Buscar

Argumentação Geral contra o Aborto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�
�PAGE �
�
�
AGUIAR, Simone Bandeira de
TOTI, Cristiane Helena
ALVES, Ludmylla Oliveira Alves
Bruno
ARGUMENTAÇÃO GERAL CONTRA O ABORTO
Juiz de Fora
2018�
AGUIAR, Simone Bandeira de
TOTI, Cristiane Helena
ALVES, Ludmylla Oliveira Alves
Bruno
ARGUMENTAÇÃO GERAL CONTRA O ABORTO
Trabalho apresentado à disciplina Metodologia Científica, do Curso de Bacharelado em Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Juiz de Fora da UNIPAC – Universidade Presidente Antônio Carlos, apresentado como trabalho em grupo.
Professora/ Mestre - Bianca Stephan de Sales Mascarenhas
Juiz de Fora
2018
SUMÁRIO
	Introdução .................................................................................................
	4
	Argumentos religiosos contra o aborto .....................................................
	5
	O posicionamento da Justiça ....................................................................
	5
	Educação e Planejamento Familiar ..........................................................
	6
	Consequências Físicas do Aborto Clandestino ........................................
	8
	Consequências Psicológicas do Aborto Clandestino ...............................
	9
	Conclusão .................................................................................................
	10
	Referências Bibliográficas ........................................................................
	11
�
1 INTRODUÇÃO
A temática do aborto sempre é (e sempre será) alvo de amplas discussões. Muitos são os grupos que defendem esta prática se balizando em argumentos nem sempre comprovados cientificamente ou ainda invocando os próprios Direitos Humanos ou ainda a Constituição Federal.
O que desejamos neste trabalho é trazer à baila para a discussão o porque desta prática ser tão danosa, tanto para quem sofre quanto para quem a pratica. Apresentamos neste trabalho o ponto de vista religioso, jurídico, educacional e científico. Esperamos com isto mostrar que é possível sim, ter saídas viáveis para a interrupção desta cultura de morte.
Boa leitura!
2 ARGUMENTOS RELIGIOSOS CONTRÁRIOS AO ABORTO 
	Do ponto de vista religioso, várias questões morais, muito próprias do nosso próprio pensamento de seres humanos que tem direito á vida, balizam o nosso argumento contra esta prática abominável e delituosa, contra quem não tem sequer como se defender. Estes argumentos são:
A vida humana tem caráter sagrado, pois é um dom divino.
 “Cada ser humano, também a criança no ventre materno, recebe o direito de vida imediatamente de Deus, não dos pais, nem de qualquer sociedade ou autoridade humana”. Papa Paulo VI, citando Pio XII.
Atentar contra a vida é atentar contra o próprio Deus, pois é Ele quem dá a vida.
“(...) Existe sempre crime quando há transgressão da lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre crime tirando a vida à criança antes de nascer, porque está impedindo, à alma, de suportar as provas das quais o corpo deveria ser o instrumento”. Livro dos Espíritos, capítulo VII, questão 358.
Segundo a Igreja Católica “a vida humana deve ser respeitada e protegida de modo absoluto a partir do momento da concepção”. 
3 O POSICIONAMENTO DA JUSTIÇA
	A legislação brasileira preconiza que o aborto induzido é considerado crime contra a vida humana. Crime este previsto pelo Código Penal desde 1984. A legislação diz que tanto quem causa o aborto quanto quem realiza o procedimento são imputáveis de pena. Para a pessoa que causar a pena é de um a três anos de detenção e quem realizou o procedimento pode pegar de um a quatro anos de prisão. A legislação ainda preconiza que, caso o aborto seja provocado sem o consentimento da mãe, a pessoa que provocou pode pegar de três a dez anos de reclusão.
	Há também situações em que o aborto no Brasil não é considerado crime. São elas:
Quando a gravidez representa risco de vida para a gestante;
Quando a gravidez é o resultado de um estupro;
Quando o feto for anencefálico, ou seja, não ser dotado de cérebro. Nesta última questão há uma observação. Este último item foi julgado pelo STF em 2012 e foi declarado como parto antecipado para fins terapêuticos. 
A lei cita ainda que a gestante que se enquadrar em uma dessas três situações tem respaldo do governo para obter gratuitamente o aborto legal através do SUS. Se o aborto for feito em algum país onde a prática não seja considerada ilegal, as gestantes não estarão passíveis de punição, uma vez que o procedimento foi feito fora do território brasileiro.
	Mesmo com alguns casos previstos em Lei, o aborto está longe de ser uma unanimidade entre os juristas brasileiros. Há uma oposição muito forte da União de Juristas Católicos de São Paulo (UJUCASP), representada pelos juristas Ives Gandra Martins e Paulo de Barros Carvalho e também da Associação Brasileira de Magistrados Espíritas (Abrame), esta representada por Zalmino Zimmermann, especial contra o novo Código Penal que tramita no Senado (PLS 236/2012) que prevê a ampliação das possibilidades do aborto legal.
