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RESUMÃO TÓPICOS PRINCIPAIS PR1 ADM

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RESUMÃO TÓPICOS PRINCIPAIS PR1 ADM
Aula 1: Saúde e proteção social
- direitos sociais exigem obrigações positivas para o estado com implantação de redes de serviços sociais
- proteção social = proteger os indivíduos de riscos inerentes à vida humana e/ou assistir em necessidades geradas; os sistemas de proteção social surgiram na necessidade coletiva de neutralizar ou reduzir o impacto de determinados riscos sobre o indivíduo e a sociedade: doença, velhice, invalidez, desemprego e exclusão (raça, cultura, etc.). As ações constituintes da proteção social são distribuição de bens e recursos em: ASSISTÊNCIA SOCIAL (por camadas da população), SEGURO SOCIAL (distribuição por categorias ocupacionais específicas) e SEGURIDADE SOCIAL ( distribuição a todos os cidadãos em determinada unidade territorial).
- política social = atribuição, definida politicamente, de direitos e deveres legais dos cidadãos
Aula 2: Sistema de saúde brasileiro: trajetória institucional e agenda 
-diferentes sistemas de saúde diferentes visões sobre cidadania; em alguns países a saúde é um direito dos cidadãos, em outros, é um benefício, e em outros é um serviço a quem pode comprar;
-tipos de sistemas de acordo com regimes: 
		- Sistema de saúde público – saúde como direito regime social democrata
		- Sistema de saúde semi-público – saúde como benefício regime conservador ou seguro social
		- Sistema de saúde privado –saúde como serviço comprado regime liberal
- setor de saúde, envolve: compradores de serviço, prestadores ou vendedores de serviço, aparelho de formação de recursos humanos, indústria, comércio;
- custo da saúde: despesas crescentes com tecnologia e envelhecimento da população; é o médico que determina a demanda por serviços, via prescrições; prática crescente ‘medicina defensiva’ (processos judiciais)
-Cidadania e Saúde no Brasil Períodos e eventos marcantes:
Até 1930: modelo biomédico se institucionaliza como padrão; desenvolvimento do chamado “sanitarismo” e CAPs – O Estado começa a assumir a política de saúde;
De 1930 a 1966: organização de serviços verticais e centralizados (contra os quais o SUS se voltarão); seguro social (IAPs) – Extensão da política de saúde pública;
De 1966 a 1988: seguro social unificado (INPS) x ações preventivas do Ministério da Saúde – fortalece-se o dualismo institucional: assistência versus saúde pública;
A partir de 1988: sistema público de acesso universal (SUS) – construção da universalização.
-A reforma do Estado Brasileiro e as primeiras ações de Saúde Pública:
	-Após a chegada da família real(1808) maior preocupação era a saúde da cidade e do produto; a assistência ao trabalhador era uma consequência política; era mais importante afastar o doente dos outros do que a cura em si – ex: quarentena;
	-Proclamação da República (1889) políticas de saúde ganham espaço: epidemias entre trabalhadores prejudicando crescimento da economia; 1897: criação da diretoria geral de saúde pública (DGSP) incentivando as pesquisas e criação de instituições específicas de pesquisas – ex: instituto soroterápico (depois chamada fiocruz)
	-1ª Fase do movimento sanitarista 1902 a 1909 - ações de saneamento básico e combate à algumas doenças epidêmicas (febre amarela, peste bubônica e varíola); Oswaldo cruz: DESINFECÇÃO, ATUAÇÃO DA POLÍCIA SANITÁRIA E CAMPANHA DE VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA REVOLTA DA VACINA; Nessa época ainda se realizava isolamento de doentes (nos hospitais gerais – matadouros); em 1907 a febre amarela foi erradicada no Rio e Belém;
	-2ª Fase do movimento sanitarista 1910 a 1920 – FOCO NO SANEAMENTO RURAL E NO COMBATE À 3 ENDEMIAS RURAIS (ancilostomíase, malária e chagas); expedições pelo país; CRIAÇÃO DA DIRETORIA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - REFORÇA O PAPEL DO GOVERNO NA VERTICALIZAÇÃO DAS AÇÕES. O DIREITO À SAÚDE INTEGRAL AINDA NÃO ERA UMA PREOCUPAÇÃO DOS GOVERNANTES E NÃO HAVIA INTERESSE NA DEFINIÇÃO DE UMA POLÍTICA AMPLA DE PROTEÇÃO SOCIAL
	-‘Cidadania Regulada’ e Direito à Saúde revoltas populares, movimentos anarquistas e comunistas PRESSIONAVAM O GOVERNO POR AÇÕES MAIS EFETIVAS DO ESTADO NA ATENÇÃO À SAÚDE. 1923 – ELOY CHAVES – LEI QUE REGULAMENTOU A CRIAÇÃO DAS CAIXAS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES (CAPS) PARA ALGUMAS ORGANIZAÇÕES TRABALHISTAS LIGADAS À PRODUÇÃO EXPORTADORA (ex: ferroviários, maritmos). O ESTADO NÃO CONTRIBUÍA FINACEIRAMENTE NEM TINHA RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA NESTAS CAIXAS. DEPOIS HOUVE A CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA (MESP) E MINISTÉRIO DO TRABALHO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO (MTIC); LOGO, HAVIA NESSA ÉPOCA 2 POLÍTCAS SOCIAIS: A ASSISTÊNCIA MÉDICA INDIVIDUAL PREVIDENCIÁRIA OFERECIDA PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO INDÚSTRIA E COMÉRCIO E AÇOES PREVENTIVAS DE SAÚDE PÚBLICA OFERECIDAS PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA;
	-Governo Vargas EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS; CRIAÇÃO DE INSTITUTOS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES (IAP) – AMPLIANDO O PAPEL DAS CAP (CAIXAS DE APOSENTADORIA E PENSÃO DOS INSTITUTOS MARÍTIMOS ETC). NO CASO DOS IAP, DIFERENTE DOS CAP, O ESTADO PARTICIPA DO CONTROLE E FINANCIAMENTO! E OS TRABALHADORES CONTRIBUEM TAMBÉM PARA SEUS RESPECTIVOS IAP. NO ENTANTO, MESMO COM OS CAP, GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO AINDA ESTAVA EXCLUÍDA DO SISTEMA DE PROTEÇÃO, POIS OS BENEFÍCIOS ERAM DE ACORDO COM A CATEGORIA PROFISSIONAL. O SISTEMA MANTINHA DESIGUALDADE MESMO ENTRE OS TRABALHADORES.
	-Anos 50 ACELERAÇÃO DA INDUSTRIALIZAÇÃO, GERANDO PÓLOS DE ECONOMIA EM CENTROS URBANOS, ONDE A MASSA OPERÁRIA NECESSITAVA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. SURGIRAM ENTÃO OS CONVÊNIOS EMPRESA! NESSA ÉPOCA TAMBÉM SURGIRAM GRANDES HOSPITAIS COM TECNOLOGIA DE ÚLTIMA GERAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO; LOGO O MODELO DA ÉPOCA ERA O BASEADO EM HOSPITAIS E ESPECIALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA, O QUE ERA MAIS CARO (LEMBRA O RELATÓRIO DE FLEXNER); 
	-Pós-guerra PESSOAS PASSAM A VIVER MAIS TEMPO, E CONSEQUENTEMENTE AUMENTA PESSOAS COM DOENÇAS COMPLEXAS DA MODERNIDADE; NO MUNDO: WELFARE STATE; NO BRASIL: IDEOLOGIA DO SANITARISMO DESENVOLVIMENTISTA QUE EVIDENCIA A RELAÇÃO POBREZA-DOENÇA-SUBDESENVOLVIMENTO; 1953: CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE!!! 1956: CRIAÇÃO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE ENDEMIAS RURAIS (DENERU). A SAÚDE PASSA A MOBILIZAR GRANDE QUANTIDADE DE RECURSOS E TORNA-SE UM VALIOSO INSTRUMENTO DO ESTADO.
