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RITO SUMÁRIO - O processo disciplinar sumário será instaurado para apuração das seguintes infrações disciplinares, a todas cabível a pena de demissão: a) acumulação ilegal de cargos (Lei nº. 8.112/90, artigo 133); b) abandono de cargo (Lei nº. 8.112/90, artigo 138); c) inassiduidade habitual (Lei nº. 8.112/90, artigo 139). - O processo disciplinar sumário será conduzido por comissão composta de dois servidores estáveis designados pela Corregedoria da UNILA, que indicará, dentre eles o Presidente (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, inciso I). - O prazo para a conclusão do processo disciplinar sumário não excederá a 30 (trinta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até 15 (quinze) dias, quando as circunstâncias o exigirem (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, § 7.º). - O processo disciplinar sumário se desenvolverá nas seguintes fases: a) instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão e, simultaneamente, indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, inciso I); b) instrução sumária, que compreende (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, inciso II): - indiciação; - defesa; - relatório. c) Julgamento (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, inciso III). INSTRUÇÃO DOS PROCESSOS Detectada a Acumulação Ilegal de cargos, esgotado o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de opção pelo servidor, o Abandono de Cargo ou a Inassiduidade habitual, será instaurado o competente processo administrativo, mediante portaria da Corregedoria-Geral do Banco Central do Brasil, que indicará a autoria, ou seja, o nome e matrícula do servidor (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, § 1.º) e a materialidade, conforme segue: a) Acumulação Ilegal de cargos - a materialidade dar-se-á pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, § 1.º). b) Abandono de Cargo - a materialidade será feita com a indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a 30 (trinta) dias consecutivos (Lei nº. 8.112/90, artigo 138 e artigo 140, inciso I, alínea “a”). c) Inassiduidade Habitual - a materialidade dar-se-á pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses (Lei nº. 8.112/90, artigo 139 e artigo 140, inciso I, alínea “b”). Instalada a comissão, a ocorrência aos setores de origem dos membros da Comissão Em até três dias após a publicação do ato que a constituiu, a comissão lavrará Termo de Indiciação, onde serão transcritas as informações relativas a indicação da autoria e materialidade da transgressão objeto da apuração, bem como promoverá, preferencialmente, a citação pessoal do servidor indiciado , ou por intermédio de sua chefia imediata , para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, § 2.º) Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido (Lei n.º 8.112/90, artigo 163), quando o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital (Lei n.º 8.112/90, artigo 163, parágrafo único) . Será considerado revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal (Lei n.º 8.112/90, artigo 164). A revelia será declarada, por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para defesa, que deverá ser efetivada por defensor dativo designado pela Corregedoria-Geral, a pedido da comissão (Lei n.º 8.112/90, artigo 164, §§ 1.º e 2.º) . O defensor dativo deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado (Lei n.º 8.112/90, artigo 164, §§ 1.º e 2.º), preferencialmente com formação jurídica, de maneira a propiciar ampla defesa ao acusado. Após a apresentação da defesa, ou da opção do servidor nos casos de Acumulação Ilegal de Cargos, a comissão deverá elaborar e encaminhar à Corregedoria da UNILA, relatório conclusivo: a) Acumulação Ilegal de Cargos - quanto a inocência ou a responsabilidade do servidor, resumindo as peças principais dos autos e opinando sobre a licitude da acumulação de cargo (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, § 3.º) b) Abandono de Cargo - quanto à comprovação do fato e a intencionalidade ou não do servidor para a ocorrência das faltas em período superior a 30 (trinta) dias (Lei nº. 8.112/90, artigos 138 e 140, inciso II). c) Inassiduidade Habitual - quanto à comprovação do quantitativo das faltas e, principalmente, se há algum motivo para as faltas e se este motivo é realmente suficiente para justificá-las (Lei nº. 8.112/90, artigos 139 e 140, inciso I - “b”). No caso da Acumulação Ilegal de Cargos a boa-fé será configurada, além da opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo (Lei nº. 8.112/90, artigo 133, § 5.º) também, nas situações onde houver manifestações divergentes acerca da legalidade da acumulação. Por outro lado, a má-fé caracteriza-se, por exemplo, pelo fato de tomar posse em um cargo e não declarar já ocupar outro. Se a comissão deparar-se com situação irregular que não guarde nenhuma relação com o objeto original de sua designação, deverá representar o ato ilícito , a fim de que seja apurado por outra comissão a ser designada. PRORROGAÇÃO DO PRAZO Se motivos justificados impedirem o término dos trabalhos no prazo estabelecido na respectiva portaria, o presidente da comissão poderá solicitar à Corregedoria-Geral , antes do término do prazo, a sua prorrogação, que será de até 15 (quinze) dias (Lei n.º 8.112/90, artigo 133, § 7.º). ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS Encerrados os trabalhos da Comissão, a ocorrência deverá ser informada aos setores de origem dos membros da Comissão. 1° Passo: Ata de Instalação e Deliberação - A 1ª reunião é o marco inicial do funcionamento da Comissão; e nela, sem prejuízo de outras deliberações, decide-se, em regra: 1. Comunicar a instalação da comissão ao Dirigente Máximo (reitor); 2. Designar o Secretário da Comissão, que poderá ser um dos membros, ou servidor do órgão onde se realizará o inquérito administrativo; 3. Analisar os autos do processo, com leitura detalhada do processo, com fim de identificar claramente qual o objetivo (“o que se quer esclarecer ?”) e definir uma estratégia de ação para atingi-lo (“como esclarecer ?”); 4. Deliberar sobre às notificação das testemunhas, intimação do acusado (se houver), data, dia e horário da próxima reunião, etc. Todas essas deliberações deverão ser registrada na ata de instalação. 2° Passo: Comunicação e Solicitação Comunicar a autoridade instauradora (Reitor) o início dos trabalhos da Comissão; dia e hora da instalação, e local onde funcionará a Comissão; 3° Passo: Solicitação à PROGEPE Solicitar ficha funcional do servidor à Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal e fazer juntada da ficha funcional aos autos do processo. (afastamentos, atestados, licenças, etc). INSTRUÇÃO DO PROCESSO 4° Passo: Notificação Prévia O servidor acusado deverá ser notificado da existência do processo, no qual figura como acusado, bem como deverá ser informado de que poderá acompanhar todos os atos processuais, sendo-lhe facultado acompanhar, por si ou por procurador legalmente constituído. 5° Passo: Indiciação do Acusado É o instrumento de acusação formal do servidor inicialmente notificado para acompanhar o processo administrativo disciplinar, refletindo convicção preliminar da Comissão de que ele cometeu irregularidade. Com a indiciação, o servidor passa da qualidade de acusado para indiciado. O termo de indiciação deve qualificar o servidor, descrever o fato apurado e apontar as provas obtidas, com redação simples, compreensível por qualquer pessoa. 6° Passo: Citação ( Lei 8.112/90, art. 161, § 1° e Lei n° 8.906/94, art. 7°, inc. XV) Terminada a instrução do processo, o indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão de inquérito, que terá como anexo cópia da indiciação, para apresentar defesa escrita, assegurando-lhe vista do processo na repartição, pessoalmente ou por intermédio de seu procurador. A citação é pessoal e individual, devendo ser entregue diretamente ao indiciado mediante recibo em cópia do original. No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital. Verificando-se que o indiciado se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por edital. Na hipótese deste item, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da publicação do edital que ocorreu por último. Apresentando-se o indiciado em função do edital, seu comparecimento será registrado mediante termo por ele também assinado, onde se consignará a ciência do início do prazo para apresentação da defesa, abrindo-se vista do processo na repartição. 7° Passo: Defesa (art. 161 da Lei 8.112/90) O prazo para defesa será de 10 (dez) dias. Havendo 2 (dois) ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias. A comissão somente pode iniciar os trabalhos do relatório após o término do prazo para a defesa, salvo se o indiciado ou seu procurador, ao apresentá-la, renunciar expressamente ao prazo remanescente. O indiciado poderá, mediante instrumento hábil, delegar poderes para procurador efetuar sua defesa, desde que não seja servidor público, face aos impedimentos legais. 8° Passo: Revelia (art. 164 da Lei 8.112/90) Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo de 15 (quinze) dias para a defesa dativa se houver apenas um indiciado, e de 20 (vinte) dias, quando houver dois ou mais indiciados. A comissão somente deve iniciar os trabalhos do relatório após o término do prazo para defesa, salvo se o defensor dativo, ao apresentá-la, renunciar expressamente ao prazo remanescente. ara defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo, após solicitação do presidente da comissão, designará um servidor como defensor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado. Obs.: Só será utilizado quando houver necessidade. 9° Passo: Relatório (art. 165 da Lei 8.112/90) Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar sua convicção, fazendo referência às páginas do processo onde se encontram. O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor e informará se houve falta capitulada como crime e se houve danos aos cofres públicos. O relatório poderá, ainda, propor o arquivamento do processo por insuficiência de provas ou por não ter sido possível apurar a autoria. Reconhecida a responsabilidade do servidor, a Comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes. O relatório poderá conter sugestões sobre medidas que podem ser adotadas pela Administração, objetivando evitar a repetição de fatos ou irregularidades semelhantes aos apurados no inquérito. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento. A Comissão dissolve-se automaticamente com a entrega do relatório final. 10° Passo: Termo de encerramento É o fechamento dos trabalhos da Comissão e o encaminhamento à autoridade máxima da Instituição.
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