	Há que se ouvir ainda a própria Constituição Brasileira que, em seu artigo 5º, protege a vida de forma geral, inclusive a uterina. Também está expresso no art. 2º do atual Código Civil o qual põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
	Também no ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), previsto em seu art. 7º que diz: “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. 
	Discute-se também a atuação efetiva do próprio Estado em relação ao assunto, que claramente não consegue sequer fornecer assistência á realização dos abortos, o que torna falso o argumento de esta ser uma questão de saúde pública.
4 EDUCAÇÃO E PLANEJAMENTO FAMILIAR
	Segundo Maria do Carmo Leal, Coordenadora do Projeto Nascer no Brasil, as complicações decorrentes do aborto são a quarta causa de morte materna no Brasil. Estima-se que cerca de um milhão de gestações sejam interrompidas por ano no país. Estes cálculos são feitos segundo as internações decorrentes de aborto induzido. Maria do Carmo cita que para cada internação por este motivo, supõe-se que outros três abortos foram realizados sem resultar em complicação.
	Ao realizar o estudo “Inquérito sobre parto e nascimento” a Escola Nacional de Saúde (Ensp/ Fiocruz) constatou em seus resultados preliminares que apenas 45% das mulheres efetivamente planejaram a gravidez, o que comprova que para a grande maioria das mulheres brasileiras a concepção ocorre por “acidente”. Desde 2010 já foram entrevistadas no Brasil 22 mil mulheres grávidas (em todos os estados) com o objetivo principal de conhecer as complicações maternas e também dos recém-nascidos a partir do tipo de parto. Destas mulheres, 55% afirmaram que a gravidez não era desejada naquele momento.
	Com base apenas neste estudo é possível afirmar a importância do planejamento familiar, não somente por questões econômicas, mais também por questões psicológicas. A pesquisadora aponta que “As mulheres mais pobres, as adolescentes e as menos instruídas admitiram com maior frequência que tentaram interromper a gestação. O sistema de saúde tem que discutir a questão do aborto”, defende Maria do Carmo.
	Em outra pesquisa, desta vez fora do Brasil, realizada em 2004 nos EUA com 1.209 mulheres, entrevistadas em onze clínicas de aborto, apontou como motivações para o aborto (atenção para o fato de estas motivações terem sido dadas pelas próprias mulheres):
27% - Eu não estou pronta para uma criança;
21% - eu não tenho condições financeiras;
13% - eu não quero ser mãe solteira
11% - eunão sou madura o suficiente para cuidar de uma criança
10% - um bebê iria interferir na minha educação/carreira
1,5% - eu não quero que os outros saibam que eu tinha relações sexuais
1,0% - meu marido/namorado quer que eu aborte
0,5% - meus pais querem que eu aborte
2,5% - o feto tem um possível problema de saúde
 2,5% - tenho problema em minha saúde física
 1,0% - sou vítima de estupro ou incesto
 8,0% - eu completei minha gravidez
 1,0% - outras razões
 6% alegaram que fizeram o aborto por motivações terapêuticas ou humanitárias.
A partir da análise destes dados o estudo conclui que 8% das mulheres resolveram não abortar. Assim, 85% dos abortos foram realizados por questões circunstanciais, que poderiam ser facilmente evitados se tivessem sido usados métodos contraceptivos ou ainda se tivessem sido evitadas as relações sexuais prematuras.
As respostas dadas no estudo americano não diferem em nada da realidade brasileira e até mundial. Estas “desculpas” também são largamente utilizadas no país e denotam claramente uma ausência de educação sexual e latente falta de planejamento familiar.
Estima-se que no Brasil cerca de 200 mulheres morrem por ano por procedimentos abortivos. Um aborto ocorre no Brasil a cada 33 segundos.
Ressaltamos ainda os números abaixo, advindos de estudos, envolvendo mulheres que sofreram complicações após o aborto:
Mais de 90% destas mulheres afirmaram que não receberam informações necessárias para fazerem uma escolha consciente;
Mais de 80% afirmaram que muito provavelmente não teriam abortado se não tivessem sido incentivadas por terceiros a abortar;
Cerca de 83% afirmaram que não realizariam o procedimento se tivessem recebido apoio dos namorados, família ou de outras pessoas importantes em suas vidas.
A ação do estado brasileiro precisa ser determinante para que a educação no que tange ao planejamento familiar alcance realmente quem mais precisa. Fazer campanhas contra a natalidade apenas em épocas como Carnaval e distribuição de preservativos nesta época não garante a eficácia do objetivo que se pretende alcançar. Há extrema necessidade de criação de ações públicas eficientes e duradouras para acabar com o verdadeiro extermínio diário de vidas ceifadas pelo aborto.
