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CONSTITUCIONAL 1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA ESTADO CE
MAGNÓLIA ..., brasileira: ,,,, CPF,,, e no RG nº,,,, residente sito à rua:,,, nº ,,, bairro: ,,,, CEP:,,,,, email: ,,,,, Cidade: Caicó/CE, vem à presença deste Juízo com fundamento no Artigo 5 º inciso LXXII, “a” da Constituição Federal de 1988 e Lei 9.507/97, impetrar:
HABEAS DATA
Contra Sr. DIRETOR (A) DO HOSPITAL ESTADUAL que negou formalmente as informações no dia 20/08/017 à impetrante, situação ocorreu no hospital Público Estadual, da cidade de Fortaleza – Ceará,.pelos fatos e fundamentos á seguir aduzidos, conforme segue: 
FATOS
A impetrante, que trabalha na roça na cidade de Caicó, desde os 10 anos de idade para ajudar no sustento da família. Há alguns meses ela sofre com graves e recorrentes infecções em seu organismo. Diante do agravamento do seu estado de saúde, a mesma foi internada com urgência no hospital Estadual da rede pública em Fortaleza, capital do Estado, onde foi submetida a diversos exames através dos quais foi diagnosticada como portadora de Lúpus, uma grave doença autoimune. 
Entretanto, após uma sensível melhora em seu quadro clínico, recebeu alta, porém sem ter acesso a uma via do seu prontuário médico e demais informações necessárias para o andamento do seu tratamento, apenas lhe tendo sido dito que deveria fazer uso de medicação constante e estar sob supervisão médica. 
Como precisava das suas informações constantes no prontuário médico para poder dar prosseguimento ao seu tratamento, formalizou o requerimento da documentação, por escrito a solicitação junto à diretoria do hospital.
Assim que procedeu, e no dia 20/08/017, recebeu a resposta de que não poderia ter acesso ao prontuário médico solicitado, pois eram informações técnicas de conhecimento e acesso restrito aos médicos do hospital, pela ausência de qualquer documentação correspondente ao seu estado de saúde, o que compromete o prosseguimento do seu tratamento, fazendo-se necessário este, visando o acesso e obtenção de cópia da documentação hospitalar da assistida, conforme anexo 
DIREITO
O presente Habeas Data é gratuito conforme artigo 5 inciso LXXVII c/c artigo 21 da Lei 9.507/97 onde explana que habeas data é uma ação essencialmente gratuita e que sua petição inicial deve observar os requisitos formais da lei processual.
Conforme artigo 5º, LXXII da Constituição Federal/88 onde explana que “conceder-se-à habeas data a) Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.” e Lei 9.507/97, onde está a previsão legal do cabimento da Hábeas Data, pois trata-se de ação constitucional para a proteção de direito de acesso e aos dados ou informações pessoais, lembrando que é de caráter personalíssimo, para ter acesso as informações constantes de registro ou bancos de entidade governamentais ou de caráter público.
O artigo 5º inciso XXXIII,” todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;”
Requisito indispensável para se concretizar o interesse de agir conforme artigo 8º da Lei 9.507/97, pois a mesma fez requerimento via administrativo perante o Hospital Público Estadual da cidade de Fortaleza Ceará, e este lhe foi negado no dia 20/08/017. Como possuí natureza jurídica de ação constitucional, submetem-se às condições da ação, entre os quais o interesse de agir, que nessa hipótese configura-se, processualmente, perante a negativa a detentora das informações pleiteadas, portanto, superada essa condição da ação, pois houver solicitação administrativa, e consequentemente negativa no referido fornecimento, pois conforme Súmula 02 do STJ: “Não cabe o habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa”. Portanto no caso em questão houve recusa da parte da autoridade administrativa, fazendo-se o cabimento deste.
								
Embora a Lei nº. 9.507/97 não disponha a respeito, quando verificados os requisitos da fumaça do bom direito e o perigo da demora, conceder medida liminar que possa assegurar o imediato acesso e conhecimento dos dados ou informações pelo impetrante.
A Lei n 12.527 de novembro de 2011, que regula o acesso a informações, ratificando, portanto o direito à informação pessoal da cliente constante em registro público, portanto as informações requeridas não são sigilosas ou de uso privativo da instituição, mas sim de caráter pessoal e de suma importância para a impetrante para dar continuidade ao seu tratamento de saúde, pois é portadora de doença grave.
iii. DO PEDIDO
Requer conforme segue:
Notificação da Autoridade para prestar informações no prazo de 10 (dez) dias;
Intimação do Ministério Público;
Acesso ao seu Prontuário médico;
A procedência deste;
Juntada das provas documentais; 
Dá-se o valor da causa de R$1.000,00( hum mil reais).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e data: 
___________________
Advogado
OAB

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