, coloidal e principalmente químicas dos componentes da parede celular. Um estudo sobre briquetagem de serragem foi determinado que a temperatura dos materiais de serragem fica entre 100-225ºC. Determinando-se também que, com uma temperatura maior aos 250ºC ocorre uma pirólise extensiva, que faz com que as características do briquete não sejam boas. A temperatura no qual se dá o processo de briquetagem tem uma grande influência sobre a densidade final do briquete de modo que se aumentando a temperatura se consegue aumentar a densidade dos briquetes. 10.5.2. Efeito da Pressão A briquetagem da biomassa é feita basicamente pela aplicação de pressão no material. A densidade do produto final depende da pressão aplicada durante o processo de elaboração. A pressão aplicada no processo de briquetagem esta muito relacionada com o 92 tempo utilizado para fazer os briquetes. Determinou-se que depois de 2-3 horas os parâmetros ficam fixo. Isto implica que com uma pressão e temperatura depois de um certo tempo não se tem uma utilização ótima da porosidade para a união do material. 10.5.3. Efeito do teor de umidade O teor de umidade no material a ser densificado é um fator importante. Existe muita polêmica sobre; qual é o efeito da umidade. Alguns autores acreditam que a água ajuda na transferência de calor, na formação estrutural, ajudando na união das partículas, a água é importante para a plastificação da lignina. Porém, outros autores determinam ao contrário, mostraram que a briquetagem decresce exponencialmente com o incremento do teor de umidade, encontrando maior durabilidade do briquete à umidade de 13-17%. Segundo LEQUEUX () a máxima umidade permitida depende do processo, podendo variar numa faixa de 10-20%. BHATTACHARYA et al.(1989) acreditam que a faixa de umidade para o processo de briquetagem deve estar entre 8-12%. 10.5.4. Efeito do tamanho da partícula O tamanho de partícula afeta numa forma inversa a briquetagem. Ao diminuir o tamanho de partícula está-se favorece a briquetagem. A redução no tamanho da partícula aumenta a área de contato entre as partículas, portanto aumenta a união entre as partículas; ao diminuir o tamanho da partícula também se aumenta a densidade do produto final. 10.6. Classificação dos processos de briquetagem A briquetagem pode ser classificada em duas categorias, segundo as condições de operação: Tipo A, os que utilizam alta temperatura e alta pressão, Tipo B: os que utilizam baixa temperatura e baixa pressão. O tipo A, é o mais comum dos processos de briquetagem, muitas vezes quando o termo briquetagem é usado, refere-se a este tipo. No tipo B, a briquetagem é feita com utilização ou não de aglutinante (cola). 93 10.6. 1. Alta temperatura e Alta pressão Este tipo de briquetagem por sua vez divide-se em várias categorias, que dependemdo equipamento utilizado para realizar a briquetagem. De acordo com os equipamentos empregados pode se dividir em: prensa de pistão, prensa de parafuso, prensa de rolo. 10.6.1.1- Prensa de pistão A prensa de pistão consiste num pistão alternante que força a biomassa dentro de uma câmara de compactação. O material é empurrado dentro da câmara com uma pressão tal que faz que a temperatura aumente até 150-300 ºC. A força mecânica para movimentar o pistão é normalmente elétrica. Os pistões movimentados com força hidráulica são de recente invenção, e sua fabricação está limitada só a alguns países da Europa. Normalmente o equipamento vem com uma seção que permite o resfriamento do briquete. O resfriamento é necessário para condensar as substâncias voláteis que são produzidas durante a elaboração do briquete. A capacidade comercial deste equipamento varia de 40 para 1.00 kg/h. Os briquetes são normalmente cilíndricos, com um diâmetro na faixa de 50-100 mm. Figura 14 – Esquema da prensa de pistão. Fonte BHATTACHARYA et al. (1989). 