	-Golpe militar ÊNFASE NA ASSISTÊNCIA MÉDICA, CRESCIMENTO PROGRESSIVO DO SETOR PRIVADO E ABRANGÊNCIA DE PARCELAS SOCIAIS NO SITEMA PREVIDENCIÁRIO; 1966: UNIFICAÇÃO E UNIFORMIZAÇÃO DOS IAP (INSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÃO – POR CATEGORIA DE TRABALHO) INPS (INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL), AMPLIANDO O IAP, COM INCLUSÃO DE NOVAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS NO SISTEMA EM 1970 – TRABALHADORES RURAIS, EMPREGADAS DOMÉSTICAS E AUTÔNOMOS; AUMENTO DA PROCURA POR SERVIÇOS DE SAÚDE E AUMENTO DOS GASTOS COM SAÚDE, DE MODO QUE O ESTADO CONTRATAVA SERVIÇOS PRIVADOS; MAS MUITOS AINDA NÃO TINHAM DIREITO À ATENÇÃO À SAÚDE – AS PESSOAS LEVAVAM SEUS CARNES DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA E CARTEIRAS DE TRABALHO PARA SEREM ATENDIDAS.
	-1968 – 1974 INVESTIMENTO PRECÁRIO NA SAÚDE PÚBLICA; DOENÇAS ERRADICADAS VOLTARAM; AUMENTO DA POBRESA E DESIGUALDADES SOCIAIS; FIM DA DITADURA E FORTALECIMENTO DO MOVIMENTO SANITÁRIO.
	
-Criação do INAMPS 
*1976: CRIAÇÃO DO PROGRAMA DE INTERIORIZAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE E SANEAMENTO (PIASS) = PRIMEEEEEIRA MEDIDA DE UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À SAÚDE!!!!! 
*1977: CRIAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL – ARTICULAÇÃO ENTRE SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA (MPAS) 
*E CRIAÇÃO DO INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (INAMPS); 
*outras medidas:
 PROGRAMA DE AÇÕES INTEGRADAS (PAIS) – posteriormente chamado de AIS: ações integradas em saúde - AÇÃO MAIS IMPORTANTE PARA UNIVERSALIZAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE!!! - integração e racionalização dos serviços públicos e articulação destes com a rede conveniada e contratada; 
PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA INTEGRADA (POI) – INTEGRAR RECURSOS DOS INAMPS E DOS SERVIÇOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS
PRA: PROGRAMA DE RACIONALIZAÇÃOAMBULATORIAL – HIERARQUIA ENTRE OS PAM E CONSULTÓRIOS E LABORATÓRIOS PRIVADOS E CREDENCIADOS.
SISTEMA DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR DA PREVIDÊNCIA SOCIAL- CONTROLE DOS RECURSOS PARA O SETOR PRIVADO - AUTORIZAÇÃO PARA INTERNAÇÃO HOSPITALAR (AIH) COM FINALIDADE DE CONTROLAR AS INTERNAÇÕES E AS FRAUDES. PASSA A SER UTILIZADA NO SETOR PÚBLICO A PARTIR DE 1991.
-1986 - VIII Conferência Nacional de Saúde: O MINISTÉRIO DA SAÚDE CONVOCA TÉCNICOS, GESTORES DE SAÚDE E USUÁRIOS PARA DISCUTIR A REFORMA DO SISTEMA DE SAÚDE!!!
SAÚDE COMO DIREITO
ESTADOCONDIÇÕES DIGNAS DE VIDA E ACESSO UNIVERSAAAAAL E IGUALITÁÁÁÁRIOS ÀS AÇÕES E SERVIÇOS DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE, EM TODOS OS NÍVEIS, A TODOS OS CIDADÃOS!!!
A GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DAS AÇÕES DE SAÚDE DEVE SER DESCENTRALIZADA PARA ESTADOS E MUNICÍPIOS;
O ESTADO DEVE PROMOVER A PARTICIPAÇÃO SOCIAL E O CONTROLE SOCIAL DAS AÇÕES DE SAÚDE
-SUDS
 	-APÓS A XVIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, FOI CRIADO O SISTEMA ÚNICO E DESCENTRALIZADO DE SAÚDE, O SUDS!
	- DESSA FORMA, O INAMPS (INSTITUTO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL) DEIXA DE ATUAR COMO O ÓRGÃO DE EXECUÇÃO DIRETA DAS AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE, REPASSANDO ESTAS ATRIBUIÇÕES AOS GOVERNOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS!!
- EM 1988 OCORREU A LEGALIZAÇÃO DO SUS!! COM RESSALVAS: MELHOR DEFINIÇÃO DO FIANCIAMENTO DO SETOR; REGULAÇÃO DO SETOR PRIVADO.
Aula 3: Sistema de saúde: regionalização, organização dos serviços em redes integradas e o papel da estratégia de saúde da família (ESF)
- Origem: formação médica e organização dos sistemas de saúde: 
-Relatórios de Flexner x Dawson: 
*Flexner - dá ênfase ao Bilogismo, mecanicismo, especialização, ênfase na cura, individualismo, tecnificação, hospitalocentrismo; O relatório analisou o ensino médico nos EUA e no Canadá. Suas conclusões enfatizavam: Atenção individual e curativa; Conhecimento altamente especializado;Importância dos hospitais na formação
*Dawson - dá ênfase à atenção integral, organização em rede dos serviços, articulação entre os níveis de complexidade de atenção, regiões de saúde, atenção primária como base. Regiões de saúde, com ações e serviços organizados com base nas necessidades da população; Três níveis de complexidade: Primário (ações preventivas e curativas); Secundário (atenção ambulatorial especializada); Terciário (hospitais);Interligação entre os níveis de atenção para assegurar a continuidade de atenção;Gestão regional autônoma das ações e serviços.
-Alma ata: 
Conferência internacional sobre atenção primária – URSS- 1978 – primeira declaração internacional que despertou e enfatizou a importância da atenção primária em saúde; enfatizou saúde como completo bem estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidades!! DEFENDEM A SAÚDE COMO DIREITO FUNDAMENTAL, e como a principal meta de todos os governos; mostrou a interferência da desigualdade social nas políticas de saúde- defendendo cooperação como direito e dever de todos, individual e coletivamente; Reafirmou a responsabilidade de todos os governos pela promoção de saúde, em prol da igualdade social.
- Constituição Federal - 05 de outubro de 1988: -ANO DE CRIAÇÃO DO SUS
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
-SILOS – SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE:
	EM 1989 A OMS LANÇOU UMA PROPOSTA DE REORGANIZAÇÃO DOS SITEMAS DE SAÚDE DAS AMÉRICAS (OPAS) POR MEIO DA CRIAÇÃO DE SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE, Os SILOS, QUE DECORRIAM DA RESOLUÇÃO DA XXII CONFERÊNCIA SANITÁRIA PANAMERICANA DE 1986. ESSA PROPOSTA ERA BASICAMENTE FUNDAMENTADA NO RELAÓTIO DE DAWNSON.
A BASE DOS SILOS- SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE- ERA A DIVISÃO TERRITORIAL COM FINALIDADE DE ORGANIZAR OS SISTEMAS DE SAÚDE TOMANDO POR BASE A EPIDEMIOLOGIA LOCAL, REALIZANDO UM PLANEJAMENTO PARA ORGANIZAR OS SERVIÇOS DE SAÚDE DO TERRITÓRIO; 
A ORGANIZAÇÃO SE DÁ POR MEIO DE TRÊS NÍVEIS DE ATENÇÃO: PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO, E TERCIÁRIO, NO QUAL O PRIMEIRO CONTATO DOS USUÁRIOS DEVERIA SER POR MEIO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA, QUE TERIA INTEROCUÇÃO COM OS DEMAIS NÍVEIS. PARA DESENVOLVER ESSE PAPEL, O SILOS PROPÕE PROFISSIONAIS GENERALISTAS (MÉDICOS GENERALISTAS E ENFERMEIROS).
VÁRIOS PAÍSES DAS AMÉRICAS, PRINCIPALMENTE CENTRAL E SUL, PASSARAM A USAR AS PROPOSTAS DO SILOS COMO FORMA DE REORGANIZAR OS SERVIÇOS DE SAÚDE, DESCENTRALIZANDO E HIERARQUIZANDO O SISTEMA DE SAÚDE.
