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Seminário Direito Econômico 1

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
SEMINÁRIO
DIREITO ECONÔMICO
	 Maria Carolina Soares Teixeira
NOVEMBRO/2017
a) Inicialmente, destaca-se, a partir da referência bibliográfica indicada, no tocante aos atributos das políticas públicas, os procedimentos internos (ou fases) do processo decisório dessas políticas. De modo geral, em regimes políticos pouco representativos é usual limitar a atuação da classe política à outra ponta do processo decisório (a fase de autorização), excluindo-a – ou tornando-a meramente cerimonial – do papel sinalizador de necessidades de política. Já em regimes políticos democráticos, o Legislativo tem participação muito ativa nessa fase de reconhecimento do processo decisório, se não por iniciativa própria, como canal das demandas da coletividade. A fase de reconhecimento está intimamente associada ao que vem sendo rotulado na literatura especializada de “capacidade de rastreio” do meio externo, isto é, a maior ou menor percepção dos policy-makers quanto às mudanças que ocorrem no meio externo sobre o qual atua a política. A fase de identificação, por sua vez, da política torna-se mais densa com o diagnóstico, em que de fato se estabelece qual é o problema de política, com a identificação da natureza do estímulo e de relações de causa e efeito. 
Em seqüência à identificação, através das fases de reconhecimento e diagnóstico, chega-se a uma elaboração mais complexa da política: o desenvolvimento de soluções. Boa parcela do tempo e dos recursos humanos e materiais no processo decisório costuma concentrar-se nessa fase. A seleção é logicamente a fase final do processo decisório, podendo envolver diferentes estágios de investigação de alternativas. A seleção envolve a determinação, tentativa de um número maior de alternativas do que efetivamente será avaliado. É a fase do peneiramento, que é feito segundo critérios bastante flexíveis. De modo geral, a preocupação é apenas a de eliminar as políticas que não são viáveis. 
A tramitação legislativa é, por vezes, a contrapartida formal da fase de autorização, que – obviamente – pode ser meramente simbólica ou homologatória. Todavia, não deveríamos supor que essa autorização é uma conseqüência inevitável, ou tão pacífica, das fases anteriores do processo de formação de uma política. De modo geral, para melhor apontar as fase que compõem o ciclo de políticas públicas, segue abaixo um quadro demonstrativo:
Fases da resolução de problemas 			Estágios do ciclo político 
Reconhecimento do problema 	Formação da agenda: processo pelo qual problemas ganham a atenção dos governos. 
Proposta de solução 		Formulação da política: processo pelo qual opções políticas são formuladas dentro do governo. 
Escolha da solução 		Tomada de decisão: processo pelo qual governos adotam um particular curso de ação ou não-ação. 
Solução posta em prática 		Implementação da política: processo pelo qual governos põem políticas em prática. 
Monitorando resultados 		Avaliação da política: processo pelo qual os resultados das políticas são monitorados e valorados por atores sociais e estatais; resultado este que pode levar a re-conceitualização dos problemas políticos e soluções.
b) As políticas públicas são uma resposta do Estado às necessidades do coletivo que, por meio do desenvolvimento de ações e programas, objetivam o bem-comum e a diminuição da desigualdade social. Esses programas e ações precisam ser estruturados de maneira funcional e sequencial para tornar possível a produção e organização do projeto. Esclarecido isso, o ciclo das políticas públicas nada mais é que um processo que leva em conta:
- a participação de todos os atores públicos e privados na elaboração das políticas públicas, ou seja, governantes, políticos, trabalhadores e empresas;
- o poder que esses atores possuem e o que podem fazer com ele e organização de ideias e ações;
- o momento atual do país no aspecto social (problemas, limitações e oportunidades);
Quanto a sugestão de política pública, atinente aos objetivos traçados na Agenda 2.030, vou remeter este tópico ao meu tema de Monografia, qual seja, “o impacto da Primeira Infância na desigualdade social”:
Primeira fase: a formação da agenda
Para começar a elaboração de uma política, é preciso decidir o que é prioritário para o poder público. Dito isto, tem-se uma enormidade de pesquisas científicas atestando a importância de investimentos à Primeira Infância, que compreende a fase dos 0 aos 6 anos, com o intuito de reduzir a desigualdade social. A fase da agenda caracteriza-se pelo planejamento, ou seja, definiremos os problemas existentes na má formação de grande parte da população brasileira neste intervalo da vida, através de dados que mostram a condição na qual as crianças estão submetidas (número de vagas em creche, qualidade da preparação do profissional que atua com esse contigente de pessoas), a emergência e os recursos disponíveis.
Segunda fase: a formulação da política
É a fase de apresentação de soluções ou alternativas. É o momento em que defini-se o objetivo de uma política pública voltada à Primeira Infância e seu impacto na realidade social do Brasil. Pode-se estabelecer programas conforma região do pais e os dados obtidos.
Terceira fase: processo de tomada de decisão
Defini-se o curso de ação adotado. São definidos os recursos e o prazo temporal da ação da política. 
Quarta fase: implementação da política
É o momento em que o planejamento e a escolha são transformados em atos. É quando se parte para a prática. O planejamento ligado à organização é transformado em ação. São direcionados recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos para executar a política.
Quinta fase: avaliação
Fonte de aprendizado para a produção de melhores resultados, nela se controla e supervisiona a realização da política, o que possibilita a correção de possíveis falhas para maior efetivação. Dependendo do nível de sucesso da política, o poder público delibera se é necessário reiniciar o ciclo das políticas públicas com as alterações cabíveis, ou se simplesmente o projeto é mantido e continua a ser executado.

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