5 CONSEQUENCIAS FÍSICAS DO ABORTO CLANDESTINO
	Os números das consequências do aborto clandestino retratam a realidade de uma guerra. Este tipo de prática, normalmente realizada fora do ambiente hospitalar correto, sem as mínimas condições de higiene e ainda realizadas por profissionais sem a qualificação necessária é responsável por aproximadamente 70 mil mortes de mulheres, ou ainda de lesões permanentes por ano, no mundo todo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
	Normalmente os procedimentos abortivos mais utilizados são os que se seguem:
Dilatação e Curetagem (6ª à 16ª semana): o feto é desmembrado com uma cureta instrumento em forma de colher, com bordas cortantes e junto com a placenta despedaçada, é jogado em um recipiente;
Sucção (6ª à 16ª semana): o bebê é sugado através de um tubo, por um aparelho aproximadamente 29 vezes mais potente que um de pó, sendo que, em regra, o crânio do bebê não passa pelo tubo, e é esmagado por uma pinça;
Envenenamento Salino (após a 16ª semana): causa a morte por envenenamento, desidratação e hemorragia no cérebro e outros órgãos, além de produzir queimaduras graves na pele do bebê;
Histerotomia (24ª à 38ª semana): trata-se de uma espécie de operação cesariana, só que, ao invés de o objetivo ser trazer o bebê vivo, o mesmo é morto ou deixado à morte;
Aborto Químico: quando ocorre a ingestão de Citotec, por exemplo, que é um medicamento abortivo.
As consequências físicas apontadas pelos médicos, oriundas destes tipos de procedimentos, quando não causam a morte da mulher, são as seguintes:
Laceração do colo uterino, o que irá provocar posteriores partos prematuros;
Perfuração do útero;
Esterilidade;
Perigo de lesão no intestino, trompas de falópio e bexiga;
Retirada do útero ou do endométrio;
Futura gravidez fora do local apropriado (ectópica);
Entrada de solução salina na corrente sanguínea da mãe.
6 CONSEQUENCIAS PSICOLÓGICAS DO ABORTO CLANDESTINO
Um grande número de psicólogos e psiquiatras apontam os distúrbios abaixo como os mais recorrentes advindos do aborto:
Crises de histeria;
Sentimento de culpa;
Visões ou sonhos com a criança abortada;
Dificuldade em se relacionar novamente;
Dificuldade em desenvolver relacionamentos interpessoais;
Ansiedade e medo de nova gravidez;
Auto estima prejudicada por entender que destruiu a vida do próprio filho;
Depressão profunda;
Aproximadamente nove vezes mais propensão ao suicídio.
A ocorrência destes casos é maior principalmente entre as adolescentes que apresentam uma maior necessidade de acompanhamento psicológico.
7 CONCLUSÃO
A prática do aborto é nefasta e altamente prejudicial á mulheres não só do Brasil mais do mundo todo.
Por esta razão entendemos que esta prática não deva ser incentivada nem na esfera jurídica sob pena de termos os números destas consequências serem equivalentes ao da mais sangrenta guerra já havida.
Defendemos veementemente a adoção de políticas públicas e sociais que priorizem a educação e o correto planejamento familiar. Inocentes estão morrendo por ignorância de mães que não planejam sua gravidez e por omissão do estado brasileiro. Esta prática tem que ser banida do terrítório brasileiro!
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OAB. Exame da OAB. Aborto: o que diz a Lei. São Paulo, 2017. Disponível em: <https://examedaoab.jusbrasil.com.br/artigos/414535657/aborto-o-que-diz-a-lei>. Acesso em 28 de Abril de 2018.
REDAÇÃO. Religião de Deus. Persistir na vida! Por que não interromper a gravidez; compreenda as consequências espirituais. São Paulo, 2014. Disponível em: <https://www.religiaodedeus.org/pt/persistir-na-vida/por-que-nao-interromper-gravidez-compreenda-consequencias-espirituais>. Acesso em 28 de Abril de 2018. 
RELIGIÃO E O ABORTO. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o_e_o_aborto>. Acesso em 27 de Abril de 2018.
FERNANDES, Edvaldo. Juristas, médicos e religiosos condenam o aborto. Brasília, 2005. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br/agencia/noticias/80554.html>. Acesso em 27 de Abril de 2018.
NUNES, Maria José Rosado. O tema do aborto na Igreja Católica: divergências silenciadas. São Paulo, 2012. Disponível em:
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252012000200012>. Acesso em 28 de Abril de 2018.
JÚNIOR, Antônio Carlos da Rosa. Aborto: causas, conseqüências e alternativas. São Paulo, 2011. Disponível em:
<https://guiame.com.br/gospel/estudo/antonio-carlos-da-rosa-jr/aborto-causas-consequencias-e-alternativas.html>. Acesso em 28 de Abril de 2018.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes