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Universidade Federal de Itajubá Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química Análise da massa específica de um sólido Felipe Cângero Spadacio – 23962 João Pedro de Oliveira Braga – 24110 Lucas Raposo Carvalho – 23872 ITAJUBÁ 2012 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 5 2.1 Materiais ............................................................................................................ 5 2.2 Métodos ............................................................................................................. 5 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 8 3.1 Resultados .......................................................................................................... 8 3.2 Discussões .......................................................................................................... 8 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 11 1 INTRODUÇÃO As propriedades dos materiais podem ser classificadas em duas formas, sendo estas propriedades químicas e físicas. As propriedades químicas descrevem uma transformação química, o que pode ser observado para a interação de substâncias, ou a transformação de uma substância em outra. Antagonicamente, as propriedades físicas não envolvem qualquer alteração na composição de uma substância. As propriedades físicas podem ser classificadas como extensivas ou intensivas. Propriedades extensivas são diretamente proporcionais à quantidade de matéria da substância presente na amostra, como massa e volume; as propriedades intensivas independem da quantidade de matéria, como temperatura, pressão, cor e densidade [1]. Uma propriedade extensiva pode ser convertida em uma propriedade intensiva de duas formas: Dividindo-se a propriedade extensiva pela quantidade de matéria; Dividindo-se a propriedade extensiva por outra propriedade extensiva (geralmente massa ou volume). Um exemplo de propriedade intensiva gerada pela divisão de duas propriedades extensivas é a densidade [1]. A densidade d de uma substância é definida pela relação entre a massa m e o volume V de uma amostra da seguinte forma: V m d A densidade absoluta é também uma propriedade específica, ou seja, própria de cada substância, sendo muito importante na caracterização de muitos materiais [2]. A Tabela 1.1 apresenta os valores de densidade absoluta para alguns materiais. Tabela 1.1 Densidade de várias substâncias [2]. Substância Densidade (g/cm³) Ar 0,0012 Água 1,00 Magnésio 1,75 Alumínio 2,70 Vidro 2,4 – 2,8 Ferro 7,86 Cobre 8,92 Chumbo 11,3 Urânio 18,7 Ouro 19,3 Platina 21,45 A densidade de uma amostra sólida pode ser determinada pesando-se cuidadosamente a amostra, e em seguida determinando seu volume. Para sólidos cuja forma seja irregular, o volume pode ser determinado utilizando-se o método do deslocamento, uma vez que se torna impossível medir suas dimensões para o cálculo do volume pelas equações da geometria espacial [1]. O método do deslocamento consiste em determinar-se a massa de uma amostra sólida, e logo após transferir o corpo de prova para um instrumento volumétrico graduado apropriado, parcialmente preenchido com água (ou outro líquido no qual o sólido não flutue). O sólido deslocará um volume de líquido igual ao seu volume. Assim, o volume da amostra pode ser medida, e consequentemente, a sua densidade [1]. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Este capítulo descreve os materiais utilizados na atividade experimental, bem como os métodos empíricos utilizados. A atividade experimental foi realizada no Laboratório Didático de Física do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Itajubá. 2.1 Materiais Para a realização da atividade experimental foram utilizados os seguintes materiais: Balança de precisão; Proveta; Três corpos de prova de alumínio; Três corpos de prova de ferro; Linhas amarradas aos corpos de prova; Água. 2.2 Métodos Primeiro se encheu a proveta com água até 25 ml (metade da sua capacidade). Regulamos a balança de precisão até que sua medida marcasse o ponto zero. Após isso, se obtém as incertezas de medida padrão de cada um dos instrumentos de medição (proveta e balança). Mergulhamos um dos corpos de prova na água pra verificar o deslocamento que o corpo provocava. Assim obtemos o seu volume, com a medida de incerteza, por meio da seguinte equação (Equação 1 – Variação de volume, acompanhado de sua incerteza, de