94 10.6.1.2- Prensa de parafuso Neste equipamento a biomassa é comprimida por um parafuso. Existem três tipos de equipamentos, a prensa de parafuso cônico, a prensa de parafuso com um tubo de compressão, e a prensa de parafusos duplos. • Prensa de parafuso cônico – neste equipamento a biomassa é comprimida por um parafuso cônico; o qual força o material a passar através de uma matriz furada. Nesta matriz é onde são produzidos os briquetes, com um diâmetro aproximado de 2,5 cm. Depois uma faca corta as peças de briquetes. Também este equipamento pode ser utilizado para produzir briquetes com um diâmetro de 10 cm, usando uma matriz simples. Figura 15- Esquema da prensa de parafuso cônico. Fonte BHATTACHARYA et al. (1989). • Prensa de parafuso com tubo de compressão – neste equipamento o material é forçado por um parafuso a passar por um tubo de compressão. Esta parte do tubo de compressão consiste de uma redução no diâmetro do tubo. A redução no diâmetro comprime o material, e também aquece o mesmo. Os briquetes têm normalmente diâmetro aproximado de 5-10 cm. A temperatura de aquecimento da biomassa é de aproximadamente de 300 ºC. A maioria deste equipamento é feita pela fricção do material. Os briquetes normalmente são pirolizados na superfície, isto causa grande produção de fumaça durante o processo de briquetagem. • Prensa de parafuso duplo – neste equipamento a biomassa é comprimida por dois parafusos que giram um ao lado do outro. Devido às altas temperaturas e pressão, o material é aquecido até 250 ºC. As substâncias voláteis produzidas durante o 95 processo são removidas por meio de um extrator adequado. Neste processo o material deve ter um tamanho de partícula entre 30-80 mm. O processo permite briquetagem de material com umidade de até 25%, sem previa secagem. O processo é de recente desenvolvimento. A capacidade de trabalho varia de 2.800-3.600 kg/h dependendo do tipo de material utilizado. 10.6.1.3- Prensa de rolo Na prensa de rolo o material é previamente comprimido, para logo ser compactado novamente entre dois rolos que giram numa direção oposta. Este processo requer partículas menores que os demais processos. O produto é menos durável que os obtidos nos outros, isto é devido a que é muito difícil alcançar as temperaturas alcançadas nos demais processos, isto ocorre, devido que o tempo de duração do processo é muito menor. E isto faz com que a lignina não seja adequadamente plastificada. Figura 16- Esquema de prensa de rolo. Fonte BHATTACHARYA et al. (1989). 10.6.2. Baixa temperatura e baixa pressão Neste processo o briquete é feito com a utilização ou não de aglutinantes. 10.6.2.1- Briquetagem com aglutinante Neste caso como não é necessário a plastificação da lignina, a pressão e a temperatura requerida são menores. Um aglutinante adequado deve reunir as seguintes características: ser barato, não higroscópico e não abrasivo, e também ter baixo teor de cinza, para não afetar o poder calorífico do material. 96 Os aglutinantes podem ser classificados em: � Orgânicos: podem ser hidrofóbicos, como o breu, betume e resinas, e hidrofílicos como gomas e melado; � Inorgânicos: insolúveis com o cimento e a argila e solúvel como o limo; � Combinações: ser combinações dos anteriores. � Aglutinante tipo matriz: neste grupo as partículas a ser aglomeradas ficam numa matriz mais ou menos continua de aglutinante. Ex. breu, parafina e barro. � Aglutinante tipo filme: estes são geralmente utilizados como soluções ou dispersões. A água é o solvente ou meio de dispersão. Os briquetes obtidos com este grupo devem ser secados após o processo. Silicato de sódio, bentonita, melado, goma e a cola. � Aglutinantes químicos: estes dependem de uma reação química para poder atuar. A combinação de Ca (OH2) com melado é um bom exemplo. 10.6.2.2- Briquetagem sem aglutinantes Este tipo de briquetagem só é possível com biomassa fermentada ou decomposta. O tipo de material usado neste tipo de briquetagem deve se apresentar na forma de matéria com em algum estado de decomposição. A biomassa fresca deve ter um tratamento prévio de fermentação. A briquetagem sem aglutinantes pode se dividir em: Briquetagem úmida – consiste nos seguintes passos, extrusão da matéria parcialmente decomposta para obter briquetes suaves com alto teor de umidade; e secagem do briquete. Durante o processo de decomposição parcial da matéria, a composição e a estrutura da biomassa muda, por isso, é que precisa de pouca energia para produzir briquetagem destas peças. Briquetagem a seco – descreve um processo no qual a biomassa é fermentada, decantada e logo seca. 97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M.R. 1982. Recuperação de alcatrão em fornos de alvenaria. 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