Buscar

ENSAIOS COM CIMENTO EDILBERTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Edilberto Vitorino de Borja 
Ensaios com cimento 
 
 
 
 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
EDIFICAÇÕES - 2013 
 
 
 
 
 
 
 
DIACON 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
2 
 
CONSISTÊNCIA NORMAL 
 
INTRODUÇÃO: 
A pasta de cimento com índice de consistência normal, que nada mais é do que a mistura 
padronizada do cimento e água que apresenta propriedade reológica constante, é utilizada para a 
verificação de duas importantes características do cimento portland: tempo de pega e 
instabilidade de volume devido à cal livre. 
Para que a execução dos ensaios seja uniforme para todos os cimentos, de maneira que 
os resultados sejam comparáveis é necessário que as pastas de cimento apresentem as mesmas 
características. Como se trata de pastas, se forem igualadas as viscosidades, que é uma de suas 
principais propriedades, ter-se-á todos os ensaios nas mesmas condições. Esta viscosidade padrão 
é denominada como consistência normal e seu valor foi fixado de forma que as condições de 
ensaio, como por exemplo enchimento dos moldes, fossem as melhores possíveis. 
Para a determinação das características reológicas1 existem diversos meios, como por 
exemplo, os viscosímetros de cilindros coaxiais, cones de escoramento, penetrômetro, etc. A 
opção do uso de um destes ensaios depende principalmente do nível de viscosidade da pasta, e no 
caso das de cimento portland utiliza-se o ensaio de penetração com a sonda de Tetmajer pela 
simplicidade e rapidez. Esta viscosidade da pasta, mais conhecida como Consistência Normal e seu 
valor padrão, é função de diversos parâmetros, como a quantidade de água, finura do material, 
composição mineralógica, tipos e teores de adições, etc. Portanto, é necessário que seja feita a 
determinação da Consistência Normal para cada cimento (através de tentativas), permitindo assim 
o cálculo da quantidade de água que forneça a Consistência Normal. 
 
APARELHAGEM (MATERIAIS E EQUIPAMENTOS) 
. Balança com capacidade para de 2.000g e precisão de 0,1g; 
. Recipiente e espátula; 
. Termômetro: com precisão de 0,5oC; 
. Cronômetro: com precisão de 1 segundo; 
. Forma: deve ser de material não absorvente e não corrosivo. Seu formato é tronco 
cônico, com diâmetro superior de 70mm, inferior de 80mm. Altura de 40mm e espessura 
de paredes maior ou igual a 8mm. Deve ser apoiado sobre uma placa de vidro com 6mm 
de espessura. 
. Aparelho de Vicat: consta basicamente de duas partes, o suporte do molde e a haste. 
Nesta, em uma extremidade está localizada a sonda de Tetmajer e na outra a agulha de Vicat 
(utilizada no ensaio de pega). 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO (PROCEDIMENTOS) 
 Passos: 
ii - Coloque a sonda de Tetmajer sobre uma superfície plana e ponha a placa de vidro 
sobre a base do aparelho; 
iiii - Faça a sonda de Tetmajer descer até que sua extremidade repouse sobre a placa de 
vidro, ajustando o indicador ao zero da escala graduada; 
 
1
 Reologia - Parte da física que investiga as propriedades e o comportamento mecânico dos corpos deformáveis que não são nem 
sólidos nem líquidos. 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
3 
 
iiiiii - Coloque a placa de vidro sobre uma superfície plana; 
iivv - Coloque o molde tronco-cônico sobre a placa de vidro; 
vv – Determinação da massa dos materiais – a massa de cimento é constante e igual a 
400g, enquanto que a da água é obtida por tentativas. Pode-se adotar para uma primeira 
determinação uma massa que seja aproximadamente 25 a 30% do cimento; 
vvii - Preparação da pasta de Consistência Normal – coloque a amostra de cimento no 
recipiente para mistura, dispondo-o em forma de coroa; 
 
NOTA Pasta de consistência normal - É uma mistura de cimento e água, numa 
proporção que possibilite se obter um índice de consistência igual a 6 ±±±± 1mm, 
determinado no ensaio de consistência normal pela sonda de Tetmajer. 
 
a) Coloque a amostra de cimento no recipiente para mistura, dispondo-o em forma de 
coroa; 
b) Determine uma massa de 400 ± 0,2 g de cimento. 
c) Determine a quantidade de água, em que deve ser expressa em porcentagem da 
massa do cimento. 
 