PREMISSAS NECESSÁRIAS PARA IMPLANTAÇÃO DO SILOS (SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE):
CONHECIMENTO EPIDEMIOLÓGICO
INVENTÁRIO ATUALIZADO DE RECURSOS
CONSENSO SOCIAL SOBRE PRIORIDADES
CONHECIMENTO E CONTROLE SOBRE A ACESSIBILIDADE ÀS AÇÕES DE SERVIÇOS
FORMAÇÃO ADEQUADA DE RECURSOS HUMANOS
MECANISMOS DE PLANEJAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO
-PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS QUE PERPASSAM A ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS EM REDES INTEGRADAS:
UNIVERSALIDADE: GARANTIA DE ATENÇÃO À SAÚDE A TODO E QUALQUER CIDADÃO
EQUIDADE: ASSEGURAR AÇÕES E SERVIÇOS DE TODOS OS NÍVEIS DE ACORDO COM A COMPLEXIDADE QUE CADA CASO REQUER; TODO CIDADÃO É IGUAL PERANTE AO SUS, ATENDIDO CONFORME SUAS NECESSIDADES ATÉ O LIMITE QUE O SISTEMA PODE OFERECER
INTEGRALIDADE: AÇÕES DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE FORMAM UM TODO INDIVISÍVEL, CONFIGURANDO UM SISTEMA CAPAZ DE PRESTAR ASSISTÊNCIA INTEGRAL
DESCENTRALIZAÇÃO: POLÍTICO ADMINISTRATIVA, COM DIREÇÃO ÚNICA EM CADA ESFERA DE GOVERNO; DESCENTRALIZAÇÃO PARA MUNICÍPIOS; REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE; O BRASIL É O ÚNICO PAÍS NO MUNDO QUE COLOCOU A BASE DE ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS NA ESFERA LOCAL OU MUNICIPAL. 
REGIONALIZAÇÃO: A POPULAÇÃO DEVE ESTAR VINCULADA A UMA REDE DE SERVIÇOS HIERARQUIZADOS, ORGANIZADOS POR REGIÃO, COM ÁREA GEOGRÁFICA DEFINIDA. É UM PROCESSO DE ARTICULAÇÃO ENTRE OS SERVIÇOS EXISTENTES, COM COMANDO UNIFICADO. A OFERTA DE SERVIÇOS DEVE SER PLANEJADA DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS
HIERARQUIZAÇÃO: OS SERVIÇOES DEVEM SER ORGANIZADOS EM NÍVEIS DE COMPLEXIDADE CRESCENTE. ALÉM DE DIVIDIR OS SERVIÇOES EM NÍVEIS DE ATENÇÃO, DEVE INCORPORAR OS FLUXOS DE ENCAMINHAMENTO (REFERÊNCIA) E DE RETORNOS DE INFORMAÇÕES (CONTRA-REFERÊNCIA).
RESOLUBILIDADE: É A EXIGÊNCIA DE QUE QUANDO UM INDIVÍDUO BUSCA O ATENDIMENTO OU QUANDO SURGE UM PROBLEMA DE IMPACTO COLETIVO SOBRE A SAÚDE, O SERVIÇO CORRESPONDENTE ESTEJA CAPACITADO PARA ENFRENTÁ-LO E RESOLVÊ-LO ATÉ O NÍVEL DA SUA COMPETÊNCIA
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE: É A GARANTIA CONSTITUCIONAL DE QUE A POPULAÇÃO, ATRAVÉS DE SUAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, PARTICIPARÁ DO PROCESSO DE FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE E DO CONTROLE DA SUA EXECUÇÃO, EM TODOS OS NÍVEIS DESDE O FEDRERAL ATÉ O LOCAL;
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO: QUANDO POR INSUFICIÊNCIA DO SETOR PÚBLICO. A CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS PRIVADOS DEVE DAR PREFERENCIA AOS SERVIÇOS NÃO LUCRATIVOS.
-REGIONALIZAÇÃO E REDES DE SERVIÇOS DE SAÚDE
 	*BASES LEGAIS DA REGIONALIZAÇÃO:
-LOS: LEI ORGÂNICA DA SAÚDE (8080) -> ESTABELECE DIREÇÃO ÚNICA DE CADA ESFERA DE GOVERNO (MINISTRO DA SAÚDE NA ESFERA FEDERAL, SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE NA ESFERA ESTADUAL, E SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE NA ESFERA MUNICIPAL)O ARTIGO 7 DA LOS REAFIRMA AS DIRETRIZES NO ARTIGO 198 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DEFINE COMPETÊNCIAS FRENTE À CRIAÇÃO DE REDES REGIONALIZADAS E HIERARQUIZADAS DE SAÚDE, NAS QUAIS A DIREÇÃO MUNICIPAL DO SUS DEVE PARTICIPAR DO PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO, EM ARTICULAÇÃO COM SUA DIREÇÃO ESTADUAL.
OBS: A direção única não visa apenas coibir que na mesma esfera de governo haja o compartilhamento da direção de serviços de saúde com outros órgãos do mesmo governo. Ela também tem expressão territorial, ou seja, visa impedir que no mesmo território haja vários dirigentes da saúde, de diversas esferas de governo, executando serviços de forma desarticulada, desordenada, sem a necessária integração de que falam o artigo 198 da Constituição (rede regionalizada e hierarquizada) e o artigo 7, XI, da LOS.
O princípio que deve ser perseguido é o da unificação das ações e serviços de saúde de todos os entes governamentais em redes de serviços, sendo o comando político, em cada esfera de governo, de um único dirigente. Na saúde, os pactos firmados entre seus dirigentes, consubstanciados em instrumento jurídico competente, devem ser a base da organização regionalizada e referenciada do sistema e orientar, também, a elaboração do plano de saúde" (Sistema Único de Saúde: Comentários a Lei Orgânica da Saúde (Leis 8.080/90 e 8.142/90) / Guido Ivan de Carvalho e Lenir Santos. – 4ª ed. rev. e atual. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2006. pág. 87-89).
-ELEMENTOS QUE VIABILIZARAM A OPERACIONALIDADE DAS REDES DE SERVIÇOS, OBJETIVANDO A CONTINUIDADE DO CUIDADO: NOBs e NOAs
	*NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOBs):
-NOB 93: DEFINE CRITÉRIOS PARA HABILITAÇÃO DOS MUNICÍPIOS SEGUNDO CONDIÇÕES DE GESTÃO (incipiente, parcial, ou semiplena condição de gestão); PACTUAÇÃO DE RECURSOS SEGUNDO CRITÉRIOS DEFINIDOS NAS COMISSÕES INTERGESTORES (tripartite – entre gestores das 3 esferas; ou bipartite – entre gestores da esfera estadual e municipal); INÍCIO DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDO NACIONAL DE SAÚDE AOS FUNDOS MUNICIPAIS DE SAÚDE; SÃO HABILITADOS POR TAIS CRITÉRIOS 3127 MUNICÍPIOS.
-NOB 96: REDEFINE AS CONDIÇÕES DE GESTÃO: PARA OS MUNICÍPIOS: - GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA E GESTÃO PLENA DO SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE; PARA OS ESTADOS – GESTÃO AVANÇADA E GESTÃO PLENA DO SITEMA ESTADUAL; PAB FIXO/VARIÁVEL; PPI
Obs: 
-Fluxos de recursos (piso de atenção básica - PAB):
PAB Fixo: calculo baseado em um valor per capita multiplicado pelo número da população;
PAB Variável: estimulo financeiro à programas:
Programa de Agentes Comunitários
Programa de Saúde da Família
Programa de Saúde Bucal
Programa de Combate as Carências Nutricionais
Ações básicas de vigilância sanitária
Ações básicas de Vigilância Epidemiológica e ambiental
Dentre outras
- Programação Pactuada e Integrada - PPI
A PPI envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo. Essa Programação traduz as responsabilidades de cada município com a garantia de acesso da população aos serviços de saúde, quer pela oferta existente no próprio município, quer pelo encaminhamento a outros municípios, sempre por intermédio de relações entre gestores municipais, mediadas pelo gestor estadual.
