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Ciencia Política - Matéria da Prova

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Ciência Política – Matéria da Prova.
Capítulo III – Estado e Direito 
 Personalidade Jurídica do Estado (Itens 60 a 63) 	
- Concepção do Estado como pessoa jurídica: 
1 - Limitação ao poder do Estado;
2 - Conciliação do político com o jurídico.
 - Origem dessa concepção:
 Contratualistas = Ideia de coletividade ou povo como unidade, dotada de interesses diversos dos de cada um de seus componentes, bem como de uma vontade própria, também diversa das vontades de seus membros isoladamente considerados.
1 – Ficcionistas = Personalidade Jurídica do Estado se justifica por motivos de conveniência.
		Savigny: Sujeitos de direito são os indivíduos dotados de consciência e de vontade.
		Kelsen: Comunidades jurídicas carecem de personalidade jurídica, mas podem ser representadas como se fossem pessoas e tivessem personalidade. 
2 – Realistas = Afirmam a real existência da personalidade jurídica do Estado.
		Albrecht: Afirmação de representarmos o Estado como uma PJ
 		Gerber: Organismo Moral: Estado pensa por si, existe por si. 
		Gierke: Teoria do Órgão: Vontade do Estado atuada por seus membros.
		Laband: Unidade organizada, com vontade própria. 
 		Jellinek: Concretiza que o Estado possui realmente personalidade jurídica.
- Importância do Estado ser uma PJ: Garantir direito a seus membros, para resolver os constantes conflitos de interesses. 
Qual corrente é mais aceita: Ficcionistas ou Realistas? Ficcionista, pois o Estado externa sua vontade através de pessoas físicas. 
Estado, Direito e Política (itens 64 a 67)
Poder político: Para que sua eficácia seja garantida pode-se recorrer à violência para a obtenção da obediência. Para isso é necessária a criação de limites jurídicos ou atuação do povo no poder.
Definições de Política: 
Noção neutra, por Cassier: Arte de unificar e organizar as ações humanas e dirigi-las para um fim comum. 
Noção positiva, por Max Weber: O conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado. 
Três dualismos fundamentais na política: O poder político sempre deve buscar o equilíbrio desses casos.
- Necessidade x possibilidade: Efetivar os direitos sociais, conciliando o mínimo existencial com o financeiramente possível.
- Indivíduos x coletividade: Garantir direitos de minorias e maiorias.
- Liberdade x autoridade: Com liberdade ilimitada não há ordem, e com autoridade plena à restrições de direitos fundamentais do indivíduo. Deve haver um equilíbrio para manter a ordem e garantir os direitos fundamentais.
Estado e Nação (itens 68 a 71) 
Cronologia da utilização do conceito de NAÇÃO: 
 - Século XVIII: Levar a burguesia à conquista do poder político. (Luta contra a monarquia) 
- Após Revolução Americana e Revolução Francesa: Nação = Estado. 
- Século XIX: Motivação para a corrida imperialista. 
- Século XX: Justifica a causa de inúmeras guerras, inclusive as duas guerras mundiais. 
Diferenças entre Sociedade (Estado) e Comunidade (Nação) 
- Sociedade possui uma finalidade; manifestações de conjunto ordenadas e poder social.
- Comunidade não possui finalidade além da sua própria preservação; são guiados por sentimentos comuns entre seus membros e não há poder social, apenas centros de influência.
Nada impede que uma comunidade se torne uma sociedade, entretanto ela continua sendo uma comunidade. 
Como atualmente os Estados são plurinacionais, é necessário criar condições para a convivência harmônica das comunidades, ou proibir discriminações para manter a ordem. 
Quando um indivíduo deixar de ser vinculado a um Estado e liga-se a outro, ocorre troca de cidadania, não de nacionalidade. Entretanto, este indivíduo terá direitos políticos limitados pois a mudança de cidadania não significa sua integração comunitária. 
Mudanças do Estado por Reforma e Revolução (itens 72 a 74)
É necessário para que o Estado compatibilize sua preservação com os desejos e necessidades da sociedade três medidas qualificadas: 
- O direito reflita a realidade social;
- O Estado aceite os conflitos de opiniões e de interesses como fatos normais;
- O Estado considere a multiplicidade de valores que convivem em qualidade meio social. 
REFORMA: Evolução natural e progressiva das ideias e dos costumes, acompanhada da constante adaptação do Estado às novas condições de vida social. 
REVOLUÇÃO: Restauração dos mecanismos de adaptação das exigências da realidade social, quando ocorre uma rigidez institucional que impeça a integração dos novos fatores de influência. 
É o abatimento de uma ordenação jurídica para a implantação de uma nova, através de meio ilegal, do ponto de vista jurídico. 