NOTA - Essa determinação deve ser feita com incerteza máxima de ± 0,1g. 
Observação - Para uma primeira tentativa pode-se utilizar 110 ± 1g de água como base 
inicial. 
 
d) Despeje de uma vez a água no interior da cratera formada; 
e) Com a espátula de aço, deite sobre a água o cimento em volta; 
 
NOTA - Essa operação de lançamento da água e sua cobertura com o cimento deve 
durar 1 minuto. 
 
f) Amasse energicamente com a espátula durante 5 minutos, fazendo uma mistura 
homogênea; 
g) Coloque a pasta no molde tronco-cônico em pequenas porções com o auxílio de uma 
espátula até enchê-la em excesso; 
h) Agite levemente a pasta, com o auxílio da espátula, para melhor distribuição no molde; 
i) Faça a rasadura da pasta que ultrapassar os bordos do molde, deslizando sobre uma 
régua com ligeiros movimentos de vaivém; 
j) Faça descer sobre a pasta, na parte central do molde, a sonda de Tetmajer 
previamente ajustada, sem choque e sem velocidade inicial, até que sua extremidade 
entre em contato com a superfície da pasta. Posição em que a sonda deve ser fixada por 
meio do parafuso. 
 
NOTA – No caso de ocorrer leituras maiores ou menores que 6 ±±±± 1mm, deve ser mudada 
a quantidade de água. Não é permitido o reaproveitamento ou a execução de duas 
medidas de consistência de uma pasta em hipótese alguma. 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
4 
 
MASSA ESPECÍFICA REAL DE MATERIAL FINAMENTE PULVERIZADO 
(MÉTODO DO FRASCO DE LE CHATELIER) 
 
OBJETIVO: 
Este método fixa o modo pelo qual se determina a massa específica real de materiais 
finamente pulverizados, tais como: 
� Cimento; 
� Solo; 
� Material de enchimento; 
� Gesso; 
� Cal, etc. 
 
APARELHAGEM (MATERIAIS E EQUIPAMENTOS) 
A aparelhagem necessária é a seguinte: 
a) Frasco de Le Chatelier; 
b) Querosene ou nafta livres de água, tendo uma densidade maior que 62o A.P.I.; 
c) Balança com capacidade de 200g, sensível a 0,01g; 
d) Termômetro graduado em 0,2o C, de 0o a 50oC; 
e) Banho d´água. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO (PROCEDIMENTOS) 
a) Coloca-se no frasco de Le Chatelier um dos líquidos mencionados no item acima, em 
quantidade tal que seu nível superior fique entre as graduações 0 e 1ml; 
b) Enxugam-se as paredes internas do frasco, acima do líquido, se necessário. Coloca-se o 
frasco no banho d´água (por 5min) e faz-se a primeira leitura do nível superior do líquido; 
c) Retira-se o frasco do banho e coloca-se nele, em pequenas porções, cerca de 60g do 
material em ensaio, deve cuidar-se que, com esta operação, o líquido não ultrapasse a faixa 
superior da graduação do frasco e que o material não adira às paredes do frasco, acima do 
líquido; 
d) Arrolha-se o frasco, coloca-o numa posição inclinada e aplica-se um movimento giratório, 
suavemente, segundo um círculo horizontal, com o fim de expulsar o ar contido no material. 
Isto se consegue quando não mais aparecerem bolhas de ar na superfície do líquido. A seguir 
o frasco é colocado no banho, tendo em vista fazer-se a leitura final; 
 
NOTA: se uma quantidade aproximada de material foi colocada no frasco, o nível do 
líquido deverá situar-se em sua posição final, em um ponto da faixa superior da graduação. 
 
e) A permanência do frasco, no banho de temperatura constante, deve ser durante um 
intervalo de tempo suficiente para que as leituras sejam feitas sem que as temperaturas, do 
banho e do conteúdo do frasco, difiram de mais de 0,2oC. Cada leitura deve ser verificada até 
que seja constante, para assegurar que o conteúdo do frasco alcançou a temperaturado 
banho d´água. 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
5 
 
CÁLCULOS E RESULTADOS 
A diferença entre as leituras inicial e final representa o volume do líquido deslocado pelo 
material ensaiado. A massa específica real é calculada pela fórmula: 
 
deslocado líquido do volume
material do massa
 ME = 
 Determinações em duplicata da massa específica real realizada por este método não 
devem diferir de mais de 0,009 g/cm3. 
 