	*NORMAS OPERACIONAIS DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE:
		-NOAS SUS 2001 E 2002: 
1- ESTABELECEM O PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO: 
DEFINEM AS MICRO E MACRORREGIÕES; 
PLANOS DIRETORES DE REGIONALIZAÇÃO (PDR);
PLANO DIRETOR DE INVESTIMENTO (PDI);
2- AMPLIAM AS RESPONSABILIDADES DOS MUNICÍPIOS NA ATENÇÃO BÁSICA (PAB AMPLIADO)
3- FORTALECEM A CAPACIDADE DE GESTÃO DO SUS;
4- ESTABELECEM CRITÉRIOS PARA DESABILITAÇÃO
PONTOS CENTRAIS DA NOAS:
	A NOAS SUS 01/2001 tinha por objetivo “promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços em todos os níveis de complexidade”;
	A NOAS SUS 01/2001 considerou a regionalização e a organização do sistema como elementos fundamentais para o avanço da descentralização e da integração de sistemas municipais;
	A macro estratégia de regionalização deverá contemplar uma lógica de planejamento integrado de maneira a conformar sistemas funcionais de saúde;
	Para dar conta desses objetivos: elenco de procedimentos básicos e de média complexidade e ratificou o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços e de busca de maior equidade. 
-PACTO PELA SAÚDE (2006)
FOI REALIZADO UM PACTO DE RESPONSABILIDADES ENTRE OS GESTORES NO CAMPO DA GESTÃO DO SISTEMA DE SAÚDE DAS 3 ESFERAS DE GOVERNO, OU SEJA, ENTRE O MINISTÉRIO DA SAÚDE ( GESTOR FEDERAL), O CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE (GESTOR ESTADUAL - CONASS), E O CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE (GESTOR MUNICIPAL – CONASEMS).
I. Pacto pela Vida; II. Pacto em Defesa do SUS; III. Pacto de Gestão(Diretrizes para a Gestão do SUS + Regionalização). 
-REGIÃO DE SAÚDE:
-DIVISÃO DE TRABALHO ENTRE OS NÍVEIS DE ATENÇÃO: 85% do trabalho se concentra na atenção primária; 14% na atenção secundária e 1% na atenção terciária.
-COMPLEXIDADE DOS NÍVEIS DE ATENÇÃO:
Observa-se que quanto maior o nível de complexidade, maiores são os custos com procedimentos, maior a especialização exigida, maior a gravidade dos casos, maior a densidade tecnológica necessária.
Aula 4: Organização e regulação dos serviços em rede
- Aspectos que devem ser ressaltados no planejamento:
	
- Instrumentos de planejamento: 
1- Agenda de saúde – é o início do planejamento, etapa inicial de implantação da norma operacional de assistência em saúde NOAS(estabelecimento das micro e macrorregiões, planos diretores de investimento e regionalização etc); destaca e define as prioridades de intervenção e os objetivos, metas... ordem de execução: federalestadualmunicipal; realizada ANUALMENTE.
2- Planos de saúde – planos elaborados DE 4 EM 4 ANOS; são documentos de intenções políticas, estratégias, prioridades... devem ser submetidos na íntegra aos conselhos de saúde correspondentes em cada nível de gestão do SUS.
3- Quadros de metas – há o nacional, o estadual e o municipal; são partes integrantes dos planos de saúde, e devem conter os indicadores e as metas prioritárias de cada esfera de governo de CADA ANO.
4- Planos Plurianuais – PPA - lei do plano plurianual, que É EDITADA A CADA QUATRO ANOS, e determina as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para um período de quatro anos,
5- Leis de Diretrizes Orçamentárias – LDO - estabelecem de forma antecipada as diretrizes e as prioridades de gastos que devem orientar a elaboração da lei orçamentária anual (LOA) do ano seguinte; as diretrizes estabelecidas na LDO correspondem a uma parte do que foi definido para o plano plurianual (PPA), restrita a um ano específico; é de competência do poder executivo, que deve encaminhá-lo para o respectivo poder legislativo para aprovação; ANUAL.
6- Lei Orçamentária Anual - é o instrumento de planejamento que estima as receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro; ela viabiliza os objetivos dos programas através do planejamento na alocação de recursos.
AGENDA DE SAÚDE: ETAPA INICIAL DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA NOAS 2002
É CONSTRUÍDA EM UM PERCURSO FEDERALESTADUALMUNICIPAL
É REALIZADA ANUALMENTE
DEVE DESTACAR E JUSTIFICAR AS PRIORIDADES DE INTERVENÇÃO, OS OBJETIVOS, OS INDICADORES E AS METAS PRIORITÁRIAS DA POLÍTICA DE SAÚDE EM CADA ESFERA DE GOVERNO. 
PLANOS DE SAÚDE: SÃO DOCUMENTOS DE INTENÇÕES POLÍTICAS, DE DIAGNÓSTICO, DE ESTRATÉGIAS, DE PRIORIDADES E DE METAS. DEVEM SER SUBMETIDOS NA ÍNTEGRA AOS CONSELHOS DE SAÚDE CORRESPONDENTES, EM CADA NÍVEL DE GESTÃO DO SUS; CONSOLIDA EM CADA ESFERA O PROCESSO DE PLANEJAMENTO EM SAÚDE PARA DADO PERÍODO(4 ANOS), DEVENDO PARA TANTO INCORPORAR O OBJETO DE PROGRAMAÇÕESEM SAÚDE; ESSES DOCUMENTOS CONTENDO OS PLANOS SÃO ELABORADOS QUADRIENALMENTE, MAS DEVE SER REVISTO TODO ANO.
QUADRO DE METAS: EXISTEM : NACIONAL, ESTADUAL E MUNICIPAL; SÃO PARTES INTEGRANTES DOS PLANOS DE SAÚDE, E DEVEM CONTER OS INDICADORES E AS METAS PRIORITÁRIAS DE CADA ESFERA DE GOVERNO DE CADA ANO.
PLANOS PLURIANUAIS (PPA): EXISTE UMA LEI CHAMADA LEI DO PLANO PLURIANUAL, QUE É EDITADA A CADA QUATRO ANOS, E DETERMINA AS DIRETRIZES, OS OBJETIVOS E AS METAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA UM PERÍODO DE QUATRO ANOS, QUE SE INICIA NO SEGUNDO ANO DO MANDATO DO GOVERNANTE (PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GOVERNADOR OU PREFEITO) E ENCERRA-SE NO MANDATO DO GOVERNO SEGUINTE.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO): ESTABELECEM DE FORMA ANTECIPADA AS DIRETRIZES E AS PRIORIDADES DE GASTOS QUE DEVEM ORIENTAR A ELABORAÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) DO ANO SEGUINTE; AS DIRETRIZES ESTABELECIDAS NA LDO CORRESPONDEM A UMA PARTE DO QUE FOI DEFINIDO PARA O PLANO PLURIANUAL (PPA), RESTRITA A UM ANO ESPECÍFICO; A ELABORAÇÃO DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS LDO É DE COMPETÊNCIA DO PODER EXECUTIVO, QUE DEVE ENCAMINHÁ-LO PARA O RESPECTIVO PODER LEGISLATIVO PARA APROVAÇÃO, OBSERVADOS OS PRAZOS NA LEGISLAÇÃO VIGENTE.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL: CONTERÁ A DISCRIMINAÇÃO DA RECEITA E DESPESA, DE FORMA A EVIDENCIAR A POLÍTICA ECONÔMICO-FINANCEIRA E O PROGRAMA DE TRABALHO DO GOVERNO, OBEDECIDOS OS PRINCÍPIOS DE UNIDADE UNIVERSALIDADE E ANUALIDADE. DE ACORDO COM A LEI 8080, A UNIÃO, OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL, E OS MUNICÍPIOS DEVERÃO PAUTAR-SE PELOS SEUS PLANOS DE SAÚDE PARA A ELABORAÇÃO DAS RESPECTIVAS PROPOSTAS ANUAIS; ESSA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL É O INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO QUE ESTIMA AS RECEITAS E FIXA AS DESPESAS PARA UM EXERCÍCIO FINANCEIRO; ELA VIABILIZA OS OBJETIVOS DOS PROGRAMAS ATRAVÉS DO PLANEJAMENTO NA ALOCAÇÃO DE RECURSOS.
INTEGRAM A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL: 
Sumário geral de receita por fontes e da despesa por funções do governo;
Quadro demonstrativo da receita e despesa segundo as categorias econômicas;
Quadro discriminativo da receita por fontes;
Quadro da dotações por órgãos do governo e da administração.
*PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO:
Tem como objetivo definir as diretrizes para a organização regionalizada da assistência, visando a conformação de sistemas de atenção funcionais e resolutivos nos diversos níveis. 
