Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA AEROESPACIAL Aline Werner RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA SOBRE ANÁLISE DE MICROESTRUTURAS Santa Maria, RS 2018 RESUMO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA SOBRE ANÁLISE DE MICROESTRUTURAS AUTOR: Aline Werner Este trabalho tem como objetivo descrever as atividades realizadas durante aula prática ciência dos materiais em laboratório, na qual foram apresentadas as etapas da preparação de uma amostra, como o corte, embutimento e lixamento, e realizadas as análises microestruturais de diversos materiais com o uso de um microscópio. A partir disso, foram identificados os constituintes dos materiais analisados e as fases neles presentes. Palavras-chave: Microestrutura. Micrografia. Amostra. Materiais. Fases. Aço. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 1.1 OBJETIVOS ...................................................................................................... 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 4 2.1 PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA ......................................................... 4 2.2 MICROSCOPIA ................................................................................................ 5 3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 5 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 6 4.1 AÇO 1045 ......................................................................................................... 6 4.2 AÇO 1070 ......................................................................................................... 7 4.3 AÇO 5130 TEMPERADO ................................................................................. 7 4.4 FOFO CINZENTO ............................................................................................ 8 4.5 FOFO NODULAR MARTENSÍTICO ................................................................. 8 4.6 TI17NB .............................................................................................................. 9 4.7 LIGA AL-SI ........................................................................................................ 9 5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 10 4 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo descrever as atividades realizadas durante a aula prática da disciplina de Ciência dos Materiais ocorrida no dia 18/04/2018 no Laboratório de Soldagem da UFSM. A aula em questão foi expositiva e teve como finalidade colocar em prática os conceitos trabalhados durante as aulas teóricas da disciplina a respeito de análise de microestruturas, principalmente no que diz respeito à identificação de suas fases. 1.1 OBJETIVOS Os principais objetivos da aula foram: a) conhecer o processo de preparação de uma amostra; b) fazer a análise microestrutural da amostra, identificando seus materiais constituintes e as fases presentes. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A análise microestrutural é o estudo de produtos metalúrgicos realizado com o auxílio de um microscópio e visando a determinação de seus materiais constituintes e de sua textura microscópica. O processo de micrografia possui diversas etapas, que serão explicadas a seguir. 2.1 PREPARAÇÃO DO CORPO DE PROVA O corpo de prova, também chamado de amostra, é uma parte do material a ser analisado que passou por procedimentos específicos, objetivando características adequadas para a análise microestrutural. A preparação do corpo de prova envolve, em geral, o corte, o embutimento, o lixamento, o polimento e o ataque químico. O corte é feito para que o corpo de prova fique com um tamanho e formato adequado para análise. Ele costuma ser feito de forma abrasiva, a fim de não alterar a microestrutura do material, com um equipamento chamado de “cut-off” ou policorte, que possui discos abrasivos refrigerados. 5 Em seguida, é feito o embutimento do corpo de prova, com a finalidade de facilitar seu manuseio e evitar possíveis danos no lixamento e polimento. O embutimento pode ser feito tanto a frio, utilizando resinas sintéticas de polimerização rápida, ou a quente, com a utilização de uma prensa que usa temperatura e pressão para polimerizar a resina. Após o processo de embutimento, a amostra fica com um formato cilíndrico, com a face do material a ser analisada em uma das extremidades. O próximo passo é o lixamento, no qual são utilizadas sucessivamente lixas de granulometria cada vez menor, a fim de deixar o corpo de prova com o acabamento ideal para a análise microestrutural. Se um acabamento ainda melhor é necessário, é realizado o polimento da amostra, que pode ser feito de diversas formas. A mais comum é a utilização de uma politriz, equipamento que possui discos de polimento. Por fim, é realizado um ataque químico na amostra, que objetiva permitir a identificação dos contornos de grão e das fases presentes na microestrutura. Ele é feito através da oxidação da superfície do corpo de prova através do contato com um reagente ácido, que é escolhido de acordo com cada material. 2.2 MICROSCOPIA Após a preparação da amostra, é realizada a microscopia. Esta é feita com a utilização de um microscópio adequado ao grau de aumento e detalhamento desejado. Em geral, é utilizado um microscópio óptico de reflexão, que permite a observação da superfície do corpo de prova através da reflexão da luz no material. Podem ser utilizadas lentes com diversos graus de aumento, dependendo do que se deseja observar. Também pode ser necessário o ajuste de foco e iluminação, a fim de obter uma imagem ideal. A análise da microestrutura capturada na imagem é feita através da sua comparação com imagens de manuais de metalografia, ou apenas pela sua observação, se feita por alguém experiente. A partir disso, é possível determinar os microconstituintes do material analisado. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Os materiais e as ferramentas utilizados foram: 6 a) corpos de prova dos seguintes materiais: aço 1045, aço 1070, aço 5130 temperado, FoFo cinzento, FoFo nodular, Ti17Nb e Al-Si; b) microscópio óptico; c) computador com software específico. A aula foi iniciada com a apresentação do laboratório e a introdução aos corpos de prova que seriam utilizados durante seu decorrer. Após isso, foi explicado o processo de produção de um corpo de prova e as ferramentas nele utilizadas, itens que estão melhor detalhados no referencial teórico acima. Foram apresentados as lixas utilizadas na preparação da amostra, a prensa utilizada em seu embutimento e o material polimérico que serve como seu revestimento. Em seguida, foi realizada, uma a uma, a análise das microestruturas das amostras dos seguintes materiais: aço 1045, aço 1070, aço 5130 temperado, FoFo cinzento, FoFo nodular, Ti17Nb e Al-Si. Este processo envolveu várias etapas e foi iniciado com a colocação do corpo de prova no microscópio óptico, com uma lente de razoável grau de aumento, seguido do ajuste de seu foco e iluminação. A partir disso, foi possível visualizar, tanto no microscópico quanto em uma imagem projetada em um programa no computador, a microestrutura do material e as fases nela presentes. Depois, utilizando uma lente com maior grau de aumento,foi possível visualizar esses mesmos aspectos com maior detalhamento. A cada amostra analisada, houve uma explicação a respeito de quais eram as fases presentes e outros possíveis aspectos de interesse, como, por exemplo, o tratamento que a amostra em estudo havia recebido. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A seguir, serão mostradas as imagens obtidas no laboratório e identificadas as fases presentes no material analisado. 4.1 AÇO 1045 As fases identificadas no aço 1045, apresentadas na imagem abaixo, foram: perlita, em tons escuros, e ferrita, em branco, que corresponde à matriz do material. 7 Figura 1 – Micrografia do aço 1045 com aumento de 100x, à esquerda, e 400x, à direita. 4.2 AÇO 1070 No aço 1070, foi possível identificar a presença de maior quantidade de carbono em relação ao aço 1045. Figura 2 – Micrografia do aço 1070 com 200x de aumento, à direita, e vergalhão com 100x de aumento, à esquerda. 4.3 AÇO 5130 TEMPERADO Na micrografia do Aço 5130 Temperado, apresentada na imagem abaixo, foi possível observar a presença de ferrita, em tons claros, e perlita, em tons escuros. 8 Figura 3 – Micrografia de uma engrenagem de aço 5130 com aumento de 200x: à esquerda, corte longitudinal e, à direita, transversal. 4.4 FOFO CINZENTO Na micrografia do FoFo Cinzento, foi possível identificar uma matriz ferrítica, representada em branco nas imagens, e também grafita, representada em tons escuros. Figura 4 – Micrografia do FoFo Cinzento com 50x de aumento, à esquerda, e 100x, à direita. 4.5 FOFO NODULAR MARTENSÍTICO Na micrografia do FoFo Nodular, foi possível observar, conforme a imagem a seguir, uma matriz de martensita, em tons claros, e nódulos de grafita, em preto. 9 Figura 5 – Micrografia do FoFo Nodular Martensítico com 200x de aumento 4.6 TI17NB A imagem da micrografia do Ti17Nb não foi gerada corretamente, o que impossibilitou sua análise após o término da aula experimental. 4.7 LIGA AL-SI Na micrografia da liga Al-Si, representada na imagem seguinte, foi possível perceber a presença de uma matriz de alumínio, em tons escuros, e pequenas quantidades de silício, em tons claros. Figura 6 – Micrografia da liga Al-Si com 100x de aumento 10 5 CONCLUSÃO A partir do conhecimento adquirido em aula, foi possível verificar na prática o funcionamento e a importância de uma análise microestrutural. Foram adquiridos conhecimentos a respeito do processo de análise, desde a preparação da amostra até o uso do microscópio, e foi possível identificar as fases presentes em diversos materiais. 11 REFERÊNCIAS FILHO, M. Relatório de Ensaio Metalográfico. Manaus, Amazonas, 2014. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgUC4AE/relatorio- metalografiaaa#>. Acesso em: 24 abr. 2018. ROHDE, R. A. Metalografia: Preparação de Amostras. Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, 2010. Disponível em: < http://www.urisan.tche.br/~lemm/metalografia.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2018. WIKIPEDIA: a enciclopédia livre. Metalografia. [s. l.], 2017. Disponível em: <https:// pt.wikipedia.org/wiki/Metalografia>. Acesso em: 24 abr. 2018.
Compartilhar