REFERÊNCIA 
A elaboração deste método foi realizada tomando-se como referência: 
� SPECIFIC GRAVITY OF HYDRAYLIC CEMENT; 
� ASTM C 188-44. 
 
 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
6 
 
DETERMINAÇÃO DE FINURA DO CIMENTO 
 
OBJETIVO: 
 Fornecer indicações sobre o grau de moagem do cimento. 
 
INFORMAÇÕES: 
 Indiretamente pode dar informações sobre eventual estágio de hidratação que se dá da 
superfície para o interior do cimento, dado muito importante para o controle do tempo de 
estocagem. 
 
APARELHAGEM (MATERIAIS E EQUIPAMENTOS) 
aa Balança - Balança deve ter uma sensibilidade de no mínimo 0,01g por divisão. 
bb Peneira – A peneira com abertura da malha 0,075mm deve cumprir os requisitos 
indicados na norma ABNT EB-22; a trançagem da malha deve ser do tipo unida e deve 
estar provida de tampa e fundo. 
cc Pincel – o pincel com haste de madeira de 25cm de comprimento, para limpar a peneira, 
com diâmetro de aproximadamente 20 a 30mm. 
dd Vidro relógio – o vidro relógio com 80 a 180mm de diâmetro. 
ee Frasco – frasco de vidro com tampa com aproximadamente 250ml de capacidade. 
ff Pano – pano de algodão para limpeza. 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO (PROCEDIMENTOS) 
 Passos: 
i. Reúna toda a aparelhagem e verifique se estão em condições de uso; 
ii. Determine uma massa de 50g ± 0,05 g de cimento a ser ensaiado; 
iii. Coloque as 50 g de cimento (M = massa inicial) sobre a peneira encaixada no fundo. 
 
Observação: A peneira deve estar limpa e seca. 
 
iv. Segure o conjunto com as duas mãos e imprima um movimento de vaivém horizontal 
com os pulsos, peneirando de 3 a 5 minutos, fazendo com que o cimento se espalhe 
sobre toda a superfície da tela; 
v. Coloque a tampa na peneira; 
vi. Retire o fundo e dê golpes no rebordo do caixilho com o cabo do pincel para desprender 
as partículas aderidas à tela e a parede; 
vii. Limpe com o pincel toda a superfície inferior da peneira; 
viii. Retire a tampa e continue o peneiramento com suaves movimentos de vaivém 
horizontais durante 10 minutos girando o conjunto a intervalos regulares. 
 
NOTA: Nesta operação, o resíduo deve movimentar-se de maneira que fique uniformemente 
espalhado sobre toda a superfície da tela. 
ix. Coloque a tampa e limpe a superfície inferior da peneira como indicado no passo vi; 
x. Coloque a tampa e fundo na peneira; 
xi. Segure o conjunto com uma das mãos e mantendo-o ligeiramente inclinado, imprima-
lhe um movimento de vaivém com o auxílio do antebraço, batendo no fim de cada 
vaivém na palma da outra mão; 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
7 
 
 
NOTA: Este procedimento é executado dando 150 golpes durante 60 s e girando a peneira de mais 
ou menos 60
o
, a cada 25 golpes. 
 
xii. Limpe a superfície inferior da peneira; 
xiii. Determine a massa da amostra contida no fundo, com incerteza máxima de ±0,02g; 
xiv. Repita o peneiramento descrito nos passos 9o , 10o e 11o até que a massa do cimento 
que passa durante 1 minuto de peneiramento contínuo, seja inferior a 0,05g; 
xv. Determine a massa do material retido na peneira (R = resíduo na peneira) com incerteza 
máxima de ± 0,02g. 
 
