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Abscesso de Pulmão Profª Iradir Conceito Resultante de um processo infeccioso localizado e circunscrito ao parênquima pulmonar com necrose de tecido, supuração e cavitação, causados por germes piogênicos. Abscesso Pulmonar - Cavidades únicas ou múltiplas com 2cm ou mais Abscesso/Pneumonia Generalidades Antibióticos potentes: mudaram a forma do tratamento Fisioterapia respiratória Aprimoramento do diagnóstico Tratamento endoscópico: visualiza precocemente seu aparecimento, melhorando prognóstico Mortalidade alta: 15/20% Epidemiologia - Predomina em homens (3:1) Faixa etária entre 30-50 anos Camadas mais pobres e indigentes mais suscetíveis: precários hábitos de higiene, má nutrição, focos sépticos dentários e das vias aéreas superiores, alcoolismo. Imunodeprimidos Uso de corticóide, radioterapia Causas Aspirativas Pós-pneumônocos Obstrutivas Por via hemática Por contiguidade Outras Abscesso por Aspiração O mais frequente dos abscessos pulmonares Partículas pequenas aspiradas atingem a periferia dos pulmões e obstruem os brônquios periféricos Partículas maiores obstruem os brônquios mais calibrosos Sem a retirada do corpo estranho forma abscesso - Obstrução brônquica parcial forma bronquiectasia Localização preferencial: segmentos apicais dos lobos inferiores e segmentos posteriores dos lobos dos lobos superiores, com predomínio do lado direito. Mortalidade em torno de 5% e de 35 a 90% em pacientes com doença sistêmica Causas Aspirativas Material séptico proveniente da boca, vias respiratórias superiores, esôfago ou estômago. Gengivites, cáries dentárias, sinusites, amigdalites, corpo estranho Vômitos ou regurgitação em períodos de inconsciência ( diabéticos, AVC, TCE, anestesia geral, etc) Doenças do esôfago: tumores, estenoses, hérnia de hiato. Fatores que interferem na deglutição: distúrbios neurológicos,, tumores na orofaringe, myasthenia gravis, traqueostomia, etc. Abscesso Pós-pneumônico Forma pouco frequente, evolução rápida e fatal Agentes: Klebsiella e estafilococos Abscesso por Via Hemática Processos supurativos na pele, válvulas cardíacas ou tromboflebites nos MMII, podem produzir êmbolos sépticos migratórios para o pulmão. Disseminação por via sanguínea formam abscessos bilaterais e múltiplos. Abscesso por Obstrução Ocorre por estase ou necrose tissular instalando a obstrução e com a retenção distal de secreções ocorre atelectasia, infecção e abscesso. - Causas: tumores benignos ou malignos que obstruem a luz brônquica; tampões mucosos; compressão brônquica, etc Abscesso por Contiguidade Infecções abdominais altas e na região subfrênica (abscessos hepáticos) podem alcançar a cavidade pleural por via linfática. Outros processos supurativos de pulmão: osteomielite de costelas, empiema pleural, infecções da parede torácica, etc. Outras causas:traumas torácicos (contusões, hematomas), cisto brônquico, etc. Classificação Agudos ou crônicos: mais de 30 dias de evolução são considerados crônicos. Únicos ou múltiplos: únicos são os mais comuns e em geral secundários à aspiração; múltiplos são geralmente decorrentes de embolia séptica e denominados de pneumonia necrosante quando as cavidades menores que 2 cm. Primários ou secundários: primários provenientes de aspiração de material da orofaringe em indivíduos previamente sadios, secundários são associados à obstrução brônquica por carcinoma broncogênico, doenças sistêmicas que comprometem a imunidade. Clínica Dependem da etiologia, extensão do processo infeccioso, virulência dos germes ou de doenças associadas. Fase Aguda Sinais e sintomas semelhantes a pneumonia: mal estar, anorexia, astenia, febre alta, calafrios, sudorese, dor pleurítica, tosse seca ou pouco produtiva. Dor: devido o abscesso ficar junto a pleura visceral Evolui com tosse produtiva, purulenta, odor fétido, expectoração volumosa, hemoptise, halitose Odor fétido: devido a necrose do parênquima pulmonar Fase Crônica Anorexia Febre baixa Perda de peso Anemia Hipocratismo digital Exame Físico Fácies de sofrimento Infecções periodônticas, halitose Percussão: macicez localizada Estertores crepitantes Diagnóstico Clínico, radiológico e laboratorial. Tratamento: Clínico – 85% dos casos: antibioticoterapia fisioterapia respiratória suporte nutricional Cirúrgico – 15%.
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