Esse plano deve ser coordenado pelo gestor estadual, com a participação do conjunto de municípios. Ele deve conter minimamente:
a divisão do território estadual em regiões/microrregiões de saúde, definidas segundo critérios sanitários, epidemiológicos, geográficos, sociais, de oferta de serviços e de acessibilidade;
o diagnóstico dos principais problemas de saúde e das prioridades de intervenção;
a constituição de módulos assistenciais resolutivos, formados por um ou mais municípios, que deem conta do primeiro nível da média complexidade, visando garantir o suporte às ações de Atenção Básica;
os fluxos de referência para todos os níveis de complexidade e os mecanismos de relacionamento intermunicipal;
a organização de redes assistenciais específicas.
Uma das partes integrantes do PDR é o Plano Diretor de Investimentos (PDI), que visa identificar prioridades e desenvolver estratégias de investimento de forma a promover a equalização da oferta de recursos assistenciais em todos os níveis de complexidade.
*PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA (PPI)
É um processo instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde para a alocação dos recursos da assistência à saúde nos Estados e municípios brasileiros, resultante da definição, negociação e formalização dos pactos entre os gestores,
 das prioridades, metas, critérios, métodos e instrumentos, no sentido de definir de forma transparente os fluxos assistenciais no interior das redes regionalizadas e hierarquizadas de serviços bem como os limites financeiros destinados para cada município, explicitando a parcela destinada à assistência da própria população e das referências recebidas de outros municípios.
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO:
	- RELATÓRIOS DE GESTÃO
Os Relatórios de Gestão – nacional, estaduais e municipais – deverão avaliar o cumprimento dos objetivos e das metas explicitadas no Quadro de Metas, bem como da aplicação dos recursos em cada esfera de governo em cada exercício anual, sendo elaborados pelos gestores e submetidos aos respectivos Conselhos de Saúde.
O Relatório de Gestão é elaborado anualmente a partir da matriz de informações constituída pelo Quadro de Metas.
A Lei 8.142/90 prevê em seu artigo 4º, que para receberem os recursos do Fundo Nacional de Saúde, os municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com Plano de Saúde e Relatório de Gestão.
	-CONTROLE, REGULAÇÃO, AVALIAÇÃO E AUDITORIA
Estrutura do sistema: capacidade instalada existente(pública e privada) e oferta e cobertura das ações e serviços; 
Redes de Atenção à saúde: estabelecimento de territórios de referência e definição das atribuições de cada nível de complexidade; 
Estabelecimentos de objetivos e metas;
Sistema de verificação e cobrança de responsabilidades (contratação);
Estruturação de centrais de regulação (urgências, internação, consultas e exames)
Monitoramento e avaliação de resultados, entre outros.
	-ACOMPANHAMENTO DO PLANEJAMENTO
Acompanhamento – Controle Interno, TC(Tribunal de Contas)
Controle Público – CMS, Sociedade - Lei 8.689/93 e Decreto Federal nº 1.651/95 
	
	“O gestor do sistema único de saúde, em cada esfera de governo, apresentará, trimestralmente, ao Conselho de Saúde e em audiência pública nas câmaras de vereadores, para análise e ampla divulgação, relatório detalhado contendo, dentre outros, dados sobre o montante e fonte de recursos aplicados, auditorias, serviços produzidos no próprio e contratado” (Lei nº 8.689, de 27-7-93, art.12).
Não há possibilidade de se efetuar um gasto público EM SAÚDE sem antes relacioná-lo ao seu programa. 
Logo, resgatar o planejamento como a primeira função da gestão orçamentária e financeira é fundamental.
RESUMINDO:
Aula 5: Organização e Regulação dos serviços em Rede
Sistema de Informação Gerencial:
	-SISTEMAS INTEGRADOS DE INFORMAÇÃO:
Vigilância em saúde;
Identificação dos usuários;
Prontuários eletrônicos;
Controle e reserva de vagas (urgência e internação);
Marcação de exames e consultas;
Referência e contra referencia;
Comunicação entre unidades e profissionais;
Apoio à decisão clínica (evidências, protocolos);
Monitoramento e avaliação de resultados.
-CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE:
A palavra informação em si traz a ideia de ordenação, de processo que organização;
E ainda, dar a conhecer, tornar público.
A informação pode contribuir para o avanço da cidadania e da representação dos sujeitos sociais e para os projetos políticos.
-CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE:
Dado ≠ Informação!
-SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Sistema de Informação em Saúde (SIS):
“ ….. é um conjunto de componentes que atuam de forma integrada por meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde. Seu propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para aqueles que planejam, financiam, provêem e avaliam os serviços de saúde” (OMS, 1981:42).
Ou seja, os sistemas de informação em saúde atuam coletando dados, processam esses dados e analisam a fim de transmitir informações para auxiliar nas decisões a serem tomadas no Sistema de saúde. Para isso, os sistemas de informações selecionam dados pertinentes e os transformam em informação para que se possa planejar, financiar, prover e avaliar os serviços de saúde.
-SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E BANCO DE DADOS:
Sistema de informação: 
	É o processo de produção de informação e sua comunicação a atores, possibilitandosua análise com vistas à geração de conhecimentos. 
Banco de dados:
	É um dos principais componentes do sistema, sendo um agrupamento organizado de dados que pode ser utilizado por vários sistemas.
Vantagens dos sistemas de informação de saúde:
Ampla cobertura;
Abrangência nacional;
Dados informatizados;
Grande n° de informações dos diversos setores e serviços;
Informações para cada município.
Principais Sistemas de informação em saúde:
SIM: Sistema de Informação sobre Mortalidade.
SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
SIH-SUS: Sistema de Informações Hospitalares do SUS.
SIA-SUS: Sistema de Informação Ambulatorial do SUS
PNI: Programa Nacional de Imunização.
SIAB: Sistema de Informação da Atenção Básica.
Sistemas de informação epidemiológica:
SIM: Oferece aos gestores de saúde informações da maior relevância para a definição de prioridades nos programas de prevenção e controle de doenças, a partir das declarações de óbito coletadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde;
SINASC: propicia um aporte significativo de dados sobre nascidos vivos, com suas características mais importantes, como sexo, local onde ocorreu o nascimento, tipo de parto e peso ao nascer, entre outras.
SINAN: notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria GM/MS Nº 2325 de 08 de dezembro de 2003), mas é facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região, conforme a relevância epidemiológica.
PNI: os documentos básicos do sistema corresponde a um módulo cada e estão implantados em todos os municípios brasileiros. o número de doses aplicadas, desagregados por tipo de vacina, dose recebida, faixa etária e município, além de dados de cobertura da população de menores de um ano de idade e de outras faixas etárias
-SISTEMAS DE INFORMAÇÕES ASSISTENCIAIS (PRODUÇÃO DE SERVIÇOS): 
SIH/SUS: contém informações que viabilizam efetuar o pagamento dos serviços hospitalares prestados pelo SUS, através da captação de dados das Autorizações de Internação Hospitalar - AIH
SIA/SUS: Sistema de informação para facilitar o planejamento, controle e avaliação do atendimento ambulatorial.
-SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE GERENCIAMENTO NO SUS
HOSPUB: fornece soluções de Tecnologia da Informação para gerenciamento, gestão e controle social do SUS em unidades hospitalares. 
GIL (Gerenciador de Informações Locais): informatização da rede ambulatorial básica do sistema Único de Saúde – SUS auxiliando na administração dos seus processos e fornecendo informações sobre a morbidade da população atendida, subsidiando os gestores nas tomadas de decisões. Permite o monitoramento e o planejamento contínuo do sistema de saúde no Município 
SISREG: Sistema de Regulação. Sistema informatizado desenvolvido para apoiar as atividades das Centrais de Regulação. 
- Cadastros Nacionais:
CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde: imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente. Propicia ao gestor o conhecimento da realidade da rede assistencial existente e suas potencialidades, visando auxiliar no planejamento em saúde; 
CNS(cartão SUS): possibilita a vinculação dos procedimentos executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) ao usuário, ao profissional que os realizou e também à unidade de saúde onde foram realizados;
IBGE: atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que inclui realizar censos e organizar as informações obtidas nesses censos.
-Outros:
SISPRENATAL – Sistema de Informação do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento.