OBSERVAÇÃO: tome cuidado de limpar com o pincel ambos os lados da tela para garantir a 
remoção de todo o material retido. 
 
xvi. Calcule a finura do cimento pela seguinte expressão: 
100 
M
R
 F ×= 
 onde: F = índice de finura do cimento, em %; 
 R = resíduo na peneira 0,075mm, em g; 
 M = massa inicial do cimento = 50g. 
 
EXPRESSÃO DO RESULTADO 
 A finura do cimento pelo índice de finura, que é o material retido na peneira ABNT 
0,075mm, expresso em porcentagem da massa da amostra em ensaio, calculada até aos décimos. 
 
NOTA: o resultado do ensaio é o valor obtido em uma única determinação. 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
8 
 
DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE PEGA DO CIMENTO 
 
INTRODUÇÃO: 
 
A partir do instante em que a água entra em contato com o cimento para executar a 
mistura destinada a determinar a consistência normal da pasta, ocorrem reações químicas cuja 
consistência é um gradativo enrijecimento (ou aumento da viscosidade) da massa. Por este 
motivo, a introdução da sonda de Tetmajer na pasta deve ocorrer exatamente no instante 
previsto para esta operação. Com o decorrer do tempo a pasta continuará enrijecendo de 
maneira tal que o transcurso do tempo vai chegar o instante em que a sonda não mais 
penetrará na pasta mesmo que esta ainda se apresente plástica. A pressão exercida pela 
sonda sobre a pasta é muito fraca: 0,382 kgf/cm2 (0,300 kg sobre uma área de 0,786 cm2). 
Para poder caracterizar este enrijecimento progressivo da pasta com o tempo é 
necessário utilizar uma sonda que atue com uma pressão bem mais intensa sobre a pasta. Isto 
se consegue substituindo a sonda de Tetmajer por uma outra com uma área transversal muito 
menor: a agulha de Vicat. Esta agulha tem uma seção de 1mm2 e, como a massa da haste 
continua sendo a mesma, a pressão exercida, neste caso, sobre a pasta aumenta para 30 
kgf/cm2. Realizando sucessivas penetrações com este novo dispositivo ao longo do tempo 
obtém-se o seguinte gráfico: 
 
 
 
 
 
 
 
Existem dois pontos bastante característicos (t1 e t2) onde ocorrem mudanças bruscas 
na reologia da pasta. No primeiro (t1), dá-se o início do crescimento brusco da viscosidade e 
geralmente não ocorre antes de uma hora após a adição da água. A este tempo “t1” 
convencionou-se chamar por tempo de início de pega. 
 
 
Início 
de 
pega 
40 
30 
20 
10 
h 
(mm) 
0 Tempo 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
9 
 
EXECUÇÃO DOS ENSAIOS (MB-1) 
 
EQUIPAMENTOS 
Os equipamentos são os mesmos do método para a determinação da consistência normal, 
exceto que é utilizada a agulha de Vicat ao invés da sonda de Tetmajer. 
 
a. CONDIÇÕES AMBIENTES 
Para o amassamento da pasta, o procedimento é idêntico ao indicado no item 3.2.3. Para 
as determinações com a agulha de Vicat, o molde com a pasta deve estar em ambiente com 
umidade relativa do ar maior que 85% e temperatura de 23o C ± 2oC; 
 
b. PROCEDIMENTO DO ENSAIO 
11ºº Reúna toda a aparelhagem e verifique se estão em condições de uso; 
22ºº Preparação da Pasta 
II.. Preparar uma pasta, com consistência normal, cujo teor de água foi 
determinado de acordo com o ensaio de consistência normal. O procedimento de 
amassamento é o mesmo do referido ensaio; 
IIII.. O zeramento da escala e o posicionamento inicial da agulha são iguais ao 
procedimento descrito para a operação com a sonda de Tetmajer; 
IIIIII.. Após certo intervalo de tempo, fazer a penetração com a agulha de Vicat, 
que deve descer suavemente com velocidade constante e lenta, ao contrário do 
que é feito no ensaio de consistência normal. Define-se como início de pega 
quando a agulha estacionar a 1mm do fundo do molde. Os intervalos entre cada 
penetração, até que ocorra a pega, depende de cada cimento. Como valor de 
referência executar penetrações de 15 em 15 minutos. 
 