Em determinadas circunstâncias a revolução pode ser justificada como uma exigência do próprio direito, quando atender a três requisitos: 
Legitimidade: Tendo sua real necessidade.
Utilidade: Deve ser eficaz e apropriada, capaz de atingir os objetivos almejados.
Proporcionalidade: Não deve acarretar males maiores do que aqueles que se pretende corrigir.
Capítulo IV – Estado e Governo
Estado Moderno e Democracia (itens 75 a 78)
Ideia moderna de um Estado Democrático: Raízes no século XVIII, com a afirmação dos valores fundamentais da pessoa humana. É também um ideal supremo.
- Se baseia na noção de governo do povo. Se relaciona com a democracia da Grécia Antiga no que diz respeito à noção de governo do povo, mas diverge quanto a noção de quem é povo.
Aristóteles: “A virtude política, que é a sabedoria para mandar e obedecer, só pertence àqueles que não têm necessidade de trabalhar para viver.”
Nascimento do Estado Democrático: Nasce das lutas contra o absolutismo, através da afirmação dos direitos naturais da pessoa humana.
Três grandes movimentos político-sociais colaboraram para o crescimento do Estado Democrático:
- Revolução Inglesa: Limitação do poder absoluto dos monarcas e a influência do protestantismo;
- Revolução Americana: Luta contra o absolutismo, influência protestante e a conquista da independência. Ideias de democracia e não-intervenção do Estado.
- Revolução Francesa: Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789: Direitos fundamentais: Liberdade, propriedade, segurança e resistência à opressão.
Princípios fundamentais do Estado:
Supremacia da vontade popular: Participação popular no governo.
Preservação da liberdade: Não-interferência do Estado.
Igualdade de direitos: Independente da situação do cidadão.
Democracia Direta e Semidireta (Itens 79 a 81)
- Necessidade do Estado Democrático em estabelecer meios para que o povo possa externar sua vontade. Atualmente a regra são colégios eleitorais e as decisões de interesse público são feitas pelo poder legislativo.
Democracia Direta: Pronunciamento direito do povo. É inviável no mundo atual, só podendo ocorrer em colégios eleitorais muito restritos. Só existe Democracia Direta em alguns Cantões Suíços: Glaris, Unterwalden e Appenzell, através da Landsgemeinde.
Landsgemeinde: Trata-se de uma assembleia, aberta a todos os cidadãos do Cantão que possuam o direito de votar.
Pontos Negativos da Landsgemeinde
- Acontece apenas em Cantões suíços menos populosos
- Limita-se apenas a aprovar ou desaprovar o que foi estabelecido pelo Conselho cantonal eletivo.
- Quando aparecer problemas técnicos ou jurídicos, a assembleia não é apta para a resolução dessas situações.
Democracia Semidireta: Institutos não dão ao povo a possibilidade de ampla discussão antes da deliberação, embora estes institutos sejam considerados por alguns autores como característicos da democracia direta. São eles: O referendum, o plebiscito, a iniciativa, o veto popular e o recall.
Referendum: Consulta à opinião pública para a introdução de um projeto de lei que afeta um interesse de público relevante. Pode ser obrigatório ou facultativo.
PL > Legislativo (votação) > Aprovação > Consulta da opinião pública > Referendar ou não.
Plebiscito: Consulta prévia à opinião popular.
Plebiscito > Consulta da OpiniãoPública. Se sim, ocorre o PL e votação pelo legislativo.
Iniciativa Popular: Quando determinado número de eleitores propõem uma emenda constitucional ou projeto de lei (PL). No Brasil a iniciativa popular para a implementação de leis ordinárias/complementares. O Legislativo não pode rejeitar o PL. No âmbito Federal, deve haver 1% dos eleitores, de pelo menos cinco estados. No âmbito estadual, é definido pela lei de cada estado. No município deve haver 5% do eleitorado.
Veto Popular: Após a aprovação de um PL pelo Legislativo há um prazo, geralmente de 60 a 90 dias, para o requerimento da aprovação popular. Se for rejeitada pela população, o PL é suspenso até as próximas eleições, quando será decidida sua vigência pelo novo eleitorado. Não acontece no Brasil.
Recall: - Revoga a eleição de um legislador ou funcionário eletivo: Determinado número de eleitores requerem a consulta à opinião do eleitorado e depositam dinheiro para o Estado. Caso a maioria decida pela revogação, esta se efetiva. Caso não ocorra, perdem o dinheiro para o Estado.
- Reforma decisão judicial sobre constitucionalidade: Quando uma decisão de Juíz ou Tribunal é feita alegando que a lei não é considerada constitucional, a maioria do eleitorado pode reverter esta decisão. Ocorre raramente, e o Estados não implementam este instituto para não ficarem sujeitos a seus efeitos.