SISCOLO – Sistema de Informação de Controle do Câncer do Colo de Útero, sob a gestão do Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
SISMAMA - Sistema de Informação do Câncer da Mulher, sob a gestão do Ministério da Saúde, por meio do INCA.
SISHIPERDIA – Sistema de Informação de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos. A portaria Conjunta nº 112, de 19 de junho de 2002, tornou obrigatório seu funcionamento para o recebimento dos medicamentos previstos no Programa de Assistência Farmacêutica à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus.
SNT – Sistema Nacional de Transplantes.
SINAVISA - Sistema Nacional de Vigilância.
Avaliação da rede de serviços de saúde
-Objetivo da avaliação da rede de serviços: 
avaliar o cumprimento de requisitos básicos que um sistema de saúde deve ter para promover a melhoria na situação de saúde da população;
Devem abordar: a eficácia do conjunto de ações que executam, a sua coerência com a situação de saúde detectada, com as ações implementadas, com o modelo assistencial proposto e com o cumprimento dos princípios constitucionais do Sistema Único de Saúde — SUS.
É um processo dinâmico, por meio do qual podem ser medidos (com o auxílio de instrumentos e técnicas específicas) e comparados entre si fatos, situações, realidades, estratégias, procedimentos e serviços, de modo a, com base em escolha prévia de um dado enfoque, ser possível emitir um juízo de valor que sirva para nortear determinada tomada de decisão.
Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA)
Portaria nº 2.390/GM, de 11 de dezembro de 1996 e por acordo de cooperação com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS); 
Portaria nº 1.919 GM/MS, de 22 de outubro de 2002, define que a coordenação geral da RIPSA é da responsabilidade da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.
Objetivos da RIPSA:
Estabelecer conjuntos de dados básicos e indicadores;
Articular instituições que contribuem para o fornecimento e crítica de dados e indicadores;
Implementar mecanismos de apoio ao aperfeiçoamento da produção de dados;
Promover consenso sobre conceitos, métodos e critérios de utilização das bases de dados;
Promover intercâmbio com outros subsistemas da administração pública;
Contribuir para o estudo de aspectos ainda pouco explorados ou de reconhecida relevância para a compreensão do quadro sanitário brasileiro.
-Avaliação da rede de serviços:
Qualquer que seja o método utilizado, deve guardar coerência com as características demográficas e perfil epidemiológico ;
A seleção do método depende do objetivo do estudo e de outras variáveis, tais como:
os sistemas de informação existentes;
a experiência do grupo de trabalho;
a urgência de se obter os resultados.
Aula 6: Elementos de Gestão do SUS: Regionalização e Financiamento 
Objetivos:
Conhecer a legislação que fundamentou a Regionalização da saúde no Brasil;
Apresentar e discutir os princípios do SUS sobre a organização dos serviços em redes integradas e sobre o financiamento do SUS; 
Conhecer os elementos que viabilizam a operacionalidade das redes de serviços e do financiamento do SUS.
Definição de Regionalização:
Articulação e mobilização municipal que leve em consideração características geográficas, fluxo de demanda, perfil epidemiológico, oferta de serviços e, acima de tudo, a vontade política expressa pelos diversos municípios de se consorciar ou estabelecer qualquer outra relação de caráter cooperativo(NOAS 01/93, MS 1993).
Processo de organização de uma rede de ações e serviços de saúde numa região com o objetivo de garantir a integralidade e resolutividade da atenção(PORTARIA nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010). 
*Bases Legais da Regionalização:
Constituição Federal de 1988
Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990
Norma Operacional Básica do SUS NOB 93 
Norma Operacional Básica do SUS 01/96 NOB 96
Normas Operacionais da Assistência à Saúde do SUS NOAS 2001 e NOAS 2002
Conferências Nacionais de Saúde
Pacto pela Saúde 2006(TEIAS) 
RAS (Portaria 4.279 de 30/12/2010) 
-Pacto pela Saúde 2006:
A regionalização foi definida como eixo estruturante do Pacto pela Saúde 2006, nas suas três dimensões – Pacto pela Vida, Pacto de Gestãoe Pacto em Defesa do SUS;
Orienta a descentralização das ações e serviços e potencializa os processos de pactuação e negociação entre gestores.
As mudanças no processo de regionalização com o Pacto de Gestão: 
regionalização viva;
construção de um novo desenho de região;
formação de Colegiados de Gestão Regional.
- Pressupostos para regionalização:
	Territorialização - adaptar práticas às reais necessidades de saúde da população.
	Flexibilidade – respeitar as diversidades regionais;
Cooperação - ação conjunta entre as esferas de governo, entre gestores e entre as equipes técnicas na implementação do SUS;
Co-gestão – arranjo institucional que propicia um novo significado às relações entre os gestores da Saúde; 
Financiamento solidário - clara definição dos recursos financeiros;
Subsidiariedade - uma função não deve ser repassada à esfera subsequente sempre que puder ser exercida pela esfera local
Participação e controle social - gestores de saúde devem estimular e apoiar a mobilização e a participação social
-PRESSUPOSTOS PARA A REGIONALIZAÇÃO
Ruptura com a lógica político administrativa; 
Respeito às realidades locais; 
Redefinição de critérios para os desenhos das regiões; 
Processo de planejamento e organização da rede de serviços a partir da necessidade de saúde da população; 
Reconhecimento da Região de Saúde como espaço de produção da saúde – organização da rede de atenção e enfrentamento dos problemas coletivos; 
Descentralização para as CIB, dos processos de credenciamento de serviços; 
Implantação dos Colegiados de Gestão Regional.
-MECANISMOS NECESSÁRIOS PARA A REGIONALIZAÇÃO
Elaboração do Plano Diretor de Regionalização;
Ampliação da Atenção Básica;
Qualificação das Microrregiões na Assistência à Saúde;
Organização da Média Complexidade;
Política para a Alta Complexidade .
- INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO PARA A REGIONALIZAÇÃO:
PDR: desenhos das redes regionalizadas de atenção à saúde organizadas dentro do Estado com base na PPI;
PDI: recursos de investimentos necessários para atender as necessidades identificadas, nas regiões estabelecidas através do PDR, devendo também contemplar as necessidades da área de Vigilância em Saúde;
PPI:desenho da referência e contra-referência, com o respectivo desenho do processo regulatório e do conjunto das responsabilidades a serem assumidas por cada ente. 
-FINANCIAMENTO DAS REDES:
	PANORAMA ATUAL:
O financiamento do setor de saúde esta cada dia mais caro para as sociedades, devido a:
Despesas crescentes com tecnologia;
Envelhecimento da população.
-EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29
União: inicia com montante investido em ações e serviços de saúde no ano de 1999 + 5%;
		 2001 a 2004 – valor apurado no ano anterior corrigido pelo PIB;
- FINANCIAMENTO DO SUS
Responsabilidade das 3 esferas de governo;
Redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e regionais – de acordo com perfil demográfico e epidemiológico, rede de saúde e desempenho técnico , econômico e financeiro do período anterior ;
Repasse fundo a fundo;
Financiamento de custeio com recursos federais constituídos, organizados e transferidos em blocos de recursos.
-BLOCOS DE FINANCIAMENTO PARA CUSTEIO
Atenção Básica;
Atenção de média e alta complexidade;
Vigilância em saúde;
Assistência farmacêutica;
Gestão do SUS.
-BLOCO DE FINANCIAMENTOS PARA A ATENÇÃO BÁSICA
Responsabilidade das 3 esferas de governo;
Recurso federal:
Piso da Atenção Básica(PAB fixo) : agregam as estratégias destinadas ao custeio de ações de atenção básica de saúde.
A transferência é mensal, de forma regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos municípios.
PAB variável – destina-se ao custeio de ações específicas desenvolvidas no âmbito da AB:
Saúde da família;
ACS;
Saúde bucal;
Compensação das especificidades regionais;
Incentivo da atenção básica aos povos indígenas;
incentivo à saúde no sistema penitenciário 
-BLOCO DE FINANCIAMENTO PARA A ATENÇÃO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
Compõe o limite financeiro da média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar do distrito federal, estados e municípios. 
FAEC – fundo de ações estratégicas e compensação:
Procedimentos regulados pela Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade – CNRAC;
Transplantes;
Ações estratégicas emergenciais, de caráter temporário, implementadas com prazo pré-definido;
Novos procedimentos.