ERROS NA EXECUÇÃO DOS ENSAIOS 
II.. Erros na aparelhagem 
• De um modo geral, os mesmos cuidados tomados na aparelhagem para o ensaio deconsistência normal devem ser levados em conta no ensaio de tempo de pega. 
• A agulha de Vicat deve apresentar seu eixo longitudinal sempre reto e isenta de 
pasta de cimento, pois qualquer protuberância na superfície dificulta a livre penetração na 
pasta e, pelo contrário, a acumulação de pasta dura em forma de cone na extremidade da 
agulha facilita a penetração com a conseqüente alteração do resultado. O uso excessivo de 
óleo na agulha também facilita a penetração pelo menor atrito entre a superfície lateral da 
agulha e a pasta aumentando o tempo de início da pega.O zeramento da escala e o 
posicionamento inicial da agulha são iguais ao procedimento descrito para a operação com 
a sonda de Tetmajer; 
 
IIII.. Erros no procedimento 
• A presença de bolhas de ar no interior da pasta de cimento provoca diferenças 
significativas no resultado do ensaio. Para evitar isto, convém que o operador agite 
levemente a pasta no interior do molde com a espátula. 
 
 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
10 
 
APRESENTAÇÃO DO RESULTADO 
• O tempo de início de pega é o intervalo de tempo entre a hora em que a agulha estaciona a 
1mm do fundo do molde e a hora da adição da água. É expresso em horas e minutos, com 
aproximação de 5 minutos. 
• O tempo de fim de pega é o intervalo de tempo entre a hora em que a agulha deixa apenas 
uma leve impressão na superfície da pasta e a hora em que a água foi adicionada ao 
cimento para no início do amassamento. Este tempo é expresso em horas e minutos com a 
aproximação de 5 minutos. 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
11 
 
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 
 
OBJETIVO: 
Determinar a resistência à compressão, cujos resultados devem atender às exigências mínimas de 
resistência para as varias idades estabelecidas para cada tipo de cimento, podendo-se com isso 
verificar o atendimento do cimento à classe designada pelo fabricante dentro das especificações 
brasileiras. 
 
APARELHAGEM (MATERIAIS E EQUIPAMENTOS) 
� Argamassadeira ou recipiente para mistura manual. 
� Moldes metálicos cilíndricos com 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura. 
� Soquete Normal; 
� Placas de vidro; 
� Régua metálica de aproximadamente 200 mm de comprimento; 
� Máquina de compressão; 
� Dispositivo para capeamento; 
� Balança com capacidade máxima de 1kg e sensibilidade de 0,1g; 
� Tanque de cura; 
� Câmara úmida; 
� Escova com fios grossos; 
� Areia Normal; 
� Água potável 
� Óleo mineral de baixa viscosidade; 
� Cera; 
� Mistura para capeamento. 
 
CONDIÇÕES GERAIS: 
� Areia Normal: areia produzida e fornecida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e 
deve satisfazer a NBR-7214. 
� Água de amassamento deve ser de 23o C ± 2oC; 
� Câmara úmida: a temperatura do ar deve ser de 23oC ± 2oC e a umidade relativa de pelo 
menos 95%. 
� Cera: material para vedação preparado com fundido de cera virgem e óleo mineral em 
proporção tal que produza uma mistura plástica a frio; 
� Mistura para capeamento: Material preparado com enxofre e caulim ou quartzo em pó, 
fundido a uma temperatura de 136o C ± 7oC; 
� Água saturada de cal: contida no tanque de cura deve ter temperatura de 23oC ± 2oC; 
� A temperatura do ar na sala de ensaios, bem como a dos aparelhos e materiais, exceto a 
água, pode variar de 20o a 28o C e a umidade relativa do ar não deve ser inferior a 50 %. 
 
