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DIREITO CIVIL MATÉRIA PRIMEIRA PROVA

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DIREITO CIVIL- RESPONSABILIDADE CIVIL
RESPONSABILIDADE CIVIL- CONCEITO:
É um dever jurídico sucessivo que surge para recompor o dano decorrente da violação de um dever jurídico originário. Só há responsabilidade civil, se houver violação de um dever jurídico e um dano.
OBRIGAÇÃO: 
Dever jurídico originário.
RESPONSABILIDADE:
É o dever jurídico sucessivo conseqüente à violação do primeiro, ou seja, da obrigação.
RESPONSÁVEL:
É aquele a quem a lei imputou a obrigação, porque ninguém poderá ser responsabilizado por nada, sem ter violado dever jurídico preexistente. Por meio dos artigos 186 e 187 do Código Civil analisamos sob a ótica da lei o que se persegue: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
No mesmo sentido: “Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
No que se refere à eficácia temos, “Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
FUNÇÃO:
A função, da responsabilidade civil por reparação integral dos danos causados, vem explicita no artigo 944 da mesma lei “A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização. Logo, a pessoa que incorrer em dano a outrem, terá que indenizar na integralidade do dano que ela causou somente, e sendo notada, sob a ótica do magistrado, uma desproporção excessiva no grau de culpa e do dano causado, este poderá reduzir a indenização. É a função compensatória do dano moral, pois é subjetivo, se quantificar em sua totalidade exata o dano causado.
ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO:
1ª – civil e criminal;
2ª – contratual e extracontratual, e
3ª – subjetiva e objetiva.
As excludentes de ilicitude estão previstas no artigo 188/CC “
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
A legítima defesa, também é matéria assegurada na lei penal e é entendida como: ”Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”.
O estado de necessidade nos artigos 929 e 930 do CC “
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
A ação coletiva visa ter uma condenação genérica, depois cada vítima ou representante da vítima, pleiteará sua parte individualmente.
O dano moral é critério subjetivo, deve-se analisar se houve ou não, sua gravidade, logo se trata de critério subjetivo do juiz.
O dever jurídico pode ser contratual ou extracontratual, quer dizer que no primeiro há um contrato preexistente firmando acordo de vontades das partes contraentes, no segundo não há nada que os obrigue neste sentido. As obrigações do contrato são deveres jurídicos originário, visto que consentiram as partes em formalizá-lo e, portanto, gera obrigações recíprocas a partir do contrato firmado.
A responsabilidade civil por inadimplemento do contrato ocorre quando uma das partes contraentes deixa de cumprir, ou fizer cumprir com as obrigações a que tinha o dever legal de prestação para com o outro. A maioria das responsabilizações ocorre por via extracontratual, quer dizer que as ocorrências de responsabilização acontecem em situações cotidianas, p. ex.: um acidente de trânsito, um objeto danificado ou extraviado, entre outros.
O simples descumprimento da lei não gera responsabilidade civil, caso contrário se desta ação causar dano a outrem, conforme artigo 186/CC “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Este é o ato ilícito civil.
O artigo 187/CC refere-se ao abuso de direito, ou seja, exceder-se do gozo do seu direito “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”
Já a obrigação de reparar o dano, quando por ato ilícito causar dano a outrem vem capitulado no artigo 927/CC “
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A responsabilidade civil extracontratual advém da responsabilidade civil aquiliana, ou seja, dos costumes, oriunda do direito romano. 
A culpa aquiliana tem sua origem no Direito Romano especificamente na Lex Aquilia. Consiste no que conhecemos por culpa extracontratual, ou seja, aquele dever comum de cuidado que, quando inobservado, gera dano a outrem, mas sua proteção não está previamente resguardada por qualquer contrato, caso em que teríamos culpa contratual. (http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2253090/o-que-se-entende-por-culpa-aquiliana-paulo-henrique-prieto-da-silva)
A ação, omissão, imprudência, negligência ou imperícia são modalidades de ato ilícito civil que podem causar dano a outrem. Aqui não se discute se houve ou não dolo, pois na responsabilidade civil pouco importa se dolo ou culpa, nas duas modalidades há a responsabilização pelo dano causado.