-BLOCO DE FINANCIAMENTO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Ações da vigilância epidemiológica e ambiental e sanitária.
Repasse mensal.
Sub-bloco da vigilância epidemiológica:
Campanhas de vacinação
Incentivo do programa DST/AIDS
Fortalecimento da Gestão de Vigilância em Saúde em estados e municípios(VIGISUS)
-BLOCO DE FINANCIAMENTO PARA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Componentes básicos da AF;
Componentes estratégicos da AF;
Medicamentos de dispensação excepcional
-Componentes básicos da AF: parte fixa e variável;
Parte fixa – com base no valor per capta, pactuado na CIB (Comissão intergestores bipartites) e com contrapartida financeira dos estados e municípios;
Parte variável – com base no valor per capita, ações dos programas de hipertensão e diabetes, exceto insulina, asma e rinite, saúde mental, saúde da mulher, alimentação e nutrição e combate ao tabagismo. 
-Componente estratégico: o financiamento e fornecimento de medicamentos , produtos e insumos para os programas estratégicos são de responsabilidade do MS;
Controle de endemias;
Programa DST/AIDS;
Programa nacional de sangue e hemoderivados;
Imunobiológicos.
-Medicamentos de dispensação excepcional: financiamento e aquisição competem aos estados (conforme pactuação) e MS. A distribuição é atribuição dos estados;
Correspondem a 36 medicamentos da tabela descritiva do SIA/SUS;
O repasse de valores é trimestral , do MS aos estados, com base nas emissões de APAC(autorização para pagamento de alto custo).
-BLOCO DE FINANCIAMENTO PARA A GESTÃO DO SUS
Transferência fundo a fundo através de portaria específica, para ações relacionadas à organização de serviços , acesso e aplicação de recursos financeiros do SUS;
Composto por sub-blocos:
Regulação, controle , avaliação e auditoria;
Planejamento e orçamento;
Programação;
Regionalização;
Participação e controle social; 
Gestão do trabalho;
Educação em saúde.
-FORMAS DE TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS
FUNDO DE SAÚDE
Execução Orçamentária – FMS – Fundo municipal de saúde (pautado nos planos plurianuais PPA e na lei de diretrizes orçamentárias LDO)
Todos os recursos transferidos e próprios devem estar no Fundo de Saúde e acompanhados e fiscalizados pelo Conselho de Saúde (ec29, art.7,p.3º).
É obrigatório que os recursos próprios municipais sejam colocados dentro do fundo de saúde (lei 8080 art. 33, lei 8142, art.4 , v ). A gestão do fundo municipal de saúde é do secretário de saúde (cf. 198, I ; lei 8080 , art. 9 ; art.32 § 2o e art.33 § 1o ). 
-OUTRAS FORMAS DE TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS
Convênios – habilitação de entidades convenentes e seus dirigentes + repasse de recursos de acordo com cronograma físico-orçamentário;
Remuneração por serviços produzidos – realizada diretamente pelo MS aos prestadores de serviços cadastrados no SUS, que apresentam sua aprovação através do SIA (sistema de informação da atenção básica) e SIH (sistema de informações hospitalares); 
Infelizmente, essa forma centralizadora de agir vem se estendendo até hoje, impedindo a efetivação do princípio do SUS que é a descentralização verdadeira e autônoma dos recursos e das decisões.
-GASTOS PÚBLICOS COM O SETOR PRIVADO
Hospitais públicos atendendo pacientes de planos privados, não ressarcindo ao hospital público os serviços prestados;
Quando é concedido renúncia ou isenção fiscal às operadoras de planos e às cooperativas de saúde;
Quando é abatido no imposto de renda o gasto com pagamento de planos privados de saúde;
Quando o próprio governo paga planos para os funcionáriospúblicos
Gasto federal com saúde como proporção do PIB - E.7 - 2011
-Conceituação
Percentual do Produto Interno Bruto (PIB) nacional que corresponde ao gasto público federal1 com saúde, no ano considerado2.
-Interpretação
Mede a dimensão do gasto federal com saúde em relação ao valor total da economia (PIB).
Indica a participação relativa dos vários itens de gasto com saúde, no nível federal.
-Usos
Analisar as variações temporais do gasto público federal com saúde em relação ao PIB, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos.
Delinear a participação da esfera pública federal da saúde no total da economia do país (PIB).
Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de saúde.
-Limitações
Exclui gastos com saúde destinados a clientelas fechadas, como os realizados por hospitais da estrutura dos ministérios militares, bem como despesas com a assistência médica e odontológica prestada a servidores públicos federais, que são classificadas como benefícios a estes servidores.
O indicador é influenciado por variações do PIB, mesmo que o gasto com saúde se mantenha constante.
-Fonte
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Diretoria de Estudos Sociais (Disoc): estimativas anuais, elaboradas a partir de informações do Ministério da Fazenda: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) do Ministério do Planejamento; Sistema Integrado de Dados Orçamentários (SIDOR) e do IBGE: Sistema de Contas Nacionais.
-Métodos de Cálculo
	Valor total da despesa federal com saúde*, correspondente a itens de gasto
	x 100
	Valor do PIB nacional*
	
* Em reais correntes de cada ano.
-PIB E FINANCIAMENTO DA UNIÃO
Aumento de Receita Corrente de 18% para 26 %; 
 Diminuição do investimento em saúde comparado com Receita Corrente; 
 Manutenção de investimento em saúde em proporção ao PIB; 
 O gasto com outras políticas sociais ( Bolsa-Família, Fome-zero...) está incluído como investimento em saúde. 
-COMPOSIÇÃO DO FINANCIAMENTO
 Instabilidade histórica nas fontes;
 Diversas e complexas origens de fontes; 
 Co-responsabilidade das esferas políticas.
-LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
L complementar 101/00 complementar à Constiuição
Lei de âmbito nacional 
Publicação em 2000 e execução em 2001 
É um código de conduta para os administradores públicos – compromissos com orçamento e metas 
Equilíbrio orçamentário: receita prevista deve ser proporcional a despesa fixada
-CONCLUSÃO
 Aumento de gastos em saúde principalmente dos municípios e dimuição do financiamento proporcional da União;
 Descumprimento da EC 29 em todas esferas;
 Gastos maiores em ESF, Saúde Bucal, outras políticas sociais;
 Necessidade de melhor definição de fontes pagadoras do SUS;
 Tentar estratégias para gastos privados reduzirem com melhoria na oferta dos serviços públicos e diminuição do estímulo a gastos com Saúde Privada.
AULA 7: Elementos de Gestão do SUS: 
Participação Social 
-PARTICIPAÇÃO SOCIAL
HISTÓRICO – DECLARAÇÃO DE ALMA-ATA 1978
IV) É direito e dever dos povos participar individual e coletivamente no planejamento e na execução de seus cuidados de saúde; 
VII) 5 - Requerem e promovem a máxima autoconfiança e participação comunitária e individual no planejamento, organização, operação e controle dos cuidados primários de saúde, fazendo o mais pleno uso possível de recursos disponíveis, locais, nacionais e outros, e para esse fim desenvolvem, através da educação apropriada, a capacidade de participação das comunidades.
PARTICIPAÇÃO POPULAR: PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO DO SUS
Dentre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), a participação ou controle social na saúde destaca-se como de grande importância, pois é a garantia de que a população participará do processo de formulação e controle das políticas de saúde.
Histórico década de 80:
Democratização da sociedade:
Emergência da saúde coletiva e organização de seus intelectuais orgânicos;
Mobilização da sociedade em torno da questão saúde;
Reorganização da assistência médica previdenciária: ações integradas de saúde;
VIII Conferência Nacional de Saúde – saúde como direito;
Constituição Brasileira – Saúde ampliada.
Histórico, década de 90: 
Institucionalização dos espaços de controle social – Lei 8142 - Conselhos de saúde e Conferências;
NOB/93 e NOB/96– municipalização e a existência de Conselhos como condição essencial para a habilitação;
X Conferência Nacional de Saúde (1996) – aprofundamento do controle social sobre a gestão e a participação mais direta do usuário
O PACTO DA SAUDE 2006 - PACTO DE GESTÃO – DIRETRIZES: 
Descentralização
Regionalização
Financiamento
Planejamento
Programação Pactuada e Integrada – PPI
Regulação
Participação e Controle Social
O PACTO DA SAUDE 2006- PACTO DE GESTÃO – PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
Gestão do Trabalho e Educação na Saúde.