 
 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
12 
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO (PROCEDIMENTOS) 
 
Passos: Reúna toda a aparelhagem e verifique se estão em condições de uso; 
Preparação do Molde 
• Passe uma leve camada de cera na superfície lateral externa da forma, ao longo de toda a 
extensão de fenda vertical, antes de fechar a fenda do molde para garantir a 
estanqueidade. 
• Coloque a forma sobre a base e entre essa superfície lateral do molde, junto a seu topo 
inferior, coloque um cordão de cera para também garantir a estanqueidade. 
• Unte as superfícies internas do molde com uma leve camada de óleo mineral. 
• Peque a quantidade de materiais para a mistura de acordo com o indicado na tabela 
abaixo. 
MATERIAL 
Massa em grama para a mistura 
MANUAL MECÂNICA 
Cimento.............................. 312 ± 0,2 g 624 ± 0,4 g 
Água................................... 150 ± 0,1 g 300 ± 0,2 g 
Areia Normal: 
. fração grossa........(2,4 a 1,2 mm).. 234 ± 0,2 g 468 ± 0,3 g 
. fração média grossa....(1,2 a 0,6)... 234 ± 0,2 g 468 ± 0,3 g 
. fração média fina......(0,6 a 0,3)... 234 ± 0,2 g 468 ± 0,3 g 
. fração fina..................(0,3 a 0 ,15). 234 ± 0,2 g 468 ± 0,3 g 
. argamassa suficiente para moldar 3 corpos - de - 
prova 
6 corpos - de - 
prova 
 
Mistura manual 
 
• Coloque as frações da areia no recipiente. 
• Ajunte o cimento a areia e proceda a mistura íntima desses materiais secos, com o auxílio 
da espátula; 
• Disponha a mistura em forma de coroa. 
• Lance de uma só vez a quantidade de água no interior da cratera; 
• Deite sobre o líquido o material circundante (areia + cimento) com o auxílio da espátula 
durante 1 minuto. 
• Amasse energicamente a mistura durante 5 minutos. 
 
OBSERVAÇÃO: Registrar a hora em que o cimento é posto em contato com a água de 
mistura. 
 
Mistura Mecânica 
 
• Misture as frações de areia e deixe-a separada. 
• Coloque na cuba da argamassadeira toda a quantidade de água de amassamento; 
• Junte o cimento a água e proceda a mistura na velocidade baixa, por um tempo de 30 
segundos; 
• Coloque a areia previamente misturada, gradualmente durante o tempo de 30 segundos 
sem paralisar a operação de mistura; 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
13 
 
• Mude imediatamente a velocidade para alta, misturando-se todo o material nesta 
velocidade durante 30 segundos. 
• Desligue o aparelho misturador durante 1 min e 30 s, nos quais os primeiros 15 segundos 
deverão ser utilizados para retirar com o auxílio da espátula, a argamassa que ficou aderida 
às paredes da cuba e da pá; 
 
OBSERVAÇÃO: No período restante (1 min e 15 s) a argamassa ficará, em repouso na cuba 
tampada. 
• Ligue a argamassadeira na velocidade alta, misturando os materiais durante 1 minuto. 
 
Moldagem 
 
• Encha os moldes, com o auxílio da espátula em quatro camadas de alturas 
aproximadamente iguais, recebendo, cada camada 30 golpes de soquetes normal, 
uniformemente distribuídos; 
 
NOTA: A moldagem dos corpos-de-prova deve ser feita imediatamente após o 
amassamento, e com a maior rapidez possível. 
 
• Rase o topo do corpo-de-prova por meio da régua que o operador faz deslizar sobre as 
bordas da forma, em direção normal à régua, dando-lhe também um ligeiro movimento de 
vaivém; 
• Cubra a parte superior dos corpos-de-prova com uma placa de vidro plana, logo após a 
moldagem; 
• Coloque os moldes cheios na câmara úmida, durante 24 horas. 
• Retire a placa de vidro que protege o corpo-de-prova depois de seis horas a quinze horas 
do momento da moldagem. 
• Passe sobre o topo do corpo-de-prova uma escova grossa. 
• Remate o topo do corpo-de-prova com uma fina camada de pasta de cimento, consistente 
que deverá estar preparada 2 a 4 horas antes do seu emprego. 
• Desforme os corpos-de-prova após as 24 horas da moldagem. 
 