O valor do dano moral tem caráter compensatório, não reparatório, pois não se pode mensurar p. ex.: a perda de um ente querido ou lesão corporal grave.
RESPONSABILIDADES
RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA: necessita de comprovação da culpa. 
Regra geral do Código Civil,
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Exceção no Código de Defesa do Consumidor, no que tange aos profissionais liberais,
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores [...]; § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA: Independe da comprovação da culpa, é fundada na teoria do risco pela atividade.
Regra geral do Código de Defesa do Consumidor em seus artigos 12, 13 e 14 seguir:
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores [...];Art. 13.O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior [...];Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores [...].
A exceção ocorre no que menciona o parágrafo único do artigo 927/CC: Parágrafo único. “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
REQUISITOS DA RSPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA
AÇÃO OU OMISSÃO; 
Por ação entende-se o ato de fazer algo que venha a ferir o direito ou bem de um ou mais atores do fato, ou seja, ação de forma ilícita, pois só assim se poderá caracterizar contundentemente que o ato contribuiu sobremaneira para o resultado danoso. Deve, portanto, desta ação resultar dano a outrem, caso contrário não se vislumbrar dano quando sua ação apenas puder ser combatida na esfera administrativa, como por exemplo, uma multa. Então, se o cidadão andar na contramão de direção, furar um sinal vermelho de parada obrigatória, estas ações só serão responsabilizadas civilmente se houverem causado um dano, sem falar na possibilidade de responsabilização penal, que não é o objetivo deste estudo.
A omissão ocorre quando a pessoa deixa de fazer algo e desta negligência ocorrer um dano pessoal ou material. Assim como no exemplo anterior, deve haver um ilícito, ou seja, omissão ilícita para que se caracterize o dano. Logo, o dano novamente só existirá se a omissão tiver sido ilícita. O mero ato de se omitir não caracteriza a possibilidade de propositura de uma ação de responsabilidade civil, pois se nada de danoso ocorrer, não há que se falar em reparação. 
Podemos descrever a omissão, o fato de um carona em um automóvel não usar o cinto de segurança, pois conforme o CTB é responsabilidade do condutor que todos usem o cinto de segurança. Se apenas for flagrado sem o uso do cinto é mera questão administrativa de autuação, coisa diversa se ocorre um acidente em que este carona sofra lesões, poderá, além de ser autuado, o condutor ser responsabilizado pelas lesões sofridas pelo próprio carona. Ainda que sua conduta também se caracterize como omissão, quem deverá provar o contrário será o condutor. 
CULPA, NO SENTIDO “LATU SENSO”, PODENDO SER COM DOLO OU CULPA E ESTA SE DIVIDENDO EM CULPA IN VIGILANDO E CULPA INELIGENDO;
A culpa, aqui é tratada no sentido “latu sensu”, pois diferentemente do processo penal onde deve haver dolo para caracterizar a intenção do agente em produzir o efeito pretendido ou o risco pelo ato que assumiu realizar. Na responsabilidade civil, tanto dolo como culpa, estão inseridos no requisito culpa, logo pouco importa se o indivíduo quis ou não o resultado de dano.
A culpa in vigilando decorre da falta de vigilância sobre alguém ou algo. Pode ser um funcionário, o filho ou o próprio animal de estimação, bem como objetos, pois se iminente que este venha a causar um dano, nada mais sensato que se dispense atenção de vigília sobre algo. Dos atos ilícitos destes atores citados acima, a responsabilização recairá sobre seu “tutor”, ou responsável, pois este exerce poder mandamental ou de guarda ou tutela. 
É previsão legal disposta no Código Civil a vigília do empregador sobre seu empregado, “Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;”.