uma substância): 2 0 2 0 )()()( VVVVV ff Após calcularmos o volume do corpo, utilizamos a balança de precisão para obtermos sua massa. O processo foi repetido para todos os corpos de prova. Com a massa e volume determinados, o experimento se encaminhou para as densidades dos 6 corpos de prova. Para obtermos a densidade utilizamos a seguinte equação (Equação 2 – Densidade de uma substância): V m A medida da densidade encontrada para cada um dos corpos possui uma incerteza e para calcular tal incerteza foi usada a seguinte fórmula (Fórmula 1 – Cálculo da incerteza da densidade de uma substância): 22 v v m m v m Assim, a medida da densidade, com sua respectiva incerteza, é demonstrada como . Com o erro calculado, foi executado o cálculo do desvio padrão para as medidas do alumínio e para as medidas do ferro, utilizando a fórmula (Fórmula 2 – Cálculo do desvio padrão experimental): 1 )²( N xxi Também foi realizado o cálculo da média entre as medidas dos corpos de prova de alumínio e ferro através da seguinte fórmula (Fórmula 3 – Cálculo da média de valores de densidade): i i N x )( Além disso, foi calculado o erro relativo, a fim de comparar os resultados obtidos com os tabelados (Alumínio: µ = 2,699g/cm³ e Ferro: µ = 7,87g/cm³), usando a seguinte fórmula (Fórmula 4 – Erro relativo entre as densidades obtidas): tabelado tabeladomedido re .. Calculadas as incertezas, assim como o desvio padrão e a média, obtivemos valores que serão mostrados no tópico resultados e discussões e avaliados de acordo com valores já tabelados. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1 Resultados As Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3 apresentam, respectivamente, os dados relativos às faixas de erro inerentes aos instrumentos utilizados (Tabela 3.1), as medidas de volume, massa e densidade dos corpos de prova obtidos empiricamente (Tabela 3.2), e a média e o desvio padrão das medidas de densidade dos corpos de prova (Tabela 3.3). Tabela 3.1 Instrumentos utilizados. Instrumento Faixa Nominal Menor Divisor [g] Incerteza [g/2]Balança analítica (0,2-610) g 0,2 g 0,1 g Proveta (1-50) ml 1 ml 0,5 ml Tabela 3.2 Medidas de volume, massa e densidade dos corpos de prova. Material Corpo Massa (g) Volume Densidade (g/cm³) Vi (ml) Vf (ml) ∆V (ml) Ferro 1 (93,2±0,1) (25,0±0,5) (36,0±0,5) (11,0±0,7) (8,47±0,34) 2 (98,2±0,1) (25,0±0,5) (38,0±0,5) (13,0±0,7) (7,6±2,8) 3 (45,2±0,1) (25,0±0,5) (31,0±0,5) (6,0±0,7) (7,5±5,8) Alumínio 1 (16,8±0,1) (25,0±0,5) (31,0±0,5) (6,0±0,7) (2,8±0,3) 2 (30,4±0,1) (25,0±0,5) (36,0±0,5) (11,0±0,7) (2,8±0,2) 3 (30,9±0,1) (25,0±0,5) (35,5±0,5) (10,5±0,7) (2,9±0,2) Tabela 3.3 Média e desvio padrão da densidade. Material Média Desvio Padrão Erro Relativo Ferro 7,86 0,533 0,00127 Alumínio 2,83 0,579 0,0485 3.2 Discussões Devido ao uso de instrumentos não analógicos, a precisão foi das medidas não foi próxima do ideal, sendo necessárias várias medidas, neste caso, três para cada material (ferro e alumínio). A primeira medida de densidade do ferro ((8,47±0,34) g/cm³) mostrou-se como um erro grosseiro, já que se diferenciou muito das outras medidas, assim como do valor convenientemente esperado, o que está errado, já que diferentes medidas de densidade para um mesmo material devem se manter constantes. As medidas de volume para os diferentes corpos analisados podem ter sido equivocadas, pois ao retirar o corpo de prova da proveta com água, verificou-se que algumas gotas de água saíram junto do corpo de prova, resultando em diferentes análises do valor da variação do volume. 4 CONCLUSÃO Apesar do valor de densidade do primeiro corpo de prova de Ferro citado acima ter se apresentado muito diferente dos demais, ele ajudou a encontrarmos um valor médio de densidade muito próximo do real (7,87g/cm³). É importante perceber que usando instrumentos não-analógicos, obtemos dados que se aproximam muito dos tabelados. Vale ressaltar que, para que as medições atinjam a menos taxa de erro possível, deve-se calibrar de maneira correta os intrumentos (balan- ça de precisão e proveta) usados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CÉSAR, J.; PAOLI, M.-A. D.; ANDRADE, J. C. D. A Determinação da Densidade de Sólidos e Líquidos. Chemkeys - Liberdade para Aprender, p. 1-8. 2. SOUZA, P. C. D. Densidade de uma Esfera Sólida Regular. Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul. [S.l.]. 2009. 2 páginas.
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