A Participação Social no SUS é um princípio doutrinário e está assegurado na Constituição e nas Leis Orgânicas da Saúde (8080/90 e 8142/90) e é parte fundamental deste pacto.
Apoiar os conselhos de saúde, as conferências de saúde e os movimentos sociais que atuam no campo da saúde, com vistas ao seu fortalecimento para que os mesmos possam exercer plenamente os seus papéis;
Apoiar o processo de formação dos conselheiros;
Estimular a participação e avaliação dos cidadãos nos serviços de saúde;
Apoiar os processos de educação popular na saúde, para ampliar e qualificar a participação social no SUS;
Apoiar a implantação e implementação de ouvidorias nos municípios e estados, com vistas ao fortalecimento da gestão estratégica do SUS;
Apoiar o processo de mobilização social e institucional em defesa do SUS e na discussão do pacto.
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR NA SAÚDE
Conferências de Saúde e os 14s de Saúde nas três esferas de governo: nacional, estadual e municipal;
Atuam na elaboração de estratégias e no controle da execução da política de saúde.
COMO SE DÁ A PARTICIPAÇÃO:
Atuação da sociedade civil do campo democrático ( movimentos sociais, organizações) nos espaços públicos de decisão. 
Deve ocorrer preferencialmente, por meio da institucionalização de mecanismos de democracia participativa e direta, inclusive na elaboração, deliberação, implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
É também um processo de aprendizagem, na medida em que qualifica a intervenção dos cidadãos/cidadãs para atuação nesses espaços.
CONTROLE SOCIAL
“Capacidade que a sociedade civil tem de interferir na gestão pública, orientando as ações do Estado e os gastos estatais na direção dos interesses da coletividade.”
“É toda ação controladora da sociedade sobre o estado, objetivando as políticas de saúde.”
“É a produção de necessidades da vida por seus próprios protagonistas. É acima de tudo partilhar poder.”
TRABALHADOR DO SUS
A mobilização das comunidades em torno da participação “pode se dar de modo natural , mas pode, também, ser provocada por profissionais comprometidos com a qualidade de vida das pessoas, que incorporem em suas práticas a socialização e discussão dos saberes/verdades que permeiam a área da saúde.
Considerar o trabalhador do SUS como participante das políticas públicas em saúde em seus aspectos administrativos, técnicos, políticos e sociais; 
Torna-se condição fundamental para a construção e viabilização de reais mudanças institucionalizadas e legitimadas socialmente.
CARACTERÍSTICAS DAS PRÁTICAS DE CONTROLE SOCIAL
Formação da vontade política de participar e contribuir para as mudanças na sociedade;
 Direcionadas ao controle do poder administrativo do Estado;
Práticas que visam subordinar os valores de mercado de produção e consumo de serviços de saúde aos valores de autonomia, integralidade e dignidade de vida.
CONFERÊNCIAS DE SAÚDE E CONSELHOS DE SAÚDE
CONFERENCIAS DE SAÚDE: São realizadas no mínimo a cada quatro anos, por meio de uma ConferênciaNacional, Conferências Estaduais e Municipais, propiciando oportunidades de discussão e análise da situação geral de saúde da população e estabelecendo orientações para o funcionamento dos serviços de saúde do SUS
CONSELHOS DE SAÚDE: São definidos como organismos colegiados de caráter deliberativo e permanente, compostos por representantes do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, sendo que a representação dos usuários se dá de forma paritária em relação aos demais segmentos; 
Também estão presentes em todas as esferas de governo: conselhos municipais, conselhos estaduais e Conselho Nacional de Saúde.
ATIVIDADES DO CONSELHO DE SAÚDE:
Reuniões e fóruns;
Conferência de Saúde;
Propostas encaminhadas para a Secretaria de Saúde.
Conselho fiscal;
Visitas a unidades de saúde;
Denúncia.
São espaços de discussão e crescimento, pois permitem o diálogo de três lados envolvidos em um mesmo contexto, porém, com interesses, às vezes, diferentes: 
Os usuários trazem seus saberes e as necessidades de seus pares, e vivenciam um importante processo pedagógico de aprendizado do exercício do poder político, exercendo a cidadania; mas, por outro lado, recebem a responsabilidade de participar das decisões.
 Os trabalhadores de saúde, ao ouvirem os usuários, modificam velhas formas de trabalho para atender melhor a população.
Fundamental que se tenha o apoio e compromisso dos gestores municipais com as propostas levantadas nos conselhos locais, pois a conduta do gestor municipal é essencial no sentido de estimular a participação cidadã e reforçar o compromisso ético com o conjunto de seus moradores.
	
AULA 8: Recursos Humanos para o SUS e a Regulamentação do Trabalho Médico 
Longo período( 1950 até meados de 1980) – preocupação dos gestores com financiamento, estrutura de rede e organização dos serviços;
Recursos humanos eram tratados como insumos( recursos materiais, recursos financeiros);
1980-1990- centralidade do trabalhador no processo produtivo.
DEMOGRAFIA MÉDICA:
	
A DESPEITO DOS DIAGNÓSTICOS:
Há um ânimo – otimismo sanitário – em torno da capacidade de reversão do quadro:
Desenvolvimento técnico e tecnológico no setor:
surgimento de novas terapêuticas, 
medicamentos mais eficazes, 
melhores recursos diagnósticos
crescente especialização dos quadros;
Intervenções técnicas no âmbito organizacional: 
valorização do planejamento social;
formação de recursos humanos.
IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
Há necessidade de reorientação da atenção e organização do aparelho de saúde;
A agenda da interiorização de serviços de saúde em zonas inóspitas do país se dá nesse contexto.
PROPOSTAS
Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS)
Criado em 1976 para estruturar a saúde pública nas comunidades de até 20mil habitantes;
Esse programa expandiu a rede ambulatorial e o trabalho de pessoal auxiliar, não a fixação de médicos, e teve dificuldades para prestar serviços de qualidade na atenção à saúde;
Programa de Preparação Estratégica de Pessoal da Saúde – 1976 – MS/MEC cooperação com a OPAS (PPREPS):
Propósitos centrais: capacitar pessoal de nível médio e elementar e apoiar a criação de sistemas de desenvolvimento de Recursos Humanos para a saúde nos estados (Paim, 1994).
Programa de Interiorização do Sistema Único de Saúde (PISUS), 1993:
Defendendo a interiorização de uma equipe mínima além do médico, visando à descentralização e à municipalização deste atendimento concebido enquanto direito universal;
Resistiu 11 meses, não sobrevivendo à sucessão de 1994. Foi implantado no final do governo Itamar Franco e extinto no governo Fernando Henrique;
Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS)– 2001:
Equipe composta por , no mínimo, médico e enfermeiro;
Programa Mais Médicos .
ÊNFASE NA DIMENSÃO QUANTITATIVA
Carência de médicos, número de escolas médicas, proporção professor/aluno, cargas horárias curriculares e das disciplinas, número de leitos/aluno, número de alunos/cadaveres, número de alunos/microscópio, etc;
Nesse sentido, as políticas de governo para a interiorização de médicos no Brasil somam mais de 40 anos com pouco ou nenhum resultado. (Maciel Filho, R e Branco MAF, 2008)
A concepção profissional distinta daquela na qual predominam as hierarquias de poder e prestígio do saber especializado só pode se desenvolver articulada a uma educação médica que trilhe outros caminhos, tal como defendem Maciel e Branco, no qual há que se privilegiar a criação de escolas médicas fora do eixo Rio-São Paulo, beneficiando regiões desfavorecidas desse atendimento e recrutando candidatos ligados às localidades, já que a proximidade e a origem rural têm se mostrado fatores relevantes na fixação de médicos nas áreas carentes.
Gabriela Antunes
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Plan1
	Níveis de complexidade	Gravidade dos casos atendidos	Densidade tecnológica equipamentos	Especialização dos serviços	Custo dos procedimentos	Diversidade dos casos clínicos
	Terciário	alta	alta	alta	alto	baixa
	Secundário	média	média	alta	médio	baixa
	Primário	baixa	baixa	baixa	baixo	alta
Plan2
	
Plan3

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