Do mesmo modo, ainda citando o mesmo código, “Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; [...]”, assim como em outros locais, por exemplo, a Constituição Federal Brasileira em seus artigos 227 e 229, o Estatuto da Criança e Adolescente, “Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados: II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável”; [...], “Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Parágrafo único.  São também princípios que regem a aplicação das medidas: IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para com a criança e o adolescente; [...].
A culpa in eligendo denota de uma responsabilização por erro de escolha, ou seja, dentre várias possibilidades, a escolha se deu errada, não por que quis que assim fosse, mas por que a conduta do eleito gerou danos. Parece haver certa injustiça neste ponto, pois como saber o selecionador se esta ou aquela escolha deveria ser a certa? É um critério subjetivo de escolha, que pode ou não dar certo, não é previsível que algo possa ocorrer de errado. 
Contudo devem-se observar os meios de escolha, como se procedeu e quais critérios usados para a escolha, e, parece ser este o ponto em que se baseiam os operadores do direito para imputar a responsabilidade civil sob o aspecto desta classificação de culpa.
Retomando o assunto referente à responsabilidade objetiva, esta encontra sustentação e melhor análise sob o ponto de vista da relação de consumo, ou seja, por meio do CDC, Código de Defesa do Consumidor e desta relação de consumo a responsabilidade recai sobre o contratado. É mais favorável ao consumidor, vítima de negligência, imprudência ou imperícia do prestador de serviços, encontrar amparo neste código, pois se trata de responsabilidade civil, objetiva.
DANO;
O dano vem a ser mais um requisito da responsabilidade civil objetiva. Dano é, conforme o site dicionário.com: “Ação ou efeito de danificar. Inutilização, estrago de coisa alheia. Mal ou prejuízo causado a alguém. Direito Dano emergente, prejuízo efetivo, real, provado. Dano infecto, prejuízo possível, eventual, iminente”. 
O requisito dano se divide em dano patrimonial e dano moral. O primeiro subdividido em dano emergente, danos futuros e lucros cessantes, já o segundo em extrapatrimonial.
DANO EMERGERTE, DANO FUTURO, LUCRO CESSANTE E EXTRAPATRIMONIAL
Por dano emergente entende-se o dano imediato e passível de mensuração, ou seja, é o dano visível, aparente. Os danos futuros são os danos que um dos pólos da demanda poderá ainda ter que suportar, ou melhor, a sofrer. Cita-se, por exemplo, uma diminuição nos seus vencimentos por incapacidade de exercer seu ofício em plenitude, ou seja, uma limitação laboral. O lucro cessante está vinculado ao que a parte deixou de ganhar por ato lesivo de terceiro, mas há que se lembrar que tão somente tem haver com o lucro, não aos rendimentos totais, ou brutos.
O dano extrapatrimonial é o dano que não há como mensurá-lo, pois carece de materialidade, está ligado à moral da pessoa. É o tipo de dano que está, muitas vezes, condicionado ao ato discricionário do magistrado, por depender, em casos pontuais, de sua análise e de seu juízo de valor, não à análise ou real valoração deste tipo de dano, ou mesmo até onde foi o dano, em que ponto e até quando se manterá o dano. Mas o que se sabe é que este desdobramento de dano existe e serve para reparar um dano emocional, afetivo, emocional, ou outro que se valha.
NEXO DE CAUSALIDADE;
O último ponto referente aos requisitos da responsabilidade civil é o nexo de causalidade, previsto no Código Civil “Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual”. 
Este quesito trata de dois binômios: a ação e dano é o que liga estes dois sub-requisitos que configura o nexo de causalidade. Deve, da ação ou omissão ilícita, gerar o dano, seja patrimonial ou moral. Esta ação ou omissão ilícita não necessitam ser diretos no que diz respeito ao dano, podeser indireto, ou seja, por exemplo: um cão ataca e morde alguém, ação direta. Um cão ataca alguém, mas não morde, contudo a pessoa se machuca tentando se defender, ação indireta. 