No Brasil, segundo a CF, artigo 14, só ocorre referendum, plebiscito e iniciativa popular. Entretanto, por acarretar grandes gastos o referendum e o plebiscito não ocorrem com muita frequência.
Democracia Representativa e Representação Política (Itens 82 a 87)
Democracia Representativa: Surge a partir da impossibilidade da democracia direta e das limitações da democracia semidireta. Na democracia representativa o povo elege representantes que externam suas vontades em nome dos cidadãos.
Conceito de Mandato: Contrato pelo qual o mandante (eleitor), constitui a outrem seu mandatário (eleito), investindo-o poderes para executar um ou mais de um ato jurídico.
Características do Mandato:
- O mandatário toma decisões em nome de todos os cidadãos;
- O mandato não confere a determinados eleitores;
- O mandatário possui autonomia e independência para tomar suas decisões, e estas obrigam até mesmo quem se opõem a elas;
- O mandato possui caráter geral (Mandatário pode exercer todos os poderes de seu cargo);
- O mandatário não possui obrigação de explicar os motivos pelo qual tomou alguma decisão;
- O mandato é irrevogável, em regra, por possuir prazo determinado. A exceção é o recall.
Democracia Participativa: Possibilidade de intervenção direta dos cidadãos nos procedimentos de tomada de decisão e de controle do exercício do poder. Seus defensores argumentam que o real sentindo da palavra democracia foi esvaziado ao longo dos tempos, e foi reduzida a mera escolha de dirigentes. Um exemplo: Orçamento participativo. 
Representação Política: O problema da escolha de representantes gerou a formação de grupos de opinião (Partidos). 
Nascimento e Significado de Partido: Não está claro quando o termo partido surgiu. Partidos são instituições que desempenham o papel de conquistar o poder político e exercê-lo. O sentido moderno dos partidos políticos só surgem a partir de 1850, sendo incorporados à vida constitucional.
Oposição Política: Surge o termo em 1680, considerando que os adversários do governo não são inimigos do Estado e os opositores não são traidores ou subversivos.
Classificação de Facções – Por David Hume (1741)
Pessoais: Baseadas em amizade pessoal ou animosidades entre os membros do partido.
Reais: Fundadas entre diferenças reais de sentimentos ou interesses. São três tipos:
 - Interesses;
 - Afeição: Baseadas nas ligações dos homens; 
 - Princípio: Baseadas em um princípio abstrato especulativo.
Os partidos fundados em princípios foram os que mais se desenvolveram, absorvendo os grupos de interesses.
A extrema variedade de partidos torna bastante difícil a formulação de um conceito de validade universal.
Organização interna dos partidos
- Partidos de quadros: Focam na qualidade de seus membros, buscando atrair pessoas notáveis e mais abastadas que possam influir positivamente no prestígio do partido.
- Partido de massas: Focam em buscar o maior número possível de adeptos, dando base para os indivíduos de classes sociais mais baixas aspirarem às posições de governo.
Organização Externa – Sistema de Partidos
 - Sistemas de partido único: Debates políticos travados dentro de apenas um partido político. Com a liberdade de expressão, dificilmente esse sistema vigora. Um sistema considerado pluripartidário, onde só um partido prevalece no poder, é na realidade um sistema unipartidário disfarçado. 
 - Sistema bipartidário: Existência de dois grandes partidos que se alternam no poder, como acontece na Inglaterra e nos Estados Unidos. O que caracteriza este sistema são: a predominância de dois grandes partidos no poder e a verificação de que a maioria do eleitorado se concentra em duas grandes correntes de opinião. 
 -Sistema pluripartidário: Existência de vários partidos igualmente dotados da possibilidade de predominar sobre os demais. 
Âmbito da atuação dos partidos 
Vocação Universal: Relação de unidade de princípios e de métodos de ação entre membros de partidos de Estados diferentes. Exemplo: Partidos Comunistas. 
 Nacionais: Adeptos em número considerável em todo o território do Estado. 
Regionais: Atuação se limita a determinada região do Estado. 
Locais: Atuam em âmbito municipal.
Pontos Positivos – Partidos:
 - Prevalecimento no Estado da vontade social preponderante; 
 - Facilita a identificação das correntes de opinião. 
 Pontos Negativos – Partidos:
 - O povo não tem condições para se orientar em função de ideias e não se sensibiliza por debates em torno de opções abstratas; 
 - Interesses que determinam o comportamento do eleitorado, ficando em plano secundário a identificação do partido com determinadas ideias políticas; 
 - Os partidos são meros instrumentos para a conquista do poder, 
 - Partidos tiram a capacidade de seleção de candidatos à eleição.
Em conclusão, os partidos políticos poderão ser úteis, apresentando mais aspectos positivos que negativos, desde que sejam autênticos.

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