NOTA 
1. O acabamento é feito com o auxílio de uma placa de vidro plano, devendo a pasta de cimento 
colocada sobre o topo do corpo-de-prova ser trabalhada com a placa até que a face inferior desta 
fique em contato firme com a borda superior do molde, em todos os seus pontos. 
 2. A aderência da pasta à placa de capeamento deve ser evitada lubrificando-se esta com uma 
fina película de óleo mineral. 
 
• Coloque os corpos-de-provaimersos em água não corrente e saturada de cal, em tanque 
da câmara úmida onde deve permanecer separados entre si até o momento de sua 
ruptura. 
 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
14 
 
OBSERVAÇÃO: Após retirados da câmara úmida até o instante do ensaio de compressão, 
os corpo-de-prova devem ser protegidos de maneira que toda sua superfície permaneça 
úmida. 
 
Capeamento 
• Capeie os corpo-de-prova a serem rompidos de acordo com cada idade. 
 
NOTA: O material para capeamento depois de endurecido deve apresentar uma resistência 
à compressão superior às dos corpos-de-prova a serem rompidos. 
 A espessura da camada do material de capeamento não pode ser superior a 2 mm. 
 
Ruptura 
Os corpos-de-prova deverão ser rompidos nas idades especificadas de acordo com a tabela 
abaixo: 
IDADE TOLERÂNCIA 
24 horas ± 30 min. 
3 dias ± 1 hora 
7 dias ± 2 horas 
28 dias ± 4 horas 
90 dias ± 1 dia 
 
NOTA 
 A idade é contada a partir do instante em que o cimento é posto em contato com a água 
de mistura. 
• Limpe completamente os pratos da prensa. 
• Coloque em operação a escala dinamométrica tal que a carga de ruptura prevista seja 
maior que 10% e menor que 90 % da capacidade nominal dessa escala. 
• Coloque o corpo-de-prova diretamente sobre o prato inferior da prensa de madeira que 
fique rigorosamente centrado. 
• Transmita a carga de compressão ao corpo-de-prova na velocidade de (0,25 ± 0,05) Mpa, 
por segundo, anotando a carga máxima, em quilogramas - força, indicada pela máquina de 
ensaio (P). 
• Calcule a resistência à compressão, em MPa,de cada corpo-de-prova, pela seguinte 
fórmula: 
0,1 
A
P
 R ×= 
 
onde: 
R = resistência individual, em MPa. 
P = carga máxima de ruptura, em kg. 
A = área da seção do CP, em cm2. 
 
OBSERVAÇÃO: 1 MPa = 10 kgf/cm2. 
 
• Calcule a resistência média das resistências individuais, em MPa, dos seis corpo-de-prova 
ensaiados na mesma idade, arredondando ao inteiro mais próximo. 
Rmédia = ΣR/6 
Prof. BORJA [MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ENSAIOS COM CIMENTO] 
 
15 
 
onde: ΣR = somatória das resistências individuais. 
 
• Calcule o desvio relativo máximo dividindo o valor absoluto da diferença entre a resistência 
média e a resistência individual que mais se afaste desta média, para mais ou para menos, 
pela resistência média e multiplicando este quociente por 100, arredondando a 
porcentagem obtida ao décimo mais próximo. 
 
100 
média R.
Individual R. R.Média
 Máx. Relativo Desvio ×= 
 
OBSERVAÇÃO 
• A série de 6 corpos-de-prova de uma idade deverá ser inteiramente abandonada quando o 
desvio relativo máximo for superior a 8 %. O ensaio ( 6 corpos-de-prova) deverá então ser 
repetido, na mesma idade até que se obtenha desvio relativo máximo ≤ 8%. 
• O resultado final em cada idade é a resistência média obtida para cada idade devendo ser 
comparada com os limites especificados pela NBR 5732/88 ABNT. 
 
NOTA 
• O ensaio de determinação do índice de consistência normal da argamassa é citada pela 
ABNT, como facultativo a sua realização; 
 Quando se fizer necessária a sua realização, consultar a NBR 7215/82 ABNT.

Outros materiais