As duas formas de ação, contudo, tem haver diretamente com o ataque do cão, e neste ponto é que se determina o liame subjetivo, entre um e o outro fato, este é o nexo de causalidade. Apontar com certeza de que aquele fato foi o gerador do dano.
Todos os requisitos da responsabilidade civil objetiva devem estar presentes na propositura da ação civil, cabe ao autor alegar seus fatos apontando cada um dos requisitos e fundamentá-los nos acontecimentos que motivaram a ação.
DIREITO DIFUSO E COLETIVO
Os danos causados devem ser diretos e imediatos, e assim ser responsabilizado apenas pelo dano que cometeu. 
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
        Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
        I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
        II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
        III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
Logo, se após esta relação de dano direto e imediato se sofrer mais algum dano, o primeiro causador não pode ser responsabilizado. Seria caso de “concausa”, ou seja, causa sobre a causa. A lesão ou dano deve haver nexo de causalidade com a ação ou omissão primária ilícitos, nada tem haver com fato posterior.
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA
É responsabilidade independentemente de comprovação de culpa, ou seja, é culpa presumida. Funda-se na teoria do risco, risco pela atividade, risco ambiental, risco do empreendimento. Assume o risco pelo proveito que obtém pela coisa/ negócio.
A vítima não precisa comprovar a culpa, p. ex.: queda de energia, quem deve provar que não ocorreu é a companhia de eletrificação, e não o consumidor.
Na responsabilidade civil objetiva, deve conter todos os mesmos requisitos da responsabilidade subjetiva, mas a culpa não é necessária, pois é culpa presumida, não precisando que a comprove o reclamante.
REQUISITOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA
AÇÃO OU OMISSÃO;
DANO;
NEXO DE CAUSALIDADE, correspondência com artigo 403/CC.
A comprovação da culpa ou não deverá ser da pessoa reclamada, e para isso pode se valer de algumas modalidades de culpa, isto da pessoa reclamada para seu “preposto”, sendo dividida em culpa in eligendo quando esta culpa se dá pela má escolha do funcionário, logo o empregador tem responsabilidade por atos dos funcionários e a culpa in vigilando, que decorre da falte de vigilância sobre os atos de seu funcionário ou mesmo dos pais para com os filhos.
Disso decorrem as três modalidades de culpa por responsabilidade de ato de terceiro, conforme artigo 932/CC,
São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Portanto deve-se demonstrar qual ato comissivo ou omissivo, e de quem foi este ato, para apontar quem foi o real responsável pela causa do dano, havendo necessariamente ato ilícito, de quem o causou.
ESCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE OU NEXO DE CAUSALIDADE
Ocorre quando há a falte de um dos requisitos da responsabilidade civil, logo há o rompimento do nexo de causalidade. 
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA: Tem relação com o fato de a própria vítima ter dado causa ao seu dano ou lesão. A ação ou omissão foi da própria vítima, logo exclui a culpa do réu, “A culpa exclusiva da vítima não está presente na letra da lei, sua construção está vinculada a doutrina, jurisprudência e a legislação extravagante.” (http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Culpa_exclusiva_da_v%C3%ADtima);
CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIROS: É o caso do “réu” não ser o autor do fato, mas sim de um terceiro envolvido. Deve fugir da órbita de relação entre as partes envolvidas diretamente, artigo 932/CC;
CASO FORTUITO “OU” FORÇA MAIOR: Fato imprevisível e inevitável, causado por agentes externos. Não dependem de uma ação ou omissão do autor do fato. “Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possível evitar ou impedir.
Conclui-se que o caso fortuito ou força maior é um instituto que se assenta na teoria do imprevisível e inevitável. Estudiosos apontam que o caso fortuito tem haver com participação de um terceiro e a força maior, que conforme autores têm haver com forças da natureza, que são causas naturais que interferem diretamente no fato.
REFERÊNCIAS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Culpa_exclusiva_da_v%C3%ADtima
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm

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